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Educação

noviembre 29, 2015 13:57 , por Blogoosfero - | No one following this article yet.

Rio: gestão influencia melhorias do ensino básico

diciembre 29, 2015 13:28, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

 

A proposta foi estabelecer relações entre as práticas de liderança e o desempenho da escola

Por Redação, com ACS – do Rio de Janeiro:

O gestor escolar exerce papel fundamental nos índices educacionais. É o que revela a pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), “O impacto da liderança dos diretores sobre os resultados dos alunos das escolas de Ensino Médio do Estado do Rio de Janeiro”. A proposta foi estabelecer relações entre as práticas de liderança e o desempenho da escola, medido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação do Rio de Janeiro (Iderj).

O levantamento foi finalizado em 2014, com base nos dados colhidos entre 2011 e 2013, pela Escola de Educação da Universidade de Nottingham, com a colaboração do Departamento de Empreendedorismo e Gestão da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Compartilhar a liderança com outras pessoas da escola, encaminhar mais alunos ao ensino superior e incentivar a equipe a usar os dados do Saerj em seu planejamento são características encontradas nos gestores efetivos, que conseguem identificar a necessidade de melhorias individuais e coletivas.

Pesquisa revela o papel de diretores na qualidade educacional
Pesquisa revela o papel de diretores na qualidade educacional

Pesquisa

Durante o processo, 1.021 diretores da rede estadual de ensino responderam a um questionário com 163 questões. Para o resultado geral, foram consideradas as respostas de 744 gestores. Desses, 452, ou seja, 61% mostraram evolução nos indicadores de suas escolas.

A Secretaria de Educação atribui o avanço da rede a diversos fatores, entre eles a atualização e qualificação do trabalho do gestor, a criação da Gestão Integrada da Escola e o Processo Seletivo Interno.



Estudantes protagonizaram debate sobre ensino em SP, diz especialista

diciembre 28, 2015 15:16, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com ABr – de São Paulo:

O protagonismo dos estudantes secundaristas no debate sobre mudanças no ensino no Estado de São Paulo marcou 2015. Para Ocimar Munhoz, especialista em sistemas educacionais e professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), a participação do movimento estudantil proporcionou um salto no debate sobre a reorganização escolar.

– Os estudantes entraram em cena e isso mudou, porque deu visibilidade à questão. Expôs limitações profundas dessa proposta do governo do Estado – disse o docente. “Foi uma tentativa, na verdade, de fazer valer outros interesses como racionalização de custos e a municipalização do que, propriamente, a melhoria da qualidade.”

A proposta de reorganização escolar, do governo estadual, previa o fechamento de 94 escolas e a transferência de 311 mil alunos para instituições de ensino na região onde moram. A reorganização separaria em ciclos alunos com idades entre 6 e 10 anos, adolescentes de 11 a 14 anos e jovens entre 15 e 17 anos. Estudantes, então, ocuparam escolas para mostrar a insatisfação com a proposta.

Segundo Munhoz, o projeto passou a ser debatido na mídia após as ocupações das escolas. Apesar de ampliar as discussões, faltou iniciativa do governo estadual, na avaliação do professor. “Tinha que haver um debate, mas não só pela imprensa. Isso não consolidou, de fato, o debate”, disse.

Estudantes da rede pública de ensino fizeram passeatas pedindo melhorias na educação e a participação da comunidade na gestão do ensino
Estudantes da rede pública de ensino fizeram passeatas pedindo melhorias na educação e a participação da comunidade na gestão do ensino

Histórico das ocupações

A primeira ocupação, no dia 9 de novembro, foi a da Escola Estadual Diadema, na grande São Paulo. O movimento cresceu gradativamente e, cerca de um mês depois, no auge, aproximadamente 200 escolas foram ocupadas. Os alunos também foram às ruas protestar, sendo, diversas vezes, duramente reprimidos pela Polícia Militar.

Os estudantes argumentavam que a comunidade escolar não foi ouvida sobre as mudanças. Outra crítica é que as alterações e transferências, se colocadas em prática, causariam a ruptura da relação que os alunos desenvolveram com colegas e prejudicariam a logística dos pais, que muitas vezes pedem aos filhos mais velhos para levar os irmãos mais novos para a escola. O governo estadual disse que houve queda de 1,3% ao ano da população em idade escolar no Estado. Desde 1998, a rede estadual perdeu 2 milhões de alunos. Segundo o governo, com a divisão por ciclo, as escolas estariam mais preparadas para as necessidades de cada etapa de ensino. “Entre diversos estudos que foram utilizados para a proposta da reorganização, está o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), que mostrou que unidades que atendem alunos de apenas uma faixa etária têm desempenho melhor”, informou o governo, em nota.

No período das ocupações, os jovens criaram uma rotina de atividades com o intuito de garantir a conservação das escolas, como mostrou à Agência Brasil. Os grupos se dividiam entre os responsáveis pela limpeza, alimentação e até demandas da imprensa. A comunidade colaborou com doações de alimentos, remédios e produtos de limpeza.

Na Escola Brigadeiro Gavião Peixoto, uma das maiores do Estado, na região de Perus, com cerca de 4 mil matriculados, os alunos promoveram aulas voluntárias. Juliana de Oliveira, de 16 anos, estudante do segundo ano do Ensino Médio, conta que docentes de escolas públicas e particulares se dispuseram a auxiliar na programação das aulas. “A gente teve aula de história, uma professora veio aqui e deu aula especial sobre o que está acontecendo na Palestina, é algo bem legal. A gente não está desocupado. Estamos tendo aulas, palestras e estamos ganhando mais conhecimento do que antes, porque era comum faltar professor”, disse.

O governo estadual tentou obter na Justiça a reintegração de posse das unidades ocupadas. No dia 23 de novembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou, por unanimidade, o pedido.

No dia 4 de dezembro, o governador Geraldo Alckmin recuou e revogou o decreto que instituía a reorganização escolar em todo o Estado. Com a decisão, o secretário de Educação, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, deixou o cargo.

Debate em 2016

Para a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a iniciativa dos alunos estimulou o debate. “Essas ocupações provocaram os alunos de tal forma que eles vão dizer: eu não quero mais sentar em frente à lousa. Eu vou querer sentar no chão, vou querer outro tipo de aula, e isso vai requerer nova dinâmica para organizar o tempo, o espaço escolar. Estamos falando da necessidade de ter biblioteca, de ter laboratório, para que os alunos sintam que são convidados a ir e a ficar na escola”.

A Secretaria da Educação do Estado prometeu um debate mais aprofundado em 2016 sobre a reorganização escolar. De acordo com a assessoria de imprensa, a metodologia desse debate ainda não foi definida. Para Ocimar Munhoz, as discussões precisam ser mais amplas que as feitas anteriormente à decisão da reorganização.

– Essa reorganização foi uma medida sem um projeto, esse é um primeiro elemento que tenho destacado. Uma medida que afeta milhares de estudantes, professores, pais, tinha que ter uma fundamentação – declarou o especialista. A secretaria informou, por sua vez, que houve diálogo com a comunidade. As audiências ocorreram em setembro e cada umas das 91 diretorias de ensino definiu um método diferente para essas reuniões.

Ocimar Munhoz defende que, em 2016, o governo dedique também atenção especial ao Plano Estadual da Educação, contemplando a carreira dos docentes e as condições das escolas. “A melhoria da qualidade da escola passa por um conjunto de fatores. Em São Paulo, tem a valorização da carreira dos professores, que hoje é precária”, disse.



