Em um Brasil onde as fronteiras entre o crime organizado, o agronegócio, a buguesia nacional e o poder político se dissolvem como açúcar em etanol adulterado, os últimos dias nos lembram de um alerta sombrio: a impunidade não é acidente, é estratégia.
A Operação Carbono Oculto, deflagrada em 28 de agosto de 2025 pelo MP-SP, PF e Receita Federal, expôs um esquema bilionário do PCC infiltrado no coração do setor sucroalcooleiro e na Faria Lima, lavando dinheiro via usinas de cana, fintechs e créditos de carbono falsos. Sonegação de R$ 7,6 bilhões só no etanol – um valor que poderia reconstruir hospitais ou financiar escolas, mas que enriqueceu facções e elites rurais cúmplices.
E o que fazemos? Celebramos prisões pontuais enquanto o Congresso Nacional, infestado de investigados, aprova anistias para golpistas e blindagens para corruptos. Parece desconexo, mas não é.
Basta olhar para o México do inicio dos anos 2000: o narcotráfico se infiltrou tão fundo nas instituições que controlava prefeituras inteiras, tinha muitos Vereadores e Deputados, corroendo o Estado até virar pó. Aqui, 26% da população vive sob o jugo de facções, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública – o maior índice da América Latina.
E o agronegócio? Não é vítima; é sócio. A Carbono Oculto revelou laços umbilicais entre o PCC e setores da burguesia nacional, com ativos em fazendas, usinas e empresas que somam bilhões.
Não será surpresa se, em vez de eleger capachos, os chefes das organizações criminosas se candidatem diretamente – afinal, a impunidade está ali, de portão aberto.
A Resposta dos Corruptos: Anistia e Blindagem Pós-Condenações do Golpe
Dias após o STF condenar chefes do fracassado golpe de 2023 – como o Deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), sentenciado a 16 anos por organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático, veio a resposta dos bandidos encastelados no Congresso: mais impunidade.
O Projeto de Lei 2162/23, que anistia participantes de atos golpistas desde 2022 (incluindo a invasão de 8 de janeiro), teve urgência aprovada em 17 de setembro, com apoio maciço do PL (35 deputados investigados, líder em processos por corrupção).
Já o relator é Paulinho da Força, também já condenado por Corrupção e outros trambiques.
Não para por aí. A PEC da Impunidade, que eles chamam de “PEC das prerrogativas”(sic), aprovada em 16 de setembro na Câmara, exige aval da Casa para processos criminais contra parlamentares – uma “blindagem” que de cara já beneficiará os 111 deputados (21,6% dos 513) que já respondem a inquéritos por corrupção, peculato, violência de gênero e mais, segundo levantamento do Congresso em Foco.
O partido campeão em Processos Criminais é o PL com 35 Deputados processados.
Hugo Motta e seus cúmplices corruptos , maioria na Câmara Federal parecem dizer ao Judiciário e a Sociedade:
“Vocês nos condenam? Nós nos perdoamos”.
Epero sinceramente que o Senado cumpra seu papel e detenha mais este Golpe.
Senão novamente O STF terá que por freio a sanha interesseira, golpista.(e criminosa?)
Se o PCC lava bilhões no agro e financia governadores e Deputados, é melhor o povo brasileiro acordar logo e em 2026 tirar estes corruptos da Câmara.