Jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva destaca que a cena de assédio físico e moral dentro da casa do BBB foi transmitida ao vivo pela TV Globo, e “só depois forças externas, uma delegacia da mulher, interviu, de forma a exibir as mazelas de um personagem”; “A emissora exibiu as imagens, e só com o protesto nas redes sociais e a ação da polícia, se deu conta do absurdo”, critica; ele destaca ainda que “a emissora, de vilã, afetada por demorar a atuar numa denúncia de assédio do galã da novela noturna semana antes, passa uma boa imagem de si” ao expulsar o participante

Brasil 247 – Para o jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva, a TV Globo fez “do crime um show” no caso de assédio físico e moral do programa Big Brother Brasil, onde um participante, numa discussão com a namorada, segurou no braço da moça e apontou o dedo em riste em seu rosto.

“A resolução do caso de um assédio físico e moral no BBB foi, absurdamente, encaixada nas regras do show real, no horário propício e, mais surpreendente ainda, transmitida ao vivo”, diz Rubens Paiva.

“A emissora exibiu as imagens, e só com o protesto nas redes sociais e a ação da polícia, se deu conta do absurdo. Tentou resolver o ilícito pelo ‘confessionário’, um cenário do show, ao vivo, como parte da programação”, lembra.

“O resultado foi uma felicidade geral: o público aplaudiu, os críticos apoiaram e o programa bateu recorde de audiência”, descreve, sobre o episódio em que Marcos foi expulso, na noite desta segunda-feira 10.

“A emissora, de vilã, afetada por demorar a atuar numa denúncia de assédio do galã da novela noturna semana antes, passa uma boa imagem de si”, conclui, ao comparar o caso com o do ator José Mayer.

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