Alunos continuam nas ruas após um mês de ocupação das escolas
December 9, 2015 10:51Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Após um mês do início do movimento de ocupação das escolas da rede pública do Estado de São Paulo, os alunos secundaristas continuam nas ruas. Nesta quarta-feira, os estudantes fizeram nova manifestação, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), agora voltada à defesa de educação de qualidade e de maior participação da comunidade na gestão escolar. O ato também é contra o autoritarismo do Estado e os cortes do governo na educação.
Iniciadas na Escola Estadual Diadema, na região do ABC, na noite do dia 9 de novembro, as ocupações começaram com o objetivo de combater a proposta de reorganização escolar do governo estadual. A ação, no entanto, extrapolou a intenção inicial: alcançou cerca de 200 escolas, levantou a discussão sobre a qualidade do ensino nas escolas públicas, derrubou o secretário da Educação, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, e fez com que o governador Geraldo Alckmin revogasse o decreto que instituía a reorganização escolar em todo o Estado.

Os estudantes assumiram o controle das escolas ocupadas, organizaram-se em equipes (de segurança, de limpeza, de atendimento à imprensa, de alimentação, de alojamento) e passaram a deliberar as ações do grupo por meio de assembleias. No lugar das aulas, eles desenvolveram uma rotina própria nos prédios ocupados, organizando aulas públicas e cursos.
O projeto da Secretaria da Educação do Estado previa o fechamento de 94 escolas e a transferência de cerca de 311 mil estudantes para instituições de ensino na região onde moram. O objetivo da reorganização, segundo a secretaria, era segmentar as unidades em três grupos, conforme a idade e o ano escolar. De acordo com o órgão, a segmentação melhora o rendimento dos alunos.
Os estudantes ressaltam que a comunidade escolar não foi ouvida pelo governo sobre as mudanças. Eles argumentam que as alterações e transferências, se colocadas em prática, causariam a ruptura, entre outras questões, da relação que os alunos desenvolveram com colegas e prejudicariam a logística dos pais, que muitas vezes se utilizam dos filhos mais velhos para levar os irmãos mais novos para a escola.
Novas reivindicações
Após conseguir a revogação da medida, os estudantes agora passaram a pressionar o governo por mais participação na gestão escolar, melhoria da infraestrutura das escolas e valorização dos professores.
– A nossa reivindicação agora, além da garantia de que os que participaram do movimento não serão retaliados, é pela melhoria da educação nas escolas e o aumento da participação na administração. A eleição do diretor pela comunidade é uma das propostas – destaca Fabrício Ramos, que cursa o terceiro ano do ensino médio na Escola Caetano de Campos, região central da capital.
A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, acredita que o momento é de fazer um debate profundo sobre a qualidade do ensino público.
– Essas ocupações provocaram os alunos de tal forma que eles vão dizer: eu não quero mais sentar em frente à lousa. Eu vou querer sentar no chão, vou querer outro tipo de aula, e isso vai requerer nova dinâmica para organizar o tempo, o espaço escolar. Estamos falando da necessidade de ter biblioteca, de ter laboratório, para que os alunos sintam que são convidados a ir e a ficar na escola.
Na última sexta-feira, horas antes do anúncio da revogação da proposta e da queda do secretário de Educação, a Apeosp contabilizava 205 escolas ocupadas e duas diretorias de ensino, a de Sorocaba e a de Santo André. Pela conta da secretaria, eram 196 escolas ocupadas.
Hoje, o número é menor. Gradativamente, desde a revogação do decreto, os alunos passaram a desocupar as unidades. A Diretoria de Ensino de Sorocaba já foi liberada pelos estudantes. Segundo a secretaria, 145 estavam ocupadas na noite de ontem (8); de acordo com o sindicato, eram 149.
Em meados de novembro, quando o movimento de ocupação começou a tomar corpo, o governo do Estado, por meio de ações na Justiça, tentou retirar os estudantes das escolas. Recorrentes pedidos de reintegração de posse foram feitos. No entanto, na maioria das vezes, os juízes e desembargadores se posicionaram contrariamente ao pedido do governo estadual. Na capital paulista, o colégio de desembargadores do Tribunal de Justiça, que jugava a ação, decidiu por unanimidade contra a reintegração.
Manifestações na rua
A revogação pelo governo da reorganização escolar ocorreu uma semana depois que os estudantes, principalmente a partir do dia 30 de novembro, passaram a fazer manifestações nas ruas, com o fechamento de cruzamentos importantes da capital, assim como das marginais e de estradas. Em reação a essa movimentação, a polícia começou a reprimir os alunos que participavam dos atos. Foram registradas agressões com cassetetes, gás de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. Alunos foram detidos e apoiadores, presos. A ação da polícia vai gerar uma denúncia na Organização dos Estados Americanos (OEA), segundo o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos.