Enem: notas serão divulgadas em janeiro

diciembre 25, 2015 11:09, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

O resultado do exame também é requisito para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)

Por Redação, com ABr – de Brasília:

Diante de centenas de apelos de estudantes feitos pelas redes sociais, o Ministério da Educação (MEC) comunicou que as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vão sair no dia 8 de janeiro.”Nós entendemos a ansiedade de vocês e não poderíamos passar o Natal sem divulgar a data do resultado do #‎Enem2015 !”, diz um “post presente” do MEC publicado nas páginas do ministério no facebook e no twitter. “Aproveitem as festas, dia 8 de janeiro está logo ali”.

Além da seleção para vagas em instituições públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com a nota do Enem, o estudante de baixa renda pode tentar uma vaga na educação superior por meio do programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudos em instituições particulares de educação superior.

O resultado do exame também é requisito para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), participar do programa Ciência sem Fronteiras e ingressar em vagas gratuitas dos cursos técnicos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). Para pessoas maiores de 18 anos, o Enem pode ser usado ainda como certificação do ensino médio.

Para pessoas maiores de 18 anos, o Enem pode ser usado ainda como certificação do ensino médio
Para pessoas maiores de 18 anos, o Enem pode ser usado ainda como certificação do ensino médio


MS: Hospital universitário garante acompanhamento escolar para crianças

diciembre 24, 2015 12:50, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

O direito a acompanhamento escolar em unidades hospitalares é assegurado pelo artigo 214 da Constituição Federal

Por Redação, com ACS – de Brasília:

No Hospital da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), em Mato Grosso do Sul, as crianças em longos períodos de internação podem seguir os estudos com o projeto Classe Hospitalar. Há sete anos em funcionamento, o projeto garante oferta de conteúdo, acompanhamento escolar ou curricular e aplicação de eventuais provas, possibilitando a continuidade dos estudos durante o tratamento.

O Classe Hospitalar surgiu de um convênio entre o hospital e a Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul. O hospital universitário da UFGD, única unidade de internação em pediatria na macrorregião de Dourados, atende 34 municípios.

A parceria do governo do Estado com a administração municipal assegura a parte pedagógica, desenvolvida em um ambiente preparado especialmente para a proposta, como explica a superintendente do hospital universitário, doutora Mariana Croda.

Segundo Mariana, o ambiente foi todo montado para que as crianças, mesmo em tratamento, continuem suas rotinas. “O profissional que vem para cá é um especialista em educação especial”, afirma. “Ele já vem com esse outro olhar, dessa questão inclusiva muito maior porque, se a criança está internada, parte do princípio que ela já teria uma necessidade de um olhar diferenciado.”

O Classe Hospitalar surgiu de um convênio entre o hospital e a Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul
O Classe Hospitalar surgiu de um convênio entre o hospital e a Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul

Entre os benefícios detectados pelos profissionais que acompanham as crianças estão a melhora no próprio atendimento, uma vez que a Classe Hospitalar pode possibilitar maior adaptação ao ambiente hospitalar e elevar a autoestima das crianças. Existe, até, a redução do tempo de internação dos alunos pacientes. Segundo dados da unidade, só no primeiro semestre de 2015 foram realizados 619 atendimentos, beneficiando 191 pacientes.

O direito a acompanhamento escolar em unidades hospitalares é assegurado pelo artigo 214 da Constituição Federal, que prevê a universalização do atendimento em casos de internação que ultrapassem 15 dias. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece que o poder público crie formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, podendo organizar-se de diferentes formas para garantir o processo de aprendizagem.

De acordo com parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), o atendimento é obrigatório tantos nos hospitais quanto nos serviços de atendimento ao paciente em casa (home care).



Goiás: estudantes ocupam 23 escolas públicas em protesto

diciembre 23, 2015 12:37, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Para os alunos, a mudança na administração significa uma privatização do ensino público

Por Redação, com ABr – de Brasília:

Os estudantes de Goiás ocuparam escolas públicas em protesto contra a decisão do governo estadual, a partir do próximo ano, transferir a gestão das escolas para organizações sociais (entidades privadas filantrópicas). A previsão é que os manifestantes permaneçam nas escolas nas últimas semanas do ano.

Segundo o movimento, foram ocupadas 23 unidades. Para os alunos, a mudança na administração significa uma privatização do ensino público. O governo diz que o novo modelo visa dar agilidade na resposta às demandas da sociedade pelo acesso à uma educação pública de qualidade.

Para reverter as ocupações, o governo de Marconi Perillo ingressou, na Justiça de Goiás, com pedido de liminar de reintegração de posse e por danos ao patrimônio. Mas o Tribunal de Justiça do Estado negou o pedido argumentando que a ocupação é um movimento de protesto.

Em novo manifesto, os alunos reforçam as críticas à decisão do governo
Em novo manifesto, os alunos reforçam as críticas à decisão do governo

Água cortada

De acordo com os estudantes, em represália, o fornecimento de água, em algumas escolas, foi cortado. Os manifestantes criaram uma página na rede social Facebook para divulgar informações sobre o protesto e postaram vídeos mostrando a suspensão do abastecimento.

Na mesma rede social, o grupo promove campanhas para arrecadação de alimentos e produtos de limpeza para ajudar a manter as escolas ocupadas. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil no Estado (OAB-GO), algumas unidades continuam com o fornecimento de água suspenso. Com isso, a instituição protocolou, na última sexta-feira, uma ação cautelar e um mandado de segurança para garantir o direito de manifestação.

– Nossa comissão está acompanhando desde a ocupação da primeira. Temos ido aos colégios e conversado com estudantes. A posição da OAB não é contra ou a favor das OSs (organizações sociais), mas pelo direito ao protesto. A medida é para garantir o direito de manifestação e evitar qualquer tipo de abuso – disse o presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB, André Vinícius Dias Carneiro.

Ainda não há um posicionamento da Justiça Federal sobre o pedido, mas Dias Carneiro acredita que o Tribunal Regional Federal deve se pronunciar nos próximos dias, mesmo no recesso, por se tratar de uma “situação de urgência”. O representante da OAB acrescentou que não houve qualquer ato de violência ou de abuso registrado. O único registro mais grave foi o de um policial que “se exaltou com dois estudantes, mas não passou disto”. Ainda assim, segundo o jurista, a suspensão do abastecimento de água pode ser considerada um tipo de abuso.

– Além de desmobilizar os estudantes, pode configurar como tortura. O governo do Estado pediu reintegração de posse na Justiça, que foi negada. O juiz entendeu que não estão se apoderando do colégio, e se governo corta água, energia está impedindo o movimento. Pelo que vimos não há degradação. Os estudantes estão cuidando das escolas.

Críticas

Em novo manifesto, os alunos reforçam as críticas à decisão do governo. Para os estudantes, a mudança na gestão das escolas significa uma terceirização e privatização do ensino público. O movimento classifica as organizações sociais de serem “máquinas de lucro mascarado com o apoio do governo.”

– A constante precarização da educação pública do Estado de Goiás, o fechamento planejado de escolas estaduais, a exemplo do Colégio Estadual José Carlos de Almeida, sob argumento de baixa procura de vagas, surge a necessidade por parte dos estudantes secundaristas do Estado de Goiás, aliados a toda sociedade civil, de intervir na política educacional do governo do nosso Estado para transformá-la em defesa do fortalecimento da educação pública, de gestão pública, gratuita, e de qualidade – destaca a nota.

