Internet Livre Sempre - Censura Nunca
24 de Outubro de 2013, 8:26 - sem comentários ainda► http://marcocivil.org.br/noticias/nota-publica-marco-civil-sem-censura-ja/
MANTENHA A INTERNET LIVRE
Nossa Internet e democracia estão sendo ameaçadas. Anos de lobby das operadoras de telefonia podem acabar com a liberdade de expressão e de comunicação na internet. O Marco Civil, a legislação que pode proteger a democracia na rede, agora está nas mãos do Congresso.
O governo permitirá que a censura na Internet faça parte do Marco Civil?
Convocamos a todos que defendem e amam a nossa lnternet Livre para que contatem seus deputados e membros do Congresso antes da votação, para impedir que esta seja adiada e pedir que rejeitem o parágrafo 2º do artigo 15 ou qualquer outra alteração no texto original que possa ir contra os interesses dos cidadãos da Internet.
O Marco Civil foi construído pela sociedade civil e não permitiremos que apliquem a censura no projeto ao apagar das luzes. Não em nosso nome.
Olá, presidenta Rousseff… eu avisei!
24 de Outubro de 2013, 8:26 - sem comentários aindaReflexões de um Cachorro Louco
Querida Presidenta Rousseff,
Eu entendo que a senhora esteja irritada com meu país, os Estados Unidos da América, porque uma de nossas agências, a Agência de Segurança Nacional (NSA), vem armazenando suas comunicações privadas, lendo seu e-mail e espionando a senhora, além de outros brasileiros.
Me desculpe por falar isso, mas... “eu avisei”.
Desde 1996 tenho ido ao Brasil para falar sobre GNU/Linux e Software Livre e de Código Aberto em geral. Depois dos acontecimentos de 11 de setembro de 2001 e a aprovação do que ficou conhecido como “USA Patriot Act of 2001” (Ato Patriota dos EUA de 2001), comecei a sentir um frio na espinha. Eu sabia que poderes de longo alcance, sem supervisão, não eram exatamente o que os patriotas que fundaram nosso país pretendiam... Na verdade, muito pelo contrário.
Durante os últimos 10 anos também venho me envolvendo mais com questões sobre Cuba e o embargo que vem acontecendo nos últimos 40 anos. Com a reação do meu país em relação à eleição de Hugo Chavez, comecei a me perguntar o que poderia acontecer com o Brasil (ou com muitas outras nações) se estivessem sob um embargo militar ou econômico.
Sendo da indústria de computação desde 1969, claro que pensei nas consequências de um embargo do ponto de vista da Ciência da Computação/Software, e isso vem sendo a minha maior motivação pelo desejo de ver o Brasil (e o resto do mundo) usando Software Livre e também projetando e manufaturando Hardware Aberto.
Nos últimos 10 anos venho dizendo ao público ao redor do mundo que amo meu país, mas, se você não vive no meu país então qualquer dado que é armazenado aqui, ou mesmo que passe de alguma forma por perto destas fronteiras, não é realmente “privado”. Também venho dizendo a todo mundo que software não é mais um item de luxo, e se todo o software existente tiver que desaparecer do planeta, seus elevadores vão parar de funcionar e seus e-mails não serão mais enviados. Tenho falado muitas e muitas vezes que os Militares dos Estados Unidos não pensam duas vezes sobre colocar um código-fonte fechado criado por companhias norte-americanas nos nossos tanques de guerra, aviões e navios, uma vez que essas empresas são mantidas por cidadãos americanos leais... Mas, se você é a China ou o Brasil, deve realmente pensar duas vezes sobre colocar estes softwares em seu arsenal caso não tenha inspecionado todo o código em busca de back doors e cavalos de tróia/trojan.
Muitas vezes também tenho mostrado questões sobre embargo econômico, usando aquela pequena ilha na costa da Flórida como exemplo. Mostrei que empresas como Microsoft e Oracle não podem vender legalmente software para Cuba. Mas é claro que Cuba usa softwares da Microsoft e da Oracle. Porém Fidel não pode ligar para Bill Gates e oferecer a ele uma caixa de cigarros cubanos para resolver os problemas que estão tendo. Bill Gates é um cidadão americano fiel e a ele não é permitido vender coisas high-tech para Cuba.
