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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Assembleia Legislativa do Paraná votará projeto em favor do parto humanizado

18 de Março de 2015, 13:10, por Desconhecido

Foto: Tânia Rêgo/ABr

Há certas lutas que entram na pauta dos políticos simplesmente devido à insistência de movimentos sociais. É o caso da luta contra a violência obstétrica e a favor do parto humanizado. Recentemente, a Câmara de Curitiba já legislou sobre o tema. Agora, o assunto chegou à Assembleia Legislativa.

Projeto do deputado Paranhos (PSC) que acaba de ser protocolado garante uma série de direitos às mulheres na hora do parto. Veja quais são os oito pontos incluídos na proposta.

1-    Ter acompanhante de sua escolha, durante e após o parto.
2-    Receber orientação antecipada sobre os procedimentos para realização do parto humanizado.
3-    Escolher a posição para parir nas formas semi-sentada, deitado de lado, de quatro ou de cócoras, assistida por, além do médico, pediatra, o seu acompanhante, enfermeira obstetra, doula, dentre outros profissionais de indicação médica.
4-    Colocar o recém-nascido no colo da mãe, propiciando o contato pele a pele logo após o nascimento, antes do corte do cordão umbilical, desde que contatadas condições estáveis da parturiente;
5-    A iniciação da amamentação ainda na sala de parto, nos primeiros 30 (trinta) minutos após o nascimento;
6-    Negar a episiotomia, objetivando recuperação pós-parto mais rápida ou confortável, desde que constatadas condições pelo médico.
7-    Negar a aceleração do parto por meio de acitocina sintética, exceto quando o médico indicar a aceleração como necessária.
8-    Negar a execução de parto cesariana, exceto quando o médico indicar como extremamente necessária.

Por Rogerio Waldrigues Galindo
Blog Caixa Zero / Gazeta do Povo



Movimentos sociais preparam semana de mobilização pela reforma política

18 de Março de 2015, 11:35, por Desconhecido

Foto: Mídia Ninja

Entidades criticam proposta que defende financiamento privado no Congresso Nacional e pedem que o ministro Gilmar Mendes devolva ao STF o processo que proíbe essa prática.

Diversas organizações saíram às ruas de todo o país, na última sexta-feira (13), para se manifestar diante do atual cenário político brasileiro. Mobilizando milhares de pessoas, os protestos levantaram bandeiras em defesa da Petrobras como patrimônio do povo brasileiro e criticaram as tentativas de retirada de direitos trabalhistas.

Outra pauta era o combate à corrupção, que se dará por meio de uma reforma política. Propostas de lei relativas ao tema sempre circularam pelo Congresso, mas nenhuma delas avançou.

A reforma política passou a ser debatida com mais força pela sociedade civil a partir das manifestações de junho de 2013.  Em agosto do mesmo ano, ganha forma uma articulação de organizações batizada de “Coalizão por uma Reforma Política Democrática e Eleições Limpas”, que passou a coletar assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular – nos mesmos moldes da Ficha Limpa – com o objetivo de encaminhá-lo à votação no Congresso.

Complementar e paralelamente, foi organizada uma campanha em prol da convocação de uma Constituinte exclusiva e soberana para a reforma do sistema político. A proposta foi debatida intensamente nos meses seguintes, culminando em um plebiscito popular realizado de 1º a 7 de setembro, na chamada semana da pátria, de 2014. Sete milhões e meio de pessoas votaram a favor da ideia da Constituinte.

Este ano, uma semana focada na coleta de assinaturas para o projeto da Coalizão ocorrerá entre 20 e 29 de março. São quatro os elementos centrais do projeto de lei popular: fim do financiamento empresarial privado de campanhas eleitorais e de partidos políticos, fortalecimento da votação em programas partidários, paridade de sexo em eleições e fortalecimento da democracia direta.

Arte: José Bruno Lima

Segundo a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, que participa de ambas as campanhas, há hoje movimentações que tentam barrar as propostas. “Estamos diante do sério risco de aprovação de uma Emenda Constitucional que representará um grave retrocesso para a democracia”, afirma em nota.

Financiamento privado

Em outubro de 2013, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deu entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade apontando a ilegalidade do financiamento de campanhas eleitorais por empresas. Se aprovada favoravelmente, isso implicaria na proibição desse tipo de financiamento.