Os estudantes reclamam da falta de diálogo sobre as novas medidas. Segundo eles, a decisão foi tomada sem qualquer consulta ao movimento estudantil, aos trabalhadores da educação e qualquer outro segmento envolvido com o assunto.

Governo de Goiás

A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) confirmou que o projeto de gestão compartilhada será iniciado no primeiro semestre de 2016, em 23 unidades educacionais da cidade de Anápolis (cerca de 60 quilômetros da capital Goiânia). “A Seduce ressalta, mais uma vez, que a escola estadual permanecerá pública e gratuita, sem cobrança de taxas ou contribuições e que os alunos não perderão o seu direito de disputar vagas nas instituições públicas de ensino superior por meio das políticas de cotas destinadas aos estudantes da rede pública”, disse em nota à Agência Brasil.

Conforme o governo, a transferência de gestão significará uma economia de 10% nas despesas de custeio. Hoje, o gasto mensal para manter um aluno na rede estadual é R$ 388,90. Com a mudança, esse valor cairá para R$ 350. Esse é o teto. Já o custo mínimo foi fixado em R$ 250.

A Seduce afirmou ainda que “sempre esteve aberta ao diálogo”, citando entrevistas à imprensa concedidas pela secretária Raquel Teixeira e encontros “para esclarecer a sociedade sobre o novo modelo de gestão” . Segundo a assessoria da pasta, integrantes da Seduce têm visitado as unidades ocupadas e respondido questionamentos feitos nas redes sociais. Nas audiências, participaram representantes do Fórum Estadual de Educação, União Estadual dos Estudantes, Conselho Estadual de Educação, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, Faculdade de Letras e Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás.

A assessoria não se manifestou sobre o corte no abastecimento de água.

O movimento de ocupação começou no dia 9 deste mês, no Colégio José Carlos de Almeida, em Goiânia; e a última unidade ocupada foi o Colégio Estadual Costa e Silva, em São Luís de Montes Belo, no interior do Estado.



Inep publica notas dos cursos superiores do Enade 2014

diciembre 22, 2015 12:57, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

O objetivo do exame é avaliar o conhecimento dos alunos do último ano dos cursos de graduação

Por Redação, com ABr – de Brasília:

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União as notas dos cursos superiores no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2014. O objetivo do exame é avaliar o conhecimento dos estudantes do último ano dos cursos de graduação sobre o conteúdo programático, suas habilidades e competências.

O resultado é usado para compor índices que medem a qualidade de cursos e instituições de ensino superior. Os estudantes devem fazer o Enade para obter o diploma, no entanto, não existe um desempenho obrigatório aos alunos.

Na última sexta-feira, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou que o exame passará por um processo de aprimoramento em 2016. Entre as novidades está a inserção da nota do exame no currículo do aluno, de forma que possa contar como critério para acesso à pós-graduação.

Outra mudança para o ano que vem é a implantação do Enade Digital, para a aplicação da prova, e um mecanismo de avaliação mais preciso do desempenho da instituição na formação dos alunos. Serão incorporadas à nota final a taxa de desistência (estudantes que abandonaram o curso) e a evolução de desempenho, que compara a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de ingresso na instituição, com a do Enade, na conclusão do curso.

Acesse aqui a lista com as notas do Enade 2014, publicada no Diário Oficial da União.

Outra mudança para o ano que vem é a implantação do Enade Digital
Outra mudança para o ano que vem é a implantação do Enade Digital

 



Enade poderá ser usado como critério para acesso à pós-graduação

diciembre 21, 2015 15:16, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Outra mudança para o próximo ano é o Enade Digital, que tem como objetivo tornar o exame universal e anual para todos os estudantes

Por Redação, com ACS – de Brasília:

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) passará por mudanças em 2016 para aprimorar a avaliação das instituições de ensino superior. O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Na proposta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o cálculo do conceito do exame passará a conferir, no lugar de uma nota, níveis de proficiência de estudantes por curso. “O nível de proficiência dos estudantes é mais correto e mais justo, o estudante vai estar em um patamar independente das outras instituições. Hoje o resultado das outras instituições interfere demais com o conceito do Enade”, explicou Mercadante.

Pela proposta, o Enade passaria a ser um dos critérios para acesso à pós-graduação e entraria no histórico escolar do estudante. “Hoje o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] diz respeito à vida do aluno, ao ingresso dele na universidade. Mas o Enade diz respeito à instituição. Para estimular o interesse pelo Enade, um dos instrumentos é que ele passe a ser critério para acesso à pós-graduação”, explicou Mercadante.

Outra mudança para o próximo ano é o Enade Digital, que tem como objetivo tornar o exame universal e anual para todos os estudantes que estão concluindo o curso. Todas as propostas serão discutidas em audiências públicas.

Hoje o resultado das outras instituições interfere demais com o conceito do Enade”, explicou Mercadante
Hoje o resultado das outras instituições interfere demais com o conceito do Enade”, explicou Mercadante

Conceito Preliminar de Curso

No ano passado, 85,72% dos cursos apresentaram desempenho satisfatório (3, 4 e 5) no Conceito Preliminar de Curso. A maioria das notas 4 e 5 foram apresentadas nas instituições públicas: 36,38%. Nas particulares, o percentual de cursos com esses conceitos foi de 25,64%.

O indicador é calculado com base na avaliação de desempenho dos estudantes, corpo docente, infraestrutura da instituição e organização didático-pedagógica. No ano passado, foram avaliados 9.963 cursos de 43 áreas do conhecimento.

As áreas e eixos de conhecimento foram ciências exatas, licenciaturas, controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que compõe o Conceito Preliminar, contou em 2014 com 396.862 concluintes participantes, de 43 cursos.

No Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição, as instituições públicas se destacaram. Dentre as que obtiveram nota 4 no indicador, 32,27% são públicas e 15,8% são particulares. Já dentre as que apresentaram o conceito 5, as públicas representaram 4,55%, enquanto as privadas somaram 1,18%.

O cálculo foi feito para 2.042 instituições, considerando as avaliações dos cursos de graduação feitas no triênio 2012-2013-2014 e as matrículas (matriculados e concluintes) de acordo com os censos da educação superior do período.

Perfil

Dos concluintes que participaram do Enade, 35% são os primeiros na família com acesso ao ensino superior. É o que mostra levantamento feito a partir do questionário socioeconômico, preenchido pelos estudantes. Os dados também apontam que 47% dos estudantes têm, pelo menos, um dos pais que cursou até o ensino fundamental. Outros 9,8% têm, pelo menos, um dos pais sem nenhuma escolarização.

De acordo com a pesquisa, 19% dos estudantes entraram no ensino superior por meio de políticas de ação afirmativa ou inclusão social. Na maioria dos casos, o ingresso se deu em função de terem estudado em escola pública ou particular com bolsa.

Para cursar o ensino superior, 30,3% do total de estudantes contaram com algum tipo de financiamento ou bolsa ao longo do curso. Considerando-se somente as instituições particulares, 46,8% tiveram financiamento ou bolsa.

A metade dos financiamentos ou bolsas foi concedida pelo governo federal, sendo que 56% dos estudantes beneficiados têm renda familiar de até três salários mínimos e 36% ingressaram por meio de ações afirmativas.



