Quem é Quem e o que é o Quê em “Um pernambucano em ‘terras alheias’”
10 de Setembro de 2013, 14:01 - sem comentários aindaQuem é Quem e o que é o Quê em “Um pernambucano em ‘terras alheias’”
2ª EDIÇÃO
Postado por Marcos "Maranhão" em 26 de agosto, às 15:20h
MUDANÇAS EM MARINGÁ
10 de Setembro de 2013, 13:52 - sem comentários aindaHoje trabalho em casa. Ando pela cidade mais a pé ou de bicicleta, e continuo indo na biblioteca e no Bosque do Ingá. Algumas mudanças nada boas, lamentavelmente, sobretudo nos últimos 3 anos, tenho notado nestes lugares onde freqüento. O prédio da rodoviária velha, cuja vista sempre me faz repensar (uma espécie de balanço) nos propósitos de minha vinda pra cá, será demolido, pois, dizem, enfeia a cidade. A sala de periódicos da biblioteca só abre após as 10h e, constantemente, alguns jornais e revistas importantes não se encontram ali (diz a atendente que a prefeitura não renova as assinaturas). Outro dia fui andar de ônibus coletivo da TCCC e me surpreendi duplamente: com o preço caro da passagem e com o fato de que eu só poderia fazer integração com outro ônibus durante um determinado tempo - 1h10, por exemplo, (se comprasse o cartão). Nunca mais vi os chafarizes da catedral ligados, nem em dias de casamentos. No bosque há tempos não se vêem os pedalinhos. E, segundo li notícia hoje, os animais de lá serão levados embora.
Apesar disso, minha autoconfiança segue adiante, pois muitas coisas vão e voltam, inclusive dias de eleições.
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Postado por Marcos "Maranhão" em 07 de julho de 2007, às 08:07h
O DESGOVERNO MUNICIPAL E MEU SOFRIMENTO COM A DENGUE
10 de Setembro de 2013, 13:48 - sem comentários aindaA dengue que tive recentemente só não foi pior do que a malária que peguei há 22 anos atrás. Como outrora, cheguei a pensar no meu fim, tamanho o sofrimento vivido.
Era segunda-feira, dia 26 de março último. Como de costume, saí para dar minha caminhada matinal às seis. Alimentei-me normalmente e, de bicicleta, fui fazer uma cobrança a um cliente. Queixava-me apenas de dores musculares que há um dia e meio vinha sentindo, coisa natural, visto que eu havia participado de um enchimento de laje no puxadinho que um amigo meu estava fazendo nos fundos de sua casa. Depois de ter insucesso no recebimento do que me deviam, exatamente após ouvir “passa aqui amanhã”, ainda antes de montar na “marreca”, senti um mal-estar além do causado pela fadiga muscular. Fui pra casa fazer o almoço e, antes mesmo do arroz enxugar, eu apresentei febre, dor de cabeça e uma moleza geral no corpo que me fizeram acelerar o preparo do restante da alimentação. “Deve ser gripe”, confortei-me. Comi pouco e deitei já com o dobro da quentura que meu corpo há pouco apresentara.
Sem conseguir dormir, levanto da cama para comer alguma coisa mesmo sem vontade, apenas para tentar deixar o organismo mais resistente. Uma hora depois, tanto o que chamei de almoço como a merenda das três da tarde já não estavam no meu estômago. E então me sobreveio o suor frio, a pressão baixa. Dir-me-iam, dois amigos que chamei para junto de mim, mais tarde, que a tonalidade de amarelo de minha pele se confundia com o branco da parede de casa. A febre aumentou mais ainda, a dor de cabeça era interminável e a fraqueza não me deixava ficar ereto quando caminhava. Liguei para o 192.
