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Terra Sem Males

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Trabalhadores falam sobre a venda do HSBC para vereadores curitibanos

16 de Junho de 2015, 17:08, por Terra Sem Males

Elias Jordão fala na tribuna do legislativo curitibano. Foto: Joka Madruga

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região teve acesso à tribuna da Câmara Municipal de Curitiba, na manhã desta terça-feira (16), para falar sobre os prejuízos que a venda do HSBC pode causar no Paraná. Sete mil bancários na capital, 11 mil no estado e 21 mil no país serão atingidos diretamente. A entidade foi representada por seu presidente Elias Jordão.

Saiba mais sobre este evento aqui.

Joka Madruga
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Estudantes de Pedagogia da UFPR pedem doações de agasalhos para encontro nacional

16 de Junho de 2015, 16:44, por Terra Sem Males

Na manhã desta terça-feira, 16 de junho, a temperatura chegou a 0º na capital paranaense. Foto: Joka Madruga

Em 2015, o Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia será realizado em Curitiba, entre os dias 12 e 19 de julho, período de rigoroso inverno na cidade.

Pensando nos colegas das diversas regiões do país que não estão habituados com a temperatura baixa e sequer têm roupas apropriadas para enfrentá-la, estudantes de Pedagogia da Universidade Federal do Paraná iniciaram uma campanha do agasalho diferente, pedindo doações, permanentes ou temporárias, para que o pessoal que estiver em Curitiba para o evento não sofra com o frio.

Inverno será rigoroso este ano no sul do Brasil. Foto: Joka Madruga

Os pedidos de doações incluem blusas, casacos, cachecóis, meias, botas, mantas e cobertores, permanente ou temporariamente para os dias de evento. Os pontos de arrecadação são a Reitoria e o Prédio Histórico da UFPR.

Acesse aqui para saber mais.

Geadas são comuns nesta época do ano, em Curitiba. Foto: Joka Madruga



Livro “A CIA contra a Guatemala” relata experiências do ComunicaSul

16 de Junho de 2015, 12:20, por Terra Sem Males

Obra de Leonardo Severo com fotos de Joka Madruga será lançada no próximo dia 23 em São Paulo

Indígena guatemalteca: energia para encarar a discriminação, o desemprego e o subemprego. Foto: Joka Madruga.

Como parte da campanha de solidariedade à nação maia, será lançado no dia 23 de junho (terça-feira), em São Paulo, o livro A CIA contra a Guatemala: movimentos sociais, mídia e desinformação (Editora Papiro, 160 páginas, selo Barão de Itararé), do jornalista Leonardo Wexell Severo, com fotos de Joka Madruga.

Compondo o coletivo ComunicaSul, Leonardo e Joka visitaram a Guatemala em 2013 ao lado da assessora sindical Leandra Perpétuo, da professora Monica Fonseca Severo e do cineasta Caio Plessmann. O farto material coletado em mais de dois mil quilômetros de viagens por fazendas, fábricas e portos se transformou num vídeo, que será lançado ainda este ano.

O foco central da denúncia são os abusos contra os direitos humanos e as perseguições antissindicais, que têm sido a tônica do governo guatemalteco. Prova disso é que o país centro-americano se mantém no pódio dos campeões mundiais de assassinatos e desaparecimentos de lideranças, o que tem repercutido nos salários brutalmente arrochados, nos direitos precarizados e no índice insignificante de sindicalização de 2,2%, reduzida a 1,6% no setor privado.

“Decidi sistematizar em livro a experiência de um ano de convivência com militantes guatemaltecos em Havana, somando com visitas que fiz à América Central e, mais recentemente, as duas viagens à Guatemala. Juntei esta bagagem com a leitura de vários livros e artigos ao longo de mais dois anos e saiu A CIA contra a Guatemala, que espero seja de grande valia para a solidariedade”, explica o autor.

Para João Felicio, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), “este é um livro denúncia, que conclama à luta contra a desmemoria e demonstra como a ingerência da CIA e das transnacionais tem representado um duro golpe para a democracia e para a classe trabalhadora na Guatemala”.