Escolas públicas retomam nível de excelência em Educação

diciembre 19, 2015 17:34, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

A pesquisa, feita em parceria pela Fundação Lemann, Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo e Itaú BBA, dá continuidade ao estudo lançado no ano passado, referente aos anos iniciais do ensino fundamental

Por Redação, com ABr – de Brasília e Rio de Janeiro

No Brasil, 35 escolas públicas se destacam por conseguir, mesmo em condições adversas, garantir um bom aprendizado aos alunos no ensino fundamental. São escolas que atendem alunos de baixo nível socioeconômico em diferentes regiões do Brasil e conseguem que eles avancem juntos e tenham bons desempenhos nas avaliações nacionais. Os dados são da pesquisa Excelência com Equidade – Os desafios dos anos finais do ensino fundamental.

Escola Municipal Gerardo Rodrigues, Sobral (CE)
Escola Municipal Gerardo Rodrigues, Sobral (CE)

O estudo mapeia elementos que são comum às escolas e que podem ser replicados em larga escala para melhorar as etapas de ensino. Primeiro, é preciso assegurar condições para que os alunos frequentem e não abandonem a escola. Além disso, o tempo pedagógico é garantido, ou seja, o tempo que o estudante está na escola é ocupado com aulas ou outras atividades que vão ajudar no desenvolvimento. “Educação é um direito independente do contexto social. Todo aluno tem que ter o direito ao aprendizado garantido”, diz o coordenador da Fundação Lemann e coordenador geral da pesquisa, Ernesto Faria.

Nessas escolas, o trabalho dos professores é pautado por avaliações, feitas sistematicamente para medir o aprendizado e orientar as aulas. Além disso, a Secretaria de Educação oferece suporte pedagógico e estrutural e os gestores atuam para fortalecer o vínculo dos profissionais com as escolas. Os professores também levam em conta o contexto de vida dos alunos na prática educacional. Por fim, são feitas mudanças na prática em sala de aula, para melhorar a aprendizagem dos alunos.

— É importante porque não é por um contexto mais vulnerável que se pode perder o aluno. Não se pode cair na armadilha de olhar apenas para o aluno mais engajado, todo aluno importa — diz Faria.

As escolas atendem alunos de baixo nível sócio-econômico, têm um alto percentual de alunos com aprendizado adequado em português e matemática, mostraram evolução no desempenho dos alunos na Prova Brasil, de 2009 a 2013, e pertencem a redes de ensino que melhoraram como um todo nos últimos anos.

A pesquisa avalia escolas em diferentes contextos – urbanas e rurais – inseridas em grandes capitais e em pequenos municípios, com muitos ou poucos alunos.  “O estudo desmonta mitos relacionados à educação que são bastante difundidos. O primeiro, é que escola pública é ruim. O segundo, é que criança pobre não aprende. O estudo mostra que as escolas públicas conseguem fazer um trabalho de altíssimo nível”, diz a consultora do Itaú BBA, Ana Inoue.

Excelência com equidade

A pesquisa, feita em parceria pela Fundação Lemann, Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo e Itaú BBA, dá continuidade ao estudo lançado no ano passado, referente aos anos iniciais do ensino fundamental, período que vai do 1º ao 5º ano. Agora foi analisado o período escolar do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Se na primeira pesquisa foram encontradas 215 escolas públicas que garantiam educação de qualidade a estudantes de baixa renda, esse número, usados os mesmos critérios, cairia para apenas três nos anos finais do ensino fundamental.

O grupo decidiu então flexibilizar os critérios considerando, entre outros, não apenas os resultados finais, mais o quanto essas escolas evoluíram nos últimos anos, o que elevou o número de escolas a 35, com experiências que podem ser compartilhadas.

De acordo com a pesquisa, a baixa quantidade de escolas evidencia os desafios específicos dos anos finais do ensino fundamental. Entre eles, a heterogeneidade das turmas. A evasão escolar e as defasagens acumuladas no percurso escolar têm mais impacto nos anos finais do ensino fundamental, do que nos iniciais, quando os alunos são mais jovens e estão no início da vida escolar.

O estudo, divulgado esta semana, está disponível na internet.

A escola Miguel Antonio de Lemos fica na zona rural do município de Pedra Branca, a cerca de 18 quilômetros (km) do centro da cidade. A estrutura da escola é simples, falta, por exemplo, água encanada. No entanto, é o único local da comunidade que congrega educação, esporte, arte e lazer, assumindo a função de centro cultural e espaço de eventos familiares, como casamentos e batizados, nos fins de semana. Essa proximidade com a vizinhança favorece a atribuição de valor à escola.

— Vivemos em busca de sucesso e não em função dos problemas. Eles existem em todas as instituições. Nossa comunidade concentra não alfabetizados. A escola procura abraçar isso. Temos dois trabalhos: fazer com que nossos alunos aprendam e fazer com que as famílias tenham consciência de que os filhos precisam aprender — diz o diretor da escola Pedra Branca, Amaral Barbosa. Um terço da população de Pedra Branca com idade igual ou superior a 15 anos não sabe ler nem escrever.

Segundo Barbosa, o envolvimento da família é fundamental. Para aqueles alunos cujos responsáveis não se comprometem com o acompanhamento, a escola tem uma estratégia: o adote um aluno. “Os alunos com dificuldades e ausência de família são distribuídos entre os fucionários e professores, que assumem papel de pai. Acompanham, parabenizam e  buscam fazer com que essa ausência da família seja suprida por uma pessoa da escola”, conta Barbosa.
Segundo dados da Prova Brasil, o percentual de estudantes do 9º ano com aprendizado adequado em matemática passou de 84% para 100%. Em língua portuguesa, passou de 77% em 2011, para 83% em 2013. A escola manteve Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 6,2 nos dois levantamentos. Ao todo, são 98 alunos no centro de ensino.

Escolas de alto nível

A escola Maria Leite de Araújo fica a aproximadamente 25 quilômetros do centro do município Brejo Santo. A maior parte dos estudantes usa o transporte escolar para frequentar as aulas. Alguns professores moram próximo às famílias dos alunos e conhecem bem seu contexto de vida. Além disso, o acesso das famílias à escola é informal e rotineiro. Muitas mães de estudantes usam os serviços do posto de saúde vizinho à escola e aproveitam ocasiões de consultas médicas para conversar com os professores e se inteirar sobre o desenvolvimento e comportamento dos filhos.

— O que eu percebo que interfere no resultado dessas escolas é a gestão. Se não tiver uma gestão fortalecida, corre o risco de não ter a eficiência desejada. Tem o envolvimento de toda a equipe, professores, pais e o entendimento dos alunos sobre a necessidade de fazer o melhor. Sabemos o nosso dever na escola e do que precisamos fazer para melhorar. A vontade de fazer é o primeiro passo — diz o coordenador pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de Brejo Santo, Jucélio Santos.

Ele conta que antes de haver o esforço conjunto, cada professor atuava na sala de aula da maneira que achava que era a melhor. “Agora tem dado sucesso essa cultura do coletivo. Eu sozinho não posso me responsabilizar por todo o trabalho”, diz. Segundo ele, a secretaria reúne-se mensalmente com os diretores das escolas para discutir os trabalhos que estão sendo realizados e compartilhar as experiências exitosas e também os erros, para que não se repitam, entre todas as escolas. Bimestralmente, a reunião é feita com os professores. Há também uma equipe de professores que atuam na formação dos demais docentes e todo o processo é avaliado constantemente.

A escola tem o melhor Ideb entre as visitadas, 7,4. Em 2009, apenas 8% dos alunos tinham aprendizado adequado no 9º ano em língua portuguesa e em matemática. Em 2013, o cenário mudou: 100% tinham aprendizado adequado em matemática e 70% em língua portuguesa. A escola tem 79 alunos do 6º ao 9º ano.