Algumas dessas empresas têm programas que permitem que o comprador inspecione todo o código fonte à procura de cavalos de tróia ou outras vulnerabilidades. Mas essas companhias esperam que você realmente acredite que o código-fonte que está sendo inspecionado é o código fonte real e não o código fonte oculto nos arquivos binários dos seus produtos?
Nesse período, tenho visto a consagração de Software Livre e de Código Aberto, desenvolvido ao redor do mundo, com os olhos de todas as nações sobre ele. Software que pode ser (como a senhora já deve saber) tipicamente baixado pela Internet e de graça. E usando o dinheiro, que seria normalmente utilizado para o pagamento de licenças de software, para pagar progamadores nacionais para modificar estes softwares e suprir as suas necessidades. Programadores nacionais que compram comida local, moram no país e pagam impostos nacionais... e que votam em políticos locais. Tenho mostrado também que, enquanto empresários de um país como o Vietnam podem achar difícil pagar 400 doláres por hora para um programador, estes mesmos empresários vietnamitas poderiam encontrar mão de obra local que poderia fazer o trabalho tão bem quanto e por muito menos dinheiro.
No final ensinei sobre não armazenar dados brasileiros, particularmente dados sensíveis, fora das fronteiras do país. Brasileiros vão votar na senhora, Presidenta Rousseff. Se eles não gostarem do que a senhora faz, eles podem votar em outra pessoa. Brasileiros não podem votar no presidente Obama, ou em John Boehner (o responsável pela USA House of Representatives), nem podem votar na emenda da nossa constituição para melhor proteger seus dados.
Ainda que eu reconheça as vantagens de alguns tipos de infraestrutura na nuvem (Cloud Computing), tenho ressaltado o quanto a computação em nuvem irá esconder o software do poder das pessoas e tornar-las mais dependentes das grandes empresas deste ramo (com seus servidores instalados nos EUA) do que elas são hoje de grandes empresas de produtos de código-fechado dos EUA.
A senhora pode não ter estado em nenhuma das minhas apresentações, presidenta Rousseff, mas seu povo esteve, e eu fiquei triste, pois parece que eles não levaram meus avisos a sério... até agora.
Agora eu soube que a senhora quer desenvolver um método para proteger o Brasil desses comportamentos intrusivos e de espioanagens dos EUA. Eu lhe parabenizo por isso e espero que outros países façam o mesmo. Talvez o Brasil possa (mais uma vez) ser o modelo de como isso pode ser feito. Eu sei e entendo que isso não é fácil de se fazer, assim como implantar uma infraestrutura de segurança e privacidade não é fácil, nem é trivial de ser desenvolvido. Isto requer muito planejamento e muito trabalho duro.
Eu tenho boas notícias para a senhora, pois venho trabalhando em um plano há sete anos que tem como objetivos:
- » Criar milhões de novos empresários locais independentes, fornecendo empregos na área de alta tecnologia, treinando pessoas para ajudar nessa questão de privacidade e segurança e ao mesmo tempo disponibilizar melhores serviços computacionais para usuários locais;
- » Criar um plano para a criação de milhões de “nuvens locais” e pequenos clientes que podem prover melhores serviços de computação em nuvem de baixo custo para áreas urbanas com uso de pouca energia e com baixo custo de climatização;
- » Melhorar o tempo de resposta para comunicações wireless/sem fio que estão com problemas de saturação e de contenção, permitindo que centenas de megabits de dados por segundo sejam fornecidos para cada dispositivo;
- » Reduzir a quantidade de dispositivos eletrônicos jogados fora, mantendo o máximo de lixo eletrônico o mais longe possível de aterros sanitários;
- » Fazer com que os computadores sejam fáceis de se usar, salvando tempo e dinheiro dos usuários;
- » Ajudar a balança comercial brasileira gastando mais dinheiro em software e hardware dentro do Brasil ao invés de enviar esse dinheiro para fora do país;
- » Permitir que os brasileiros decidam onde querem executar seus programas e onde armazenar seus dados dinamicamente, sob o controle do Brasil;
- » Utilizar computadores projetados e fabricados no Brasil.
