Ir para o conteúdo
ou

Thin logo

Tela cheia Sugerir um artigo
 Feed RSS

TV Cidade Livre

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Portal da TV Cidade Livre, a TV Comunitária de Brasília, Capital Federal do Brasil


PELA SALVAÇÃO DOS PONTOS DE CULTURA - PRESTAÇÃO DE CONTAS

20 de Agosto de 2015, 16:55, por Fr3d vázquez

Acabo de receber da minha rede de contatos, parceiros, amigos, conhecidos, cidadãos, artistas, produtores, militantes, etc... uma carta do fotógrafo e integrante da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura - CNdPC, Davy Alexandrisky, direcionada ao Ministro da Cultura Sr. Juca Ferreira e às Ponteiras e Ponteiros.

A carta trata do embate entre o entendimento da sociedade civil (ponteiras e ponteiros de cultura, artistas e mestres da cultura popular) e a compreensão dos servidores sobre a regulamentação da Lei Cultura Viva (Lei 13.018).

Reproduzo, pois reconheço no autor a fala de tantos mestres e mestras que ainda sofrem para terem seus Direitos garantidos.

Segue a rima!

================================================

Olá Ministro Juca e Ponteirada


Depois de 4 encontros de trabalho e 19 versões de propostas de minutas para a IN que irá regulamentar a Lei 13.018 – Lei Cultura Viva, chegamos a um impasse irreversível: a forma de prestação de contas.

Nunca é demais destacar que a grande novidade que a Lei 13.018 apresenta é a criação de 2 novos instrumentos que dão uma nova dinâmica ao desenho do Programa que se transformou em Política Nacional de Cultura: o Cadastro Nacional dos Pontos de Cultura e o TCC – Termo de Compromisso Cultural.

Há, ainda, muitas incertezas em relação ao Cadastro, que está a merecer muita conversa para a sua operação e, sobretudo, finalidade concreta. Até agora, da forma em que o debate está posto, ele se presta tão somente a um processo de adesão para demonstrar o peso da demanda pela Cultura Viva, na intenção de influenciar uma proposta orçamentária mais robusta para esta Política Nacional de Cultura. O que é pouco, muito pouco para um instrumento central da política.

A redação apressada para que Cadastro Nacional estivesse contemplado já nesta primeira IN (a gestão anterior da SCDC tinha deixado esta discussão para uma segunda IN) apresenta muitas lacunas, contradições e incertezas. Nada grave, que não possa ser prontamente corrigida com mais 3 ou 4 horas de conversas.

Porém, no que diz respeito ao TCC a situação é insustentável: não há acordo possível, na discussão tecnocrata. O Impasse é irreversível.

Na dialética a síntese não é uma média aritmética entre a tese e a antítese. Mas algo que deriva do confronto das ideias.

Se nós não reconhecermos isso vamos continuar discutindo firulas burocráticas, para tentar contemplar um lado aqui e o outro acolá, desprezando o fato concreto de que a Lei Cultura Viva se funda na necessidade de “... ampliar o acesso da população brasileira às condições de exercício dos direitos culturais...” (art 1º da 13.018), priorizando o benefício da Lei “...a sociedade e prioritariamente os povos, grupos, comunidades e populações em situação de vulnerabilidade social e com reduzido acesso aos meios de produção, registro, fruição e difusão cultural, que requeiram maior reconhecimento de seus direitos...” (art 3º da 13.018).

A 19ª versão de minuta, mais uma vez, insiste na vinculação da planilha financeira ao Plano de Trabalho, em franca contradição ao próprio texto de apresentação desta versão, que reforça o espírito da Lei, falando em vários momentos de “simplificação” e da “prioridade para a comprovação da realização do objeto pactuado”.

Sr. Ministro e Ponteirada, aqui vale um parênteses: NINGUÉM É LOUCO DE DEFENDER A ESTUPIDEZ DE USAR DINHEIRO PÚBLICO SEM PRESTAR CONTAS DO SEU BOM USO!

Sabemos ser indispensável a prestação de contas e FAZEMOS QUESTÃO DE MOSTRAR QUE GASTAMOS CORRETAMENTE OS RECURSOS PÚBLICO QUE NOS FOR CONFIADO!!!

Na tentativa de ser o mais didático possível me socorro à pedagogia de choque: diante da morte súbita de um dos cônjuges de um casal, o viúvo ou a viúva tem que reaprender uma função natural: deitar na cama para dormir à noite.

Quem já passou por esta experiência relata que a cama parece aumentar de tamanho, e que por um bom tempo é muito difícil encontrar um jeito de dormir.

A metáfora dramática e exagerada, como disse anteriormente, tem sua razão pedagógica.

Porque é o mesmo que parece acontecer aos técnicos, Servidores Públicos, dos Órgãos de Controle, diante da perda da referência da planilha financeira para o exercício de fiscalização da utilização dos recursos repassados aos Pontos de Cultura. É um outro tipo de viuvez, pelo visto não menos traumática.

Eles não sabem identificar exatamente aonde está o problema, a não ser repetir mecanicamente que “o dinheiro é público portanto tem que se prestar conta”.

Mesmo que morramos afirmando que não estamos nos furtando a prestar contas. Queremos provar FISICAMENTE que usamos corretamente o dinheiro. Sem truques para superarmos a burocracia da planilha financeira.

Não há como fazê-los entender que o controle financeiro é anterior à execução do Projeto.

Porque todos sabem que o governo não joga as chancelas de Ponto de Cultura de avião, para quem for mais alto ou mais rápido pegá-la no ar para fazer jus ao repasse de R$ 5.000,00 por mês (em TRÊS ANOS R$180.000,00). Obviamente não!

Para ser um Ponto de Cultura é necessário apresentar uma proposta com as informações do que se pretende fazer, para que público, em quantas etapas, detalhando os custos e seu cronograma de desembolso, quais as metas a serem atingidas, com que objetivo, devidamente justificado.

