Ana Arantes: O Sexismo Benevolente
1 de Outubro de 2011, 13:38 - sem comentários aindapor Conceição Oliveira do Blog Maria Frô, twitter: @maria_fro
Como prometido neste post: Hope, o repeteco da propaganda sexista e a burrice publicitária, reproduzo mais um texto que ‘desenha’ o quanto a propaganda da Hope é sexista.
O Sexismo Benevolente
Por Ana Arantes, em seu blog
Então que a marca de lingerie Hope pode ter que tirar de circulação a peça publicitária com a Gisele – meodels, a Gisele de novo… – porque a Secretaria de Políticas para Mulheres do governo federal entendeu que “a propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas”.
À parte meia dúzia de feminazis, a escorchante maioria das pessoas achou o filmete no máximo “engraçadinho”. O que é que tem, gente!?!??! Agora não pode nem fazer uma piadinha?!?!? Bando de mal-amadas. As mulheres já conquistaram direitos iguais aos dos homens, já conquistaram os bancos escolares e os cargos importantes nas empresas, pra quê tanto mimimi?!?!
Se você concorda com as frases do parágrafo acima, no todo ou em parte, você é, SIM, sexista. Independente de seu gênero, você se comporta de modo a perpetuar determinadas relações interpessoais baseadas na desigualdade social entre homens e mulheres. E pior: você pode estar agindo dessa maneira sem nem mesmo dar-se conta. Você pode ser um “Sexista Benevolente”.
O Sexismo Benevolente é aquele que, sem ser ostensivo ou agressivo, reforça a idéia de que “mulheres são seres frágeis”, “não foram feitas para trabalhos pesados” e, portanto, devem ser cuidadas e tuteladas pelos homens. A ideologia do Sexismo Benevolente baseia-se na pretensa diferença de “força” entre homens e mulheres e se infiltra nas atitudes cotidianas disfarçada de “demonstração de carinho”, “cuidado com a mulher” e até mesmo de “cavalheirismo”. Mas, diferentemente do sexismo explícito, aquele obviamente machista e misógino, ou do sexismo “moderno” que não quer aparentar machismo, mas “o que essa dona queria, saindo de casa assim com essa roupa provocante?”, o Sexismo Benevolente é insidioso, porque aparenta positividade. O sexista benevolente nunca dirá que lugar-de-mulher-é-na-cozinha, mas sempre reforçará sua namorada com elogios, beijos e carinhos por ter feito aquele jantar maravilhoso; e será bem comedido nos comentários sobre a promoção da namorada ao cargo de gerência. Nas palavras de Becker & Swin (2011):
“…as qualidades, aparentemente positivas e lisonjeiras, embutidas (e, portanto, despercebidas ou não reconhecidas) nas normativas relações desiguais de gênero, escondem o mal que o Sexismo Benevolente promove e incentivam a sua aprovação.” (Becker e Swin, 2011).
Essas autoras – sim, são duas mulheres – propuseram uma série de estudos experimentais sobre a percepção de homens e mulheres acerca do sexismo presente em seus cotidianos. Os resultados mostraram que quando as pessoas são forçadas a prestar atenção a comportamentos sexistas, elas tendem a não tolerar a discriminação com tanta facilidade. Porém, como era de se esperar, homens respondem negativamente ao machismo explícito e ao sexismo agressivo, mas quando se trata do Sexismo Benevolente, é preciso mais do que “atentar” para se tornar sensível. Os homens do estudo de Becker & Swin (2011) só passaram a reagir negativamente às expressões de Sexismo Benevolente depois de uma intervenção em que foram treinados a ter empatia, a colocar-se na situação de uma mulher e a discernir quais eram seus (delas) sentimentos. Para um homem, “as crenças tradicionais sobre relacionamentos românticos entre homens e mulheres (por exemplo, a crença de que homens são incompletos sem uma mulher, ou de que todo homem deve ter uma mulher a quem adorar)” não são consideradas expressões de sexismo. Já para as mulheres que foram ensinadas a perceber expressões sexistas disfarçadas de bajulação, essa frase foi significantemente considerada como sexista. Já as mulheres do grupo de controle, que não foram sensibilizadas para atentar aos comportamentos e atitudes sexistas, os resultados se assemelhavam aos dos homens tanto do grupo de controle, quanto do grupo experimental no que dizia respeito ao Sexismo Benevolente.