– Temos uma ação já em curso na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA que trata da criminalização da juventude no Brasil. E agora apresentaremos, na próxima semana, um informe sobre a criminalização e a violência contra os jovens que estão legitimamente se manifestando aqui em São Paulo – destacou.
O Ministério Público (MP) estadual também passou a recolher dados e informações sobre a violência policial contra os alunos. O órgão ingressou com uma ação civil pública contra a reorganização proposta pela secretaria, pedindo a criação de uma agenda de debates sobre o tema em 2016. De acordo com o MP, o governo do Estado não respeitou os princípios da legalidade e da publicidade na administração pública ao tentar implantar a reorganização.
– O governo não pode agir de forma a surpreender o governado. Repentinamente, vem uma decisão ao final do ano de que aqueles alunos vão para outro lugar, para outra escola, em outra organização, isso traz surpresa, não houve transparência – disse o promotor Eduardo Dias Ferreira, um dos autores da ação. “Para fazer um paralelo, já imaginaram o que iria ocorrer se 311 mil alunos do ensino privado de São Paulo tivessem que deixar as escolas onde têm identidade e amigos há anos, para ser transferidos a outra escola?”.
A estudante Isabela Ramos da Silva, de 19 anos, aluna da Escola José Leandro de Barros Pimentel, em Barueri, disse que foi informada sobre o fechamento do curso noturno no fim do ano e que não recebeu nenhuma justificativa.
– Não recebemos nenhuma justificativa para o fato de o período noturno da minha escola ser fechado. Só ficamos sabendo: vai fechar o período noturno e não vai ter mais, e foi bem no final (do ano). Fomos uns dos últimos a saber. E aí ficamos surpresos. A gente até pôde fazer rematrículas para as escolas mais próximas, mas elas já estão superlotadas. Então, como vai receber mais gente? – questionou.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado disse que tem atuado para entregar escolas melhores, com ambientes mais preparados para cada faixa etária e com profissionais capacitados para atender aos estudantes: “As manifestações, embora legítimas, não podem desinformar e alimentar em pais e alunos falsos temores. Também não podem sobrepor o direito dos estudantes paulistas por uma educação de mais qualidade”.
Segundo a secretaria, manter juntos os alunos da mesma idade é prática comum de alguns dos melhores colégios do país e de países-referência em educação. “As informações, ainda não oficiais, propagadas por um sindicato com claras pretensões políticas, tenta, mais uma vez, inviabilizar melhores condições aos alunos e também aos profissionais da rede estadual. A secretaria lamenta e garante que permanecerá atuando por meio do diálogo com os educadores e o compromisso com o ensino”, acrescenta a nota.
De acordo com a Secretaria de Educação, a intenção era que as unidades tivessem ciclos únicos, porque há estudos indicando que o aluno tem rendimento 10% maior nesse modelo. Além disso, a secretaria informou que, desde 1998, as escolas estaduais deixaram de receber 2 milhões de matrículas. Por isso, há necessidade de readequação.
O governador Geraldo Alckmin, que suspendeu a reorganização escolar, disse que fará debates em 2016 para ouvir a sociedade. “Decidimos adiar a reorganização e rediscuti-la escola por escola, com a comunidade, com os estudantes e, em especial, com os pais dos alunos. Acreditamos nos benefícios da reorganização, 2016 será um ano de aprofundarmos o diálogo”, afirmou Alckmin.
Alunos desocupam mais de 50 escolas em São Paulo
December 8, 2015 11:08Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Os alunos do movimento contrário à reorganização escolar em São Paulo desocuparam 53 escolas, mas mantiveram a ocupação em 145 unidades, de acordo com a Secretaria Estadual da Educação. Duas diretorias estaduais de ensino, nas cidades de Sorocaba e Santo André, também foram devolvidas pelos alunos.
A desocupação de parte das escolas ocorre depois de o governo do Estado suspender a reorganização do ensino, que levaria ao fechamento de 93 escolas, medida que afetaria 311 mil alunos. A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Isabel Noronha, explica que o ideal seria a extinção definitiva desse projeto e que respeita a decisão dos alunos de continuar ocupando escolas.
O levantamento da Apeoesp mostra que os estudantes devolveram 64 escolas, mas 149 unidades permanecem ocupadas. De acordo com a Secretaria da Educação, à medida que as escolas são devolvidas, as aulas de reposição são retomadas. O cronograma de retorno varia entre as unidades.
Na segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin disse que não há razão para que as ocupações das escolas prossigam no Estado após o adiamento do projeto. “Não há razão nenhuma para ter escola hoje invadida. Se a causa era essa, agora é retomar as aulas para poder, o mais rápido possível, concluir o ano letivo. Esse é o objetivo”, disse.
Por causa da revogação do decreto, o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, entregou pedido de exoneração ao governador Geraldo Alckmin.