Todas essas informações são pontuadas por pareceristas que avaliam a qualidade do Projeto e a capacidade da Instituição proponente de alcançar as metas no prazo indicado e a coerência na proposta de execução da planilha financeira.

Somente depois desta draconiana prestação de contas antecipadas é que são liberados os recursos para o Ponto de Cultura. Ou seja, somente após restar provado que o julgado bom Projeto é factível com R$ 180.000,00 em três anos, é que a instituição vai começar a receber os repasses financeiro (na maior parte dos casos vai receber atrasado e irregularmente – mas esta não é a discussão).

Portanto, a pergunta que não quer calar é: se a realização do objeto estiver devidamente comprovada com fotos, vídeos, declarações, depoimentos gravados, listas de presença, relatórios, acompanhamentos de visitas técnicas, não é óbvio supor que os recursos previstos no Edital não foram executados corretamente?

Se os recursos não forem executados corretamente, as ações pactuadas não teriam como ser materialmente comprovadas. Há algo mais claro do que isto?

Não há nenhuma forma mais irrefutável de provar que o dinheiro público foi usado corretamente do que esta que comprova materialmente a realização do objeto pactuado. Para o conforto dos Órgãos de Controle, pela impossibilidade de serem enganados por impecáveis prestações de contas financeiras.

Ministro Juca, a esta altura é absolutamente previsível a pergunta que estará na ponta da língua dos opositores à desvinculação da planilha financeira do Plano de Trabalho para a prestação de contas: se as Instituições precisam manter em sua contabilidade todos os documentos fiscais relativos as suas movimentações financeiras, por que esta resistência em apresentar documentos fiscais na hora da prestação de contas do Ponto de Cultura?

Uma pergunta típica de quem, por força do seu ofício, tem pouco conhecimento da realidade, não só das atividades dos Pontos de Cultura, mas, também, das condições de vida fora dos grandes centros urbanos.

As questões relacionadas às dificuldades de mobilidade, por exemplo: não raro, muitos Pontos de Cultura estão localizados em regiões aonde o único meio de transporte é uma pequena embarcação de um barqueiro do local, ou uma carroça, ou um caminhão – “pau de arara”, ou mesmo um único automóvel que faz esporadicamente esse tipo de serviço em troca de uma pequena ajuda para a manutenção do carro.

Nenhum desses terá nota fiscal para fornecer. Como a Instituição não pode tirar dinheiro do seu caixa sem um documento, resta a alternativa do escambo. Ela pode comprar uma peça para o motor do transporte, no mesmo valor do serviço prestado, em uma empresa formal, para trocá-la pelo serviço prestado.

Do ponto de vista contábil e tributário não há nenhuma irregularidade. A Instituição está totalmente legal. Mas se houvesse a exigência da prestação de contas financeira para o Ponto, esta operação alternativa (comprar uma peça para o motor do barco, para pagar o custo do transporte), daria prisão perpétua. Imagina misturar despesa de Capital com despesa de Custeio. Uma ofensa imperdoável, não ao dinheiro público, mas às regras criadas para um outro tipo de relação, que acabaram sendo improvisada para a relação do Estado com uma pequena Organização da sociedade civil.

Este tipo de situação se repete com os Pontos de Cultura que trabalham com música e percussão (a grande maioria). Vale para a construção de instrumentos de percussão, ou seu simples “encouramento”; vale para os bonecos gigantes, bois, mamulengos... cujos artesãos do interior também não têm como fornecer documento fiscal, mas demandam produtos que podem ser adquiridos em comércios com CNPJ e documentos fiscais, que comprovem a saída do recurso do Caixa da Instituição, para serem trocados pelo material útil à ação cultural do Ponto.

Certamente, qualquer mercadoria que for comprada para permitir o escambo com esses artesãos não estará prevista na planilha financeira. Na planilha estará o objeto ou serviço que foi efetivamente “comprado” (trocado) para garantir a correta execução do objeto pactuado.

Outra despesa recorrente, com as mesmas dificuldades de comprovação fiscal dentro da prestação de contas financeira é com as costureiras que costuram os trajes típicos e outros figurinos para os espetáculos do Ponto, das cozinheiras que cuidam da alimentação da Ponteirada, dos lanches para garotada, comprados na “tendinha” montada na frente da casa do morador da Comunidade...

Os exemplos são intermináveis e se multiplicam em nossas ações culturais de base comunitária, por este Brasilzão a fora (ou a dentro).

Mas, independente de qualquer argumentação para justificar a falta da necessidade de se comprovar financeiramente o que já foi previamente comprovado na hora do Edital, basta ver a quantidade de Organizações encalacradas, tendo que devolver um dinheiro que já foi gasto honestamente, porque a Nota Fiscal tem a data anterior à assinatura do termo pactuado com o Governo, ou porque faltou um carimbo disso ou daquilo. Enfim, de um detalhe que em nenhum momento comprometeu o cumprimento do objeto pactuado, mas que penaliza quem fez bom uso do dinheiro público.

Uma condenação perpétua, porque, de um modo geral, esses valores exigidos para devolução (de ações que foram devidamente realizadas), porque apresentam algum mínimo detalhe cartorial fora do padrão da burocracia do Estado, são impagáveis, ainda que os responsáveis pela Instituição proponente trabalhassem a vida toda só para isso.

AONDE ESTÁ A SIMPLIFICAÇÃO PROPOSTA PELA LEI????

AONDE ESTÁ A PRIORIDADE DA EXECUÇÃO DO OBJETO PACTUADO????

Afinal se o TCC é um instrumento novo, sem precedentes nas cartilhas do Órgãos de Controle, o que impede que ao invés de se inspirar no instrumento jurídico que se mostrou absolutamente incompatível com as ações de Cultura Viva, o Convênio, ele venha a se inspirar em outros instrumentos jurídicos de transferência de dinheiro público, como os Prêmios, Bolsas, Contratos, que não exigem prestação de contas financeira?