“Estes resultados sugerem que as mulheres endossam crenças sexistas porque lhes falta o reconhecimento de formas sutis de sexismo, porque subestimam incidentes sexistas e não percebem o valor agregado do sexismo em suas vidas diárias.” (Becker e Swin, 2011)
Continue a leitura do texto de Ana Arantes aqui: O Sexismo Benevolente
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Hope, o repeteco da propaganda sexista e a burrice publicitária
1 de Outubro de 2011, 13:11 - sem comentários aindapor Conceição Oliveira do Blog Maria Frô, twitter: @maria_fro
Fiquei praticamente fora da rede uma semana, volto e encontro tudo igual: os mesmos comerciais chinfrins, as mesmas desculpas esfarrapadas para justificar comercial chinfrim e as mesmas reações diante de comercial chinfrim, por exemplo aqui, aqui e abaixo:
Print do twitter oficial de José Serra.
Eu confesso aos leitores e leitoras que eu não tenho mais paciência de escrever sobre o mesmo assunto. Mas, felizmente, há feministas que têm e escrevem para esclarecer o óbvio ululante.
Neste e no próximo post, reproduzirei dois textos que fazem bem o trabalho de explicar didaticamente que a propaganda da Hope é sexista, meu bem.
O primeiro é de autoria de Marjorie Rodrigues. Para além de desvelar o sexismo surrado dos comerciais de langerie, Marjorie fala do lugar de quem já trabalhou com marketing e conclui o que nós mulheres feministas (e até muitas que não são feministas estamos carecas de saber), além de sexista a propaganda é ruim, criatividade zero dos publicitários que fizeram a campanha com a modelo Gisele Bündchen. Vale leitura na íntegra.
Alguns tostões sobre a propaganda da Hope
Por: Marjorie Rodrigues, em seu blog
29/09/2011
Depois de trabalhar com assessoria de imprensa/Relações públicas, eu não consigo mais olhar da mesma forma para essas querelas envolvendo empresas. Antes, o que mais me impressionava em um comercial sexista era o sexismo. Eu olhava para a propaganda como linguagem, como discurso somente. Hoje, penso também nas questões de mercado, na construção da imagem da empresa. Porque se tem uma coisa que eu aprendi nesses meses trabalhando como marketeira filha da puta é que o capital imagético das empresas é coisa séria.
Então fico abestada de ver como uma empresa pode ser burra a ponto de arriscar sua imagem com um comercial tão babaca, tão bobo e tão pouco criativo. Não é possível que as pessoas sejam burras a ponto de não perceber que o comercial é ruim. Porque, né. Talvez isso seja o mais impressionante: o quanto o comercial é ruim. Se o pretexto era fazer humor, não teve graça. A piada é velha, a Gisele interpreta mal, o texto é fraco.
Fico imaginando em que mundo esses publicitários vivem. Para achar que esse comercial aí é bacana. Vai ver eles são é espertos. Porque estão ganhando grana com o trabalho mais nas-coxas do mundo. E têm a lábia de convencer os clientes de que a ideia é boa, “vai por mim”. Mas aí fico imaginando também quem está do lado do cliente. Quem aprova. Essa gente não tem formação em comunicação? Não tem referência nenhuma? Como é que uma empresa investe milhões (porque o cachê da Gisele não é bolinho, sabemos) num comercial sem exigir da agência que ele seja, no mínimo, criativo? Porque, né, se eu tivesse pagando uma nota preta por uma propaganda, ia querer algo mais do que “mulher no volante, perigo constante” e “ai, a sensualidade da brasileira”. Tô pagando, porra.
