Quem opta por ser tornar uma figura pública é obrigado a seguir uma cartilha de bom comportamento, porque senão o seu futuro será voltar ao anonimato.
Ele deve ser educado com todo mundo, sorrir sempre, mostrar que está de bem com a vida, saber se relacionar com a imprensa, engolir sapos...
Quando, então, se é político, candidato a qualquer cargo eletivo e principalmente à Presidência da República, essas regrinhas simples devem ser estritamente seguidas.
E ele deve saber que, uma hora ou outra, seja lá em que circunstância for, alguém vai jogar algumas cascas de banana na sua frente para ver se ele pisa nelas e escorrega.
Não precisa ser num debate pela televisão.
Pode ser numa trivial entrevista coletiva, ou num mero corpo a corpo com eleitores, ou à saída de algum compromisso.
Todo político já escorregou nessas cascas de banana.
O nosso querido FHC, por exemplo, perdeu pontos com o eleitorado quando lhe perguntaram, à queima roupa, se ele acreditava em deus.
O senador Suplicy se enrolou todo quando alguém quis saber dele o preço do pãozinho francês.
Perguntas tolas, como se vê, são capazes de perturbar até o mais treinado político profissional.
É o caso, agora, do senador Aécio Neves, a grande esperança da oligarquia nacional para defenestrar o PT do Palácio do Planalto.
Há muito tempo que as redes sociais o tratam como usuário de drogas.
O boato é tão forte que até mesmo o Estadão entrou na onda, quando o jornalista Mauro Chaves, já falecido, escreveu um artigo intitulado "Pó parar, governador", no qual criticava a intenção de Aécio de ser o candidato tucano à Presidência, no lugar de José Serra.
A insinuação era óbvia, o recado a Aécio, também - Chaves era fervoroso militante serrista.
Dessa forma, já sabendo o que falam dele - seus advogados tentam, a todo custo, censurar a internet para que a boataria cesse -, Aécio não deveria se comportar como tem se comportado quando o tema "drogas" é abordado por seus entrevistadores - ou pelo público.
Respostas evasivas, irônicas, truculentas, ou mesmo o silêncio, não vão ajudá-lo a desfazer os rumores, a maledicência dos adversários.
Quanto mais ele tentar fugir do tema, pior será para a sua candidatura.
Boatos se espalham muito rapidamente, especialmente esses que atingem figuras públicas, personalidades como Aécio Neves, que dependem do cultivo de uma imagem de homem probo, maduro e sério, para conquistar o maior número de eleitores de todas as classes sociais.
Ficar marcado, no meio de uma campanha difícil como essa, com a fama de playboy irresponsável, é algo fatal às suas pretensões.
A boataria que pode derrubar Aécio
25 de Maio de 2014, 22:12 - sem comentários ainda | No one following this article yet.
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