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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Governo do ES veta projeto que proibia nu em exposições

December 5, 2017 15:10, by segundo clichê


O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, vetou integralmente o Projeto de Lei 383/2017, que proibia a exposição de fotos, textos, desenhos, pinturas, filmes e vídeos contendo cenas de nudez ou referências ao ato sexual em qualquer espaço público destinados a atividades artístico-culturais do Estado.

De autoria do deputado estadual Euclério Sampaio (PDT), a proposta foi aprovada pela Assembléia Legislativa capixaba, com um único voto contrário. Como recebeu emendas parlamentares, voltou a ser apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação (CCJ), de onde retornou para o plenário da Casa, onde foi aprovado sem novas alterações em 6 de novembro.

O Espírito Santo foi o primeiro estado a aprovar um projeto deste tipo, segundo informou o Ministério da Cultura. A decisão de Hartung de vetar o projeto seguiu manifestação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), segundo a qual a iniciativa do Legislativo estadual é inconstitucional.

"O art. 21, inc. XVI, da Constituição Federal, estabelece como competência privativa da União exercer a classificação, apenas efeito indicativo, das diversões públicas", assinalou a Procuradoria-Geral, acrescentando que a Constituição assegura que a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não podem ser restringidas, salvo nos casos previstos constitucionalmente - o que não é o caso.

"A Constituição de 1988 é pródiga no reconhecimento da liberdade [de expressão artística], em todas as suas dimensões, como um direito fundamental, tendo a proteção da liberdade, juntamente com os demais direitos fundamentais, o status constitucional de cláusula pétrea", assinala o órgão.

O texto do projeto vetado previa a proibição de exposições artísticas ou culturais com “teor pornográfico” em espaços públicos estaduais, sob pena de multa. O veto do governador ao projeto agora será apreciado pela assembleia, que pode derrubá-lo.

O Ministério da Cultura, a Secretaria Estadual de Cultura e especialistas já tinham apontado o que classificaram como "caráter inconstitucional" da iniciativa do Legislativo capixaba. Já o deputado Euclério Sampaio, autor a proposta, disse, logo após a aprovação do projeto pela Assembleia, que a Constituição Federal também estabelece como sendo de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios proporcionar aos cidadãos os meios de acesso à cultura.

“Meu projeto não veta a arte. Ele proíbe os excessos, a pornografia”, disse Sampaio. Na ocasião, o deputado justificou que decidiu apresentar a proposta de lei após polêmicas em exposições artísticas em outros Estados, como a suspensão da exposição QueerMuseu, em Porto Alegre, e da apresentação de Histórias da Sexualidade, que chegou a levar o Museu de Arte de São Paulo (Masp) a proibir, pela primeira vez, a entrada de crianças e adolescentes para visitar a mostra.  O museu acabou voltando atrás e liberando a entrada de menores de 18 anos, desde que acompanhados pelos pais ou responsáveis. (Agência Brasil)



Projeto Guri recebe inscrições para cursos gratuitos de música até o dia 15

December 5, 2017 11:16, by segundo clichê


O Projeto Guri, mantido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, recebe, até o dia 15 de dezembro, inscrições para as 9.004 vagas para cursos gratuitos de instrumentos musicais, canto coral e iniciação musical, em mais de 280 polos de ensino no interior e litoral do Estado. 

O programa, que atende mais de 49 mil alunos por ano, possui centros de educação musical nas regiões de Araçatuba, Itapeva, Marília, Jundiaí, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Ribeirão Preto, São Carlos, São Paulo e Sorocaba.

Para realizar a matrícula é necessário ter entre 6 e 18 anos incompletos e comparecer diretamente ao polo em que deseja estudar, acompanhado pelo responsável, com os seguintes documentos:

Certidão de Nascimento ou RG do aluno (original e cópia);

Comprovante de matrícula escolar e/ou declaração de frequência escolar;

RG do responsável (original e cópia);

Apresentação do comprovante de endereço para consulta.

Não é preciso ter conhecimento prévio de música, nem possuir instrumento ou realizar testes seletivos. O início das aulas ocorre de acordo com a data de matrícula de cada aluno.

Para mais informações sobre os cursos oferecidos no polo da cidade de interesse, endereço e horário de funcionamento, acesse www.projetoguri.org.br/matriculas.



Carminho vem ao Brasil para cantar Tom Jobim

December 5, 2017 10:18, by segundo clichê


Grande voz do fado e uma das artistas portuguesas de maior projeção internacional, Carminho volta ao Brasil no dia 16 de dezembro, no Teatro Bradesco de São Paulo, para apresentar o quarto disco de sua carreira, “Carminho Canta Tom Jobim”, lançado no fim do ano passado.

Convidada pela própria família de Tom a interpretar composições do mestre brasileiro, Carminho incluiu Marisa Monte, Chico Buarque e Maria Bethânia em um trabalho inesquecível. O álbum tem direção musical e arranjos de Paulo Jobim e chega agora ao Brasil, via Biscoito Fino.

A artista sobe ao palco gabaritada, também, pelo sucesso do disco “Canto”, no qual gravou inédita parceria de Caetano Veloso com seu filho mais novo, Tom. Além dos seus dois primeiros trabalhos (“Fado” e “Alma”), reconhecidos em toda Europa.

Carminho nasceu no meio das guitarras e das vozes do fado, filha da conceituada fadista Teresa Siqueira. Durante a faculdade, cantava em casas de fado e recebeu várias propostas para gravar, mas decidiu esperar. Licenciou-se em marketing e publicidade e percebeu que cantar exigia uma maturidade e um mundo que ainda não tinha. Durante um ano, viajou pelo planeta, participou de missões humanitárias e regressou a Lisboa decidida a entregar-se por inteiro a um percurso artístico.