A escola Gerardo Rodrigues fica na periferia da cidade de Sobral, em uma área sem muitas construções nem circulação de pessoas, onde é comum a ocorrência de furtos. A direção escolar adota medidas para coibir situações de conflito e criminalidade, o que faz dela um dos poucos pontos seguros do bairro. A escola pertence à rede de ensino de Sobral, município com uma trajetória de superação do fracasso escolar nos últimos 15 anos e que hoje apresenta um dos melhores indicadores de qualidade da educação do país.

Em Sobral há um grande envolvimento pelo ensino que vai, desde a Secretaria de Educação até os estudantes. Os professores recebem formação mensal para atuar em sala de aula. “Para nós, enquanto professores, esse apoio é extremamente importante”, diz a professora de português da escola, Fernanda Lopes.

Ela diz ainda que o tempo pedagógico é aproveitado ao máximo. “Trabalhamos com habilidades que podem ser desenvolvidas ao longo do ano. Eu atendo pela manhã e outro professor atende no contraturno. As dificuldades que eu percebi, eu repasso para ele”. A rede de ensino é acompanhada por consultoria e passa por um diagnóstico frequente do desempenho. “Sabemos qual aluno tem dificuldade e qual é a dificuldade”, explica.
Na escola, 80% dos alunos do 9º ano têm o aprendizado adequado em língua portuguesa e 64%, em matemática, segundo os dados de 2013. A escola não oferecia a série nos anos anteriores do levantamento, então não é possível analisar a evolução da porcentagem. O Ideb registrado em 2013 foi 6,9. A escola atende 1.191 alunos.

Exames nacionais

A escola Hebe de Almeida Leite Cardoso atende aos bairros de nível socioeconômico mais baixo do município de Novo Horizonte, em São Paulo. A infraestrutura é destoante da realidade das demais escolas públicas: todas as 20 salas de aula são equipadas com ar-condicionado, há salas multimídia, anfiteatro e jardim no pátio. O cenário atual da escola é bastante diferente do que era visto até alguns anos atrás, quando professores e gestores tinham resistência em trabalhar lá, pela fama de ser uma “escola difícil”. As melhorias na estrutura física, junto a outros fatores, são apontadas como importantes para a autoestima da comunidade escolar e foram lideradas pelo educador Paulo Cesar Magri, secretário de Educação do município desde 2001.

Em todo o município, são feitos simulados semanais e avaliações bimestrais. “Sexta-feira na primeira aula os alunos fazem a avaliação e na segunda de manhã eu já tenho os resultados. Tenho uma média da sala e do aluno e qual foi a questão que errou. Consigo saber se ele não entendeu uma charge ou um gráfico. Tenho como medir como está sendo o aprendizado”, diz o professor de história Ademir Almagro.

Para ele, o retorno imediato das avaliações, ao contrário de exames nacionais que levam um ano para ter os resultados divulgados, ajuda no aprendizado do aluno e faz com que dificuldades sejam identificadas rapidamente. Os professores também se reunem semanalmente para trocar experiências e fazer discussões em cada uma das áreas de atuação. Ademir Almagro destaca ainda a participação das escolas na concepção da educação para o município. “Geralmente as mundaças são feitas de cima para baixo. Dessa vez não, é a primeira vez que eu falo”, diz.

Com 662 alunos, a escola registrou Ideb de 5,3 em 2011 e 6,3 em 2013. O percentual de alunos do 9º ano com aprendizado adequado em matemática passou de 50% em 2011 para 52% em 2013. Em português, o percentual passou de 44% na primeira avaliação para 58%, dois anos depois. A escola não tem avaliações em 2009, porque ainda não oferecia essa etapa de ensino.

A escola fica na periferia de Belo Horizonte e é conhecida na vizinhança por exigir o rígido cumprimento de horários e por não liberar os alunos por falta de professores. A escola faz um acompanhamento também das faltas dos estudantes e aciona os responsáveis daqueles que têm cinco faltas consecutivas ou dez alternadas.

O maior desafio da escola, segundo a vice-diretora, Ivani de Paula, é a localização. “A escola está em uma divisa, entre Belo Horizonte e Ribeirão das Neves. Atendemos alunos de todo o entorno. Temos que lidar com a violência, contê-la dentro e fora da escola”. Uma das estratégias para combater a violência é envolver as famílias e a comunidade na formação dos estudantes. A escola promove chá das mães, bingo dos pais, além de sessões de cinema para a comunidade.

– Quando consigo trazê-los em um momento de lazer para dentro da escola, consigo também em um momento de dificuldade. Quando chamo só para apontar os erros dos filhos, os pais não querem ir. Mas quando sentem que se tem parceria nos momentos agradáveis, facilita – diz.

Para combater a violência, a direção da escola está presente na entrada e na saída dos alunos, na porta da escola.

– Sabemos que ficam pessoas da comunidade para passar drogas na porta das escolas, mas quando sentem a presença da direção, ficam intimidadas – diz Ivani, e acrescenta que a escola conta também com a presença de guardas municipais.

Carga horária

Com 465 alunos, a escola obteve Ideb de 5,3 em 2013. O índice apresentou evolução ante o índice de 3,8 registrado em 2009 e 4,7 em 2011. Na escola, o percentual de estudantes do 9º ano com aprendizado adequado em língua portuguesa saltou de 27% em 2009, para 47%, em 2013. Em matemática, esse percentual passou de 16% para 36%, no mesmo período.

A escola Rodrigues Alves fica na Barra da Tijuca, região nobre da cidade do Rio de Janeiro, mas atende adolescentes que vivem em comunidades pobres do entorno. A localização facilita a oferta de serviços e infraestrutura e minimiza problemas como a violência. A escola pertence ao programa Ginásio Experimental Carioca (GEC), ou apenas Ginásio Carioca, iniciado pela prefeitura do Rio de Janeiro em 2011, para atender alunos do 7º ao 9º ano, em horário integral. A carga horária estendida, a dedicação exclusiva dos professores e a pequena quantidade de alunos contribuem para a qualidade do ensino e tornam a escola disputada pelas famílias de baixo nível socioeconômico da região.

Segundo a coordenadora pedagógica Maristela Motta, os alunos se tornam parte importante do próprio processo de aprendizagem. “O aluno que tinha dúvida se podia aprender, agora sabe que pode e o professor sabe que pode incentivá-lo”, diz. Os alunos são avaliados e o retorno, de acordo com Maristela, é imediato.

— Recebemos os resultados das provas e imediatamente sentamos e alinhamos ações. Se determinada turma não atingiu os resultados desejados, buscamos saber o que aconteceu — disse.

Os professores todos tem carga horária de 40 horas e dedicação exclusiva à escola. A escola também trabalha com um modelo de tutoria: o aluno escolhe um funcionário que vai fazer o acompanhamento da vida escolar, incentivando os estudos e parabenizando os bons resultados e investigando o que aconteceu, se os resultados não forem bons.

Rodrigues Alves atende 227 alunos do 6º ao 9º ano. O Ideb passou de 4,6 em 2009, para 6,7 em 2013. Em 2009 apenas 25% dos alunos do 9° ano tinham aprendizado adequado em língua portuguesa e 7% em matemática. O cenário mudou em 2013, quando o percentual, em língua portuguesa, passou para 64% e em matemática foi para 58%.