Tudo o que foi exposto acima (e muito mais) pode ser feito hoje utilizando Software Livre (Open Source Software) e hardware já existentes, mas a maioria do hardware é projetado e produzido na China, ou seja, o fato deste hardware não ser fabricados pelo processo de manufatura brasileiro nem ser projetado por indústrias de projeto de hardware do Brasil, existe a possibilidade de existir algum spyware escondido em algum campo binário no próprio firmware do dispositivo ou de seu software. Meu plano é utilizar as universidades e indústrias brasileiras para criar soluções high-tech, projetadas e fabricadas em território brasileiro.
Tudo acima foi pensado para ser financiado pela iniciativa privada, ficando com o governo a responsabilidade de dar os incentivos (como isenção de impostos) que milhões de novos empresários e centenas de companhias necessitam para produzir esta estrutura. Entretanto, este projeto sendo financiado completamente pela iniciativa privada implica que poderia levar 20 anos para ser finalizado. Com alguns pequenos investimentos iniciais por parte do governo e cooperação de várias agências governamentais nós podemos fazer este projeto auto-sustentável em 3 anos, e inclusive encurtar o tempo de implementação do mesmo em 10 anos.
É um plano que venho falando abertamente pelos últimos três anos, e do qual originou-se o projeto chamado "Projeto Cauã", e no qual estamos trabalhando duro para tocá-lo para frente, pois estamos tendo dificuldade em obter cooperação do governo brasileiro (federal, estadual e municipal) e da indústria brasileira.
O Projeto Cauã pode ser estendido para dar ao Brasil (e a outros países) a independência necessária para controlar sua própria Internet e ter seus próprios “serviços de nuvem” sem fechar o acesso a Internet mundial que as pessoas usam hoje.
Eu não estou pedindo a adoção do Projeto Cauã, entretanto, acho que esse projeto poderia dar ao povo brasileiro que vive em áreas urbanas (em torno de 70% da população) muitos benefícios. Diante das questões que tenho falado nesta carta, eu realmente acho que a senhora deveria:
- » Incentivar o ensino de Software Livre, de Código e Hardware Aberto nas universidades federais
- » Criar uma política governamental para acelerar a adoção de Software Livre, de Código e Hardware Aberto a um passo ainda mais rápido;
- » Incentivar a certificação de administradores de sistemas em ferramentas livres, talvez diminuindo seus impostos;
- » Criar ou incentivar a diminuição de impostos para novos empreendimentos de rede que possam trazer “nuvens” locais que disponibilizem acesso em alta velocidade para os usuários de uma determinada região.
O Brasil vem sendo um líder em Software Livre e de Código Aberto por muitos anos. Eu o tenho apelidado como a “estrela brilhante” do movimento na América Latina. O Brasil vem seguindo algumas das sugestões que mencionei acima, mas devido ao que vem acontecendo com relação a NSA, acredito que a senhora precise acelerar isso ainda mais.
Estou indo falar sobre o Projeto Cauã na Latinoware em Foz do Iguaçu nos dias 16 e 17 de outubro, e também em uma conferência que será realizada em Brasília no dia 8 de novembro. Eu não espero que a senhora esteja lá, pois a senhora é muito ocupada, mas eu gostaria de discutir seriamente com os membros do seu staff técnico e outros membros do governo brasileiro alguns metódos para ajudar o Brasil direcionar seu próprio futuro na área tecnologia da informação e talvez usando parte ou tudo o que se propõe no Projeto Cauã.
Isso talvez leve 10 anos para ser concluído, mas se a senhora não começar agora, nunca vai chegar lá. E eu acho que a senhora gostaria de que o povo brasileiro se lembrasse da senhora como a “Presidenta do Progresso”.
Com meus melhores votos,
Jon “maddog” Hall, Presidente do Projeto Cauã
Agradecimentos pela colaboração com a tradução à:
Rafael Carício @rafaelcaricio
Romeryto Lira @romeryto
Sérgio Vilar @sergiovilar
@ftcbrandt
Rubens Cavalcante @rubenspgcavalcante
Igor Steinmacher @igorsteinmacher
Dilma, el espionaje electrónico y un cambio de paradigma (+Fotos)(+Video)
17 de Outubro de 2013, 7:54 - sem comentários aindaLa presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, denunció públicamente a los EE.UU. por el espionaje electrónico dirigido contra su país. A la política certera de la mandataria se suman retos y oportunidades para contrarrestar estas prácticas imperialistas...