Depois de insistir três vezes para mandarem uma ambulância (prometeram que o carro chegaria em meia hora, no mais tardar), duas horas mais tarde chega na frente de casa uma kombi velha da prefeitura com o slogan na porta “Maringá crescendo com cidadania”. Ao chegar no Hospital Municipal, sem poder agüentar-me em pé, sentei numa cadeira com estofado da largura de uma caneta e fiquei me segurando para não vomitar ali mesmo, enquanto meu amigo ficava na fila de quase sessenta pessoas. Uma hora depois, fui aguardar o médico me chamar em outro setor do hospital (meu amigo teve que ir embora). Durante as duas horas que aguardei ser chamado, baldeei duas vezes e ouvi relatos de muitas pessoas que estavam com os mesmos sintomas meus dizerem que era dengue nossa doença.
Após ficar em outra fila (tive que sentar no chão, de tanta moleza que eu estava, pois não havia cadeiras perto do balcão), tomei soro e fui liberado pelo doutor - que me passou apenas um remédio contra vômito e dipirona sódica. A kombi me deixou em casa por volta de duas da manhã. Três horas depois, eu acordei com todos os sintomas de volta, dessa feita, acrescido de dor no fundo dos olhos. Chamei no 192 de novo a Kombi que só apareceu cinco horas depois que eu berrei seis vezes no ouvido dos atendentes (me falaram que o motorista só podia atender depois das sete, e ele começaria pelos casos mais urgentes) – confesso que cheguei a pensar que eles descobriram que eu trabalhei para o outro candidato nas eleições passadas. Fiquei no H. M. até às quatro da tarde. Deram-me dois soros e, agora sim, passaram paracetamol juntamente com os outros medicamentos anteriores.
Foram dias terríveis. Apresentei dores musculares e manchas vermelhas no corpo todo, acompanhado de coceiras que não me deixaram dormir por três noites seguidas. No total, contei dez dias ininterruptos sem fazer uma refeição sequer, apenas tomei líquidos. A recuperação foi aos poucos. Amanhã faz um mês que colhi o sangue para a sorologia da dengue. Devo ir ao postinho na parte da manhã pegar o resultado. Ainda sinto tremuras além do normal; quando caminho, aqui e ali ainda me desequilibro levemente. Tentei voltar à academia na semana passada, mas ainda não deu.
Agora temo a manifestação da dengue hemorrágica, pois essa de agora eu não pego mais. Na minha rua, só nas duas quadras à minha direita, na Zona Sete, foram mais de dez casos semelhantes ao meu. Minha parte quanto aos cuidados com a procriação do mosquito da dengue eu sempre fiz. Agora os agentes da dengue estão passando aqui (antes eles vinham sempre, o negócio mudou a partir de 2005).
Postado por Marcos "Maranhão" em 01 de maio de 2007, às 16:47h
COMENTÁRIOS
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1 – 2 de 2

bom q vc está bem. coloquei um link sobre seu relato no www.toscorama.com.br
Esileda disse...
Melhoras hein...
só fiquei com uma dúvida...192 é do SAMU, mas vc relatou que foi uma kombi portanto seria do 199.
Ao menos qdo eu precisei o SAMU foi rápido, talvez até pq naquele dia estavam todas as cinco ambulâncias boas para atendimento...rs...
LIMPEZA ÉTNICA E SOCIAL NO PARANÁ?
10 de Setembro de 2013, 13:28 - sem comentários aindaEm 1987, quando me obriguei a tornar-me mendigo mais pela condição social por não ter onde dormir ou comer quando meu dinheiro acabou, e não por andar vadiando, com roupas rasgadas ou bêbado, visto que eu viera para o Sul do Brasil procurar emprego, fui levado a procurar ajuda no albergue de Maringá. Nessa primeira das três passagens que tive por esta casa de abrigo pernoitei por três noites. Ao cabo desse tempo fui mandado, (com passagem doada por eles) juntamente com um número que não me recordo de outros em semelhante situação que a minha, para a cidade de Marília (SP), sem nenhuma notificação para os atendentes do albergue de lá.
Cito isto para dizer que não é nenhuma novidade a prática de expulsar moradores de rua tal qual aconteceu nestes últimos dias na cidade de Apucarana, aqui próximo de Maringá, cujo noticiário a nível nacional envergonhou-nos a todos os paranaenses nascidos aqui ou por opção de morada. O caso chegou até Brasília obrigando as autoridades competentes a pedir explicações sobre o ocorrido, chegando até a fazerem referência à limpeza étnica e social.
