Autor: Sandro Ari Andrade de Miranda, advogado, mestre em ciências sociais.
“Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso”.
(Fernando Pessoa)
Em “A Flor e a Náusea”, Carlos Drummond de Andrade narra a luta de uma flor para romper o asfalto e o concreto, e nascer dentro do ambiente hostil de uma grande cidade. Era uma flor simples, vista como feia. Mas nas palavras do próprio mestre da poesia era uma flor, e por isso era capaz de derrotar o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
Por traz dos versos do poeta, a narrativa de uma sociedade combalida pela repressão e a dor de viver numa cidade onde a dura violência dos padrões pré-estabelecidos, da ausência de cores, da ausência de uma vida mais livre, causa um sentimento de…
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