Impa: novo diretor promete ampliar projeção da matemática

diciembre 18, 2015 14:21, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com ABr – de Brasília:

O novo diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), professor Marcelo Viana,  tomou posse na quinta-feia, no Rio de Janeiro com o desafio de aumentar o nível de excelência da instituição e difundir a matemática no país. Ele disse que assume a instituição em um “momento de grande projeção nacional”, com o sucesso da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que alcançou este ano 18 milhões de estudantes, em praticamente todos os municípios do país. E, ainda, projeção internacional, com a Medalha Fields, considerada  Prêmio Nobel da matemática, concedida ao pesquisador do Impa Artur Ávila, no ano passado.

– O desafio é aumentar o nível. O Impa vem num crescendo desde a fundação, mas nós temos que ser mais ambiciosos, tanto em termos da projeção internacional, porque o objetivo não é ganhar uma Medalha Fields, é ter a cada oportunidade, a cada quatro anos, possíveis candidatos a ganhadores brasileiros. Nosso objetivo também tem que contribuir mais para a matemática brasileira, atuando mais em outros segmentos – afirmou.

Marcelo Viana disse que assume a instituição junto com o sucesso da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, que alcançou este ano 18 milhões de estudantes, em praticamente todos os municípios do país
Marcelo Viana disse que assume a instituição junto com o sucesso da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, que alcançou este ano 18 milhões de estudantes, em praticamente todos os municípios do país

Viana afirmou que, apesar de o Impa ser uma instituição pequena, tem uma capacidade muito grande de mobilizar outros setores para multiplicar o alcance das ações, como ocorre na organização da Obmep e de outras iniciativas educacionais. Ele cita estudo feito em 2012, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que reforça a urgência de se melhorar o ensino de matária, fundamental para o desenvolvimento tecnológico do país.

– Um estudo feito pela Unicamp questiona a situação da engenharia no Brasil, partindo do princípio de que, para ser engenheiro, você tem que ter um certo nível de proficiência em matemática. Eu concordo. Eles analisam o resultado do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) para saber qual é o percentual de jovens brasileiros que atingem esse nível de proficiência. Menos de 4% dos nossos jovens de 15 anos tem conhecimento e desenvoltura em matemática que permitem que venham a ter profissões tecnológicas, de engenharia. Isso é um número catastrófico. Essa circunstância inviabiliza o próprio desenvolvimento tecnológico do país.

De acordo com o professor, os próximos anos serão de muita efervescência para o país na área de matemática, com a realização da Olimpíada Internacional no Rio de Janeiro, em 2017, e do Congresso Internacional, em 2018. Viana cita, também, o projeto de lei 2496/2015, já aprovado pela Câmara dos Deputados e em análise pelo Senado, que institui o Biênio da Matemática, em 2017 e 2018.

– Não são só os eventos, nós queremos que esse biênio seja um conjunto de iniciativas para disseminar o conhecimento da matemática, que é temida, incompreendida. Não é um problema específico nosso, mas, no Brasil atinge proporções catastróficas para o desenvolvimento do país. Nós queremos mudar a imagem pública da matemática, ajudar a mudar o modo como a matemática é ensinada nas escolas e trazer o país para um outro patamar. Se nós queremos chegar a um candidato à Medalha Fields a cada quatro anos, é preciso que toda a matemática no Brasil seja alçada a um patamar completamente diferente.

Outro projeto, para início em 2016, é a expansão física do Impa, com a construção do novo campus no terreno ao lado do atual, no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, que foi doado para a instituição. O ganhador da Fields, Artur Ávila, lembra que a situação econômica e política atual está complicada, o que pode dificultar os planos para o avanço da ciência do país. Mas que no longo prazo, o objetivo do Impa é liderar uma descentralização das instituições científicas brasileiras para estimular o conhecimento da matemática na população.

– As pessoas são desestimuladas com a matemática muito cedo, porque acham que não é para elas, que é uma coisa chata, e aí nem olham, nem aprendem e tentam evitar ao máximo. Isso vem um pouco de como foi apresentada no início a matemática para eles, seja na escola, ou como os pais falam sobre a matemática, ou como os amigos falam. A gente pode ter um efeito positivo nessa direção através de programas como as olimpíadas de matemática, mas de outras maneiras, como a matemática chega através das mídias. O Impa faz isso diretamente. O que eu faço para representar um pouco e falar, como eu falei na Flip (13ª Festa Literária Internacional de Paraty), para pessoas que não são de matemática, e tentar passar isso, que talvez as pessoas não gostem de matemática por não conhecê-la e dar uma chance para conhecer. De repente vão chegar à conclusão que é uma coisa que é para eles também.

Marcelo Viana substitui o professor César Camacho, que foi diretor do Impa por três mandatos, desde 2004. Viana é graduado em matemática pela Universidade do Porto e fez doutorado no Impa em Sistemas Dinâmicos. Preside o Comitê Organizador do Congresso Internacional de Matemáticos, marcado para ocorrer no Brasil, em 2018. Foi do Conselho Deliberativo do CNPq e presidente da Sociedade Brasileira de Matemática, além de ocupar cargos na International Mathematical Union, União Matemática da América Latina e do Caribe, na CAPES e na Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento.



Piauí quer inovar o ensino por meio do teatro

diciembre 17, 2015 14:36, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Todas as escolas públicas municipais e Estaduais vão agora receber livro e vídeo-documentário com o conteúdo do projeto

Por Redação, com ACS – de Brasília:

O ensino no Piauí está se encaminhando para adotar um método inovador, em busca do melhor aprendizado aos alunos do Estado. Com apoio do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica da Universidade Estadual do Piauí (Parfor/Uespi), educadores da rede pública vão colocar em prática o projeto “Abrindo as cortinas: o teatro como estratégia de ensino”.

Todas as escolas públicas municipais e Estaduais vão agora receber livro e vídeo-documentário com o conteúdo do projeto. O objetivo é disseminar e fomentar práticas pela melhoria do ensino nacional. O material permanecerá disponível para consulta no site do Parfor/Uespi.

O livro “Abrindo as Cortinas: o teatro como estratégia de ensino” contém impressões e sentimentos de vários educadores envolvidos com o projeto. Homônimo, o documentário mostra o processo de preparação dos professores para o uso do teatro nas escolas de Educação Básica.

O lançamento de ambos os trabalhos ocorreu em setembro, na capital do Estado, Teresina. O evento foi prestigiado por autoridades de educação e de cultura. À época, Nouga Cardoso, reitor da Uespi, ressaltou que o projeto contribui para aprofundar, no Brasil, o debate em torno de uma formação de docentes prático-reflexivos, atores com protagonismo junto aos alunos no processo de ensino-aprendizagem.

Elaboração do método

Sob mediação da arte-educadora e atriz Bid Lima, cerca de 150 professores cursistas do programa com diversas licenciaturas foram motivados a trazer aos espaços escolares conhecimento por meio da linguagem e da produção artísticas.

Em oito meses consecutivos de atividades, eles conheceram técnicas para trabalhar com a percepção sensorial dos seus alunos e do desenvolvimento da criatividade e improvisação por meio de jogos dramáticos, da leitura e discussão de textos e de exercícios corporais.

Em oito meses consecutivos de atividades, eles conheceram técnicas para trabalhar com a percepção sensorial dos seus alunos
Em oito meses consecutivos de atividades, eles conheceram técnicas para trabalhar com a percepção sensorial dos seus alunos


Fies: novas regras ajudarão a preencher vagas ofertadas

diciembre 16, 2015 13:14, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

As novas regras do Fies estabelecem, entre outros critérios, que 70% das vagas ofertadas irão para os cursos considerados prioritários pela pasta

Por Redação, com ABr – de Brasília:

As novas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) vão ajudar a preencher todas as vagas com financiamento disponível em 2016, disse o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas. No último processo seletivo, de acordo com ele, 40% das vagas ficaram ociosas porque não correspondiam a todos os critérios do Ministério da Educação (MEC). Agora, as vagas que não forem preenchidas durante o processo seletivo poderão ser redistribuídas entre os cursos da própria instituição superior.