A secretária executiva da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip) e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, destaca a relevância da publicação para uma melhor compreensão da importância da unidade latino-americana e da própria conjuntura. “Com esta contundente descrição dos crimes praticados pelos monopólios de mídia, assim como de seus vínculos com o que há de mais reacionário e entreguista, Leonardo Severo dá mais uma valiosa contribuição ao movimento pela democratização da comunicação”, assinala.

MORTICÍNIO - Com artigos e reportagens sobre a atualidade guatemalteca, o livro faz uma análise histórica da violenta intervenção estadunidense no país, que se deu em função dos interesses da multinacional bananeira United Fruit Company. Impulsionada pela Frutera, a CIA foi acionada para derrubar o governo democrático de Jacobo Árbenz em 1954, o que teve trágicas consequências não só para o país, como para toda a América Latina. Superadas longas décadas de ditadura, que deixaram um saldo de mais de 250 mil mortos e desaparecidos, o país segue sendo governado conforme os interesses de Washington.

LEITURA OBRIGATÓRIA – “Dizer ‘de Guatemala para Guatepeor’ não é nenhuma piada de mau gosto. É a realidade dessa terra que se pode conhecer através das reportagens de Leonardo Severo agora publicadas neste livro, de leitura obrigatória para todos”, afirma o veterano jornalista Paulo Cannabrava Filho, coordenador da equipe de edição dos Cadernos do Terceiro Mundo, que faz a apresentação da obra.

“Pouco sabemos e pouco acompanhamos a vida dos povos, nossos irmãos, latinos. Poucos sabem que na Guatemala houve centenas de milhares de assassinatos e desaparecimentos em trinta anos de ditadura militar. Felizmente, Leonardo Severo traz uma bela contribuição na forma de reportagem para que a militância dos movimentos populares brasileiros conheça mais e tenha admiração pelo heroico povo guatemalteco, lutador e insubmisso”, acrescenta João Pedro Stédile, da coordenação do MST.

“Para este mundo ficar bom, é preciso fazer outro. Sintonizado com esta máxima do Barão de Itararé, Leonardo Severo distribui novas armas para a batalha de ideias”, conclui Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé.

Resgatando o potencial de equipe do coletivo ComunicaSul de comunicação colaborativa, o fotógrafo Joka Madruga, se disse “honrado de poder contribuir para dar visibilidade à luta de um povo bonito e feliz, mas que sofre com a falta de emprego e de alimentação”. “Tivemos a oportunidade de ver de perto um povo achacado e massacrado pelo imperialismo, mas que, apesar de todas as mazelas, não se rende. Pudemos ver o resultado da intervenção do capitalismo, principalmente o norte-americano, para denunciar a perseguição às lideranças, as tocaias, os assassinatos. Agora, com a divulgação de um livro desta dimensão, que mostra o que a CIA fez e faz, vamos poder contribuir para que tanto sangue derramado não seja em vão”, disse.

SOBRE O AUTOR – Leonardo Wexell Severo é redator-especial do jornal Hora do Povo, assessor de Relações Internacionais da CUT, colaborador do Brasil de Fato e da revista Diálogos do Sul e autor de Bolívia nas ruas e urnas contra o imperialismo (2008) e Latifúndio Midiota, crimes, crises e trapaças (2012).

QUANDO – Dia 23 de junho – Terça-feira, das 18h30 às 21h30
ONDE – Livraria Martins Fontes, avenida Paulista, 509 – próximo ao metrô Brigadeiro

Fonte: ComunicaSul



Arqueólogos encontram vestígios da Guerrilha do Araguaia no Pará

16 de Junho de 2015, 8:53, por Terra Sem Males

Integrantes da Comissão da Verdade do Pará acompanham os arqueólogos e antropólogos nas escavações. Foto: Jean Brito

Um grupo de antropólogos e arqueólogos procuram na região do Araguaia corpos das vítimas desaparecidas do massacre, que a ditadura militar causou na região, no episódio conhecido como “Guerrilha do Araguaia”. Confira abaixo o relato de Paulo Fonteles Filho, integrante da Comisão da Verdade do Pará.

