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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

A realidade do Brasil Novo: universidades federais entram em colapso

August 15, 2017 16:09, by segundo clichê


Renegociação de contratos, redução nos cardápios em restaurantes, falta de recursos para manutenção, atraso no pagamento de contas. Essa é a realidade de algumas universidades federais, que reclamam da falta de verbas e do contingenciamento de recursos feito pelo governo federal.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Emmanuel Tourinho, diz que os valores de custeio previstos para este ano para as universidades não são suficientes nem mesmo para as despesas regulares com energia, vigilância, limpeza, bolsas para os alunos de baixa renda e serviços de manutenção das instalações.


“Não será possível manter as instituições funcionando adequadamente se esse quadro não for rapidamente alterado. Os valores liberados até agora só garantem o funcionamento das instituições até setembro”, diz.

Segundo ele, não há recursos para concluir as obras inacabadas, e universidades mais antigas estão com infraestrutura deteriorada por falta de recursos para manutenção. Além disso, instituições novas estão funcionando em prédios alugados por falta de recursos para concluir as suas instalações

“É imprescindível recompor imediatamente os orçamentos das universidades federais. Estamos falando de um patrimônio dos mais valiosos para a sociedade brasileira e que está sendo colocado em risco. O prejuízo no longo prazo será incalculável”, diz Tourinho, que também é reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) anunciou um aumento em cinco pontos percentuais no limite de empenho para custeio e investimento de universidades e institutos federais. Com o aumento, o limite do custeio, que é utilizado para a manutenção das instituições de ensino, passou de 70% para 75% e o limite de capital, utilizado para adquirir equipamentos e fazer investimentos, passou de 40% para 45%.

Mesmo com a liberação, o presidente da Andifes diz que a situação das instituições não muda, quanto a sua capacidade de honrar compromissos até setembro. “Para 2018, o quadro é também preocupante. Não temos ainda a previsão de recursos para investimento, nem a correção dos recursos de custeio”, diz Trourinho.

Na Universidade de Brasília (UnB) , o déficit orçamentário estimado para este ano é de R$ 105,6 milhões. A decana de Planejamento e Orçamento, Denise Imbroisi, diz que a universidade só tem recursos para funcionar até o mês que vem e conta com uma suplementação de crédito do governo para se manter até o fim do ano.

Desde o ano passado, a universidade vem renegociando contratos com prestadores de serviços para tentar reduzir as despesas. No contrato com o restaurante universitário, por exemplo, foi possível uma redução de 15% do valor com o corte de itens do café da manhã como suco, iogurte e chá, e adequação da proteína oferecida no almoço - inclusão de carne de costela, rabo de boi, linguiça e hambúrguer nos cardápios.

Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a projeção é de um déficit de R$ 40 milhões até o fim do ano. Segundo o reitor da universidade, Rui Vicente Oppermann, a prioridade da administração é o pagamento de terceirizados. “Hoje temos uma tomada de decisão que é quase aquela de Sofia – onde é que vou fazer cortes? Nos últimos anos temos feito racionalização de serviços para diminuir a despesa com terceirizados, mas já chegamos a um limite”, contou.

As despesas compulsórias como contas de luz, água e comunicação estão sendo deixadas de lado no momento. “Contamos com a compreensão dos prestadores desses serviços públicos para que possamos fazer a rolagem dessa dívida sem maiores consequências.” O segundo item na lista de corte são os serviços de reformas e manutenção, importantes por se tratar de um campus extenso e com prédios antigos.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a situação orçamentária é considerada crítica. O orçamento deste ano é 6,7% inferior ao do ano passado. “É importante lembrar que em 2016 muitas contas somente foram pagas até o mês de setembro, deslocando o pagamento das despesas não pagas para o orçamento de 2017”, afirmou o reitor da UFRJ, Roberto Leher.

Nos últimos três anos, o quadro de pessoal terceirizado foi reduzido à metade, e contratos com permissionários foram revisados. A universidade lançou uma campanha com a meta de reduzir em 25% as despesas com energia elétrica.

O reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Ramírez, conta que só há recursos para as despesas cotidianas, como insumos e serviços terceirizados, até setembro. “Se o governo federal mantiver a liberação de recursos no patamar de 85% do previsto, não só a UFMG, mas todas as outras federais vão ficar em situação grave até o fim do ano.” (Agência Brasil)



Era uma vez um país

August 15, 2017 10:38, by segundo clichê


As más notícias não cessam.

Nem é mais possível medir o tamanho da crise, uma crise econômica, política e moral jamais vista nestas terras.

Alguns ainda têm esperanças, vislumbram a bonança depois da tempestade, como se estivessem vendo uma produção hollywoodiana açucarada, uma daquelas com final feliz.

Outros já jogaram a toalha e sentem que o Brasil não é mais uma nação, mas um ajuntamento de pessoas que vivem apenas pelos seus próprios interesses, num salve-se-quem-puder no qual não existe espaço para um pingo de civilidade.

As instituições funcionam, mas trabalham não em benefício da sociedade, mas para manter os imensos privilégios de seus integrantes.


Juízes, promotores, procuradores da República, são os primeiros a zombar da lei, que deveriam, mais que ninguém, obedecer, com seus salários obscenos, que permitem um estilo de vida incompatível com o decoro dos cargos que ocupam.

Num país democrático, funcionários públicos que são, eles nunca exigiriam ser tratados, como nesta república de bananas, como semideuses intocáveis.

E onde, em todo o universo, um chefe do Executivo que todos sabem ser um ladrão, e que se cercou de meliantes iguais ou piores para o auxiliar - todos pagos, e bem pagos, com o dinheiro público - não só se mantém na função, mas destrói, com o auxílio de meios de comunicação venais e um Parlamento facinoroso, todas as conquistas civilizatórias que custaram muito sangue, suor e lágrimas?

Como se dizia tempos atrás, está tudo dominado.

Hoje são poucos os que discordam de que a presidenta Dilma Rousseff foi vítima de um golpe - branco, judiciário-parlamentar, suave, não importa a sua definição.

O pior de tudo, porém, é que esse evento, universalmente tratado como o crime mais grave que se possa cometer contra uma democracia - alguém sequer imagina, por exemplo, a repercussão e as consequências de algo similar nos Estados Unidos? -, aqui revoltou somente alguns poucos, e ninguém de poder suficiente para obstá-lo.

Além disso, um ano depois da tragédia, a não ser por raras gotas de inconformismo, parece que nada aconteceu, tal a vastidão do oceano de apatia em que se encontra o país, mesmo que o seu desmonte seja efetuado dia a dia.

Há alguma coisa errada com o brasileiro médio, algum parafuso a menos, algum problema com a sua sinpase.

Ou então ele está certo e ansioso em aceitar este novo Brasil, mais injusto, mais desigual e menos democrático que está surgindo, e todos os que tanto fizeram para torná-lo diferente, ao menos próximo de algo civilizado, têm é de se calar.

O tempo do "ame-o ou deixe-o" parece que está de volta. (Carlos Motta)



Vendas do comércio para o Dia dos Pais caem pelo 4º ano seguido

August 14, 2017 15:36, by segundo clichê


Os golpistas bem que tentam, diariamente, vender a ideia de que a economia está se recuperando, mas está difícil, já que a realidade é outra, bem diferente. O exemplo mais recente são as vendas a prazo na semana do Dia dos Pais, que caíram 2,18% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), entidades que adoram mostrar o Brasil cor-de-rosa. 

Este é o quarto ano consecutivo em que o indicador fica no negativo. As quedas nas vendas foram de 7,15% (2016), 11,21% (2015), e 5,09% (2014), e anteriormente, nos anos dos governos "petralhas", antes das ações de sabotagem preparativas para o golpe que trocou a presidenta Dilma por um bando de ladrões, houve aumentos de 3,78% (2013), 4,75% (2012), 6,86% (2011) e 10% (2010).


O indicador mostra que, com exceção da Páscoa que apresentou alta de 0,93%, o resultado do Dia dos Pais foi o melhor para uma data comemorativa em 2017, uma vez que tanto no Dia das Mães como no Dia dos Namorados as quedas foram ainda maiores, de -5,50% e -9,61%, respectivamente.