Manifestação de alunos bloqueia rodovia em São Paulo
December 7, 2015 9:53Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Alunos de São Paulo fizeram, na manhã desta segunda-feira um protesto que bloqueou quatro faixas da Rodovia Raposo Tavares, altura do cruzamento com a Avenida Benjamim Mansur, no sentido capital paulista. Apenas uma faixa nesse sentido ficou liberada para o trânsito, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Os estudantes são contrários à reorganização escolar no estado anunciada no final de outubro.
A Polícia Militar informou que acompanha o protesto desde as 7h20 e que não fez contagem do número de manifestantes. Na semana passada, além das ocupações em cerca de 200 escolas, os estudantes bloquearam avenidas importantes da capital paulista. Os protestos foram reprimidos pela polícia, com uso de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, para desobstruir as vias.
Na última sexta-feira, o governador Geraldo Alckmin recuou na proposta de implementar a reorganização, que tinha o intuito de separar estudantes por ciclo escolar, e disse que rediscutirá a medida. Os estudantes decidiram, porém, manter as ocupações por entenderem que o governo precisa formalizar sua posição e esclarecer os próximos passos da discussão que está sendo proposta.

Polícia usa bombas de efeito moral para reprimir alunos da USP
December 4, 2015 12:03Por Redação, com ABr – de São Paulo:
A Tropa de Choque da Polícia Militar reprimiu novamente a manifestação de universitários da Universidade de São Paulo (USP) com bombas de feito moral e gás lacrimogêneo. Os alunos protestavam no cruzamento da Avenida Paulista e com a Consolação, por volta das 11h, quando os policiais começaram a atirar bombas. Houve tumulto e correria no local.
Mais cedo, às 9h, a PM também atirou bombas na direção dos estudantes que protestavam pacificamente. O grupo de aproximadamente 100 pessoas é contrário à reorganização escolar promovida no ensino básico estadual, que levará ao fechamento de 93 escolas. Eles iniciaram a manifestação por volta das 7h30 na USP e percorreram cerca de 15 quilômetros, bloqueando vias como a Avenida Rebouças, Avenida Paulista Avenida Vital Brasil e Rua do Alvarenga. O grupo seguia, por volta das 11h30, pela Consolação.

Flávia Toledo, estudante da USP e diretora do Centro Acadêmico de Letras, explica que os estudantes de licenciatura estão preocupados com o futuro profissional. “Diversos estudantes de letras querem ser professores da rede estadual, então, defender a educação, que é um princípio básico, é também defender os nossos empregos. Há também o fato de que a universidade está sendo desmontada pelo governo estadual. O projeto de reorganização escolar é o mesmo de reestruturação da universidade, o que na verdade é a mesma precarização da educação”, disse.
Cícera Maria do Nascimento, dona de casa, voltava do hospital quando parou para apoiar a manifestação na Avenida Paulista. “Eu apoio os estudantes, acho muito ruim fechar escolas. Eu tenho filho que é aluno e vai ter que mudar de escola em Itaquaquecetuba”, disse ela.
Fechamento de escolas
Uma manifestação organizada por estudantes da Universidade de São Paulo (USP) bloquearam o cruzamento da Avenida Vital Brasil e Rua do Alvarenga, na Zona Oeste da capital paulista.
A Polícia Militar, que acompanhou a manifestação, tentou negociar a liberação de uma faixa para o trânsito, mas os estudantes recusaram e seguiram com o protesto. Flávia Toledo, explicou que os universitários devem se unir aos secundaristas de escolas próximas.
– Tomando como base o dia de quinta-feira, que foi um massacre da Polícia Militar, diversos estudantes foram reprimidos. Então, a gente vai se articular com os atos nas outras escolas – diz a aluna. Na quinta, o protesto dos alunos foi reprimido com o uso de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
Flávia conta que os estudantes de licenciatura da USP estão preocupados com o futuro profissional. “Diversos estudantes da letras querem ser professores da rede estadual, então defender a educação, que é um princípio básico, é também defender os nossos empregos. Há também o fato de que a universidade está sendo desmontada pelo governo estadual. O projeto de reorganização escolar é o mesmo de reestruturação da universidade, o que, na verdade, é a mesma precarização da educação”.
O Ministério Público do Estado de São Paulo entrou com pedido de suspensão da reorganização escolar. Segundo o MP, a Justiça deverá se manifestar em até 72 horas sobre a ação. Para o MP, o governo do estado não respeitou os princípios da legalidade e da publicidade na administração pública. “Repentinamente, vem uma decisão ao final do ano que aqueles alunos vão para outro lugar, para outra escola, em uma organização, isso traz surpresa, não houve transparência”, disse nessa quinta-feira o promotor Eduardo Dias Ferreira, um dos autores da ação, à Agência Brasil.
SP: alunos bloqueiam vias em protesto contra fechamento de escolas
December 3, 2015 10:39Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Os alunos que participam do movimento contra o projeto de reorganização escolar em São Paulo protestaram nesta quinta-feira e bloqueiaram diversas ruas. O ato com maior número de manifestantes ocorreu no terminal de ônibus do Butantã, na Zona Oeste da capital, e é organizada por estudantes da escola Fernão Dias em Pinheiros, ocupada por estudantes.
O grupo iniciou caminhada por volta das 8h pela Marginal Pinheiros, perto da ponte Eusébio Matoso, de onde seguiu até o terminal Butantã. Eles pretendem retornar à Avenida Brigadeiro Faria Lima, onde devem continuar o protesto.
Outros manifestantes bloquearam a Estrada do M’Boi Mirim, Avenida Professor Francisco Morato, Avenida João Dias, Marginal Pinheiros, Rua Heitor Penteado.
Bombas de efeito moral
A Polícia Militar (PM) dispersou há pouco, com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, uma das manifestações de alunos contra a reorganização escolar em São Paulo.
O grupo estava na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no cruzamento com a Avenida Rebouças, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista. A Tropa de Choque da PM desobstruiu a via usando a força.
O mesmo grupo de alunos da Escola Fernão Dias, em Pinheiros, havia bloqueado mais cedo a Marginal Pinheiros e ruas da região do Butantã. Quando retornavam para a escola, por volta das 10h, ocorreu o primeiro confronto com os policiais. O grupo se dispersou e voltou a se reunir nas proximidades da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Às 10h30, houve novo confronto e os estudantes correram até as proximidades do Esporte clube Pinheiros.
Fechamento de escolas
Na manhã de quarta-feira ocorreram outros protestos de estudantes. Um deles ocorreu na Avenida Doutor Arnaldo, Zona Oeste da capital paulista. Cinco estudantes foram detidos no protesto. Os manifestantes reclamaram de truculência da polícia durante o ato. Ontem à noite, outros quatro estudantes foram detidos em um protesto na Avenida 9 de Julho, no centro de São Paulo.