“Arquivos enterrados!

A manhã desta segunda reservou-nos a surpresa de acharmos, no polígono 13 da antiga base de Xambioá (TO), fragmentos que registram o fato da existência de arquivos naquela que, seguramente, foi uma das mais imponentes da repressão política no Brasil pós-64.

As tarjas encontradas de forma inédita fazem alusão as palavras “Missão”, “Operacional” e “Gorro Preto”.

Em levantamento realizado identificamos que o termo “Gorro Preto” advém da presença da Brigada de Infantaria de Paraquedistas, sediada no Rio de Janeiro, tropa especializada que atuou, em 1973, na 3ª Campanha de Cerco e Aniquilamento às Forças Guerrilheiras do Araguaia.

A Comissão da Verdade do Pará atua ao lado do Grupo de Trabalho Araguaia – composto pelos Ministérios da Justiça, Defesa e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – para revelar aos paraenses e brasileiros todo o complexo terrorista montado no país dos generais.”

Tarjas das Forças Armadas Brasileira encontradas na região do massacre. Foto: Jean Brito



Bancada Evangélica quer barrar debate sobre diversidade nas escolas

15 de Junho de 2015, 17:00, por Terra Sem Males

Vereador de Curitiba quer retirar termos relacionados à diversidade do PME.

Audiência Pública na Alep debate Plano Estadual de Educação. Foto: Leandro Taques – Mandato Professor Lemos.

O vereador Pastor Valdemir Soares (PRB) pediu vistas do projeto que trata do Plano Municipal de Educação. De autoria do prefeito Gustavo Fruet e aprovado na Conferência Municipal de Educação, o vereador quer barrar referências a “gênero” e “diversidade”. Com o pedido de vistas, Valdemir tem até a próxima quarta-feira, 17 de junho, para devolver o projeto à Comissão de Legislação.

O relator do projeto, vereador Felipe Braga Cortes assinalou que mudanças podem ocorrer: “O Plano Municipal de Educação possui alguns dispositivos que traçam estratégias não previstas no Plano Nacional, mais especificamente acerca da igualdade de gênero, carecendo assim tais trechos de constitucionalidade e legalidade”, apontou.

O pedido de vistas do vereador foi criticado por movimentos sociais e pela conselheira municipal de educação Maria Aparecida Martins Santos. Segundo Maria, o projeto enviado por Fruet foi debatido exaustivamente em maio, durante a Conferência Municipal de Educação. “Tinha mais de 400 pessoas, diversas entidades, Secretária de Educação e Ministério Público participando dos debates. Portanto, os termos foram discutidos e referendados pela comunidade, ao contrário do que o vereador diz”, destacou a conselheira.

A tentativa de censurar assuntos relacionados à igualdade de gênero e diversidade não é exclusividade da Câmara de Vereadores. Pelo Brasil, as bancadas conservadoras e evangélicas têm tentado excluir o tema das escolas. Na semana passada, por exemplo, a deputada estadual Cláudia Pereira (PSC) retirou trechos que tratam de igualdade racial, de gênero e de orientação sexual do texto original do Plano Estadual de Educação (PEE). O PEE voltou a ser discutido hoje (15) em audiência pública na Assembleia Legislativa.

Perda de recursos
O pedido de vistas e a demora na votação pode impedir a vinda de recursos federais para Curitiba. Segundo a vereadora professora Josete, “a data prevista pela lei federal 1305/2012, que estabeleceu o Plano Nacional de Educação, é 24 de junho, e até lá a proposta precisa ser aprovada em dois turnos durante sessão plenária do Legislativo”.

Por Manoel Ramires
Terra Sem Males



14ª Jornada de Agroecologia tem nova data, de 22 a 25 de julho

15 de Junho de 2015, 16:11, por Terra Sem Males

A 14ª Jornada de Agroecologia do Paraná, que estava prevista para a próxima semana, tem nova data e será realizada entre os dias 22 e 25 de julho, em Irati. A programação do evento, que tem como temática “Terra livre de transgênicos e sem agrotóxicos” está mantida e inclui conferências com João Pedro Stédile e Leonardo Boff, além de oficinas, seminários e intervenções artísticas.