Até o início de 2014, vários ministros já haviam votado no tema e o placar atual é de 6 a 1 em favor da inconstitucionalidade. Sendo onze os ministros, a questao já estaria definida. Entretanto, em abril de 2014, o ministro do STF, Gilmar Mendes, pediu vistas do processo e, desde então, não o devolveu ao Supremo. Com isso, até hoje a votação não terminou e a medida não pode ser implementada. Por isso, organizou-se a campanha on-line com o nome “Devolve, Gilmar”, com um abaixo assinado virtual.

Enquanto a decisão do STF é “adiada”, no Congresso, um grupo de parlamentares começou a articular uma manobra para impedir que esta mudança no financiamento de campanhas ocorra. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 352, apelidada de “PEC dos corruptores”, pretende, entre outras coisas, tornar constitucional o financiamento privado. “Se ela for aprovada, torna inútil o final da votação no STF, mesmo que seja público e notório que a maioria do Supremo considera inconstitucional este financiamento”, afirma a Plataforma.

De acordo com a nota dos movimentos sociais, a possibilidade de contraponto às manobras em defesa do financiamento privado devem partir da sociedade civil. “O caminho para impedir que seja aprovada esta PEC e que crie condições para a aprovação da Reforma do Sistema Político que nós queremos é a mobilização popular. Só com ela vamos conquistar uma verdadeira reforma do sistema político.”

As propostas das campanhas podem ser melhor conhecidas nos sites:

www.reformapoliticademocratica.org.br

www.plebiscitoconstituinte.org.br

Fonte: Brasil de Fato



Dilma lança Pacote Anticorrupção nesta quarta-feira, 18 de março

18 de Março de 2015, 10:24, por Desconhecido

Entre as medidas, estão o pedido de urgência do projeto de lei que trata do enriquecimento ilícito de funcionário público e a criminalização do caixa 2 eleitoral e de lavagem de dinheiro eleitoral.

A presidenta Dilma Rousseff lançou o Pacote Anticorrupção nesta quarta-feira (18), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

Entre as medidas do pacote, estão o pedido de urgência do projeto de lei que trata do enriquecimento ilícito de funcionário público, a ação de extinção de domínio, a execução do critério da lei de ficha limpa para cargos de confiança (extensiva a todos os Poderes) e a criminalização do caixa 2 eleitoral e de lavagem de dinheiro eleitoral.

Nessa terça-feira (17), os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Relações Institucionais, Pepe Vargas, apresentaram as propostas que integram o pacote de medidas a senadores e, depois, ao presidente do Senado, Renan Calheiros.

Após a reunião com os senadores, Cardozo e Vargas apresentaram um resumo do conjunto de propostas debatidas no decorrer do dia para o vice-presidente Michel Temer.

O ministro da Justiça afirmou que, nesse momento, é muito importante que se faça diálogo com todas as forças políticas do Congresso Nacional, sejam elas governistas ou oposicionistas e com as forças vivas da sociedade.

“As medidas de combate à corrupção devem abarcar outras propostas e não se encerram nessas”, disse Cardozo. Segundo ele, a ideia é ouvir as propostas do Legislativo e da sociedade civil.

Cardozo disse ainda que se reuniu nessa terça-feira com a Ordem do Advogados do Brasil, que apresentou um conjunto de propostas para o combate à corrupção.

O ministro da Justiça afirmou que boa parte delas já foi incorporada à proposta que o governo apresentará nesta quarta-feira (18).

Fonte: Portal Brasil



18 de março: Dia Nacional de Luta por Moradia

18 de Março de 2015, 10:03, por Desconhecido

Em Curitiba, MPM fechou o Contorno Sul por duas horas. Foto: PRF

Nesta quarta-feira, 18 de março, diversas entidades de movimentos populares de todo o país realizaram manifestações nas rodovias, em uma pauta única por moradia. Confira abaixo o manifesto popular:

Manifesto Nacional da Resistência Urbana

As cidades, espaços de vida da maioria do povo brasileiro, são historicamente produzidas e reproduzidas pelo manto do capital imobiliário, segundo interesses das elites políticas e econômicas, fortalecendo a segregação urbana e a desigualdade social. Milhões de pessoas, trabalhadores e trabalhadoras, constroem coletivamente as cidades, mas são privadas de exercitarem os direitos mais elementares no espaço urbano e sofrem violências diversas do Estado.