As novas regras do Fies, publicadas na segunda-feira, estabelecem, entre outros critérios, que 70% das vagas ofertadas irão para os cursos considerados prioritários pela pasta, como os das áreas de saúde, engenharia e de formação de professores. Elas também deverão estar em cursos com maiores avaliações no MEC e em cidades com os menores Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

Excluindo-se o critério do IDHM, os demais já foram considerados no processo seletivo do segundo semestre de 2015. A novidade para o ano que vem é que as vagas que não forem preenchidas poderão ser redistribuídas, primeiramente aos demais cursos prioritários com a avaliação máxima no MEC. Depois, deverão seguir a ordem de maior nota no MEC e, por fim, serão direcionadas aos mais concorridos na institução, mesmo não sendo áreas prioritárias.

– De um lado tinha vagas sem ocupação. Do outro, havia muitos alunos pleiteando vagas. Mas a demanda maior não estava nos cursos em que o MEC liberou vagas. Agora, com a flexibilização, uma vez que o Orçamento esteja aprovado, não vai se perder a vaga do curso que tenha maior demanda – afirma Caldas.

Para os estudantes, as novas regras são positivas
Para os estudantes, as novas regras são positivas

O diretor disse ainda que, ao contrário das primeiras mudanças feitas no fim do ano passado nas regras do Fies, decididas, segundo ele, sem diálogo, as instituições têm sido convocadas pelo MEC para discutir as alterações nas regras do programa. “Fomos convidados pelo MEC para participar de uma rodada de negociações para chegar a um modelo que está mais próximo da realidade. Observamos incoerências no primeiro e no segundo semestre de 2015”.

Uma das sugestões dadas pelas particulares e não acatada pelo MEC foi a redução da nota exigida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos atuais 450 pontos para 400. Segundo Caldas, isso possibilitaria que mais alunos de baixa renda – o limite de renda para participar do Fies é 2,5 salários mínimos – participassem do processo seletivo e possibilitaria maior preenchimento das vagas. A pontuação de 450, no entanto, iguala a exigência do Fies à do Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas.

Para os estudantes, as novas regras são positivas. “As mudaças caminham no sentido de dar mais concretude e transparência às regras que já tinham sido divulgadas. Antes, eram priorizadas as regiões mais pobres do país, agora, com o critério sendo o IDHM, consegue-se fazer de uma forma mais precisa a distribuição das vagas”, diz a presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral.

O Fies é um programa do governo que oferece financiamento em instituições privadas de ensino superior com juros mais baixos. Atualmente, cerca de 2,1 milhões de contratos estão ativos.



Mais de 60 escolas ainda estão ocupadas em SP

diciembre 15, 2015 13:58, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Entre as mudanças estão nova matrícula para os alunos das escolas que teriam impacto da reorganização

Por Redação, com ABr – de São Paulo:

Pelo menos 63 escolas continuam ocupadas no estado de São Paulo e 37 na capital, de acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Segundo a Secretaria da Educação do estado, são 62 escolas ocupadas, sendo 38 na capital.

Em nota, a secretaria informou que todos os alunos da rede estadual têm suas matrículas garantidas para o ano letivo de 2016 e que o primeiro dia de aula, que ocorreria em 1º de fevereiro, será postergado para o dia 15 do mesmo mês, para possibilitar que as mudanças necessárias ao começo das aulas possam ser feitas sem prejuízo aos estudantes.

Alunos se reúnem em escola em São Paulo para discutir desocupação
Alunos se reúnem em escola em São Paulo para discutir desocupação

Entre as mudanças estão nova matrícula para os alunos das escolas que teriam impacto da reorganização. “Como todas as matrículas voltam ao estágio inicial, os estudantes continuarão na mesma escola, em processo que será feito automaticamente, sem a necessidade de solicitação por parte dos responsáveis. A consulta pela Internet poderá ser feita a partir do dia 5 de janeiro, no portal da Secretaria da Educação”, diz a nota.

Foi determinado ainda novo período de transferência dos estudantes (de 5 a 11 de janeiro). Todos os alunos que já pediram transferência para outras unidades de ensino deverão refazer a solicitação em decorrência da não reorganização das escolas. Haverá alteração e adaptação de toda a logística envolvendo merenda escolar, transporte, mobiliário e kit de material escolar, além de alteração e adaptação da rede de suprimentos, por meio do qual as escolas podem adquirir insumos de limpeza, higiene e material de escritório.

Segundo a secretaria, o encerramento do ano letivo de 2015 é feito normalmente em 96% das escolas da rede estadual. Nos locais onde houve ocupações, um calendário complementar está sendo validado nas diretorias de Ensino, garantindo a todos os alunos os 200 dias letivos, o que poderá ocorrer entre os meses de dezembro deste ano e janeiro de 2016. O período de atribuição de aulas ocorrerá do dia 1º ao dia 5 de fevereiro.



Alunos desocupam 85 escolas em São Paulo

diciembre 14, 2015 11:25, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com ABr – de São Paulo:

O número de escolas desocupadas em São Paulo aumentou para 85 no início da manhã desta segunda-feira, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Alunos ainda mantém ocupações em 111 unidades, em defesa de um debate mais amplo sobre a educação, envolvendo todas as partes, no próximo ano. Os dados do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) são diferentes e estimam que 118 escolas foram desocupadas e 95 unidades seguem ocupadas.

A Secretaria informou que registrou Boletim de Ocorrência nos casos em que as escolas foram devolvidas com depredação ou objetos furtados. Informou ainda que, conforme as escolas estão sendo desocupadas, as aulas de reposição estão sendo organizadas.

A desocupação de parte das escolas ocorre depois de o governo do estado suspender a reorganização do ensino. O projeto da Secretaria previa o fechamento de 94 escolas e a transferência de cerca de 311 mil estudantes para instituições de ensino na região onde moram. O objetivo da reorganização, segundo o governo, era segmentar as unidades em três grupos, conforme a idade e o ano escolar. De acordo com o órgão, a segmentação melhora o rendimento dos alunos.

O número de escolas desocupadas em São Paulo aumentou para 85 no início da manhã desta segunda-feira
O número de escolas desocupadas em São Paulo aumentou para 85 no início da manhã desta segunda-feira

Melhorias na educação

Um grupo de estudantes fizeram manifestação nesta segunda-feira, pedindo melhorias na educação e a suspensão definitiva da reorganização escolar. Os alunos protestam na região do Butantã, na capital paulista, de forma pacífica, informou a Polícia Militar. Não há estimava do número de participantes.

O ato teve início às 7h40 e, por volta das 9h, bloquearam a Rodovia Raposo Tavares, no cruzamento com a Avenida Benjamim Mansur. A Companhia de Engenharia de Tráfego informou que o protesto interditou duas faixas da rodovia no sentido capital, mas uma faixa nesse sentido continuou liberada para o trânsito.

Escolas invadidas

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no dia 7 deste mês que, após ter anunciado o adiamento do projeto de reorganização do ensino em São Paulo, não há razão para que as escolas do Estado continuem ocupadas pelos estudantes.