Não se trata de transformar o TCC em nenhum desses instrumentos jurídicos citados a cima, mas usá-los como fonte de inspiração para a regulamentação do TCC, ao invés de praticamente copiar o modelo do Convênio, como vimos nas 19 versões de minutas da IN que vai regulamentar a Lei 13.018.

Com mais um detalhe a favor de uma decisão que respeite o espírito da Lei Cultura Viva: até a redação desta última versão, a 19ª, havia o fantasma do MIROSC (Lei 13.019) gerando um certo pânico e algumas dúvidas da prevalência de uma Lei sobre a outra. Este problema não existe mais, com a derrubada da Lei 13.019 no Congresso.

Ou seja, mais um ponto a nosso favor.

Não resta nenhuma dúvida de que para dar conta da “viuvez” dos Órgãos de Controle, com a perda das planilha financeiras, de carimbos, de documentos fiscais, para a análise de prestação de contas, que lhes deixam um “grande vazio na cama”, tirando-lhes seu Norte magnético, a discussão tem que deixar o campo técnico para ganhar uma dimensão política.

POR FAVOR MINISTRO JUCA FERREIRA INTERFIRA POLITICAMENTE NESTE PROCESSO, PORQUE TECNICAMENTE SEGUIREMOS CORRENDO ATRÁS DO PRÒPRIO RABO, SEM SAIRMOS DO LUGAR.

Só o Sr. tem poder para acabar com este cabo de guerra que se iniciou na gestão anterior e para a nossa decepção se estende na sua gestão, quando nos foi apresentada a 19ª versão, com os mesmos vícios.

Esta é uma decisão que foge da alçada da gestão da SCDC. É uma decisão para o peso da tinta da caneta do Ministro.

Beijos

Davy

---------------------------------

Para entender mais um pouco: Ponto de Cultura @ Revista GLOBAL

 



Besouro Verde- o poder da informação

7 de Abril de 2015, 20:39, por Rafael Pisani Ribeiro

   [1]Britt Reid (Seth Rogen) está perto dos 30 anos e não quer saber de responsabilidades, dedicando sua vida à diversão. Até o dia em que seu pai, (Tom Wilkinson) morre misteriosamente e ele precisa assumir os negócios da família, ficando à frente de um grande e respeitado jornal. Milionário e entediado, Reid resolve criar um personagem junto com seu fiel funcionário Kato (Jay Chou), fera das artes marciais e grande inventor de máquinas revolucionárias. Cheios de vontades, surge então o Besouro Verde. Só que a cidade está nas garras de Chudnofsky (Christoph Waltz), um criminoso que busca meios der ser mais ameaçador para as pessoas. (link para assistir ao filme http://www.cinemaonlinegratis.com/64/O-BESOURO-VERDE-ASSISTIR-FILME-ONLINE    abaixo o filme será descrito, portanto é aconselhável vê-lo antes.)

   Britt Reid começa a investigar sobre o passado do pai, até que decide virar heroi. Sua motivação inicial é a raiva que tem deste, e por isso sua primeira missão é destruir uma estátua que o simboliza. Isso faz com que mude de uma vida regada a bebidas e preguiça,  para uma vida cheia de ação, controvérsias e objetivos, assim como grandes mudanças. Britt Reid parece representar o lado ideológico, enquanto Kato a força. Algo interessante é que ao fim, Britt dá um novo significado à sua relação paterna. Percebe que o pai foi um verdadeiro heroi e que se sacrificou, recolocando a cabeça da estátua no lugar.

   O filme trata de diversos temas, mas em geral relaciona política, crime e mídia. Reid é dono do jornal “O Sentinela Diário”. Scanlon é um político importante da cidade e Chudnofsky é o chefe do crime organizado. O filme mostra que esses três elementos estão extremamente ligados, de forma que Scanlon se utiliza de “O Sentinela Diário” para limpar sua imagem em relação ao crime, pois já que é impossível acabar com ele, cria-se a ilusão de tal. Para isso se utilizou do jornal e foi preciso fazer um trato com Chudnofsky. O pai de Britt estava no centro dessa relação, e até certo tempo se deixou manipular por ela. Porém quando não mais o fez foi morto. Britt se encontra novamente no meio dessa relação, mas agora com oportunidade de mudá-la.

   Em termos implícitos, o filme discute como as informações na mídia são manipuladas e uma possível ligação com a ideia de crime, nos fazendo questionar: o que de fato é crime? Porque de um lado Britt cometeu um crime dentro de seu meio, mas pela lógica comum Scanlon foi um grande criminoso e o mais inteligente. Através do besouro verde, foi criado um novo arquétipo de heroi, não com super poderes e nem fantástico, mas um ser humano comum que decide lutar pela “justiça” (exceto pelo fato de ser milionário).

   Mostra em termos muito claros como o “crime organizado” se organiza, isto é, pela força e sua base social. Nos faz perguntar novamente: se nem sabemos o que é crime, o que é combater o crime? Ao fim do filme, uma gravação salva o dia e denuncia aqueles que precisam ser denunciados, fazendo com que o besouro verde tenha cumprido sua missão. Mais implícito ainda, é que o filme mostra uma superioridade do privado em relação ao estatal, como se os empresários e donos de jornais fossem mais importantes que o estado. Aliás, não faz nenhuma menção ao estado exceto com Scanlon. Ou seja, o estado é corrupto e o privado é heroi. Mas a pergunta final é: qual o real poder de uma informação?