Como é que ninguém dentre todas as pessoas envolvidas na concepção, aprovação e produção desse comercial tenha sequer desconfiado de que apelar para as idéias da mulher que usa o corpo em troca de alguma coisa e da brasileira naturalmente sensual pudesse causar algum desconfortinho? Como é que ninguém sequer desconfiou de que algum mulher poderia não gostar de ser aconselhada a ficar pelada para se safar de alguma cagada? Então fica a pergunta, mesmo. Em que mundo essas pessoas vivem. Que não estão em contato com discurso nenhum. Parecem fora da realidade. Afinal, mesmo que nós, os que abrem a boca para criticar qualquer coisa na cultura de massa, não passássemos de uns chatos “politicamente corretos” que só sabem ficar de mimi, se a sua função é ser publicitário, você tem que calcular a possível reação do grupo chato politicamente correto. Você não quer que os chatos politicamente corretos (ou qualquer grupo, for that matter) comece a xingar muito sua empresa no twitter. Porque isso é uma crise de imagem que precisará ser gerenciada.
Para continuar a leitura do texto da Marjorie vá até o seu blog: Alguns tostões sobre a propaganda da Hope
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Secretaria Nacional de Mulheres do PT pede expulsão de dirigente
21 de Setembro de 2011, 13:34 - sem comentários aindaNota de Repúdio
Ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores
À Comissão Executiva Nacional
Ao Diretório Estadual do PT de Minas Gerais
Ao Diretório Municipal do PT de Belo Horizonte
A violência sexual contra crianças e adolescentes é um crime abominável, extremamente cruel e covarde, com seqüelas que muitas vezes perduram por toda a vida. Na maioria dos casos os principais agressores são o pai, a mãe, outros parentes e padrasto, pessoas que deveriam oferecer proteção, carinho e cuidado com uma parcela da população considerada vulnerável e incapaz.
O secretário de organização do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores de Belo Horizonte, Nartagman Wasly Aparecido Borges, foi condenado a sete anos e nove meses de prisão pelo estupro de uma criança. A vítima é sua ex-enteada que à época tinha 9 anos de idade. O crime ocorreu em 2004 e, segundo o delegado do Departamento de Investigações, Alexandre Oliveira, além de estuprar a enteada, Nartagman também assediava a irmã dela e uma empregada doméstica.
O Código de Ética do Partido dos Trabalhadores afirma, ainda em seu preâmbulo que:
“Toda e qualquer transgressão ética cometida por militantes, dirigentes, parlamentares e governantes petistas deve ser apurada e punida com rigor e transparência pelo próprio Partido. A construção da nossa utopia deve ter a ética como um ponto de partida e um ponto de chegada”.
Pois bem. É da competência da direção do Partido fazer com que sejam cumpridas as resoluções partidárias, o Estatuto e o Código de Ética.
Por isso, nós mulheres do PT,exigimos a expulsão imediata do filiado e dirigente do Partido dos Trabalhadores de Belo Horizonte, Nartagman Wasly Aparecido Borges. Sua conduta fere o código de ética, macula a instituição partidária e atinge a história do Partido dos Trabalhadores. Não há lugar nesse Partido para estuprador e pedófilo. Além disso, o Partido dos Trabalhadores não vai proteger um cidadão que tem contas a acertar com a justiça brasileira.
Pela expulsão imediata de Nartagman Wasly Aparecido Borges do Partido dos Trabalhadores.
Secretaria Nacional de Mulheres do PT
Laisy Moriére – Secretária Nacional
Coletivo Nacional de Mulheres
Alessandra Terribile
Angélica Fernandes
Euli Steffen
Fátima Beatriz Maria
Kátia Guimarães
Maria Teles dos Santos
Paula Beiro
Raquel Auxiliadora
Rosângela Rigo
Suely de Oliveira
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Nem a presença de duas candidatas competitivas nas eleições 2010 impediu a mídia de julgá-las pelo aspecto físico
24 de Agosto de 2011, 11:09 - sem comentários aindapor Conceição Oliveira do Blog Maria Frô, twitter: @maria_fro
Quando esse blog nasceu, redigi alguns textos mostrando como a cobertura da mídia institucional endossava a campanha tucana contra a candidata Dilma Rousseff. Artigos, reportagens, textos de colunistas em vários jornais paulistanos e cariocas reverberavam o mesmo discurso sexista e detrator da campanha de José Serra contra a candidata do PT.
