Quando bilionários do Agro Negócio e Grandes empreiteiras se juntam, o resultado é… Trabalho Escravo.
O Estopim: Incêndio em Protesto
O resgate foi motivado por um incêndio nos alojamentos, provocado pelos próprios trabalhadores em protesto contra a falta de água potável, energia elétrica e alimentação adequada. A operação envolveu o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Federal.
Condições Degradantes
- Alojamentos superlotados, sem ventilação ou higiene
- Água turva retirada do Rio Tapirapé para consumo
- Banheiros imundos e banhos com caneca
- Comida estragada, com larvas e moscas
- Jornadas de até 22 horas por dia, inclusive aos domingos
- Controle de horas extras feito “por fora”
- Servidão por dívida e ausência de equipamentos de proteção
Recrutamento e Tráfico de Pessoas
Os operários foram aliciados em estados como Maranhão, Pará e Piauí com promessas de altos salários. Ao chegarem, descobriram que os custos de transporte e alojamento seriam descontados dos salários, configurando servidão por dívida — uma forma de escravidão moderna.
Responsabilizações
O MPT está negociando um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a TAO Construtora, exigindo:
- Pagamento das rescisões contratuais
- Indenizações por danos morais individuais e coletivos
- Reembolso das despesas de deslocamento
- Compensação de R$ 1.000 por trabalhador pela perda de bens no incêndio