Lembrem- se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

 

Referências:

Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28983/ Adoro cinema/ http://www.adorocinema.com . Data de acesso: 30 de Agosto de 2014

Disponível em: http://www.cinemaonlinegratis.com/64/O-BESOURO-VERDE-ASSISTIR-FILME-ONLINE Cinema Online/ http://www.cinemaonlinegratis.com . Data de acesso: 30 de Agosto de 201

 

 

[1] Fonte da sinopse: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28983/

 

 

 



O camelo e o camelô

9 de Março de 2015, 20:38, por Rafael Pisani Ribeiro

     Sempre que passo no centro vejo um sujeito com uma barraca e nela há pedaços de bolo e garrafas de café. Em todas as vezes que passei, o vi entregando um copo de café e um pedaço de bolo, apenas uma vez. Não vi entrega de dinheiro e suponho que tenha visto só a parte final da troca comercial. De qualquer forma, convivemos diariamente com os ditos camelôs. Tornou-se tão normal no cotidiano, que nem mesmo pensamos sobre essa profissão, se é que assim pode ser chamada.  Assim como no “amolo-faca-tesoura-e-alicate”, a história parece ser muito mais complexa.

     Enquanto ando na rua e observo a movimentação, também observo o modo em como às pessoas andam. Todas apressadas, aparentemente inseguras e ignorando o mundo à sua volta, exceto aquilo que pode afetá-las negativamente.  É como se criassem uma bolha ao redor de si com a função de filtrar diversos estímulos, exceto os perigosos.  A frase “Ado, ado cada um no seu quadrado” parece descrever isso muito bem.

    A bolha fica tão forte, mas tão forte que essas pessoas, ou até mesmo eu, ignoram a presença dos camelôs. Em todo grau, sua percepção nega percebê-los e é quase como se não existissem, como se estivessem em um universo diferente. Isso é pior ainda para os moradores de rua. Esses só existem quando pedem dinheiro ou estão no chão a frente deles, e é preciso desviar. Talvez Gabriel o pensador esteja certo quando diz na música “O resto do mundo”: “A minha sina é suportar viver abaixo do chão...” Ele ainda consegue resumir na mesma música o ato de pedir esmola:

“Eu tô com fome,
Tenho que me alimentar”.
Eu posso num ter nome, mas o estômago tá lá,
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau,
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal...”.

De toda forma, esses parecem não existirem socialmente. Os noticiários têm culpa pela criação dessa bolha, mas as pessoas são responsáveis por permitir que esta seja criada. Além disso, como ficam os camelôs?

    Não sei a origem da palavra camelô, mas ela me lembra de camelo. Sim, aquele animal chamado camelo que é usado como meio de transporte no deserto. Esse animal possui diversas vantagens. Ele pode carregar pessoas e mercadorias por longos dias, apesar de ser um animal seu custo pode não ser tão alto. Além disso, é usado para longas movimentações, necessitando de comida e pouca água. Por esses fatores, é possível andar com muitos camelos no deserto. E os camelôs com isso?

    O princípio é quase o mesmo. Estão por toda parte e podem estar em qualquer lugar, possui uma característica nômade. Necessitam de poucos recursos para iniciar, pois seu produto é extremamente barato, e, portanto de baixo custo. Podem estar reunidos em um só local, ou cada um no seu canto. Na primeira, parecem passar mais “confiança”, no segundo parece mais estranho. Vendem desde produtos alimentícios à produtos eletrônicos. Mas tanta vantagem tem um problema.

    Enquanto o sujeito do amolo-faca-tesoura-e-alicate parece ganhar pouco, porém sem risco de perda, esses podem ganhar muito, mas com risco de perda total.  Nunca vi, mas sabe-se que quando não há licença para vender nas ruas, é permitido ao estado confiscar os produtos. Essa é uma questão complexa. Já cheguei a ver um pipoqueiro ser abordado por tal razão, e foi ruim vivenciar, pois o sujeito parecia extremamente pressionado. Em um ato desses perde-se todo o “investimento”. Talvez o pouco que tinha. O estado nem deve ter o que fazer com a mercadoria, talvez até a utilize. Tudo em prol das grandes empresas e seus direitos, autorais ou não! Mas a questão não é tomar as mercadorias. É tomar as esperanças de uma vida, quem sabe até uma vida!

    Como dito no amolo-faca-tesoura-e-alicate, a aposentadoria não é suficiente para viver com qualidade, assim como o salário mínimo. E muito menos há espaço para todos no mercado de trabalho formal.  Talvez seja essa uma razão para se tornar camelô.  Como o produto é muito barato, seu custo é, portanto muito baixo. Se um CD é cinco reais, seu custo deve ter sido de R$ 1,50. É violência sobre violência!  Disso não se deve esperar tanta qualidade, mas não significa necessariamente baixa qualidade. Deve ser muito ansiolítico trabalhar em um meio onde de uma hora para outra você pode perder todo seu investimento e produtos. Quem dirá saber o tempo de trabalho e quanto ganham ao mês!

    Ademais, parece ser diferente comprar em um camelô isolado ou um junto a vários outros, ainda que seja o mesmo camelô. Por outro lado, parecem ser extremante necessários para o consumo. Apesar da lei, ninguém, ou uma minoria tem condições de comprar só produtos originais. As grandes empresas tentam afirmar que é justo elas controlarem o mercado!

   Muitos dos “donos” de camelôs não tiveram acesso ao mercado de trabalho formam, e acharam essa saída. O consumo seria extremamente reduzido sem eles.  O que seria dos comerciantes, consumidores e do próprio camelô sem suas corcovas?

