Lideranças do Congresso preveem melhora na economia e continuidade de crise política
September 13, 2017 16:21Do site Congresso em Foco:
As principais lideranças do Congresso Nacional apostam mais na melhoria da economia do que no arrefecimento da crise política ao longo dos próximos 12 meses. A abertura de novas investigações contra o presidente Michel Temer (PMDB), a exemplo da determinada ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a iminência da apresentação de uma segunda denúncia criminal contra o peemedebista e revelações de delações premiadas em curso reforçam, entre os parlamentares, a sensação de que há pouca chance de a instabilidade política diminuir até agosto de 2017.
Por outro lado, a discreta melhora registrada na área econômica no último trimestre, como a ligeira queda na taxa de desemprego (0,2%) e a reversão da tendência de baixa na economia (crescimento de 0,2%), em comparação com o período anterior, é vista pela cúpula do Congresso como indício de que a crise nesse campo tende a diminuir.
Essas são algumas das conclusões da terceira rodada de pesquisa do Painel do Poder, produto criado pelo Congresso em Foco para monitorar de forma sistemática e com fundamentação científica as percepções e os humores daqueles que mandam no Congresso Nacional. Nesta edição foram ouvidos, ao todo, 55 parlamentares, respeitando-se a proporcionalidade em cada Casa, entre governistas e oposicionistas e as divisões regionais.
Dos 15 itens aferidos pelo Painel, a instabilidade política é o que tem o pior prognóstico pelos próximos 12 meses entre as lideranças entrevistadas. Para 40%, a situação só vai se degradar nesse período. Na avaliação de 31%, continuará como está. Somente 27% deles acreditam em melhora.
Também é pequeno o percentual dos que entendem que o combate à corrupção será mais intenso até agosto do ano que vem (18%). Na opinião de 42% deles, nada mudará nesse sentido. E, para 38%, a tendência é de piora.
Os dados são mais animadores quando analisadas as perspectivas econômicas. É na geração de emprego e renda que o otimismo entre as lideranças é maior: chega a 47%. Para 31% nada mudará, e para 20%, o desemprego deve crescer pelos próximos 12 meses.
Na segunda posição entre as previsões mais otimistas, aparece a própria economia em geral, com 45% de previsão de melhora (31% acham que continuará como hoje e 22% que vai piorar). Também 45% apostam em boas notícias na área de desenvolvimento econômico nacional. Já a elevação na confiança do mercado é vista como o cenário mais provável para 40% dos entrevistados ao longo de um ano.
Mercado de trabalho reflete desigualdades de raça, gênero e regional
September 13, 2017 16:14Ana Luíza Matos de Oliveira
Quanto a gênero, segundo a PNAD Contínua, realizada pelo IBGE, no segundo trimestre de 2017 (abril-junho), a taxa de desocupação foi estimada em 11,5% para os homens e 14,9% para as mulheres. Por outro lado, homens (56,6%) representavam maior percentual de ocupados.
No quesito cor ou raça, segundo a PNADC, entre as pessoas que se declararam brancas, a taxa de desocupação (10,3%) ficou abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (15,8%) e dos pardos (15,1%) ficou acima.
Ainda de acordo com a pesquisa, no segundo trimestre de 2017, a taxa de desocupação caiu em todas as grandes regiões, exceto Nordeste (em que permaneceu estável, de 16,3% para 15,8%), com destaque para o Norte (queda de 14,2% para 12,5%) e Centro-Oeste (redução de 12% para 10,6%). No Sudeste, a taxa caiu de 14,2% para 13,6% e no Sul de 9,3% para 8,4%. Quanto à taxa de desocupação por Unidade da Federação, a PNADC destaca que Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,8%) registraram as maiores taxas de desocupação e as menores taxas de desocupação foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%).
Tais disparidades pedem políticas que as reduzam, de forma a tornar a sociedade brasileira mais igualitária. Políticas como a valorização do salário mínimo durante os governos petistas tiveram amplo impacto na redução das desigualdades de gênero, raça e regional, mas com a crise no mercado de trabalho e a reversão das prioridades de políticas públicas a desigualdade dá sinais de ampliação no Brasil. (Fundação Perseu Abramo)
Preço da gasolina bate recorde: é o mais alto da história!
