Triste, muito triste, desolado.
Sempre soube que há uma parte da sociedade brasileira que gostaria que no país houvesse um sistema de castas - os "homens de bem", saudáveis, ricos, vivendo no conforto do ar-condicionado, sem preocupações maiores que não escolher o melhor cardápio do restaurante, a roupa de grife, o destino das férias, e aquela gente feia, que não tem méritos para desfrutar os doces prazeres da vida.
Casa grande e senzala.
Burguesia e proletariado.
O que realmente me espanta, e que torna cada vez maior meu desconforto em ter de me relacionar com as pessoas de meu "nível" social, é que tais indivíduos, que antes só expressavam seu ódio de classes em privado, a petit comité, hoje têm orgulho em bradar essa anomalia em praça pública, nas redes sociais, em mesas de bar, como se essa degeneração de caráter fosse o natural do ser humano.
Bem, talvez seja mesmo.
Talvez seja eu o errado e eles o certo.
Talvez eu, na minha insignificância, não compreenda que o mundo sempre foi assim, dividido entre senhores e escravos, nobres e plebeus, fortes e fracos, ganhadores e perdedores.
E que sempre será, até a raça humana se extinguir por causa de sua estupidez cósmica e ser substituída pela operárias formigas.
Ou pelas repulsivas baratas.
A vez das baratas
26 de Outubro de 2014, 16:45 - sem comentários ainda | No one following this article yet.
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