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

Referências:

Disponível em: http://blogoosfero.cc/verdadeoumentira/verdade-ou-mentira/amolo-faca-tesoura-e-alicate Rafael Pisani Ribeiro/ http://blogoosfero.cc/verdadeoumentiraData de acesso: 09 de Março de 2015

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/o-resto-do-mundo.html Gabriel o Pensador/ http://www.vagalume.com.br Data de acesso: 09 de Março de 2015

 



Amolo faca, tesoura e alicate

2 de Março de 2015, 14:33, por Rafael Pisani Ribeiro

       Recentemente ocorreu um evento estranho. Não foi um estranho postivo e muito menos negativo. Na verdade, foi aquele tipo de evento que altera um pouco a trajetória da vida. Em termos classificatórios, um evento reflexivo. Parado em casa, sem muito o que fazer, a campainha toca. Certamente não foi um evento feliz, ouvi-la tocar. Queria ficar sozinho naquele momento e o toque de uma campainha poderia significar tudo, inclusive o fim de minha solidão intencional. Não uma solidão solitária, mas daquelas que se quer ter, daquelas que servem para dar um tempo a si mesmo. A escolha não era negar a presença do outro, e sim escolher a si mesmo, ao menos por algum tempo. Mas essas ideias não apareceram no momento. O que me veio foi o sentimento que pode ser traduzido pela seguinte frase: “Que incômodo, o que será?”. Porém, apesar de todas as circunstâncias não poderia deixar de atender a campainha.

       Decidi atender de uma forma mais prática. Uma forma em que nem mesmo ir ao portão era necessário. Bastou abrir a janela e perguntar: “Quem é?”. E eis que vem a resposta marcante. Mas antes, vamos a descrição da cena. Parei em frente à janela, a uma distância considerável do portão, que dirá do sujeito. Fiz a pergunta e eis que me aparece alguém segurando uma espécie de mala de ferramentas, provavelmente adequada ao trabalho e vestido de forma simples. Sua vestimenta não era nem feia nem bonita, alguns podiam julgar mal o indivíduo, mas era a sua roupa própria para o trabalho. Ora, ninguém faz trabalhos manuais de terno e gravata! Então, um senhor que aparentava ter próximo de 40 anos diz: “Amolo faca, tesoura e alicate”. E eu digo: “Não, hoje não senhor.”, de forma mais educada possível. Mas esse foi um evento no mínimo estranho.

       Primeiro a minha ação. Juro que a resposta não foi intencional, muito menos consciente, aliás, foi inconsciente, mas no sentido de automática, não demandou esforço algum de pensamento. A resposta em si também é estranha. Eu provavelmente contei uma mentira, ou melhor dizendo, uma meia verdade. De fato não era possível querer o serviço naquele dia. Primeiro porque não sou o responsável pela cozinha da casa e segundo porque não tinha dinheiro naquele momento. Isso justificava a resposta: “Não, hoje não senhor.”. Mas essa era a metade verdadeira dela. A metade mentirosa está em sua essência. Provavelmente a resposta correta seria: “Não, nunca senhor.” Não pelo sujeito em si, nem pela profissão, mas pelos motivos que justificam a meia verdade. Todavia, a resposta foi automática e não dá para mudar o passado. 

       Agora pelo lado dele fica um pouco mais estranho, quase uma questão social. O que pensaria esse senhor se dissesse: “Não, nunca senhor.”? Ficaria certamente desapontado, mas a resposta seria a mais sincera possível. Mas sem querer escolhi ser educado, e nesse caso fazer isso, significou ser mentiroso. Será que é sempre assim? Segundo, quantas vezes naquele dia, ou quem sabe naquela semana ele não teria ouvido a mesma frase? Será que foi mais do que uma resposta oposta? Ou pior, quantas pessoas disseram “Pode entrar?”. Esse já é um terceiro ponto a ser analisado. Continuemos nesse. Analisando a situação em si, valorizei o sujeito de uma forma extremamente baixa, ou melhor, o desvalorizei. Nem me dei ao esforço de abrir o portão para ele dizer o que queria ali. Tudo que fiz quanto a minha resposta, foi fazer como que um sim com a cabeça e sair, sem demonstrar emoção. Quem sabe tenha se acostumado com aquilo. E ainda, quem era aquele sujeito?

       Poderia ser um senhor aposentado querendo aumentar a renda, pois a aposentadoria não era suficiente. Isso é possível porque não sabia sua idade ao certo. Tudo que tenho sobre ele é um chute. Poderia também ser um pai de família desempregado tentando seu sustento, ou ao menos um que tentava aumentar a renda nesses tempos difíceis. O fato é que a aposentadoria de salário mínimo não é suficiente para se viver com qualidade, assim como o salário mínimo. E muito menos há espaço para todos no mercado de trabalho formal. Em todas as possibilidades, a de o sujeito ser alguém bem sucedido me parece mínima, cabendo a reflexão. Pensando agora no contexto geral, porque ao menos não fui abrir a porta?

       No meu caso específico já foi explicado anteriormente: a solidão desejada. Mas em outros, parece ter a ver com a noção de segurança, ou melhor, insegurança. As pessoas parecem estar com tanto medo, que negam a entrada de qualquer sujeito em sua casa, principalmente se não estiverem bem vestidos. A casa parece ter virado um espaço de segurança privada, na qual ninguém, exceto quem é permitido entra. Por essa razão, a frase extremamente objetiva do indivíduo: “Amolo faca, tesoura e alicate” parece não ter efeito. Não pela frase em si, pela lógica do marketing é o slogan perfeito, diz tudo que tem a oferecer. Talvez a razão seja contextual. Um sujeito aparentemente mal vestido toca a campainha e tenta vender algo em que é preciso entrar no domicílio. O produto não importa, não vai entrar em minha casa! Em certo grau, tal situação demonstra vários aspectos sociais.

       Um deles é a automatização de certas respostas, mesmo para aqueles com alguma capacidade reflexiva e consciência social. O outro, sobre um mercado de trabalho onde não há espaço para todos, e mesmo para quem o alcança, só é o suficiente para sobreviver. E o terceiro, sobre certa insegurança social, pessoas aprisionadas dentro de si e sua casa, sempre prevendo as possibilidades negativas. Estranho é que em termos mercadológicos, a pessoa fez da melhor forma possível, errando só na questão social que não tinha como saber. Tudo através do senso comum. Tinha um bom slogan, e dava a comodidade ao cliente de levar o serviço em casa.