No Brasil há uma crise urbana aguda em função do enorme deficit habitacional que ultrapassa 7 (sete) milhões de moradias. Além disso, milhões de brasileiros vivem em áreas urbanas sem acesso à água, sem serviços de coleta de lixo, sem sistema de saneamento básico, com graves restrições no que toca à mobilidade urbana, sofrendo com a militarização das cidades e com a violência policial.

O modelo de política urbana adotado pelo governo federal nos últimos anos privilegia abertamente o setor imobiliário – as construtoras, incorporadoras e os proprietários de terra urbana – que lucraram e lucram bilhões de reais. Não há uma política urbana que contenha os avanços do capital imobiliário e que seja capaz de fortalecer as políticas públicas de habitação de interesse social e de urbanização no país. Prova dessa postura foi a indicação de Gilberto Kassab para o Ministério das Cidades como representante do setor imobiliário em detrimento de políticas que produzam justiça urbana.

O projeto de reforma urbana baseado em um modelo de desenvolvimento que entende a cidade como uma mercadoria, o povo enquanto consumidor e privilegia as grandes construtoras e empresas é incapaz de sanar a crise urbana e resolver os problemas de falta de moradia digna, transporte e serviços públicos de qualidade. O maior programa de moradia do país – Minha Casa, Minha Vida – lançado para dar resposta à crise internacional de 2008 – foi incapaz de reduzir o deficit habitacional no país, pois ao mesmo tempo que construiu moradias, alimentou a concentração fundiária e a especulação imobiliária: cerca de 70% dos contratos do Minha Casa, Minha Vida estão concentrados nas dez maiores construtoras e incorporadoras do país. Não será fortalecendo a lógica do capital imobiliário que resolveremos a crise urbana.

A reforma urbana de verdade é construída a partir da iniciativa do povo de periferia organizado que ocupa terras improdutivas, constrói o espaço urbano e luta pelo direito à cidade e pela efetividade dos mecanismos de controle urbano do capital.

A periferia que ocupa a cidade faz o Brasil parar no dia 18 de Março para colocar para todo o País a necessidade de uma reforma urbana popular e de massas nos seguintes termos:

1. O Governo Federal deve lançar imediatamente a terceira etapa do Programa Minha Casa Minha Vida – barrado até o momento pelo ajuste fiscal antipopular – e modificando profundamente a configuração em relação às primeiras duas etapas. O programa deve priorizar a gestão direta pelos movimentos em detrimento das empreiteiras; a localização central e maior qualidade das moradias; e a garantia de ao menos 70% das moradias para famílias com renda inferior a 3 salários mínimos, mantendo o subsídio.

2. As comunidades e os movimentos sociais devem ser tratados como caso de política e não de polícia pelos governos e pelo judiciário. É necessário que se suspenda todos os despejos e urbanize as áreas ocupadas, garantindo o pleno acesso aos bens e serviços públicos essenciais para o exercício do direito à cidade.

3. Os municípios devem efetivar os mecanismos de regulação urbana e controle a especulação imobiliária previstos no Estatuto das Cidades, como o IPTU progressivo, a desapropriação sansão e as áreas de especial interesse social. Sem a contenção da especulação, construir mais moradias para sanar o deficit habitacional é como enxugar gelo!

4. É necessário promover o controle social dos alugueis mediante a mudança na lei federal nº 8.245/1991. O aumento no valor dos aluguéis, impulsionado pela especulação imobiliária, tem despejado de maneira silenciosa milhões de pessoas no Brasil.

5. Tarifa zero nas cidades brasileiras como forma de garantir o direito de ir e vir de toda a população. Efetivação do transporte público como direito social, financiado por tributação progressiva, caraterizado como serviço público fundamental que assegura o acesso a outros direitos tais como o direito ao lazer, trabalho, saúde e educação.

6. Combate à Violência Policial, uma das principais materializações da Violência do Estado. A violência policial em vilas, favelas, aglomerados, ocupações e bairros de periferia é sistemática e estrutural, ceifando centenas de milhares de vidas, principalmente voltada para jovens negros e pobres. A lógica da Polícia Militar é a lógica do inimigo interno materializado no povo pobre das periferias. Como resposta faz-se urgente a desmilitarização da Polícia Militar!

PERIFERIA OCUPA A CIDADE!
REFORMA URBANA DE VERDADE!