September 12, 2017 15:45Ninguém segura este Brasil Novo!
É recorde atrás de recorde!
Este novo é de fazer inveja aos saudosistas do regime antigo: o preço médio da gasolina para o consumidor atingiu na semana passada o valor de R$ 3,850 por litro. Os dados são do Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis (LPMCC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), feito entre os dias 3 e 9 deste mês.
A pesquisa analisou 3.160 postos e encontrou preço mínimo de venda da gasolina de R$ 3,149 e máximo de R$ 4,950. Para as distribuidoras, o preço médio da gasolina por litro alcançou R$ 3,410.
Em relação ao etanol, o preço médio por litro vendido para consumo foi de R$ 2,612 na semana pesquisada, atingindo valor de R$ 2,265 na distribuidora. Já o litro de diesel chegou ao consumidor pelo preço médio de R$ 3,150 e à distribuidora por R$ 2,759.
O Levantamento de Preços e Margens de Comercialização de Combustíveis abrange preços pesquisados em 459 localidades brasileiras.
Lula, o Mandela do país do apartheid social
September 12, 2017 11:20Juarez Guimarães
Se Mandela, foi condenado por um júri de brancos no país do apartheid social, Lula está sendo condenado por um júri de classe dos grandes capitalistas no país do apartheid social.
A comparação de Lula com Mandela neste momento dramático da história secular e épica de resistência do povo brasileiro, de Zumbi de Palmares a Chico Mendes, de Tiradentes a Gregório Bezerra, de Pagu a Margarida Alves, de Antonio Conselheiro a dom Hélder Câmara, é justa, necessária e incontornável.
É justa porque, assim como Mandela, Lula é a liderança operária e popular de maior raiz, amplitude e identidade de toda a história brasileira. Sua origem social, suas quatro décadas na vanguarda da construção da democracia, o fato de ser o maior símbolo da esperança de um Brasil sem apartheid social convergem para este diagnóstico.
É absolutamente necessária a comparação de Lula com Mandela porque assim como os racistas sabiam que era preciso desmoralizar Mandela e mantê-lo preso para manter o regime do apartheid, os que dirigem o golpe contra a democracia no Brasil sabem que sem desmoralizar Lula e sem interditar a sua liderança política, a democracia e os direitos do povo podem voltar ainda com mais força.
É incontornável comparar Lula com Mandela porque assim como Mandela tornou-se a grande referência internacional na luta contra o racismo, Lula tornou-se a grande liderança mundial na luta contra a fome e a desigualdade social. A sua defesa interessa aos povos de toda a América Latina e do mundo.
Na história, não no tribunal dos racistas, Mandela tornou-se invencível. Assim como na caravana ao Nordeste, será preciso agora abraçar Lula. O seu lugar é no coração da história do povo brasileiro.
(Juarez Guimarães é professor de Ciência Política na UFMG; foto: Ricardo Stuckert)
Movimento nas estradas indica economia em ponto morto
September 12, 2017 11:08Um bom termômetro para se observar como anda a atividade econômica é o movimento de veículos nas estradas. E, pelo que mostra o Índice ABCR de atividade, a recuperação econômica, tão apregoada pelo governo golpista, ainda está distante: em agosto, o indicador registrou queda de 1,5% na comparação com julho, considerando dados livres de efeitos sazonais.O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – ABCR em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada. Nessa mesma base de comparação, o fluxo de veículos leves caiu 1,8% e o de pesados 0,3%.
Ao comparar agosto/2017 sobre agosto/2016, o índice total aumentou 2,4%. O fluxo de veículos leves registrou crescimento de 1,5% e o fluxo de pesados 5,1%.
Nos últimos 12 meses, porém, o fluxo total acumulou queda de 0,9%. Nessa mesma base de comparação, o fluxo de leves caiu 0,2% e o fluxo de pesados 2,8%.
No acumulado do ano (Jan-Ago/17 sobre Jan-Ago/16), o fluxo total de veículos nas rodovias concedidas acumulou crescimento pífio de 0,8%. O fluxo de veículos leves aumentou 1,3%, enquanto o fluxo de pesados se retraiu 0,5%.









