Fernando Rosa
As grandes placas tectônicas do capitalismo mundial moveram-se nervosamente nas últimas horas. A eleição norte-americana escancarou a crise do neoliberalismo financeiro mundial como alternativa para os Estados Unidos e para o mundo. Uma espécie de Americanexit, a vitória de Donald Trump também traduz a mais profunda divisão da sociedade na história dos Estados Unidos.
O eleitor votou com Trump pela volta do “sonho americano”, da industrialização, dos empregos no país. Na porta da Ford, em Michigan, que anunciava transferência do parque industrial para o México, ele ameaçou taxar em 35% a importação dos carros. Como disse Michael Moore, Trump foi o “mensageiro” da insatisfação do “Cinturão Industrial” e seus trabalhadores.
Hillary Clinton perdeu a eleição pela evidência de suas relações com o sistema financeiro e com a indústria bélica que, em 15 anos e cinco guerras, consumiu US$ 4,6 trilhões. Também pelos apoios ao NAFTA e ao Tratado Transpacífico e outras…
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