Assinam o manifesto:
RESISTÊNCIA URBANA – Frente Nacional de Movimentos:
MUST (Movimento Urbano Sem Teto de SJC/Pinheirinho)
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)
Brigadas Populares
Movimento Luta Socialista (MLS)
Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB)
Nós da Sul
Comitê Popular da Copa/RS
Movimento Luta Popular (MLP)
Movimento Popular por Moradia (MPM)

Fonte: Movimento Popular por Moradia – Curitiba



O descaso de Belo Monte com os mais pobres

17 de Março de 2015, 11:59, por Desconhecido

Seo Pedro, atingido por Belo Monte. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Pedro de Souza da Silva, 67, casado com dona Raimunda Aires de Barros, 65, vive na rua dos Operários há 7 anos, em Altamira-PA. A casa deles será atingida pelo lago da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Se pudessem escolher, não gostariam de sair de sua residência. Estão no aguardo de receber a indenização para poderem mudar para outro bairro. Ao serem questionados sobre Belo Monte, dona Raimunda foi enfática: “Desacataram muita gente. Destruíram muita coisa”.

O repórter fotográfico Joka Madruga está em Altamira (PA) pelo projeto Águas para a Vida. As informações estão sendo publicadas em seus perfis nas redes sociais e no portal terrasemmales.com.br.

Sua viagem foi viabilizada com financiamento coletivo (crowdfounding). Para contribuir acesse: jokamadruga.com/aguas.



Terra de Direitos e estudantes da UFPR iniciam campanha pela comunidade quilombola Paiol de Telha

17 de Março de 2015, 11:53, por Desconhecido

Paiol de Telha é o primeiro território quilombola reconhecido pelo Incra no Paraná. Foto: Carolina Goetten, Brasil de Fato Paraná.

No próximo sábado, 21 de março, a organização de direitos humanos Terra de Direitos e estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) iniciam campanha de arrecadação de materiais básicos de higiene, lonas e alimentos para o acampamento Barranco da comunidade quilombola Paiol de Telha.

A Comunidade Quilombola Paio de Telha se subdivide em 4 núcleos de organização: Assentamento, Guarapuava Urbano, Reserva do Iguaçu e Barranco. O núcleo Barranco é o acampamento localizado no município de Reserva do Iguaçu e fica à beira do Território da Comunidade.

Serão recolhidas nos campi da UFPR e na sede da Terra de Direitos doações de lonas, alimentos não perecíveis, leite em pó e produtos de higiene básica (papel higiênico, absorventes, sabonetes, fraldas diversos tamanhos).

Paiol de Telha
A comunidade quilombola Paiol de Telha é o primeiro território quilombola reconhecido pelo Incra no Paraná. O território foi reconhecido num ato simbólico realizado no dia 21 de outubro de 2014. Mais de 30 comunidades quilombolas estão com processo de titulação em andamento no estado.

Cerca de 300 famílias foram expulsas de forma violenta das terras em 1970, por imigrantes que fundaram no local a Cooperativa Agrária Agroindustrial Entre Rios, uma grande produtora de commodities na região. Os integrantes da comunidade quilombola habitavam o espaço desde 1860, quando 11 trabalhadores escravizados foram libertados pela proprietária da terra, Balbina Francisca de Siqueira, e receberam o território como herança.

Saiba mais: Paiol de Telha é o primeiro território quilombola reconhecido pelo Incra no Paraná

Participe da campanha

Período: de 21 de março à 10 de dezembro de 2015
O que doar: Lonas, alimentos não perecíveis, leite em pó, produtos de higiene (papel higiênico, sabonetes, absorventes, fraldas diversos tamanhos).
Onde doar: Universidade Federal do Paraná (Reitoria, Santos Andrade, Deartes, Comunicação, Agrárias, Botânico e Politécnico) ou Sede da Terra de Direitos (Rua Des. Ermelino de Leão, 15 – cj. 72 – Centro – Curitiba, PR).

Por Paula Padilha
Terra Sem Males



Revista do Brasil traz matéria especial sobre guerra econômica na Venezuela

17 de Março de 2015, 10:22, por Desconhecido

Comuna Comandante Hugo Chávez, no centro de Caracas. Foto: GIULIANO SALVATORE

Na edição de março da Revista do Brasil, as jornalistas Carina Santos e Juliana Afonso estiveram na Venezuela para mostrar o real motivo da suposta crise de desabastecimento na Venezuela. Há escassez de produtos para a população e prateleiras vazias nos mercados. Na abordagem, fica claro que a falta de mercadorias é por uma guerra econômica, em que comerciantes tentam desestabilizar o governo e estocam seus produtos, não colocando à disposição para venda.