Por Sergio Bertoni
El pasado 24 de septiembre, el discurso de la presidenta brasileña Dilma Rousseff inauguró la 68va Asamblea General de Naciones Unidas. Fue un texto directo y contundente, al denunciar la existencia de una red de espionaje electrónico dirigido por EE.UU. Afirmó en ese momento que “entrometerse de esta manera en la vida de otros países es una violación del derecho internacional y, como tal, es una afrenta a las relaciones entre los países, especialmente entre naciones amigas. No es posible establecer la soberanía de un país a expensas de dañar la soberanía de otros. Jamás, el derecho a la seguridad de los ciudadanos de un país puede ser asegurado por la violación de los derechos humanos y los derechos civiles de los ciudadanos de otro país.”
La presidenta de Brasil enfatizó que la situación era aún más preocupante porque además de los órganos estatales de seguridad norteamericanos, las empresas privadas estaban apoyando este espionaje.
Al afirmar que “no se sostienen los argumentos de que la interceptación ilegal de los datos e informaciones esté destinada a proteger a la nación contra el terrorismo.”, Rousseff dejó claro de dónde partían las acciones de espionaje contra su país. “Hicimos saber al gobierno de EE.UU. nuestra protesta, exigiendo explicaciones, disculpas y garantías de que tales procedimientos no se repitan. Los gobiernos y las sociedades amigas, que buscan consolidar una alianza estratégica con eficacia, como es nuestro caso, no pueden permitir que las acciones ilegales sean recurrentes como si fueran normales. Estas acciones son inadmisibles.”
En la más legítima defensa, la mandataria del Gigante del Sur dijo que Brasil “redoblará esfuerzos para dotarse de legislación, tecnologías y mecanismos para protegerse de la interceptación ilegal de comunicaciones y datos.”
Y no sólo condenó sino propuso: “Mi gobierno hará todo lo que esté a su alcance para defender los derechos humanos de todos los brasileños y todos los ciudadanos del mundo y proteger los frutos del ingenio de nuestros trabajadores y nuestras empresas.” apuntó Rousseff.
Ya de regreso a Brasil, afirmó que tan pronto fuera aprobado por el Parlamento Brasileño, enviaría a la ONU la propuesta de un Marco Civil para la Internet, especie de constitución para la redes digitales que establece derechos y deberes de los ciudadanos, gobiernos, empresas y organizaciones que usan el espacio digital de comunicación. Este proyecto de ley fue elaborado colectivamente en la red con la participación amplia de varios sectores de la sociedad brasileña y presentado por el Gobierno Federal de Brasil a la discusión y aprobación del parlamento.
Por su parte, el director general de la Corporación de Internet para la Asignación de Nombres y Números de Internet (ICANN), Fadi Chehade, anunció el pasado nueve de octubre que Brasil será la sede en 2014, de una reunión mundial sobre la gobernanza de Internet. La propuesta fue hecha por Chehade en una reunión con la presidenta Dilma Rousseff en el Palacio Presidencial. De acuerdo con la nota de Blogosfero.cc, el encuentro reunirá líderes mundiales, representantes de la sociedad civil y de la industria.
- Soberanía tecnológica. Se alcanza mediante la concertación de políticas y estrategias capaces de ser operativamente eficientes en la transferencia de tecnología y de conocimiento en todo el conjunto social para contrarrestar el Estado de Vigilancia Global impuesto por gobierno imperialistas.
- API (interfaz de programación). Representa la capacidad de comunicación entre componentes de software que ofrecen acceso a ciertos servicios, lo que ermite la interoperabiidad entre sistemas y por ende, y las personas que usan esos sitemas.
- Declaración final del II Taller Internacional sobre las Redes Sociales
- El profesor brasileño Sergio Amadeu, de la Universidad Federal ABC (Sao Paulo) responde a la pregunta ¿Sabe quién invade su computadora?
- Conozca más sobre las Redes Sociales Federadas
LA POLÍTICA CERTERA Y EL RETO PARA EJECUTARLA
Pero, ¿acaso bastan posiciones de principios con respeto al derecho a la soberanía de los pueblos y una más clara postura contra las intenciones imperialistas?