Também será realizada a Feira de Sementes e Produtos da Reforma Agrária e da Agricultura Familiar e Camponesa; a Marcha da Agroecologia, em defesa da soberania alimentar, das sementes e da educação do campo, e da Reforma Agrária; e a montagem do Túnel do Tempo, sobre os 100 anos da Guerra do Contestado.

Acesse aqui e acompanhe outras informações e saiba mais sobre programação e inscrições.

Terra Sem Males



Entrevista exclusiva com Beto Almeida: “Precisamos fazer mais jornalismo”

15 de Junho de 2015, 14:48, por Terra Sem Males

O jornalista Beto Almeida, no #3ParanaBlogs. Foto: Joka Madruga

No último sábado, 13 de junho, o jornalista Beto Almeida, da Telesur, Brasil de Fato e TV Senado falou em entrevista exclusiva ao Terra Sem Males durante o 3º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná, realizado em Curitiba. Ele acredita que há diferença entre jornalismo e bloguismo e convoca os ativistas digitais a produzir a fonte original da informação. “Não basta comentar o que já foi feito. Não basta dizer que a mídia tradicional é ruim. Isso é muito pouco”.

Confira a entrevista completa:

Terra Sem Males – Qual a importância da atuação dos blogueiros e ativistas digitais para a comunicação popular?

Beto Almeida - Nas redes sociais, não são os blogueiros que estão produzindo a informação. Estão compartilhando. Eu estou chamando para formar uma grande cooperativa nacional para juntar todo mundo para que a gente faça mais jornalismo do que bloguismo. Há uma diferença entre bloguismo e jornalismo. Jornalismo vai atrás da matéria, cria reportagem, cria visão, vai na regularidade. O bloguismo geralmente comenta aquilo que ele recebeu de alguém. Eventualmente o blogueiro vai num determinado local. Ele cumpre uma função muito importante. Mas nós precisamos criar hoje um jornalismo popular nacional libertário na linguagem, na estética, no humor, ou na forma de escrever que seja acessível ao povo. Porque a internet ainda no Brasil não é acessível ao povo. 

Beto Almeida fala sobre democratização da mídia no #3ParanaBlogs. Foto: Joka Madruga

Qual a importância do uso das redes sociais para a comunicação popular?

A internet também hoje é predominantemente dominada pela grande mídia do capital, não há dúvida. Se você analisar o fluxo da informação, nós temos alguma liberdade dentro da internet. É bom frisar: alguma. Você não tem o grande alcance, você não tem o grande blog, e nem você tem a possiblidade de captar a fonte original da informação. Geralmente ela vem de outra fonte. Então as redes sociais hoje reproduzem, compartilham. E 73% do que é compartilhado vem da grande mídia tradicional. 

Nós temos que produzir a fonte original da informação. A matéria prima está na realidade social, na luta do povo. Mas se não houver o olhar jornalístico para produzir e transformar isso em notícia com o viés libertário, nós não estaremos cumprindo o papel que é exigido de nós. Não basta comentar o que já foi feito. Não basta dizer que a mídia tradicional é ruim. Isso é muito pouco. 

Que outras experiências de comunicação estão ocorrendo no mundo?

Mudanças estão acontecendo na Venezuela, no Equador, na Bolívia, na Argentina. Na Grécia, onde os jornalistas demitidos montaram uma cooperativa nacional, lançaram um jornal que já é o jornal de maior circulação de Atenas. Hoje na Grécia a esquerda está no poder. Então mostra a realidade do que nós estamos falando. O novo jornalismo tem que destruir os mitos. Os mitos econômicos, como “você precisa cortar gastos para baixar a inflação”. Isso é mentira. O que o Brasil precisa é investir na produção de matérias primas, de industrialização, de hospitais, de ferrovias, então nós temos é que ampliar os nossos investimentos. O Brasil tem grandes reservas de dólares, 270 bilhões de dólares investidos em títulos americanos a juro zero. Enquanto aqui precisamos construir casas. O jornalismo tem que desvendar esse mistério. O jornalismo tem que ser questionador do começo ao fim senão perde o sentido.