Na reportagem, são mostrados outros elementos da Revolução Bolivariana, como a produção de alimentos nas comunas, com venda de produtos abaixo dos preços dos mercados. A matéria também destaca que de acordo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Venezuela é o país da América Latina mais avançado na erradicação da fome.

Saiba maisMulheres da Venezuela: à frente das batalhas pela guerra econômica

Por Paula Padilha
Terra Sem Males



PL 4330 vai à votação na Câmara em 7 de abril

17 de Março de 2015, 9:39, por Desconhecido

Projeto regulamentará terceirização inclusive nas atividades-fim das empresas, prejudicando a classe trabalhadora

O presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em reunião ocorrida na última quinta-feira (11) com representantes das confederações patronais da indústria, das instituições financeiras, da agricultura e pecuária, dos transportes, da saúde e das cooperativas, marcou a votação do PL 4330 (da terceirização) em plenário para o próximo dia 7 de abril, logo após o feriadão da Semana Santa.

O texto que irá a votação será o substitutivo do deputado Artur Maia (SD-BA), que liberaliza a terceirização para todas as atividades das empresas, incluindo as atividades principais e permanentes, das áreas rurais e urbanas, empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundacionais. Mantém a responsabilidade subsidiária entre contratantes e contratadas e diz explicitamente que salários, direitos e benefícios serão diferenciados em função do enquadramento sindical.

“Ou seja, prevalece o enquadramento sindical pelo conceito de categoria profissional, quando na verdade todas as categorias serão esfaceladas. A classe trabalhadora será ainda mais fragmentada em sua organização e representação e com isso, em pouco tempo, seus direitos conquistados após décadas de lutas serão solapados. As negociações coletivas só terão alguma efetividade, onde os empresários tiverem interesse e para os segmentos que avaliarem ser necessário”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT e integrante do Fórum em Defesa dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.

Durante a reunião com Eduardo Cunha também foi orientado às entidades patronais buscar dialogar com os líderes partidários, a fim de construir os consensos, porque o projeto irá a votação de qualquer maneira no dia 7 de abril. Participaram representantes das confederações nacionais da Indústria (CNI), das Instituições Financeiras (CNF), da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Transporte (CNT), da Saúde (CNS), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Em audiência com as centrais sindicais, em 25 de fevereiro, o mesmo procedimento foi apontado por Eduardo Cunha com a realização de debates neste mês de março. “Mas a conjuntura econômica e política vem dominando a agenda e institucionalmente até o momento nenhum debate ocorreu na Câmara. Aliás, fica claro que pautar a votação do PL 4330 é um dos preços exigidos agora pelo financiamento privado das campanhas eleitorais em 2014″, acrescenta Miguel.

“Aproveitando o cenário político conturbado e a fragilização momentânea do PT e do governo da presidenta Dilma, o deputado Eduardo Cunha, mesmo tendo seu nome citado na operação Lava-Jato, se sente à vontade, ou pressionado pelo grande capital, a fazer a votação logo no início dessa legislatura”, avalia o dirigente da Contraf-CUT.

Retomar a mobilização já
Diante desse quadro gravíssimo, é preciso retomar a mobilização, inclusive em Brasília, visitando novamente todos os gabinetes, preferencialmente as lideranças partidárias, com o dossiê sobre os impactos da terceirização sobre a classe trabalhadora, lançado em 03 de março pela CUT em parceria com o Dieese.

Importante também que os sindicatos filiados à Contraf, juntamente com as CUTs estaduais, organizem atos, visitas aos parlamentares nos estados, vigílias, envio de correspondências cobrando o compromisso de cada parlamentar e divulgando o seu posicionamento, como os trabalhadores fizeram na batalha de 2013, com pleno êxito na suspensão do trâmite do projeto.

“Tão logo passe o 4º Congresso da Contraf-CUT, que ocorre no final desta semana, se fará necessária uma reunião urgente para a rearticulação do nosso movimento contrário à aprovação do PL 4330 para a definição de novas atividades de mobilização”, diz Miguel.

Próximos passos
Caso o PL 4330/2004 seja aprovado no plenário da Câmara, seguirá para o Senado, onde existe projeto idêntico (PLS 087), de autoria do então senador e hoje ministro da Indústria, Armando Monteiro. “Ou seja, a única saída dos trabalhadores nesse momento é mobilizar contra a precarização do mundo do trabalho, de suas relações e dos direitos trabalhistas, representado pelo PL 4330″, conclui Miguel.