       O mesmo ofício feito em lojas fixas custaria gasolina ou passagem de ida e volta e mais o serviço. Ou seja, em termos de comodidade estava perfeito, e essa ideia genial veio de alguém provavelmente sem estudos na área. Bastou pensar: “Que tal ir de casa em casa tentar ganhar dinheiro com o que faço?”, mas em uma linguagem bem mais simples, talvez “Vou trabalhar”. Apesar de tudo isso há algo extremamente pior. Dentre os que aceitam o serviço, há a possibilidade de querer pagar um valor injusto. Em todo grau, deixo meu respeito nesse texto a esses trabalhadores. Reparem, após tudo, o valor cobrado pelo serviço foi o que teve menos importância. Como fica o vendedor nessa história?

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

 



Power: O poder por trás da energia...

2 de Março de 2015, 5:14, por Blogoosfero

Este especial traz a história de personagens históricos e contemporâneos que dedicaram suas vidas a encontrar novas formas de obter o bem mais precioso para o homem moderno: a energia.

Seres Humanos que usaram toda sua criatividade para desenvolver energias alternativas para continuar alimentando o progresso da humanidade, mas que enfrentaram sérios problemas com as empresas petrolíferas e similares que controlam a produção e distribuição de energia fóssil.

Chamam a atenção as farsas montadas contra Paul Pantone, que inventou um motor ecológico, movido à agua, ferindo assim os poderosos interesses das petroleiras e das montadoras norteamericanas.

Se os EUA fizeram o que fizeram com grandes cientistas de seu próprio país, porque não destruiriam um país todo para meter a mão no seu petróleo???

A Lava Jato não é uma investigação que visa acabar com a corrupção na Petrobras e no Brasil. É antes de mais nada um ataque contra a maior produtora de petroleo de capital aberto do mundo, estimulado pelos interesses imperiais dos EUA e que conta com a vassalagem de parte dos juízes e políticos do Brasil. Usa-se um tema de forte apelo popular e moralista para esconder o verdadeiro objetivo: METER a MÃO em toda a riqueza natural do Brasil, começando pelo valiosíssimo Pré-Sal até chegar à Amazônia e toda nossa capacidade de produção de energia aeólica e solar.

Que os corruptos e corruptores sejam punidos e não a Petrobras, nosso maior patrimônio, criado e desenvolvido com o esforço e com as riquezas produzidas por todos nós Brasileiros e Brasileiras, que trabalhamos, pagamos impostos e construímos efetivamente a riqueza material deste país.



Agua não serve para produzir energia

23 de Fevereiro de 2015, 8:43, por Rafael Pisani Ribeiro

    O tema de fevereiro foi “Cadê a Água?”.O primeiro texto foi “quem-roubou-a-agua”, questionando se há um culpado de seu sumiço. O segundo tratou sobre “o-que-seriamos-sem-a-agua” e finalmente o terceiro relacionou “coca-cola-mineração-e-a-falta-de-agua”. O último será sobre energias alternativas.

    No primeiro texto, foi debatido sobre a influência do meio político na crise hídrica. A conclusão foi que não há influência marcante de um único partido político. Eles são nada mais que um elemento na estrutura política democrática. O segundo, sobre como seria a vida sem esse bem natural tão importante e a conscientização gerada pelo problema. No terceiro, dados mostraram que apesar da falta de água, ela não ocorre somente para o consumo humano, pois uma parte significativa vai para a Coca Cola e seus refrigerantes, Mineração, Siderurgia, Indústria e Agroindústria. Uma das conclusões foi que parece prevalecer a lógica do lucro. Pois bem, vejamos as energias alternativas e/ou renováveis. As1 energias disponíveis são: eólica, hidráulica, biomassa, maremotriz e geotérmica.

    A Biomassa tem a vantagem de ser nula na produção de CO2, pois recupera a quantidade que cria. A eólica2 tem vantagens como ser inesgotável, não emitir gases poluíveis e ser positiva para a comunidade onde se instala, o Estado e seus promotores. Por outro lado, ocupa espaço considerável e a energia é gerada de acordo com a quantidade de vento, que não pode ser controlada, além de afetar as aves e produzir um ruído constante.3 A energia solar pode ter alguma vantagem sobre as hidrelétricas. Isso porque uma casa com esse tipo de abastecimento gera 1000KWh (Quilowatt-hora) de energia por mês com placas unilaterais recebendo 5 horas de sol por dia e custa 40 mil reais. Se considerarmos 10 horas de sol, com 800 milhões de reais, sería possível gerar 20 milhões ou 20MWH (Megawatt-hora) por mês.

    Meios para gerar energia sem usar água existem, o problema é quando o lucro atrapalha. Se todos querem ganhar encima, claro que a tecnologia irá ficar cara. Mas o tema em questão serve para todos, isto é, a existência de um bem tão importante quanto a água. Tratá-la assim é pensar na humanidade. Além de todas essas fontes já conhecidas, e com diversos textos por ai a descrevê-las, que tal ser criativo?