Para Beto Almeida, a comunicação popular tem que produzir conteúdos e não só replicar. Foto: Joka Madruga

Qual a sua atuação na Telesur (TV com sede em Caracas)?

Eu faço parte do diretório da Telesur, a convite do (ex) presidente Hugo Chavez (faleceu em 2013). Quando ele esteve no Brasil, nos anos 2000, eu o procurei lá em Brasília e apresentei a ele uma ideia para a sua proposta de integração latino-americana, que já previa os aspectos comercial e econômico. Teria que ter também uma tradução comunicativa, cultural, informativa. Ele gostou muito dessa sugestão e disse que ia me chamar. Em 2004 ele me convidou a integrar a equipe que ia estruturar o projeto da Telesur. Desde então a gente vem lutando para expandir a Telesur, que vai fazer 10 anos mês que vem, dia 25 de julho, dia do natalício de Simón Bolívar. A Telesur já é uma realidade, dando voz ao setores populares que são vetados, que são calados, criando uma ideia que os povos devem se respeitar.

O que a Telesur tem de diferente dos meios de comunicação do Brasil?

Tudo. Absolutamente tudo. Por exemplo, se você vai mostrar uma realidade sobre a questão energética, a reportagem da Telesur mostra a história, contextualiza. E mostra que esse sempre foi um tema que provocou golpes de estado ou guerras. E que a informação que é escondida é que as guerras são provocadas pela ideia de rapina que os países imperialistas fazem dos países que têm riqueza energética. Então o jornalismo da Telesur tem uma ótica completamente diferente, outra linguagem simples, direta, sem a mistificação, mostrando quem é responsável pela fabricação das guerras para rapinar outros povos que querem apenas ter o direito à soberania sobre o petróleo, como é o caso da Venezuela, do Brasil, da Bolívia. Por isso são atacados.

Durante sua fala Beto Almeida é observado por Palmério Dória, no #3ParanaBlogs. Foto: Joka Madruga

Sobre a Telesur no Brasil - Quando o Requião era governador do Paraná, a Telesur tinha um convênio com a TV Educativa do estado. “Havia um jornal, eram duas horas de emissão em português. Montamos uma redação em português lá em Caracas com jornalistas brasileiros. Mas depois que o Requião saiu, foi tudo destruído”, finaliza Beto Almeida.

Por Paula Zarth Padilha
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Estudantes buscam recursos para livro de fotografia sobre o 29 de Abril

15 de Junho de 2015, 10:44, por Terra Sem Males

Livro de fotos sobre a tragédia histórica do Centro Cívico no Paraná busca financiamento coletivo

Campanha precisa de R$ 10 mil até dia 02 de julho de 2015. Imagem: Coletivo Lente Quente

Um coletivo de fotógrafos de Ponta Grossa começou há uma semana uma corrida contra o tempo. A meta é reunir R$ 10 mil até o fim do mês e lançar livro de fotografias ‘Massacre 29 de abril’, que retrata o ataque da polícia aos professores do Paraná, na quarta-feira, dia 29 de abril de 2015, no Centro Cívico, em Curitiba.

A obra resulta do trabalho de cobertura fotojornalística do episódio e está sendo produzido por meio de financiamento coletivo, na plataforma Catarse. A iniciativa é de fotógrafos ligados ao projeto de extensão Lente Quente, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com apoio da Editora Estúdio Texto e do Sinduepg.

O livro ‘Massacre 29 de abril’ retrata em 62 fotografias, de seis fotógrafos, o tratamento do Governo do Estado para com os trabalhadores quando mais de 300 manifestantes (professores, servidores públicos e estudantes) foram feridos em frente ao prédio da Assembleia Legislativa. Os fotógrafos registraram momentos de tensão daquela semana, as ações da Polícia Militar, com balas de borracha, bombas, gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra os manifestantes.