Fonte: Contraf-CUT



Dilma diz que Brasil nunca mais terá ditadura

16 de Março de 2015, 14:55, por Desconhecido

Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR

247 – Um dia após os protestos realizados em diversas capitais do País contra o governo federal, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em pronunciamento, a liberdade das manifestações e disse que “valeu lutar pela liberdade” e contra a ditadura militar.

“Presto homenagem a todos os que lutaram contra o regime de exceção e pela democracia e pelo restabelecimento pelas liberdades democráticas”, afirmou. Ela acrescentou que teve a “honra de participar da resistência à ditadura”. Segundo Dilma, “nunca mais no Brasil vamos ver pessoas que, ao manifestarem sua opinião, seja contra até a presidenta, possam sofrer consequências”.

“Presidente de todos os brasileiros”

Dilma assegurou que governará o País para os 203 milhões de brasileiros, tenham ou não votado no PT, participado ou não das manifestações de ontem.

Ajustes econômicos

Dilma também defendeu os ajustes econômicos, que assegurou, “serão usados em defesa de todos”. “Vamos fazer os ajustes necessários, dialogando com todos. Uma posição de humildade, mas com firmeza”, acrescentou. Ela também destacou as ações do governo para minimizar os efeitos da crise econômica, como desemprego e redução de direitos e da renda, e ressaltou que, enquanto no exterior havia 60 milhões de desempregados, no Brasil criava-se empregos.

Manifestações

“Eu não quero consenso, eu acho que tem que se aceitar que as vozes são diferentes, num país complexo como esse. É da democracia não haver concordância e unanimidade. É uma temeridade acreditar que alguém ganhará com isso, é uma ausência de lucidez política”.

Influência negativa da prisão de Renato Duque e acusação contra João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, no governo

“Eu não acredito não, porque eu acho que todos esse acontecimentos mostram que quando o governo interferiu sobre o MPF ou quem quer que seja para investigar é absolutamente infundada. Tanto é assim que isso acontece e o governo continua. Se quer investigar, vamos investigar, quem for responsável, pagará. Todo mundo tem o amplo direito de defesa, o que vale para todo mundo, vale para todo mundo. Se estão se referindo ao governo como sendo eu, jamais, em tempo algum”.

Diálogo

“Tem uma certa volúpia da imprensa em querer uma situação confessional. A atitude de humildade é a seguinte: você só pode abrir diálogo com quem quer abrir diálogo. Eu procurarei ter diálogo seja com quem for. Agora eu não estou aqui fazendo nenhuma confissão, é uma entrevista. Se alguém achar que eu não fui humilde em algum diálogo, me diz qual, onde, quem sabe eu não fui mesmo, aí eu vou avaliar”.

Corrupção

“A corrupção não nasceu hoje. Ela não só é uma senhora, não nasceu hoje, como não poupa ninguém. Pode estar em tudo quanto é área, inclusive no setor privado. O combate à corrupção começa também através da educação, da valorização do trabalho. Mas uma pessoa não pode também cometer pequenas infrações que cria um clima de permissividade”.

Fies

O governo cometeu um erro ao passar para o setor privado o controle das matrículas. Não aceitamos que uma pessoa que tira zero em português tenha direito à bolsa. Não fizemos isso com o Enem, nem com o ProUni.

Fonte: Brasil 247

Saiba mais: Dilma sanciona o novo Código de Processo Civil



Águas para a vida: reportagem fotográfica sobre os atingidos por barragens na Amazônia

16 de Março de 2015, 13:15, por Desconhecido

População será realocada para a construção da Usina de Belo Monte. Foto: Joka Madruga.

Joka Madruga está em Altamira (PA) pelo projeto “Águas para a vida”, uma reportagem fotográfica sobre a população que será atingida pelos alagamentos da barragem da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Com a ajuda solidária de 144 pessoas (até o momento), foi possível realizar este projeto.

Confira as fotorreportagens feitas até agora:

Ajude na divulgação. Compartilhe com seus contatos e em suas redes sociais.

Os registros, fotorreportagens e entrevistas estão disponíveis no blog www.terrasemmales.com.br e são repercutidos nas redes sociais e outros blogs.

Acesse facebook.com/terrasemmales e ajude a divulgar a história de luta dos atingidos por barragens na região amazônica.

O “Águas para a vida” foi viabilizado com financiamento coletivo. Para contribuir acesse jokamadruga.com/aguas.

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