Na avaliação dos economistas do SPC Brasil, as condições econômicas ainda graves, como desemprego elevado, alto estoque de inadimplência e crédito mais restrito, continuam exercendo forte impacto sobre o consumidor, que acaba sendo obrigado a limitar e rever seus gastos para salvar as próprias finanças.

O Dia dos Pais é a primeira data comemorativa do segundo semestre e, embora não movimenta cifras tão volumosas como no Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados, funciona como um termômetro para as próximas datas, como Dias das Crianças e o próprio Natal. 



Sindicatos denunciam desmonte da comunicação pública

August 14, 2017 15:12, by segundo clichê


A diretoria da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pela Agência Brasil e TV Brasil, rede de televisão pública, nomeada pelo governo golpista, vem desrespeitando sistematicamente seus trabalhadores, denunciam os sindicatos de jornalistas e radialistas do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. 

As entidades emitiram nota sobre o assunto, na qual dizem que "desde a posse de Laerte Rimoli à frente da empresa e da mudança da lei da EBC por medida provisória, a comunicação pública federal vem sofrendo retrocessos diários".

"Diversos programas da TV Brasil e da Rádio Nacional foram tirados do ar - prossegue o texto da nota-, enquanto programas pró-governo foram criados. A censura nas redações é denunciada cotidianamente pelos jornalistas, que veem suas matérias editadas favoravelmente ao Planalto. Setoristas da área política e social foram tirados dos seus postos de trabalho. Com o fim do Conselho Curador pelo governo, resta aos empregados a resistência diária e a denúncia pública do que vem ocorrendo na empresa."

A íntegra da nota é a seguinte:


Os Sindicatos dos Jornalistas e Radialistas do DF, RJ e SP e a Comissão dos Empregados do DF vêm a público, mais uma vez, denunciar o sistemático desrespeito da diretoria da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) com seus trabalhadores e da tentativa de, dia após dia, desmontar a comunicação pública nacional.

Nessa sexta-feira (11), os jornalistas correspondentes da Agência Brasil no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará foram surpreendidos com portarias da empresa constando a remoção desses empregados para o RJ e Brasília. Os jornalistas sequer foram informados e tinham suas alocações em vigor até janeiro de 2018.

Os correspondentes traziam uma dimensão nacional para cobertura da empresa, enviando diariamente notícias para a Agência Brasil e de forma complementar para a Rádio Nacional e TV Brasil. Esses trabalhadores foram selecionados por processo seletivo interno e os custos era quase nenhum, já que utilizavam em sua maioria a estrutura das afiliadas à rede pública.

Assédio

A atitude representa mais uma ação de perseguição da chefia da Agência Brasil, em acordo com a Diretoria de Jornalismo e com a Presidência da EBC, que são complacentes ao assédio moral cometido contra os repórteres do veículo, como denunciado em carta aberta dos empregados à direção da empresa.

No final de junho, o Ministério Público do Trabalho já havia notificado a EBC e proposto um Termo de Ajuste de Conduta para que a empresa tome medidas efetivas para combater o assédio moral. É mais um sinal de que essa diretoria não respeita a legislação e busca cotidianamente humilhar seus trabalhadores.

Governismo

As ações dos gestores da empresa seguem ainda a tentativa do Governo Federal de desmontar a comunicação pública. Desde a posse de Laerte Rimoli à frente da empresa e da mudança da lei da EBC por Medida Provisória, a comunicação pública federal vem sofrendo retrocessos diários.

Diversos programas da TV Brasil e da Rádio Nacional foram tirados do ar, enquanto programas pró-governo foram criados. A censura nas redações são denunciadas cotidianamente pelos jornalistas, que vêem suas matérias editadas favoravelmente ao Planalto. Setoristas da área política e social foram tirados dos seus postos de trabalho. Com o fim do Conselho Curador pelo Governo, resta aos empregados a resistência diária e a denúncia pública do que vem ocorrendo na empresa.