Em entrevista, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse que a atuação da PM para conter os estudantes que se manifestavam, na terça e na quarta-feira, em algumas vias da capital foi legítima e não houve excesso das autoridades. Segundo Moraes, os alunos se negaram a cumprir o que determina a Constituição e desobstruir as ruas.
– As manifestações aconteceram com 20 a 40 alunos que se negaram a realizar o que a Constituição determina, que é a livre manifestação e passeatas, desde que haja comunicação prévia, exatamente para que o Poder Público possa garantir a segurança dos manifestantes e dos demais.
O projeto de reorganização escolar, determinada pelo governo estadual, prevê o fechamento de 93 unidades de ensino em todo o Estado e afetará 311 mil estudantes. O objetivo é separar as escolas por ciclos, entre anos iniciais e finais do ensino fundamental e do médio.
SP: alunos voltam a protestar contra reorganização escolar
December 2, 2015 9:31Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Os alunos iniciaram nova manifestação contra a reorganização da rede escolar nesta quarta-feira em São Paulo, fechando a Avenida Doutor Arnaldo, na Zona Oeste, no sentido Consolação, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego. O projeto, do governo do Estado, fechará 93 unidades de ensino e afetará 311 mil estudantes. O objetivo é separar as escolas por ciclos, entre os anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio.
As quatro pessoas, dois adolescentes e um casal, detidas e encaminhadas durante os protestos de terça ao 78º Distrito Policial, nos Jardins, foram ouvidas e liberadas na madrugada desta quarta-feira. Eles protestavam contra as mudanças e foram acusados de depredação, resistência e desacato.

Os 250 manifestantes bloquearam, na terça-feira, o trânsito na Avenida 9 de Julho, na região central, durante três horas. A Polícia Militar informou que “precisou do uso da força” para liberar a via e, com isso, foram usadas bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra os estudantes. O confronto ocorreu às 20h e, por volta das 2h30, a avenida foi liberada.
O governo de São Paulo já publicou, no Diário Oficial, o decreto que autoriza a transferência de professores para a implementação da reorganização escolar.
Educador elogia protagonismo jovem
Diretor por mais de 20 anos de uma escola pública de referência internacional em uma das maiores favelas de São Paulo, o professor Braz Rodrigues Nogueira dedicou a vida a propor alternativas ao atual modelo de ensino. Na Escola Municipal Campos Salles, em Heliópolis, ele ampliou a relação com a comunidade, acabou com as salas de aula, colocando os alunos para estudar juntos, transformou o professor em “facilitador” e criou um modelo de gestão em que estudantes, funcionários e professores, na mesma proporção, dão as ordens e resolvem conflitos.