Mas, mesmo assim, não deixa de ser impressionante quando pesquisadores se debruçam para analisar 16 jornais de todas as regiões brasileiras e constatam algo bem semelhante ao que as feministas denunciaram durante toda a campanha eleitoral de 2010. Nem o fato de pela primeira vez em nossa história republicana termos na disputa para a Presidência duas candidatas com chances competitivas, a ponto de uma delas ser eleita, fez a imprensa mudar o seu tom usualmente sexista.
Cirurgia plástica, corte de cabelo, penteado, peso, roupas interessaram mais a mídia institucional que as propostas de políticas e programas de governo voltados para as mulheres. Essas temáticas estiveram praticamente ausentes do noticiário.
E como vocês podem acompanhar nos jornais diários, o tom sexista da mídia institucional só se aprofundou com a vitória de Dilma Rousseff.
Agradeço a dica da pesquisa a ANDI, no twitter: @andicomunicacao
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Sexismo na política digital do twitter
Mulheres na política: cobertura da imprensa privilegia campanhas eleitorais e esquece programas de governo e legislação voltados para a igualdade de gênero
Por Lauro Mesquita, edição Veet Vivata, Portal ANDI
23/08/2011
- Estudo pioneiro revela o comportamento de 16 jornais de todas as regiões brasileiras na cobertura do tema Mulher, Poder e Decisão. A análise aponta que o noticiário é dominado pela disputa eleitoral e não debate políticas públicas adequadamente.
- O resumo executivo da pesquisa pode ser acessado nos sites do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, do Instituto Patrícia Galvão e da ANDI (no novo minisite Mulheres na Imprensa).
- Seminário Imprensa e Agenda de Direitos das Mulheres – uma análise das tendências da cobertura jornalística. discutirá os resultados desta e de outras três pesquisas inéditas. O evento acontecerá em Brasília, no dia 3 de outubro.
O fato de que duas candidatas competitivas – Dilma Rousseff e Marina Silva – pela primeira vez participavam de uma corrida para a Presidência da República não foi suficiente para que a imprensa brasileira aprofundasse o debate sobre temas vinculados à agenda da equidade de gênero, como a participação feminina na disputa partidária e as políticas públicas de promoção dos direitos das mulheres.
Os números são do estudo “Análise da Cobertura da Imprensa sobre Mulheres na Política e Espaços de Poder”: em 2010, 41% das matérias avaliadas tinham como foco as eleições; outro tema recorrente foram as lideranças políticas femininas no Brasil e no exterior.
A pesquisa integra uma série de levantamentos realizados pela ANDI – Comunicação e Direitos e pelo Instituto Patrícia Galvão, no âmbito de projeto desenvolvido com o Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal.
Cobertura ignora políticas públicas
As propostas de políticas e programas de governo voltados para as mulheres praticamente não aparecem no noticiário. Dos textos analisados, menos de 2% mencionam ações do poder público, como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres ou o Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
Da mesma forma, os veículos deixaram em segundo plano assuntos como a destinação de 5% dos recursos do fundo partidário para promoção da participação das mulheres na política e a necessidade dos partidos preencherem a cota mínima de 30% de candidatos/as para cada sexo.
Autoridades são as principais fontes de informação
Outro indicativo do interesse concentrado na disputa eleitoral está na escolha das fontes de informação. Representantes dos poderes públicos (48,57%) – com destaque para o Executivo e o Legislativo – foram os mais procurados pelos jornais pesquisados.
Embora o tema da participação feminina envolva polêmicas, a imprensa não primou pela multiplicidade de pontos de vista nesse noticiário: não mais do que 15% dos textos trazem opiniões discordantes.
Candidatas são julgadas pelo aspecto físico
A referência a aspectos físicos está presente em 14% do material estudado. São principalmente menções a cabelo, roupa, peso, maquiagem e cirurgia plástica das candidatas.
Já informações sobre a vida privada das candidatas, como estado civil, filhos/netos e prendas domésticas aparecem em 31,5% da cobertura.
Insuficiências exclusivamente relacionadas às candidaturas femininas são mencionadas em 20% dos textos. Apenas 4% apontam aspectos negativos de homens e mulheres na mesma notícia.
