Decepção e indignação em evento comemorativo dos 80 anos do IBGE dia 5 de dezembro no Rio de Janeiro.
São esses meus sentimentos em dia que devia sentir, como servidor e brasileiro, orgulho da trajetória de 80 anos de contribuições republicanas do IBGE para a sociedade, economia e políticas públicas no país.
Um sessão de abertura com autoridades, uma mesa com ex-presidentes e nenhum reconhecimento dos 80 anos do IBGE, 50 anos de PNAD e 150 anos de Censos Demográficos. E pela manhã ainda se concedeu medalhas de reconhecimento técnico-científico para personalidades de duvidosa contribuição às Estatísticas Públicas (veja abaixo).
Mas sou otimista. O IBGE já sobreviveu a governos e presidentes autoritários, liberais, iluminados e medíocres. Resistiu à mediocridade do governo Color, de seus ministros e dirigentes. Eles passaram e foram esquecidos, ou lembrados pela pequenez de sua gestão. O IBGE, ao contrário, cresceu, introduziu novas pesquisas, novas publicações, ampliou sua agenda de trabalho.
É isso !! Resistência pela defesa da missão institucional !! É isso que a história nos cobrará.
Cerimonia de medalhas:
Também na cerimônia de abertura, o IBGE homenageará três personalidades que têm contribuído com a produção e utilização das informações estatísticas, com a geografia e o meio ambiente. O deputado Carlos Melles (DEM/MG), que presidirá a GEMA, receberá a Medalha do Mérito Agroambiental Isaac Kerstenetzky; o presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carlos Ivan Simonsen Leal, receberá a Medalha do Mérito Estatístico Mário Augusto Teixeira de Freitas; e o governador do Amapá, Antonio Waldez Góes da Silva (PDT), receberá a medalha do Mérito Geográfico José Carlos de Macedo Soares.