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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Gigante do setor de entretenimento compra parte do Rock in Rio

May 2, 2018 16:45, by segundo clichê


A Live Nation Entertainment, maior empresa de entretenimento ao vivo do mundo,  comprou parte do festival Rock in Rio que, em 2017, foi o segundo maior evento musical  em bilheteria em todo o mundo, bem como o maior festival de música da América do Sul, assistido por mais de 700.000 pessoas de 62 países diferentes.

O festival opera, atualmente, eventos bienais no Rio de Janeiro e Lisboa, cada um dos quais durando dois fins de semana. O Rock in Rio começou em 1985 e já realizou 18 edições, com mais de 1.700 artistas e 9 milhões de assistentes. É seguido por mais de 11 milhões de pessoas na mídia social. O festival é levado a mais de 1 bilhão de pessoas no mundo por teledifusão e transmissão contínua (streaming).

Durante os anos, o Rock in Rio incluiu em suas apresentações artistas como Queen, Prince, Guns N' Roses, Sting, Neil Young, Red Hot Chili Peppers, Iron Maiden, Rihanna, Elton John, Metallica, Stevie Wonder, Shakira, Coldplay, Beyoncé, David Guetta, Bruce Springsteen, Bon Jovi, Justin Timberlake, Paul McCartney, Britney Spears, Roger Waters e The Rolling Stones, entre outros.

"Estamos muito satisfeitos por reunir o maior festival de música do mundo com a maior empresa de entretenimento do planeta", disse o fundador e presidente do Rock in Rio, Roberto Medina. "A parceria vai gerar várias sinergias, que irão possibilitar a concretização de ambições ainda maiores do Rock in Rio."

Medina e sua equipe continuarão a administrar todos os aspectos da produção e a prestar consultoria nos negócios.

Com mais de 100 festivais no mundo, a Live Nation tem expandido suas operações na América do Sul, com sua parceira C3 Presents e a franquia Lollapalooza. A Live Nation, além do Rock in Rio, é constituída pelas líderes de mercado globais Ticketmaster, Live Nation Concerts e Live Nation Sponsorship. 



Show tributo lança CD inédito de Wander Taffo

May 2, 2018 8:54, by segundo clichê


Wander Taffo foi um dos músicos mais importantes e expressivos do rock no Brasil. Ícone e virtuose da guitarra, Taffo fez parte de várias bandas que introduziram o rock no cenário musical brasileiro como Made In Brasil, Joelho de Porco, Gang 90, além da conhecida banda Radio Taxi, da qual foi fundador.

Tocou com artistas como Rita Lee, Cássia Eller, Marina Lima, Guilherme Arantes, criando linhas melódicas com sua guitarra de muito bom gosto,  e teve também um trabalho solo em mostrou todo seu talento como guitarrista e vocalista, fazendo inclusive turnês internacionais.

Paralelamente, fundou a EM&T, escola de música e tecnologia, detentora de vários prêmios como melhor escola de música da América Latina, mas veio a falecer em 2008, vítima de um infarto fulminante, deixando uma legião de fãs inconformados com essa partida precoce.

Foram feitos alguns shows tributo, de 2010 a 2015, sempre contando com os melhores músicos do cenário musical. O próximo tributo traz o lançamento do tão esperado álbum “Nagual”, gravado ao  vivo na casa de shows Aeroanta, em São Paulo, em 1992. São sete músicas inéditas, além de alguns sucessos da banda Taffo que tocaram na MTV e rádios rock da época. Para esse lançamento, o CD traz três faixas bônus com gravações atuais.

O show tributo, confirmado para o dia 10 de maio, às 21 horas, no Teatro Opus, em São Paulo, contará com a presença de Edu Ardanuy, Marco Bavini, Mauricio Gasperini, Livia Dabarian, Marcelo Souss, Fábio Zaganin, Demian Tiguez, entre outros.

A junção desse time de talentos traz o credenciamento para divulgar o legado deixado por Wander Taffo levando o  reconhecimento merecido a um grande artista,  compositor e empreendedor da música no Brasil.
 