Mas não vamos muito longe, não. Quem não se lembra do caso dos mendigos de uma cidade do litoral paranaense, em Paranaguá, onde as próprias autoridades (guardas municipais e um sargento aposentado), além de expulsarem os mendigos, ainda os torturavam?
Pra não ficar só no exemplo dos pedintes, não menos estranho também foi o caso daquele grupo de neonazistas que foi preso em Curitiba pregando cartazes nos postes contra negros, homossexuais, etc; ou, ainda, como o ocorrido nas últimas eleições do ano passado quando se atribuiu ao Estado do Paraná o local de origem daquele adesivo racista que mostra uma tarja referindo à proibição nos quatro dedos, dando clara referência a uma campanha anti-Lula, só porque este é deficiente do mindinho de uma das mãos.
É óbvio que estas práticas não são exclusivas do Estado do Paraná: aqui e ali nos deparamos com notícias semelhantes em outras unidades da federação, mas é notório, sem sombra de dúvida, que isto ocorre mais no Estado de São Paulo e nos três do Sul. Coincidência ou não, tais lugares figuram entre os mais ricos do Brasil e abrigam as populações de maior porcentagem de peles brancas. No Paraná, pelo último censo de 2004 do IBGE, a população branca soma 74,7% (na região metropolitana de Curitiba esse número é ainda maior: 79,6 %).
É lamentável que fatos como o de Apucarana, por exemplo, venham a acontecer. Eu fico imaginando como são aqueles outros casos que não são noticiados, que não são denunciados, que certos grupos encobrem... Já está passando da hora de cortar o mal pela raiz. Com a palavra, as autoridades paranaenses.
Postado por Marcos "Maranhão" em 31 de março de 2007, às 16:16h
FAMÍLIA REUNIDA
9 de Setembro de 2013, 19:07 - sem comentários aindaFAMÍLIA REUNIDA
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Dia 27 cheguei em Teresina. Devia fazer mais de 37 graus. Aqui revi alguns sobrinhos que há quase 20 anos não nos víamos (na foto estão Rita, passando a mão na cabeça de sua filha Thainá; seu irmão Junho, à minha direita, e Regina (de blusa preta) com seus dois filhos Carla e Marcos). Não foram poucas as alegrias e surpresas vividas a cada dia.
Prá começar, fui acordado com o cheiro de cuscuz de massa de arroz - que degustei logo em seguida. A carne de bode com leite de côco não faltou à mesa, nem o peixe pedra, nem o churrasco, tão pouco o arroz com cuxá. Revi a feira do Parque Piauí e andei bastante pelo centro da capital piauiense, principalmente ao redor da Praça Saraiva, onde senti a presença marcante das gentes e coisas de minha terra. Outrossim, visitei meu sobrinho Tiago, estudante de Ciências da Computação na federal (fiquei deveras impressionado com sua força de vontade).
(foto)
Ainda na casa do Isidro, preparei um arroz com piqui e comi bolo de mandioca. Já na chácara do Paulo, sobrinho meu que aparece na foto usando óculos ao lado de sua tia paterna, acompanhada de seu filho à minha esquerda, fomos tomar banho de cachoeira; espermentei manguita, manga fiapo e frango ao molho pardo, dentre outros sabores que me fizeram lembrar a infância.
Postado por Marcos "Maranhão" em 04 e 11 de fevereiro, às 07:09h
COMENTÁRIOS
Anônimo disse...
bom adorei caro tio marcos seu blog. acho que voce...bom adorei caro tio marcos seu blog. acho que voce ,tem tudo de nós os Lima que tanto sofreram para ser feliz distante da nossa terra natal, estou grato e feliz até breve.
paulo e téo
07 de fevereiro de 2007, às 19:24h
fabianaroots2 ( http://www.blogger.com/profile/09627617044525764264) disse...
Tio adorei o seu blog,foi ótimo rever todas as fotos dos familiares,ficou muito legal.beijos
14 de fevereiro de 2007, às 20:21h