Ante un problema tan serio, por qué la gente ha demorado tanto para entender las alertas del Movimiento de Software Libre sobre los peligros de la guerra cibernética y del espionaje digital provocado sobre todo por el uso de tecnologías digitales de código cerrado protegidas por leyes y patentes de EE.UU.
El software libre, y las aplicaciones “open source”, son una alternativa real y económica a disposición de los pueblos y gobiernos latinoamericanos. Sus códigos abiertos son mejorados continuamente de forma libre y colaborativa por gente de todo el mundo. Por tanto, los usuarios no dependen de la voluntad o de los intereses de una determinada persona o empresa para seguir en desarrollo, sino que pueden estudiarlo, copiarlo, modificarlo y distribuirlo libremente. Así, es más difícil dotarlos de “trampas” y “puertas” clandestinas para espiar a los usuarios como ocurre con los softwares propietarios de las grandes empresas transnacionales del mundo digital.
Es una cuestión de seguridad digital, de soberanía tecnológica. Y, en tiempos de capitalismo informacional global, donde las riquezas se producen con la manipulación y el trasiego de informaciones, tener el control del hardware y el software es fundamental para garantizar la Libertad de Expresión y la Seguridad de los Pueblos.
No hay soberanía tecnológica cuando se usa software propietario, cuando las aplicaciones que usamos pertenecen a empresarios estadounidenses.
Ante tal situación, el combate al espionaje y la guerra cibernética exige de los pueblos y de sus gobiernos más que declaraciones firmes y denuncias públicas. Exige acciones concretas. Exige verdaderos cambios en su relación con las tecnologías digitales. Exige liberarse del vicio de ser usuarios de tecnologías privadas. Exige rechazar el uso de aplicaciones propietarias de código cerrado. Exige tornase productores de tecnologías libres y soberanas.
Al igual que en el siglo XIX, cuando los países latinoamericanos luchaban por su Soberanía e Independencia Política, en el siglo XXI deberán luchar por su Soberanía e Independencia Tecnológica, aunque estén como mínimo, medio siglo retrasados en este proceso.
¿RED DIGITAL CENTRALIZADA O REDES FEDERADAS?
Uno de los principales debates en el mundo de las redes digitales libres giran alrededor de dos conceptos: red social centralizada o redes sociales federadas.
La gestión de una Red Digital Centralizada al estilo Facebook, Twitter, Linkedin, Youtube, entre otras, permite control y supervisión total de las actividades en la red. Ello está dado porque todos sus servicios están concentrados en un mismo proveedor. Todos los usuarios deben estar en la misma red para poder compartir o intercambiar la información, y si usted no estás registrado en ella y no cuenta con un perfil, sencillamente no existe. La única manera de interactuar con sus amigos es invitándole a participar de la misma.
Aunque existen centenares de redes digitales en la Internet, la mayoría trabajan como si no hubiera ninguna otra red en la Web. Cada una de ellas busca ser la “red social” hegemónica, la más poderosa y popular de todas.
En cambio, las Redes Federadas, tales cual Blogoosfero, Friendica, Identi.ca, Diáspora, además de garantizar una gestión más dinámica y diversa de contenidos, permite a los usuarios de diferentes redes digitales conectarse entre sí, intercambiar informaciones, crear nuevas formas de interacción a través de la Web, sin que necesariamente se deba ser usuarios de una misma red digital.
En este concepto subyace un cambio de paradigma, o sea, la existencia real de una gigantesca red digital global y libre, gestionada por personas y organizaciones distintas y autónomas, interactuando a través de protocolos acordados y APIs accesibles para todos. Aún en proceso de desarrollo, este concepto progresista en la Internet ya está siendo combatido con hierro y fuego tanto por las grandes redes digitales propietarias como por las empresas de telecomunicaciones dueñas de la red física que soporta la Internet actualmente.
Pero para lograr éxitos las Redes Sociales Federadas necesitan además de protocolos abiertos y libres, de la voluntad de los distintos individuos, organizaciones y movimientos sociales para su libre interacción, en una gran articulación global que tiene como base conceptos como el pluralismo, la autonomía, la horizontalidad y la unidad en la diversidad, donde nadie es más que nadie y todos juntos son fuertes.