A ideia da produção do livro surgiu de uma série de exposições itinerantes em espaços públicos realizadas após o episódio do dia 29, por integrantes do Lente Quente. “Percebemos que a importância histórica desses registros deveria ir além das exposições. O financiamento coletivo foi a opção mais viável para viabilizar esse projeto”, conta Angelo Rocha, autor do livro, estudante e fotógrafo.

“A produção de um livro dessa forma é um marco para o Lente Quente e para o curso de Jornalismo da UEPG. O projeto, depois de seis anos de atividades, encontrou neste episódio a possibilidade de produzir um material consistente dentro do campo do fotojornalismo e da denúncia”, complementa o fotógrafo e estudante José Gabriel Tramontin.

Esta modalidade de financiamento permite que a produção configure-se de maneira independente, conferindo ao produto mais credibilidade e compromisso com interesse público. Além disso, o formato garante que colaboradores de diversos setores sociais, em diferentes estados da federação, manifestem seu apoio.

André Jonsson, fotógrafo, estudante e um dos autores do livro, explica que a campanha tem previsão de um mês de arrecadação. “Caso o projeto não seja financiado, ou seja, se a meta de R$ 10 mil não for atingida, todos os apoiadores receberão reembolso de 100% do valor. Essa é uma garantia do Catarse”, informa. O financiamento coletivo não visa o lucro, somente o custeio do livro e produtos afins.

Como contribuir

Interessados em contribuir com a campanha de financiamento coletivo devem acessar o site www.catarse.me/massacre29deabril. No endereço, o contribuinte escolhe a cota de apoio, que começa em R$ 30, tendo como recompensa uma foto do livro, em formato 10×15, e um DVD do documentário “Massacre 29 de abril”.

Os valores e recompensas variam, passando por livros, dvds do documentário Massacre 29 de abril, palestras, fotografias em diversos formatos, incluindo a doação de exemplares do livro para escolas e colégios públicos. Após escolher o valor e a recompensa desejados, o pagamento pode ser efetivado por boleto ou cartão de crédito.



Araguaia: em busca da verdade e dos desaparecidos

14 de Junho de 2015, 21:14, por Terra Sem Males

Após 35 anos, os familiares dos desaparecidos políticos do Araguaia poderão ter respostas.

Escavações em busca dos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia. Foto: Jean Brito

A Comissão da Verdade do Pará está na região do Araguaia em busca dos mortos e desaparecidos políticos no período da ditadura militar. É uma das tarefas mais urgentes no sentido de completar a nossa transição democrática e um direito dos familiares que há 35 anos lutam pelo direito, legítimo, de dar a última morada aos que, com suas vidas, se lançaram ao mais renhido combate pelas liberdades públicas.

Objetos encontrados nas escavações. Foto: Jean Brito

Antropólogos e arqueólogos que pesquisam sepultamentos estão na Serra das Andorinhas/Martírios (PA). O trabalho nas ‘montanhas do Pará’ exige longas escaladas por escarpas em meio à estrutura ruiniforme de 500 milhões de anos, uma das mais antigas estruturas geológicas do Brasil. Ali, nos Martírios, cujo cume atinge 600 metros, a repressão política sepultou,segundo diversos relatos, muitos dos desaparecidos políticos na Guerrilha do Araguaia.

A investigação pretende encontrar os restos mortais dos desaparecidos políticos na região do Araguaia. Foto: Jean Brito

Fotos de Jean Brito e texto de Paulo Fonteles Filho.
Terra Sem Males



Tempo real: Confira depoimentos da mesa sobre democratização da mídia

13 de Junho de 2015, 12:18, por Terra Sem Males

Palmério Dória, Beto Almeida e Renata Mielli durante 2ª mesa, sobre democratização da comunicação, durante o 3º Encontro de Blogueiros e ativistas digitais do Paraná. O debate foi realizado na manhã deste sábado, 13 de junho, na sede da APP Sindicato, em Curitiba.

 

Por Paula Zarth Padilha e Joka Madruga
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