– Não há razão nenhuma para ter escola hoje invadida. Se a causa era essa, agora é retomarmos as aulas para poder, o mais rápido possível, concluir o ano letivo. Esse é o objetivo – disse o governador, em entrevista coletiva na última segunda-feira em que o governo anunciou a criação de um plano de combate à dengue, febre chikungunya e vírus zika, doenças transmitidas pelo mosquitoAedes aegypti. “Nós vamos adiar (o projeto de reorganização) e vamos fazer esse diálogo, especialmente com os alunos, os pais dos alunos e o corpo docente”, ressaltou.

Segundo o governador, a polícia precisou agir para desobstruir as vias que foram fechadas pelos estudantes. “Nenhuma (escola ocupada) foi reintegrada com a polícia. Nenhuma. Cinquenta e quatro foram reintegradas com diretor da escola, professores e dirigentes de ensino. Ia lá, conversava e os alunos saiam, porque viram que era melhor. Tínhamos ação judicial para reintegrar, não reintegramos e nem usamos a polícia. Mas aí ocupam a Avenida Doutor Arnaldo, onde mil pessoas por dia vão tratar câncer no Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo). Tem o HC (Hospital das Clínicas), o (hospital) Emílio Ribas. Se você não age, você pede: pessoal, vamos dar mais meia hora para vocês liberarem, as pessoas precisam se locomover. Dá o tempo, e eles não saem. Olha, não é possível também prejudicar o conjunto da população. Todo o esforço foi feito nesse sentido”, disse Alckmin.

 



Faetec Santa Cruz forma 6 mil estudantes

diciembre 11, 2015 15:15, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com ACS – do Rio de Janeiro:

Cerca de 6 mil estudantes da Faetec Santa Cruz receberão seus certificados de conclusão neste sábado. Os estudantes são de 28 cursos nas áreas de Turismo, Moda, Administração, Idiomas, Informática, Elétrica e Mecânica.

Serão entregues certificados aos estudantes que fizeram cursos de Espanhol, Inglês, Inglês para Serviços Turísticos, Espanhol para Serviços Turísticos, Francês, Costureiro, Modelista, Bordado e Customização, Operador de Computador, Ambiente Windows, Operador de Computador Ambiente Linux, Confeccionador de Lingerie e Moda Praia, Instalações Elétricas, NR10, Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão, Eletricista Industrial, Auto Cad 2D/3D, Excel Avançado, Operador de Editoração Eletrônica, Instalador e Reparador de Refrigeração e Climatização Doméstica, Instalador e Reparador de Ar-Condicionado Tipo Split, Soldador no Processo Eletrodo Revestido Aço Carbono e Aço Baixa Liga, Aperfeiçoamento em Injeção Eletrônica e GNV, Assistente Administrativo, Eletricista de Automóveis, Mecânica de Motores a Diesel, Recepcionista e Mecânico de Automóveis Leves.

 

Cerca de 6 mil estudantes da Faetec Santa Cruz receberão seus certificados de conclusão
Cerca de 6 mil estudantes da Faetec Santa Cruz receberão seus certificados de conclusão

– A Zona Oeste do Rio e os municípios do entorno, como Seropédica e Itaguaí, têm crescido bastante. Não são poucas as empresas que se instalam na região. O reflexo disso é a criação de vagas de trabalho. Tenho certeza de que as pessoas que passaram pelos cursos da Faetec, que são de qualidade reconhecida pelo mercado, terão mais oportunidades de conseguir as vagas. É bom para as empresas, que terão uma mão de obra qualificada e sem dificuldades de locomoção até o local de trabalho, e para o cidadão, que terá a chance de ascender socialmente – afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Tutuca.

Todos os certificados foram emitidos por meio de um moderno sistema digital implantado pela Fundação, que assegura sua autenticação e garante mais segurança ao aluno na emissão do diploma.

– Além da garantia de ótimos cursos ofertados, também visamos atender às demandas profissionais locais, fortalecendo a empregabilidade da população, preparando-a para suprir a necessidade do mercado de trabalho e, por tabela, melhorar os índices de qualidade de vida na região – destacou o presidente da Faetec, Wagner Victer.



Faetec: estudantes transformam lixo eletrônico em robôs

diciembre 10, 2015 14:20, por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil

O projeto Robótica de Baixo Custo é uma das ações realizadas no Centro de Informática da Faetec Três Rios

Por Redação, com ACS – do Rio de Janeiro:

Inspirada em práticas educativas de reaproveitamento de lixo eletrônico, a Fundação de Apoio á Escola Técnica (Faetec) investe no projeto de Robótica de Baixo Custo. Estudantes transformam sucata em pequenos protótipos eletrônicos: os primeiros robôs com arduino (lógica de programação) da unidade de Três Rios.

A ideia de aplicar a robótica como prática pedagógica surgiu dos alunos dos cursos de Manutenção e Redes de Computadores, em 2014, a partir de uma campanha de recolhimento de lixo eletrônico para empresas especializadas em reciclagem. Mas as peças não aproveitadas, como leitor de driver, placas, motores, leds, engrenagens e diversos dispositivos de plástico, ganharam nova finalidade.

Os estudantes tiveram o desafio de construir robôs com linguagem de programação. Na montagem, eles projetaram carros que tivessem velocidade, durabilidade da bateria e estabilidade. Foram testados em diferentes tipos de terreno e sua estrutura foi modificada até alcançar os melhores resultados. Hoje, é possível participar de competições e avaliar características como agilidade, peso, design e autonomia da bateria.

Ideia é aplicar a robótica como prática pedagógica
Ideia é aplicar a robótica como prática pedagógica

Para o idealizador do projeto, professor Raphael de Souza, a atividade ajudou a melhorar o relacionamento entre os alunos e aumentou o interesse na pesquisa e na busca por novos conhecimentos em tecnologia. O desenvolvimento do Robótica de Baixo Custo se mostrou tão interessante que motivou os jovens a continuar estudando Linguagens de Programação e Hardware Livre (Arduino). Atualmente, mais da metade deles ingressou no Ensino Técnico de Informática.

– Os nossos alunos têm muito potencial e não se contentam com atividades básicas. O desejo por aprimoramento e o envolvimento deles foi o que me motivou a trazer novos desafios à sala de aula. Conseguimos trabalhar matérias, como matemática, leis da física, lógica e programação, de forma integrada – explicou o professor.

A reutilização

O projeto Robótica de Baixo Custo é uma das ações realizadas no Centro de Informática da Faetec Três Rios. A primeira campanha “Doe seu computador que não te atende mais” reuniu diversas peças, as quais estudantes puderam montar, testar e configurar, em aula, os equipamentos doados na instituição.

– A iniciativa de receber doações de gabinetes, monitor, mouses e teclados, que funcionem e que não tenham mais utilidades para seus donos, foi revertida também em outro projeto de reaproveitar partes úteis desses eletrônicos para construir novas máquinas e doá-las a um asilo local. Os idosos atendidos pelo programa ainda ganharam um aplicativo de jogo da memória, construído pelos alunos, e recebem visitas mensais dos estudantes para inseri-los no mundo digital – disse o presidente da Faetec, Wagner Victer.

Este ano, as máquinas construídas serão doadas aos alunos que ainda não têm acesso a computadores. Outras turmas também estão inseridas no programa, como é o caso do curso de Editoração Eletrônica, na qual os alunos trabalham criando materiais de divulgação para a conscientização da comunidade sobre o uso e a compra de equipamentos eletrônicos.

 



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