Nogueira analisa o protagonismo dos alunos no movimento de ocupação de colégios, iniciado há cerca de 20 dias, contra a proposta de reorganização escolar do governador Geraldo Alckmin, que prevê o fechamento de unidades de ensino. De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo, 193 escolas estaduais estão ocupadas por alunos. Na sexta-feira passada, a prefeitura de Sorocaba deu a primeira decisão para reintegração de posse de 17 escolas na cidade.
Antes, o Tribunal de Justiça de São Paulo, por entender que o movimento é legítimo, determinou que o governo insistisse no diálogo. “Ademais, (…) se constata a ocorrência de atividades culturais, o que é muito positivo para o debate e para o aperfeiçoamento intelectual da comunidade”, afirmou o desembargador Sérgio Coimbra Schmidt, em sua decisão.
Em entrevista concedida à Agência Brasil, Braz Rodrigues observa que a sociedade está mudando e acredita que movimentos contestatórios vão emergir com mais frequência. Nos últimos anos, “foi gestado um novo cidadão ativo e participante”, disse.
– Em sua opinião, por que os alunos resolveram organizar ocupações contra a “reorganização” do ensino?
– Isso é um fato novo. Enquanto educador, fico bastante feliz, bastante alegre. Isso vem comprovar que crianças, pré-adolescentes, adolescentes e jovens são seres competentes e têm que ser protagonistas. A primeira coisa que o governo tinha que ter feito era ter consultado essas crianças, esses adolescentes, esses jovens e isso não foi feito. Não está claro o que é está por trás [da proposta do governo], se é economia de recursos ou decisão de gestão.
– O que poderia ter sido feito?
– Acho que tinha que ter sido conversado com os diretores das escolas e os diretores promoverem discussão na comunidade escolar, com a participação dos alunos, com a participação dos pais. A educação de qualidade tem que ser uma demanda social, de todos. A educação não pode ser só dentro da escola e a escola já entendeu isso, ela não dá conta do monopólio da educação.
– Que consequências a reorganização das escolas pode trazer?
– Eu vejo que o governo do estado teve uma avaliação equivocada dos problemas. Enquanto temos educadores lutando para misturar as idades dentro da escola, para os alunos trabalharem juntos, com idades diferentes, o que está se fazendo é uma reorganização para separar, para ficar escolas de 1ª a 4ª série, de 5ª a 8ª série e de ensino médio. Mas a mistura é importante porque a vida é assim. As crianças não devem estar isoladas dos adolescentes, dos jovens. Na Campo Salles, é interessante porque é uma escola de ensino fundamental, e os alunos [mais novos] votavam nos maiores [para o conselho escolar] porque os menores admiravam os pré-adolescentes, os adolescentes. Para prefeito [do conselho escolar], sempre ganhavam os alunos mais velhos. Curiosamente, este ano, ganhou uma menina da 4ª série, pequenininha.
– As escolas permanecem ocupadas. O que podemos esperar daqui para a frente?
– Esse movimento pode ser um marco. As manifestações de 2013 ficaram um pouco (de lado). Agora, pode ser (diferente). Tenho uma hipótese e estou muito entusiasmado. O Brasil ficou 21 anos sob ditadura. A gente vê que nos últimos anos foi gestado um novo cidadão: ativo e participante (na sociedade). Eu vejo os olhos dos jovens brilhando quando eles visitam a Campos Salles. Daqui para a frente, vamos ver uma explosão de manifestações no país, apesar dos setores conservadores.
– Que medidas poderiam ser propostas em vez da reorganização e do fechamento de escolas?
– Acho que as secretarias de Educação e os ministérios públicos tinham que detectar experiências positivas, diferentes, onde o professor está se realizando como profissional, onde o aluno está participando e se sente parte integrante, e articular tudo isso. Deixar nascer outro sistema, em outras bases, até desaparecer o sistema que está aí e que não resolve mais.
– Qual o papel da comunidade nisso?
– Se as escolas fossem da comunidade, se fossem também para as atividades da comunidade, esse desfecho (da ocupação) seria outro, totalmente diferente. Talvez, os alunos não precisassem ter ocupado. (É preciso) chamar os pais para dentro da escola, o que não significa ir para sacralizar as práticas da escola. A escola já deveria estar inserida dentro da comunidade, com os professores e a direção participando das atividades, abertos. Se tivesse isso (participação ativa da comunidade na escola), nenhuma coisa que vem de cima passaria.
Braz Rodrigues Nogueira se afastou da direção da Escola Campos Salles há seis meses, depois de 20 anos no cargo de diretor. Em 2002, depois que 21 computadores da escola foram roubados, ele bateu de porta em porta nas residências de Heliópolis, para conscientizar os moradores sobre a importância dos equipamentos na educação das crianças. Três dias depois, uma surpresa: todos os equipamentos haviam sido devolvidos. No mesmo período, com o apoio da comunidade, decidiu que as escolas não fechariam à noite e ficariam abertas para uso de todos, para lazer ou para estudo. Na época, prevalecia o toque de recolher imposto pelos traficantes de drogas da região.
Hoje, o professor atua na diretoria regional da Secretaria Municipal de Educação do Município de São Paulo, por onde já passou durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy.
SP publica decreto que transfere professores na reorganização escolar
December 1, 2015 11:01Por Redação, com ABr – de São Paulo:
O governo de São Paulo publicou nesta terça-feira o decreto que autoriza a transferência de professores para a implementação da reorganização escolar, que fechará 93 unidades de ensino em todo o estado e afetará 311 mil alunos. O objetivo é separar as escolas por ciclos, entre os anos iniciais e finais do ensino fundamental e médio.
O decreto indica que as transferências ocorrem “nos casos em que as escolas da rede estadual deixarem de atender um ou mais segmentos ou quando passarem a atender novos segmentos”. Contrários às mudanças, estudantes continuam ocupando escolas. São 205 unidades ocupadas, segundo estimativa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A Secretaria Estadual da Educação calcula, pelo último balanço divulgado na segunda-feira, que são 194 escolas.
Segundo a Apeoesp, os estudantes que participam das ocupações vêm sendo alvos de ataques de grupos desconhecidos. Na segunda-feira, às 18h, na cidade de Osasco, um grupo entrou na Escola Coronel Antônio Paiva de Sampaio, furtou televisores e depredou salas de aula, de acordo com a Polícia Militar (PM). O caso foi registrado no 1º Distrito Policial do município.

Na Zona Leste, houve conflito entre alunos que estariam do lado de fora da Escola República do Suriname, reivindicando aula, e estudantes que ocupam o local, informou a PM, que foi acionada às 20h15 de ontem. A assessoria de imprensa da Apeoesp conta que a diretora foi à escola com a intenção de desocupá-la, mesmo com a decisão do Tribunal de Justiça que negou reintegrações de posse de unidades da capital.
Protestos de alunos
Estudantes que reivindicam a suspensão da reorganização escolar fizeram manifestação hoje na zona sul de São Paulo, próximo da Ponte João Dias, na Avenida João Dias. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, o grupo ocupa duas faixas, no sentido centro.
Na segunda-feira, os manifestantes também prejudicaram o trânsito da cidade ao bloquear o cruzamento entre as avenidas Rebouças e Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste.
Alunos bloqueiam avenida contra reorganização escolar em SP
November 30, 2015 15:16Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Um grupo de alunos bloquearam, com cadeiras e cartazes, um dos sentidos da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na Zona Oeste da capital paulista, por cerca de quatros horas na manhã desta segunda-feira. O bloqueio foi em protesto contra a reorganização escolar no estado de São Paulo. Os manifestantes, que vieram de escolas ocupadas na região, se concentraram na altura da Avenida Rebouças, no sentido Itaim Bibi.

