Secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, comenta o fato de que os governos municipais e estaduais poderão contratar qualquer entidade fechada de previdência complementar; “A gente tá querendo ter mais concorrência. Se o município quiser aderir ao Funpresp [fundo de previdência complementar dos servidores públicos federais] ou a outro fundo, tudo bem. Se quiser aderir a uma previdência privada ou outro tipo, tudo bem. A medida é para ter mais concorrência”, disse ao Valor Econômico; recentemente, a divulgação de sua agenda revelou que durante vários meses, ele só teve encontro com representantes de instituições privadas de previdência
Do Brasil 247
Exterminador do INSS, o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, assumiu de vez a bandeira da previdência privada. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira 19, ele comenta o fato de que, com a reforma da Previdência, os governos municipais e estaduais poderão contratar qualquer entidade fechada de previdência complementar.
“A gente tá querendo ter mais concorrência. Se o município quiser aderir ao Funpresp [fundo de previdência complementar dos servidores públicos federais] ou a outro fundo, tudo bem. Se quiser aderir a uma previdência privada ou outro tipo, tudo bem. A medida é para ter mais concorrência”, disse.
Recentemente, a divulgação de sua agenda de meses atrás causou polêmica por revelar encontros seus apenas com representantes de instituições privadas de previdência. Apenas no dia em que a reforma do governo seria apresentada publicamente, em coletiva de imprensa, Caetano se reuniu com líderes de centrais sindicais (relembre aqui).
Na entrevista, ele é questionado se acha injusto categorias como os militares não serem atingidos pela reforma. Caetano responde, contraditoriamente, ser “simpático à ideia de cada vez mais equalizar. Pontos que ainda necessitam passar por uma harmonização podem ser enfrentados mais à frente. Eu não vejo esse problema”.
Ele comenta ainda a desvinculação do Benefício de Prestação Continuada e da pensão por morte do salário mínimo, considerado um retrocesso por muitos especialistas, ele diz que o “salário mínimo serve como vínculo para reposição de renda e não para pensão por morte”. “Existe um movimento cada vez mais comum de acúmulo de aposentadoria com pensão, por conta da inserção maior da mulher no mercado de trabalho, e taxas de reposição de pensão de 100% são poucos países que adotam”, afirma.
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