Por lo tanto, la real alternativa al espionaje electrónico, y al dominio y control ejercidos por las redes digitales privadas y propietarias no es copiar su filosofía para hacer una propia, ni intentar ser tan grande y megalómana como éstas. La real alternativa de la soberanía política y económica pasa por la soberanía tecnológica, esto es, practicar una filosofía de software libre, por el empleo y desarrollo de aplicaciones de código abierto, multiplicar cada red digital en miles de millones de redes, donde cada una pueda ser instalada en su propio proveedor autónomo, posibilitando que interconectarse a través de la Federación de Redes.
CRIPTOGRAFÍA AUTÓNOMA
¿Por qué sólo después de las denuncias de Edward Snowden, algunos gobiernos han tomado conciencia del espionaje digital estadounidense y de la importancia de la comunicación y seguridad digitales?
Quizá la ilusión de hiperconectividad de Internet tuvo un efecto alucinante en los pueblos. El desarrollo de esta “maravilla” de la tecnología no dejó mucho espacio para cuestionar si era posible que un instrumento de uso militar fuera seguro para el uso civil a larga escala.
Uno de los problemas fundamentales de la Internet hoy es que la privacidad para la mayoría de las personas es prácticamente nula. En un reciente artículo, el columnista político del “Jornal do Brasil”, Mauro Santayana, afirmaba que los ciudadanos son espiados no solamente porque los EE.UU. sean manipuladores y “malvados” sino porque las personas espiadas prefieren continuar siéndolo al usar sitios o servicios como Google, Youtube, Skype, Instagram o Facebook.”
El problema radica en que, usualmente la información por Internet no está cifrada. Los millones de correos electrónicos que los usuarios envían y reciben a diario pueden ser copiados fácilmente en el camino desde el origen al destino sin que ninguno de los involucrados en el envío del mismo se percate de lo sucedido. Y lo mismo sucede con los chats, la telefonía móvil, las plataformas de redes sociales y prácticamente todo sitio Web en Internet que no tenga protocolos de criptografía para la transmisión segura de datos.
Por tanto, no basta comprar hardware y software para criptografía disponibles en el mercado mundial. Además de carísimo, estos dispositivos son producidos por empresas privadas que poseen fuertes vínculos con la comunidad de inteligencia norteamericana. “Sus CEO's y funcionarios son matemáticos e ingenieros de la NSA (Agencia Nacional de Seguridad de EE.UU), capitalizando los inventos e innovaciones para el Estado de Vigilancia. Con frecuencia estos dispositivos son deliberadamente defectuosos con un objetivo. No importa quienes los utilizará o cómo – los órganos de inteligencia norteamericanos son capaces de decodificar las señales y leer los mensajes” –ha denunciado Julian Assange.
Una solución sería la encriptación autónoma, con códigos y “llaves” propias, pues a pesar de que se grabe una información en un portador digital, si no se tiene la clave de decodificación criptográfica, será así imposible acceder al contenido si no es el dueño de esa información. De ahí la importancia de desarrollar herramientas criptográficas soberanas en Software Libre e invertir en la calificación no solo de los programadores, ingenieros y matemáticos, sino también de los ciudadanos.
CONCLUYENDO...
Las varias iniciativas descritas en este artículo no producen resultados si son adoptadas de forma aislada o desarticulada. Exigen una nueva forma de mirar el mundo, hoy en día muy departamentalizado y al servicio de los intereses del capital.
Está claro que aunque los países latinoamericanos tomen todas las medidas necesarias para modernizar y controlar su infraestructura tecnológica, no significa que estarán completamente libres del espionaje digital y la ciberguerra que impone EE.UU.
Con la trilogía de la Tecnología Soberana – Infraestructura Propia, Hardware y Software Libres y Criptografía Autónoma--, la seguridad de los pueblos aumentará significativamente al quedar protegida la privacidad de los datos de los ciudadanos.
Así, para combatir el espionaje digital de los gringos no hace falta aislar a nuestros países y ciudadanos de Internet, de lo que se trata es de crear nuestros propios instrumentos de producción y transmisión de informaciones y conocimientos. Invertir en personas y en tecnología soberanas es lo que hace los pueblos libres, ricos e independientes.
Nos guste o no, Internet es un fenómeno presente en la vida de las personas. Por eso tenemos que aplicar a ella la insignia: Ocupar, Resistir y Producir nuestras propias tecnologías y contenidos.
Redes Sociales Centralizadas
Fonte: Cuba en Notícias