O decreto com as mudanças na rede de ensino deve ser publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira. O projeto do governo estadual prevê o fechamento de 93 escolas e a transferência de estudantes para outros estabelecimentos. O objetivo é segmentar as escolas em três grupos, anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio, conforme o ciclo escolar. A estimativa é que 311 mil alunos tenham que mudar de escola no ano que vem. Desde o início do mês passado, quando a proposta da Secretaria de Educação do Estado foi comunicada para os diretores das unidades, vários protestos foram realizados no Estado.
O estudante Douglas de Oliveira Ferreira participou do bloqueio da Brigadeiro Faria Lima e conta que houve momentos de tensão com a Polícia Militar, mas sem confronto. O jovem, que participa da ocupação da Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, e disse que a mobilização é para que os estudantes e professores sejam ouvidos sobre reorganização escolar. “A repressão é uma tática para colocar a população contra os estudantes. Mas a nossa manifestação é apenas para mostrar que a gente quer o diálogo”, ressaltou o jovem.
Um transeunte, que chegou a agredir uma estudante com um guarda-chuvas, disse que trabalha na região da Faria Lima e estava revoltado com os transtornos causados pelo bloqueio da pista. Um grupo de motoqueiros também forçou passagem por entre bloqueio. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a zona oeste registrava 47 quilômetros de congestionamento, às 11h, sendo 1,5 quilômetro na Avenida Faria Lima.
Como parte da mobilização contra a reorganização escolar foram ocupadas em todo o Estado 199 escolas, segundo estimativa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp). A Secretaria Estadual de Educação diz que até o momento as ocupações atingem 190 estabelecimentos de ensino.
Brasil fortalece programa de pós-graduação no Brics
November 28, 2015 17:41Por Redação, com ABr – de Brasília
O Brasil lançará, na semana que vem, um programa de pós-graduação em parceria com os países do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O edital para escolher as instituições a serem incluídos na iniciativa será lançado em dezembro. A seleção dos alunos ocorrerá em março.

Os mestrados e doutorados serão em seis áreas: economia, energia, tecnologia da informação e segurança da informação; mudança climática e efeito estufa, estudos sobre o Brics e recursos hídricos e poluição. Para cada uma delas serão oferecidas dez bolsas de doutorado e dez de mestrado.
Cursos de inglês
Os últimos ajustes são feitos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A intenção é que sejam 12 programas de pós-graduação, dois para cada tema, selecionados por edital.
O ministro explica que os estudantes terão dois orientadores, um brasileiro e um estrangeiro. O aluno participará de aulas à distância e presenciais em outros países. O idioma dos cursos será o inglês.
– Todos os países ofertarão os cursos simultaneamente e o próximo passo é criar uma universidade dos Brics – conclui o ministro.
SP: Justiça determina reintegração de posse de 17 escolas
November 27, 2015 11:22Por Redação, com ABr – de São Paulo:
A Justiça de São Paulo concedeu liminar que determina a reintegração de posse de 17 escolas no município de Sorocaba. As unidades de ensino foram ocupadas por alunos que protestam contra a reorganização escolar que levará ao fechamento de 93 escolas no Estado e à divisão dos anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio em três grupos, conforme o ciclo escolar.
A decisão foi tomada pela Vara da Fazenda Pública, na comarca de Sorocaba. O juiz José Eduardo Marcondes Machado determinou prazo de 24 horas para a desocupação, podendo ser aplicada multa diária de R$ 50 mil ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp) em caso de descumprimento.

O juiz diz que a ocupação das unidades “resultou na interrupção das atividades escolares desenvolvidas no local, em prejuízo dos alunos regularmente matriculados”. Após a reintegração, os envolvidos podem ainda ter de “recompor as perdas e os danos causados ao patrimônio público”.
Na liminar, o juiz informa que reconhece a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que indeferiu, por unanimidade, a liminar requerida pelo governo estadual para reintegração das escolas da capital paulista no último dia 23 deste mês. Porém, o juiz de Sorocaba argumenta que “o direito à manifestação, protesto e reunião deverá ser exercitado pelos alunos e simpatizantes da causa em outro local”.
As 17 escolas estaduais que poderão sofrer reintegração de posse são a Professor Lauro Sanchez, Humberto de Campos, Escola Mário Guilherme Notari, Professora Beathris Caixeiro Del Cistia, Professor Rafael Orsi Filho, Escola Professora Elza Salvestro Bonilha, Professor Jorge Madureira, Antonio Padilha, Escola Professor Antonio Cordeiro, Senador Vergueiro, Antonio Vieira Campos, Escola Hélio Del Cistia, Doutor Júlio Prestes de Albuquerque, Professor Roque Conceição Martins, Reverendo Ovídio Antonio de Souza, Escola Professora Guiomar Camolesi Souza e João Rodrigues Bueno.
Em todo o Estado, segundo o último levantamento da Secretaria de Educação, divulgado na quinta-feira, 174 escolas estão ocupadas por alunos. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado estima que 191 escolas estejam ocupadas.
Fuvest altera 10 locais de prova em São Paulo
November 26, 2015 14:25Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Dez locais de provas onde seriam aplicadas, no próximo domingo, as provas da primeira fase do vestibular da Universidade de São Paulo (USP), a Fuvest, sofreram alteração. A medida foi tomada devido às ocupações de escolas estaduais feitas por alunos que protestam contra a reorganização escolar que levará ao fechamento de 93 unidades de ensino.
Segundo a Fuvest, dos 121 locais de prova, dez são escolas públicas estaduais e oito novos endereços já foram divulgados. As provas que seriam feitas na Escola São Paulo foram remarcadas para acontecerem na Universidade São Judas, na Mooca. Quem faria o exame na Escola Professora Antonieta Borges Alves e na Escola Senador Filinto Müller terão de ir para a Faculdade Diadema. Aqueles que iriam fazer a prova na Escola Conselheiro Crispiniano, em Guarulhos, mudam para a Universidade de Guarulhos.
No interior do estado, os candidatos de São José dos Campos que realizariam a prova na Escola Professor Estevam Ferri e na Escola João Cursino mudam para a Faculdade Bilac. Na cidade de Pirassununga, a Escola Pirassununga foi substituída pelo Centro Universitário Anhanguera. Candidatos que prestariam o vestibular na Escola Otoniel Mota agora vão para a Unip.
Duas escolas na Vila Mariana, Lasar Segall e Brasílio Machado, que também serão substituídas ainda estão em estudo.
A Fuvest informou que todos os candidatos que tiveram o local do exame modificado receberão a confirmação por e-mail, SMS ou ligação telefônica. A lista completa com os novos endereços pode ser conferida no site da Fuvest.

