

Nesta sexta-feira, 11 de agosto, os trabalhadores da Ford iniciaram uma campanha contra demissão de 364 funcionários, que estavam suspensos temporariamente do contrato de trabalho (lay-off) com mobilização.
A fábrica comunicou as demissões no dia 10, e o no dia 11 o setor de estamparia da fábrica não funcionou, área estratégica pois prejudica toda a produção.
Ao demitir os 364 metalúrgicos a montadora rompeu uma negociação feita com o sindicato dos metalúrgicos do ABC no final de 2015, que garantia a estabilidade no emprego até janeiro de 2018.
“Estávamos debatendo o futuro da fábrica e, de repente, vieram os telegramas. Os o trabalhadores jamais irão aceitar demissões sumárias. É preciso que respeitem a história de luta dos Metalúrgicos do ABC e da representação dos trabalhadores nesta empresa. Estamos abertos a dialogar com a empresa, mas enquanto não houver uma solução a luta vai continuar. Vamos fazer com que nos respeitem”, disse José Quixabeira de Anchieta, coordenador do comitê sindical na empresa.
Os trabalhadores demitidos têm 15 a 20 anos de empresa. O sindicato orientou-os a não assinar a recisão de contrato.
A Ford anunciou que irá fechar as portas durante os dias 14 e 15, em uma manobra para impedir uma greve. O sindicato está convocando uma outra assembleia para dia 16, quarta feira.
É preciso ampliar a mobilização e ocupar a fábrica contra as demissões. Unificar os trabalhadores demitidos e aqueles que estão ameaçados de demissão para derrotar os patrões e garantir o emprego de todos.