Seminário irá debater visibilidade da mulher na mídia
Ao longo dos próximos meses, a ANDI, o Instituto Patrícia Galvão e o Observatório Brasil da Igualdade de Gênero irão divulgar mais três pesquisas com foco na abordagem da imprensa sobre questões de gênero. Os temas são Mulher e Trabalho, Mulher e Violência, e a posse da presidente Dilma Rousseff.
Os resultados completos serão debatidos no seminário Imprensa e Agenda de Direitos das Mulheres – uma análise das tendências da cobertura jornalística, organizado pela Secretária de Políticas para as Mulheres. O evento reunirá em Brasília, no dia 3 de outubro, diversos profissionais de imprensa e especialistas na agenda de equidade de gênero.
ANDI lança minisite dedicado à mídia e equidade de gênero
A divulgação dos dados da “Análise da Cobertura da Imprensa sobre Mulheres na Política e Espaços de Poder” coincide também com o lançamento do minisite Mulheres na Imprensa. Integrado ao portal da ANDI, o novo espaço oferece acesso a análises de mídia, notícias atualizadas, banco de fontes de informação com especialistas e entidades ligadas ao assunto, bibliografia e uma relação com mais de 100 leis.
A ferramenta pode ser um importante estímulo para o aprofundamento e diversificação da cobertura do tema.
Resumo Executivo
O resumo executivo da pesquisa está disponível para download nos sites da ANDI, do Instituto Patrícia Galvão e do Observatório Brasil de Igualdade de Gênero.
O Observatório é uma iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República que objetiva dar visibilidade e fortalecer as ações para a promoção da igualdade de gênero e dos direitos das mulheres. Para isso, o observatório atua em cinco grandes eixos: Indicadores; Políticas Públicas; Legislação e Legislativo; Internacional; e Comunicação e Mídia.
FontesInstituto Patrícia Galvão
Jacira Melo e Marisa Sanematsu
jaciramelo@uol.com.br / msanematsu@uol.com.br
(11) 3266-5434ANDI – Comunicação e Direitos
Lauro Mesquita
lmesquita@andi.org.br
(61) 2102-6530Observatório Brasil da Igualdade de Gênero
Nina Madsen e Júlia Zamboni
nina.madsen@spmulheres.gov.br / julia.zamboni@spmulheres.gov.br
(61) 3411-4227
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Profissão Repórter: Maria, sete horas sem atendimento depois que a bolsa se rompeu
20 de Agosto de 2011, 10:48 - sem comentários aindapor Conceição Oliveira do Blog Maria Frô, twitter: @maria_fro
Via twitter, respondendo a este post aqui, @gueko encaminhou um trecho da matéria do Profissão Repórter sobre o tratamento no SUS dado às mulheres que abortam (mesmo aquelas que abortam nos casos permitidos por lei).
@gueko: @VIOMUNDO @viomundo http://t.co/k1NvzIk trecho de um relato dessa discriminacao e culpabilizacao
O caso ocorreu no Pérola Byignton, São Paulo, Capital, que é Centro de Referência da Saúde da Mulher e tem por finalidade prestar assistência médico-hospitalar na área ginecológica. De acordo com o próprio site do Hospital, dentre outros objetivos destacam-se “seu papel no tratamento do câncer ginecológico e mamário, reprodução humana, planejamento familiar, esterilidade, sexualidade, violência sexual (grifos nossos) e uroginecologia.”
O sofrimento de Maria parece não ter fim: vítima de violência sexual e ao decidir fazer uso de um direito legal, num centro de referência de atendimento à mulher, foi novamente violentada por enfermeiras que colocaram seus dogmas religiosos à frente de seus compromissos profissionais e negaram socorro à paciente.
O câmera, ao gravar a saída de Maria do hospital, esconde seu rosto e ironicamente mostra uma faixa em comemoração ao dia da Mulher. Maria e todas que já passaram por este calvário não têm motivo algum para comemorações.
Quem sabe, ouvindo das próprias mulheres o tratamento que elas recebem, aqueles e aquelas que querem controlar nossos direitos sexuais e reprodutivos entendam que não têm esse direito.
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28 de setembro: Dia de luta pela descriminalização do aborto na América Latina
Manter a ilegalidade do aborto é punir ainda mais mulheres pobres e negras
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