Faetec participa de Feira de tecnologia
November 25, 2015 15:06Por Redação, com ACS – do Rio de Janeiro:
Em maio de 2016, os estudantes Christian Marques e Isabelli Gomes, ambos de 17 anos, participarão da Intel Isef, a Feira Internacional de Ciências e Engenharia da empresa de computadores Intel. Alunos do curso de Eletrônica da Faetec Henrique Lage, em Niterói, eles inventaram o Painel Virtual de Segurança, uma espécie de chave eletrônica que lê o código no ar (sistema onde não é necessário encostar nas teclas) para abrir uma porta. Agora terão a oportunidade de participar da maior feira de tecnologia do mundo, nos Estados Unidos, com inventores de 90 países.

Em outubro, os jovens conquistaram o 3º lugar na categoria Eletrônica da Mostratec (Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia), realizada no Rio Grande do Sul com equipes de 19 países. A metodologia de pesquisa da dupla fluminense foi elogiada pelos jurados e eles foram credenciados para participar da exposição internacional. Outras sete equipes brasileiras foram selecionadas.
– Desenvolvemos um sistema residencial no qual, em vez de apertar botões ou deslizar em telas, os sensores são ativados pela leitura da senha pelo ar, sem marcas de oleosidade da pele ou digitais. Chegamos na Faetec sem conhecer Eletrônica, e com o tempo conseguimos desenvolver projetos – explicou Christian.
Foram sete meses entre a concepção da ideia e o projeto final. Antes da Mostratec, eles ganharam o 1º lugar na categoria Eletrônica da Expotec, realizada em outubro, no campus Maracanã do Cefet. Aconselhados pelos jurados, eles aperfeiçoaram o projeto e incluíram uma senha de administrador para aumentar a segurança, e o alarme que é ativado caso se erre a senha três vezes.
– Continuamos em desenvolvimento. Também estamos fazendo um novo protótipo, com design melhor para levarmos para a Intel Isef – contou Isabelli.
Para o presidente da Faetec, Wagner Victer, a participação em feiras e exposições nacionais e internacionais é importante para a formação dos estudantes.
– A Faetec sempre incentivará iniciativas desse porte e com esse potencial. É um orgulho – disse Victer.
Alunos de Niterói são destaques em evento
Com soluções para problemas concretos, que incluem pesquisa, realização de testes, até a construção de um protótipo, quatro equipes da Faetec Henrique Lage foram premiadas na Expotec (Exposição da Produção em Ciência e Tecnologia de Alunos de Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio do Rio de Janeiro), realizada em outubro, no campus Maracanã do Cefet.
– É através de estímulos como este que nossas crianças vão se interessar pela escola e pela ciência propriamente dita. Sem isso, não teremos cientistas, nem inovação. E, se há uma coisa que o país precisa, é de inovação científica e tecnológica – disse o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Tutuca.
Além de Christian Marques e Isabelli Gomes que venceram na categoria Eletrônica, a dupla Matheus de Souza Santos e Daniel Gladston ganhou a primeira colocação em Física com o Display 3D Interativo.
Na categoria Engenharia Automobilística e Transportes, a Faetec Henrique Lage conquistou pódio duplo com Lucas Rocha, Lucas Mol e Lyncoln Sousa, que inventaram o Limitador de Velocidade para Automóveis, em primeiro, e Pedro Sant’anna e Lucas Campos, com o Sistema de Monitoramento e Fiscalização de Transporte Público, em segundo lugar.
– Os alunos do Laboratório de Eletrônica já ganharam muitos prêmios em feiras, mas ir para a Intel Isef foi uma surpresa para todos. Acreditamos muito na criatividade, na capacidade e na vontade de fazer dos nossos alunos. Como professor, é uma emoção ver o desenvolvimento de um estudante – afirmou o coordenador do curso de Eletrônica, Altair dos Santos.
SP: alunos são detidos pela PM em protesto
November 24, 2015 11:43Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Durante a tentativa de ocupação de uma escola na Zona Leste de São Paulo oito alunos foram apreendidos pela Polícia Militar. Os jovens tentavam ocupar a escola Firmino Proença, na Mooca, por volta das 5h30, quando uma zeladora percebeu e chamou a PM. O grupo protestava contra a reorganização escolar que levará ao fechamento de 94 unidades de ensino no Estado.