Já não bastasse o corte da verba de custeio da EBC em mais de 60% pelo Governo, a direção não se move para buscar a destinação da Contribuição para o Fomento da Comunicação Pública, que já soma mais de 3 bilhões de reais e segue congelada pelo governo. São gastos milhões com ponto eletrônico dos empregados, mas a Rádio Nacional da Amazônia continua fora do ar e até os contratos de estagiários são suspensos.

Mordaça

A direção da empresa ainda buscar silenciar seus profissionais com a criação de um verdadeiro código de "mordaça", batizado como de conduta, para impedir que os trabalhadores da comunicação pública possam se expressar sobre o que a direção da empresa vem fazendo

A empresa prepara um plano opressor de Desligamento Voluntário, buscando retirar da empresa os mais antigos funcionários sem prever nenhum concurso para repor estes postos de trabalho. Enquanto isso, dezenas de profissionais, impedidos até de se licenciar sem seus vencimentos, pedem demissão por não serem reconhecidos como profissionais, não suportarem o assédio e a pressão governista e verem a comunicação pública desrespeitada.

Os Sindicatos seguirão resistindo na luta pelo cumprimento do preceito constitucional de uma comunicação pública independente e pelo respeito aos trabalhadores da EBC.

Sindicato dos Jornalistas do DF, RJ e SP
Sindicato dos Radialistas do DF, RJ e SP
Comissão de Empregados da EBC



Conceição Tavares: "Nunca vivemos uma crise tão forte"

August 14, 2017 10:39, by segundo clichê


A economista Maria da Conceição Tavares, 87 anos, ex-professora do Instituto de Economia (IE) da Unicamp, está aposentada, mas continua uma observadora arguta dos acontecimentos da política e da economia do Brasil. Justamente por estar alerta, ela se diz extremamente preocupada com a situação do país.

“Estou muito pessimista porque as condições estão péssimas. Faz dois anos que estamos estagnados. Nunca vivemos uma crise tão forte. Isso não aconteceu nem mesmo nos anos 1930”, analisa, em referência à chamada Grande Depressão.


Em entrevista por telefone ao "Jornal da Unicamp", desde o Rio de Janeiro, onde reside, instigada a falar sobre o atual momento do Brasil, Conceição Tavares não poupou o verbo, uma das suas características mais marcantes. Sobre o governo do presidente Michel Temer, a intelectual não faz qualquer concessão. “As atitudes deste governo têm servido para agravar a situação do país. Aliás, não se trata de um governo, mas sim de um desgoverno”, define.

A recém-aprovada reforma trabalhista, na opinião da economista, é um exemplo dos retrocessos impostos pela atual política de Temer e seus apoiadores. “Essa medida tem o claro objetivo de acabar com a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], que vem da era Vargas. Isso vai trazer repercussões graves, como o aprofundamento da precarização do trabalho”, aponta.

“Agora, estão discutindo a reforma da Previdência. Este governo não tem qualquer legitimidade para conduzir essa matéria. É um governo ilegítimo que está caindo aos pedaços. Não tem moral para fazer nada; só faz besteiras.”

Questionada se não vê as eleições de 2018 como uma oportunidade de recolocar o país nos eixos, Conceição Tavares mais uma vez demonstra extrema desconfiança. “Meu filho, para começo de conversa, eu espero que haja eleição no ano que vem. Tenho dúvida quanto a isso. Afinal, já não tivemos um golpe branco? Então, podemos ter outro. Além do mais, não tem candidato que preste. Do lado deles não tem ninguém. Do nosso lado tem o Lula, mas estão fazendo o possível e o impossível para neutralizá-lo. Está tudo muito obscuro”, finaliza.

Conceição Tavares está sendo homenageada ao longo do mês de agosto pelo Instituto de Economia da Unicamp, sua casa, por meio do evento “Economia e Pensadores II”. Até o dia 30, serão realizadas diversas palestras e debates em torno da obra da economista, que ofereceu contribuições importantes para a compreensão de diferentes temas, entre eles o subdesenvolvimento. (Jornal da Unicamp)



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