    4Alfredo Moser, um mecânico da cidade de Uberaba, município de Belo Horizonte, conseguiu criar lâmpadas utilizando uma garrafa plástica pet com água e cloro. Ou ainda, a próxima ideia parece ser ainda mais prática. 5TODO TELHADO É UM GERADOR DE ENERGIA EM POTENCIAL. E demora menos tempo para aplicar que hidroelétricas

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani


Referências:

Disponível em: http://blogoosfero.cc/assembleiapopular/blog/energia-solar-para-todos-e-mais-viavel-que-hidreletricas Thiago Henrique Ferreira Zoroastro/ http://blogoosfero.cc/assembleiapopular Data de acesso: 20 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://blogoosfero.cc/assembleiapopular/blog/todo-telhado-e-um-gerador-de-energia-em-potencial Thiago Henrique Ferreira Zoroastro/ http://blogoosfero.cc/assembleiapopular Data de acesso: 20 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://blogoosfero.cc/verdadeoumentira/verdade-ou-mentira/quem-roubou-a-agua Rafael Pisani Ribeiro/ http://blogoosfero.cc/verdadeoumentira Data de acesso: 20 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://blogoosfero.cc/verdadeoumentira/verdade-ou-mentira/o-que-seriamos-sem-a-agua Rafael Pisani Ribeiro/ http://blogoosfero.cc/verdadeoumentira Data de acesso: 20 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://livrevozdopovo.blogspot.com.br/2015/02/brasileiro-inventor-de-luz-engarrafada.html Damiao Dantas/ http://livrevozdopovo.blogspot.com.br Data de acesso: 20 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-mais/energias-renovaveis-ou-energias-alternativas neosolar energia/ http://www.neosolar.com.br Data de acesso: 20 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://www.portal-energia.com/vantagens-desvantagens-da-energia-eolica/ Portal Energia/ http://www.portal-energia.com Data de acesso: 20 de Fevereiro de 2015

 

_____________________________________________________________



Coca Cola, Mineração e a falta de Água

16 de Fevereiro de 2015, 19:52, por Rafael Pisani Ribeiro

Inspirado por um ótimo texto, onde o autor descrevia como seria São Paulo sem água decidi falar sobre essa possibilidade com um olhar diferente. Por isso tentei procurá-lo, mas não achei. Para uma compreensão mais detalhada dos dados utilizados é interessante ler as referências. Em todo grau, o 1 site terra tem uma notícia do tipo. E não vem desprovido de ideologias, ainda que tente disfarçar.

Passa informações importantes e mostra como se tornaria a vida do cidadão. Essas informações vieram inclusive como uma possibilidade, dando material a imaginação. A questão ideológica, no entanto, não é essa. Em suas possibilidades só o cidadão é responsável pela falta de Água. Só ele paga o preço. Empresas, fábricas e comércios continuam na mesma, ou melhor, tem prejuízo, mas o cidadão paga por ele. O ponto de interesse é exatamente esse.

Primeiro vamos trocar o termo culpa por resposabilidade. O cidadão é sim responsável pela crise hídrica, mas não com maior parcela. É preciso que tome consciência e saiba utilizar um bem tão valioso, mas outras instâncias tem uma responsabilidade ainda maior. Essas instâncias tem a vantagem da proteção informacional, isto é, os meios de comunicação tiram sua responsabilidade e culpam o cidadão. As empresas são responsáveis, os cidadãos culpados. Afinal de contas, quais são essas outras instâncias?

As empresas e atividades listadas no título são grandes exemplos. Vejamos a produção de refrigerantes. Segundo 2esse site a Água é seu principal componente e é matéria-prima indispensável. Em termos numéricos quanto de Água a produção de refrigerantes gasta? Com certeza não é pequena. Portanto viva a Coca Cola e sua grande responsabilidade sobre a falta de Água! Um possível corte na produção de refrigerantes fez falta na previsão do Site terra. E ainda por cima há outras marcas e produtos aos quais a Coca Cola é possuidora, onde provavelmente a Água também é ingrediente indisponível. E a mineração?

Segundo 3esse site, Minas Gerais pediu ao cidadão Mineiro que economizasse até 30% de Água. Assim como pretende racionar e aplicar multas e sobretaxas para consumos excessivos. O problema não é o cidadão economizar, mas sim torná-lo o maior “culpado” e ainda fazê-lo pagar mais caro por isso.

Mineração, Siderurgia, Indústria e Agroindústria são as maiores consumidoras. Logo após vem o saneamento e por fim o cidadão. Em termos do rio Paraopeba 56,30% de sua Água é utilizada para indústria, mineração e plantações. Equivale a dizer que menos da metade é para consumo humano! Dentre os vários usuários empresariais, somente um deles consome diariamente o suficiente para abastecer uma cidade de 700 mil habitantes por dia. O cidadão é que deve economizar?

É ilógico responsabilizar o que menos consome, e mesmo com uma economia perfeita o resultado não seria considerável no todo. 30% de quem tem, em um chute estatístico 40% do consumo equivale a um consumo reduzido de 12%. Se as Mineradores consomem muita Água e ela está faltando, que se transfira seu uso para o consumo humano e se reduza para a mineração. Se vai faltar Água para beber, que se dê fim a produção de refrigerantes. Assim aparece a pergunta: metais minerados e refrigerantes são mais importantes que tomar Água?

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

Referências:

Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/sp-falta-agua/ Terra/ http://noticias.terra.com.br Data de acesso: 13 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://www.setor1.com.br/bebidas/refrigerantes/a_gua.htm Setor 1/ http://www.setor1.com.br Data de acesso: 13 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://minaslivre.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=3006 Thaís Mota/ http://minaslivre.com.br Data de acesso: 13 de Fevereiro de 2015



O que seríamos sem a água?

9 de Fevereiro de 2015, 11:43, por Rafael Pisani Ribeiro

Atualmente na mídia, jornais, canais de televisão e internet retratam uma triste realidade. O Brasil está enfrentando uma crise hidráulica. A partir dessa cena, toda a população está preocupada e mais do que isso, todos começaram a pensar na real importância dessa relíquia natural.

É comportamento típico do ser humano: Começar a dar valor quando está prestes a perder algo importante. Nessa fase, a consciência pesa, a memória assombra e o pensamento acelera na expectativa de se descobrir uma solução. A partir desse conceito e com base à possível falta da água em nossas casas, façamos esse questionamento: O que seríamos sem a água?