As primeiras lições de samba de Tinhorão

April 30, 2018 10:09, by segundo clichê


Sambistas do Instituto Cultural Glória ao Samba lançaram o livro "Primeiras Lições de Samba e Outras Mais", do historiador da música popular brasileira José Ramos Tinhorão, durante uma roda de samba no Instituto Moreira Salles, capital paulista. O lançamento teve a presença do autor, que acaba de completar 90 anos. No evento, foi festejado também o centenário do compositor Geraldo Pereira, com um repertório de composições de sua autoria que são pouco conhecidas.

Quando Tinhorão começou a pesquisa sobre o samba, nos anos 1960, para escrever a série de artigos "Primeiras Lições de Samba" para o Jornal do Brasil, a bibliografia do assunto era rasa, com apenas dois livros da década de 1930. Foi necessário, então, cobrir uma lacuna de cerca de 30 anos de defasagem sobre o tema. Tinhorão catalogou mais de mil títulos sobre música popular que tinham sido publicados na imprensa até então, além de colher depoimentos com sambistas pioneiros como Heitor dos Prazeres, Bide e Ismael Silva.


Na época, ele trabalhava como copydesk no jornal, redigindo ou revisando textos, mas gostava muito de música popular desde bem jovem e, de vez em quando, escrevia para o suplemento cultural do jornal. Em 1961, o Jornal do Brasil publicou a série de artigos "Primeiras Lições de Jazz" e, quando acabou, a direção lembrou da afinidade de Tinhorão com a música e deu espaço para a nova série sobre o samba.


“Eu me lembro que eu falei para ele [diretor do jornal] 'você acha que é assim? Sobre jazz, tem uma vasta bibliografia. E nós não temos nada, a música popular das cidades não está ainda registrada'. Você conhece os nomes, Cartola, Donga, João da Baiana, Pixinguinha. Tem nomes, nomes que eram entrevistados às vezes na imprensa, falavam sobre aquele assunto no momento e acabou. Não tinha registro bibliográfico. Aí ele falou 'se não tem, você procura e passa a ter', e me jogou a responsabilidade”, diz Tinhorão.


O resultado dessa dedicação foi o primeiro grande estudo sobre o samba, na série de artigos que durou um ano no Jornal do Brasil, entre 1961 e 1962. Tinhorão tornou-se próximo dos sambistas e usou um método pouco convencional pra escrever sobre eles, em que não colhia depoimentos, mas convivia com as fontes, alimentando, quase sempre, conversas informais que resultavam em revelações.


Foi assim que escreveu um ensaio sobre a vida e a obra de Nelson Cavaquinho, um dos destaques do livro. A obra é encerrada com um texto sobre o compositor Geraldo Pereira, que neste ano faria 100 anos de nascimento, e é definido por Tinhorão como “um dos maiores estilistas renovadores do samba” a partir da década de 1940.


O selo que promove o livro, Instituto Cultural Glória ao Samba, foi criado a partir do agrupamento Glória ao Samba – que se dedica à pesquisa e divulgação do samba tradicional – e tem como objetivo lançamentos que possam difundir a obra dos sambistas pioneiros. Essa primeira publicação homenageia músicos que, em sua maioria, não atingiram o estrelato e nunca viveram de suas músicas, mas que são os grandes criadores do samba, entre eles, Bide, Marçal, Xangô, Mano Décio, Carlos Cachaça, Iracy Sera, Aniceto, Jamelão, Ivone Lara e Monarco. (Agência Brasil)



África ganha exposição em São Paulo

April 28, 2018 10:15, by segundo clichê


O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no centro da capital paulista, recebe a exposição Ex Africa, com mais de 90 trabalhos de 18 artistas contemporâneos de oito países do continente africano, além de dois brasileiros.

Logo na entrada do prédio os visitantes são recepcionados por uma instalação do ganês Ibrahim Mahama que ultrapassa a altura do teto e quase chega ao primeiro andar por meio do vão interno do prédio. A obra é uma montanha de caixas de madeira, algumas usadas para transportar frutas e outras de engraxate, decoradas com calçados usados e retalhos de tecido. Segundo o curador, Alfons Hug, o trabalho mostra “uma certa precariedade da vida urbana”.


A existência nas cidades é um dos eixos da exposição. A capital da África do Sul, Joanesburgo, aparece através das janelas de um enorme edifício construído para ser um local de luxo, mas que acabou se degradando em moradias faveladas. As fotografias de Mikhael Subotzky dão uma ideia de como é a vida das pessoas que residem ali.