Cerca de oito viaturas foram enviadas para o local e os alunos foram encaminhados para o 8º Distrito Policial, no Belenzinho. Os jovens foram acusados de depredação do patrimônio. A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo informou que enviou advogado para defendê-los. Os alunos foram ouvidos e liberados por volta das 11h.
No total, 132 escolas estão ocupadas, de acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp). Quatro escolas foram desocupadas nos dias 17 e 18 de novembro. A Secretaria Estadual de Educação não atualizou os números nesta terça-feira, mas na segunda havia informado que 108 escolas paulistas estavam ocupadas.
Saresp
A Secretaria da Educação cancelou a aplicação das provas do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar de São Paulo (Saresp) nas escolas ocupadas. Os testes foram aplicados nesta terça e na quarta-feira nas demais unidades escolares.
A previsão é de que 1,2 milhão de alunos sejam avaliados este ano. De acordo com a secretaria, as notas obtidas compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado e servem como parâmetro para o cálculo do bônus de professores e funcionários.
Na segunda-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo indeferiu o pedido de liminar do governo para a reintegração de posse das escolas. Uma audiência de conciliação entre as partes foi suspensa por causa da ausência de representantes da Procuradoria do Estado. Nesta terça-feira, uma assembleia deve levar o debate aos estudantes na sede da União Municipal dos Estudantes Secundaristas.
Sobe número de escolas ocupadas em São Paulo
November 23, 2015 13:31Por Redação, com RBA – de São Paulo:
Cerca de 100 escolas estaduais foram ocupadas por alunos e professores, em protesto contra a “reorganização” imposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), que pretende separar as escolas por ciclos e fechar ao menos 93 unidades, o levantamento foi divulgado nesta segunda-feira pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Pela manhã, mais 12 unidades foram ocupadas, quatro na capital e oito no interior. Em São Paulo, os estudantes tomaram a E.E. Ciridião Duarte, na Lapa, zona oeste, a E.E. Plínio Negrão, na Vila Cruzeiro, zona Sul, e as E.E. Etelvina de Goes Marcucci e E.E. João XXIII, ambas na região sudoeste da cidade.
No interior, cinco escolas foram ocupadas pelos estudantes em Sorocaba. As outras ocupações ocorreram em Jundiaí, Caieiras e Itaquaquecetuba.

Reitegração de pose
Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinaram, na manhã desta segunda-feira, que serão mantidas todas as ocupações de por alunos, pais e professores em protesto contra a reorganização do ensino imposta pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB), que prevê o fechamento de pelo menos 93 escolas. Pela decisão, nenhuma ordem de reintegração de posse será concedida na capital paulista. Os desembargadores indicaram razões pautadas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para definir seus votos.
Os estudantes presentes ao TJ-SP festejaram a decisão, prometem continuar e ampliar a mobilização e esperam agora que o governo Alckmin abra diálogo com a comunidade escolar sobre a reorganização.
Ainda nesta segunda, na sede da Upes na capital paulista (rua Vergueiro, 2.485, Vila Mariana), uma assembleia deve definir os rumos do movimento dos secundaristas do Estado.
Os desembargadores ainda propuseram uma nova audiência de conciliação para a tarde de hoje, mas os estudantes, juntamente com a Defensoria Pública, solicitaram um prazo maior para se organizarem e foram atendidos.
Mais de meio milhão de alunos vão ao Enade 2015
November 21, 2015 14:58Por Redação, com ABr – de Brasília:
Mais de 551 mil alunos de ensino superior farão, neste domingo, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2015. As provas, com duração de quatro horas, terão início às 13h (horário de Brasília). Os participantes devem checar os locais de aplicação da prova com antecedência. Os portões serão abertos ao meio-dia.

O Enade é obrigatório e tem o objetivo de avaliar o conhecimento dos estudantes dos cursos de graduação sobre o conteúdo programático, suas habilidades e competências.
O estudante que não comparecer ao exame ou deixar o local de prova antes de uma hora após o início das provas ficará em situação irregular. O participante terá permissão para deixar a sala com o caderno de questões somente três horas após o início do exame.
A consulta ao local de prova pode ser feita na página do Enade na internet.
Os participantes também podem preencher o Questionário do Estudante até o dia da prova. O preenchimento é obrigatório e as informações darão subsídios para a elaboração de um documento com o perfil socioeconômico dos participantes. Os estudantes que não responderem o questionário podem ficar impedidos de colar grau e de receber o diploma, mesmo que façam o exame. O acesso à página do Enade é feito pelo número do CPF, pelo nome do candidato ou pelo curso.
A avaliação será aplicada a estudantes de bacharelado que tem expectativa de finalizar a graduação até julho de 2016 e estudantes de cursos superiores de tecnologia, com término até dezembro deste ano.