Todos os dias, saímos das nossas casas rumo ao trabalho, faculdade, cursos. Seja lá qual for o local de destino, no caminho cruzamos por semáforos, outdoors, iluminação pública. Também falamos ao telefone, utilizamos computadores e demais tecnologias para nos comunicar e resolver questões tanto profissionais, quanto pessoais. Na correria do dia-dia, nem pensamos no assunto, mas nada disso existiria se não houvesse a água para gerar energia nas hidrelétricas e nos possibilitar exercer a todas essas atividades.

Na verdade, não é preciso pensar tão profundamente. O ser humano não teria condições de viver sem ingerir essa substância, tendo em vista que mais da metade de nosso corpo é composta por água. Não conseguiríamos tomar banho, lavar louça ou arrumar a casa. Ficaríamos impossibilitados de executar tarefas simples no cotidiano. Uma vida sem água é uma vida impossível.

Estamos enfrentando essa crise e sentindo em nossa rotina uma pequena amostra do que pode ocorrer caso esse bem natural acabe. É triste dizer, mas o maior responsável por essa situação é o próprio homem. Toda a população gastou água demasiadamente, desperdiçou-a tomando banhos demorados, não fechando a torneira ao escovar os dentes e de inúmeras outras maneiras.

O fato é que ninguém esperava que o clima quente, a falta de chuvas e o consumo excessivo gerassem a diminuição no reservatório. Todos sempre ouviram dizer sobre a necessidade de economizar água e se conscientizar com relação a esse assunto, porém, a sociedade não deu a devida atenção aos alertas por pensar que esse dia nunca iria chegar, mas chegou.

Agora estamos na luta contra o tempo: precisamos reduzir tal consumo bruscamente. Com as notícias se espalhando, todos preocupados tentam minimizar o gasto de água da maior forma possível. Já não seria tarde demais? Tarde demais ou não, no momento atual todos já refletiram e sabem que sem a água, viver na Terra não seria possível. E respondendo à pergunta inicial: É melhor não esperarmos sentados e fazermos a nossa parte da melhor maneira que conseguirmos, pois certamente ninguém gostará de descobrir na pele o que seremos sem a água.

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Stephanie Mendes

 

 



Quem roubou a água?

2 de Fevereiro de 2015, 16:51, por Rafael Pisani Ribeiro

   

    Há um clima de tensão pela falta de água em São Paulo e as notícias midiáticas tradicionais tendenciosas. Por isso o tema do mês de Fevereiro será: “Cadê a água?”.

    É preciso analisar a estrutura política democrática. O Brasil possui 26 estados, cada um com seus Municípios. Em termos hierárquicos, o Presidente representa o país, o Governador o Estado, o Prefeito o Município. Nas instâncias de poder existe o1legislativo, executivo e Judiciário. O primeiro cria as leis, o segundo as executa e o terceiro fiscaliza sua execução. Os Deputados Federais, Estaduais e Vereadores representam o legislativo. Portanto, em tese o sistema é perfeito. Leis são criadas, executadas, podendo ser revistas em ato e necessidade.

    Em função disso, o presidente não pode cuidar de tudo. São as esferas federal, estadual e municipal. O presidente sempre tem participação no todo, mas em um estado ou município, governador ou prefeito são os principais responsáveis. O presidente só é o responsável se algo ocorrer no todo mais ou menos simultaneamente ou com intervalos de tempo curtos. O único modelo político em que uma única pessoa é responsável pelo todo é a ditadura, que possui um ditador. Ainda assim na democracia existem jogos de poder criados pelos elementos, mas sua estrutura se mantém. O que se conclui disso?

    Nem tudo é culpa dos partidos unicamente, quaisquer que sejam. Eles são os elementos que disputam o poder, mas não derrubam a lógica da Democracia. E a questão da água? São Paulo2 foi o primeio Estado a ter falta dela. Portanto a responsabilidade (não culpa) é principalmente do Governador, com seu respectivo partido. Só se o problema fosse simultâneo em todo o país seria questão do Presidente e seu respectivo partido. O objetivo não é defender ou criticar partidos específicos, mas analisar a estrutura política. No fim eles podem não ter sido de fato culpados, quem sabe meros participantes.

    Evidentemente uma crise não se apresenta sem antes dar avisos. Mas a necessidade de consumo,3 lucratividade e movimentação da economia impede qualquer tentativa de pensar em uma resolução. Só é problema quando afeta o lucro. E então?

   Ninguém roubou a água, talvez tenha sido uma ideologia que o fez.Chega dessa de sempre culpar o Presidente. Se informe para ter opinião!

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

Referências:

Disponível em: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/vestibular/noticia/2013/07/conheca-as-funcoes-dos-poderes-legislativo-executivo-e-judiciario-e-a-quem-cabe-questoes-que-estao-em-pauta-4194553.html Diário Catarinense/ http://diariocatarinense.clicrbs.com.br Data de acesso: 30 de janeiro de 2015

Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/12/sao-paulo-sofreu-pior-crise-de-agua-de-sua-historia-em-2014 Fernanda Cruz/: http://www.ebc.com.br Data de acesso: 28 de janeiro de 2015

Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2014/11/05/a-crise-hidrica-em-sao-paulo-e-no-sao-francisco-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/ redação/ http://www.ecodebate.com.br Data de acesso: 28 de janeiro de 2015

 

1  Para mais detalhes sobre os três poderes:  http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/vestibular/noticia/2013/07/conheca-as-funcoes-dos-poderes-legislativo-executivo-e-judiciario-e-a-quem-cabe-questoes-que-estao-em-pauta-4194553.html

2Fonte:  http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/12/sao-paulo-sofreu-pior-crise-de-agua-de-sua-historia-em-2014

3Sobre a falta de água e o lucro:  http://www.ecodebate.com.br/2014/11/05/a-crise-hidrica-em-sao-paulo-e-no-sao-francisco-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/



Ele resistirá?

27 de Janeiro de 2015, 13:04, por Bertoni

As teles não perdem tempo!

Leia mais em:

http://convergecom.com.br/portal/eventos/seminario-politicas-de-telecomunicacoes/