Mais próximo das tradições, o nigeriano Jelili Atiku trouxe para a mostra uma performance fortemente influenciada pela cultura Yorubá. O artista encenará um ritual de limpeza do corpo, para remover, segundo ele, os males trazidos pela Conferência do Congo, quando as nações europeias  desenharam, no século 19, as fronteiras dos países africanos. As delimitações, que não respeitaram a ocupação dos povos no território, visavam facilitar a dominação colonial e acabaram se tornando fonte de diversos conflitos desde então. “É uma limpeza das atrocidades contra a África”, disse Atiku.


O performer usa objetos confeccionados com tecidos de roupas usadas doadas para o trabalho. O nigeriano diz que essa é uma forma de trazer consigo outras forças. “A performance não é só feita por mim, mas também pela energia das pessoas”, diz em referência às roupas que ele acredita carregar traços dos antigos donos.


As questões relativas à colonização também constam dos trabalhos do brasileiro Arjan Martins, que exibe uma série de pinturas com referências às navegações. Já o senegalês Omar Victor Diop usa a linguagem da fotografia de moda para recriar, tendo ele mesmo como modelo, retratos de figuras notáveis da África que conseguiram posições de destaque na Europa nos séculos 18 e 19. “O poder de persuasão e sedução dessas imagens vem do mundo fashion”, enfatiza o curador.


A música também tem destaque na Ex Africa, como na instalação com videoclipes selecionados pelo produtor musical Naija Pop. A seleção com músicas que tocam nas ruas nigerianas foi feita a partir de quatro eixos temáticos: religião, sexo, poder e dinheiro. A sala é ambientada com os sons do tráfego e as vozes das pessoas que circulam pelas calçadas de Lagos, capital da Nigéria.


A exposição Ex Africa pode ser vista gratuitamente até o dia 18 de julho, de quarta a segunda-feira, das 9 às 21 horas. O CCBB fica Rua Álvares Penteado, 112, próximo à Praça da Sé. (Agência Brasil)



Geraldo Pereira, um exemplo da criatividade do povo brasileiro

April 27, 2018 11:15, by segundo clichê


Carlos Motta

Uma lembrança obrigatória para quem gosta da música popular brasileira: Geraldo Pereira, nascido em 23 de abril de 1918, há um século, portanto.

Geraldo Pereira morreu jovem, aos 37 anos, em 1955, mas marcou a cultura nacional com obras-primas perenes, como "Falsa Baiana", "Sem Compromisso", "Escurinho", "Escurinha", "Acertei no Milhar", "Bolinha de Papel" e várias outras, regravadas dezenas de vezes.

Geraldo Pereira é um claro exemplo da imensa força e criatividade do povo brasileiro.

É incrível que gênios como ele tenham prosperado em ambientes absolutamente inadequados a qualquer manifestação civilizatória.

Dá o que pensar...

Que maravilha seria do Brasil se a todos fossem oferecidas condições aceitáveis de moradia, saúde e educação!

Os sambas de Geraldo Pereira podem ser ouvidos como crônicas do seu tempo, de um Rio de Janeiro que não existe mais. 

Sua obra também ajudou a fixar um subgênero do samba, o sincopado.

E, acima de tudo, serve até hoje como lição sobre como deve ser a arte popular.

"Ministério da Economia" é uma desses sambas imorredouros, um retrato de um país que, incapaz de reagir aos suplícios provocados pelos seus donos, utiliza o humor, a zombaria, para se vingar dos poderosos.

Seu Presidente,
Sua Excelência mostrou que é de fato
Agora tudo vai ficar barato
Agora o pobre já pode comer
Seu Presidente,
Pois era isso que o povo queria

O Ministério da Economia
Parece que vai resolver
Seu Presidente
Graças a Deus não vou comer mais gato
Carne de vaca no açougue é mato
Com meu amor eu já posso viver
Eu vou buscar
A minha nega pra morar comigo
Porque já vi que não há mais perigo
Ela de fome já não vai morrer
A vida estava tão difícil
Que eu mandei a minha nega bacana
Meter os peitos na cozinha da madame
Em Copacabana
Agora vou buscar a nega
Porque gosto dela pra cachorro
Os gatos é que vão dar gargalhada
De alegria lá no morro



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