“Fado”, o seu primeiro disco, de 2009, alcançou a platina e abriu os corações de Portugal à sua voz e as portas do mundo ao seu talento: melhor álbum de 2011 para a revista britânica "Songlines", performances no Womex 2011, em Copenhague, e na sede parisiense da Unesco, no âmbito da candidatura do fado a patrimônio mundial.

No mesmo ano, colaborou com Pablo Alborán em “Perdoname” e tornou-se a primeira artista portuguesa a atingir o número 1 do top espanhol. Em 2012, o segundo álbum, “Alma”, estreou no primeiro lugar de vendas em Portugal e alcançou posições de destaque em vários tops internacionais.

Depois de passar pelas principais salas da Europa e do mundo, Carminho cantou no Brasil e realizou o sonho de gravar com Milton Nascimento, Chico Buarque e Nana Caymmi, resultando em uma reedição de “Alma” com três novos temas.

No fim de 2014, editou “Canto” e a sua relação com o Brasil ganhou raízes ainda mais profundas. Carminha gravou a primeira parceria de Caetano Veloso com o seu filho mais novo, Tom, a inédita “O Sol, Eu e Tu”. “Canto” inclui também dueto com Marisa Monte e participações especiais de Jaques Morelenbaum, António Serrano, Carlinhos Brown, Javier Limón, Naná Vasconcelos, Dadi Carvalho, Jorge Hélder e Lula Galvão.

Em 2016, na sequência de um convite endereçado pela família de um dos maiores compositores do mundo, gravou “Carminho canta Tom Jobim”, com a última banda que o acompanhou ao vivo nos seus derradeiros dez anos, partilhando temas com Marisa Monte, Chico Buarque e Maria Bethânia.



Amigos homenageiam Luiz Melodia

December 5, 2017 9:14, by segundo clichê


A morte do cantor e compositor Luiz Melodia, dia 4 de agosto deste ano, foi uma das maiores perdas sofridas pela música popular brasileira nos últimos tempos. Melodia era bom em tudo o que fazia e deixou uma obra original e criativa, cuja mistura de ritmos, calcada no samba, era inconfundível.

Para homenagear esse talentoso artista popular, o Sesc Pinheiros vai apresentar, nesta quarta-feira, dia 6 de dezembro, às 21 horas, no Teatro Paulo Autran, o espetáculo "Estação Melodia", com participação de amigos, intérpretes e músicos que foram influenciados por ele.

O show terá  participações de Chico César, Arnaldo Antunes, Paula Lima, Céu, Mariana Aydar, Rita Benneditto, Charles Theone, Flavia Bittencourt, Anelis Assumpção, Eliete Negreiros, Suzana Salles, Alzira E, Flavia K, Eduardo Gudin e Karina Ninni, entre outros. No repertório estão obras que se tornaram clássicos da música popular brasileira, como "Pérola Negra", "Magrelinha", "Estácio Holly Estácio", "Juventude Transviada" e "Negro Gato", entre outros sucessos do cantor e compositor. A apresentação será da atriz e cantora Elisa Lucinda.



Airto Moreira lança seu novo disco em turnê no Brasil

December 4, 2017 16:13, by segundo clichê


O percussionista Airto Moreira, figura emblemática da música brasileira, há décadas radicados nos Estados Unidos, onde gravou e tocou com craques como Miles Davis, Herbie Hancock e Chick Corea, entre dezenas de outros, fará turnê no Brasil, neste mês de dezembro, para lançar o seu novo disco, "Aluê", pelo selo Sesc.

O show de lançamento será nesta quinta-feira, dia 7, às 21 horas, no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, onde ele também se apresentará nos dias 8, sexta-feira (21 horas), 9, sábado (21 horas), e domingo (18 horas). Depois, ele fará apresentações no Sesc de Ribeirão Preto (dia 15, às 20h30) e de Registro (dia 17, às 18 horas).

Apesar de sua trajetória profissional de mais de 50 anos, esta é a primeira vez que Airto Moreira grava um disco de sua autoria no Brasil. "Aluê" é uma revisão de grandes momentos de sua carreira, no qual ele retoma e relê composições que evocam o seu universo sonoro, seja ele jazzístico, elétrico, pop ou experimental. O álbum conta com participações de grandes instrumentistas, como Carlos Ezequiel, José Neto, Sizão Machado, Vítor Alcântara, Fabio Leandro, Diana Purim e Krishna Booker.

Airto Moreira esteve presente em discos que redefiniram as fronteiras da música, como "Bitches Brew" (1970), de Miles Davis, e em eventos fundamentais da música brasileira, como o Quarteto Novo - do qual fez parte junto com Heraldo do Monte, Hermeto Pascoal e Theo de Barros - acompanhando Edu Lobo e Marília Medalha em "Ponteio", vencedora do III Festival da Música Popular Brasileira, em 1967. 

O texto a seguir foi escrito por Charles Gavin especialmente para a turnê brasileira do músico:

“Airto Moreira inventou a percussão de luxo, o acabamento, o requinte, o toque final. E foi ele também quem abriu as portas dos estúdios dos Estados Unidos para nós, percussionistas brasileiros. Foi o pioneiro, e muita gente seguiu esse caminho, inclusive eu” – disse-me numa entrevista para O Som do Vinil o também internacional Chico Batera. É interessante e oportuno que essa afirmação tenha vindo espontaneamente de outro grande artista, reconhecendo o que Airto Moreira tem feito por nossa música desde quando saiu do Brasil, em 1967.

Refletindo sobre essa declaração, a primeira lembrança que surge é "Bitches Brew" (1970), o emblemático álbum de Miles Davis. Em seguida, outros nomes vão surgindo: "Stone Flower" (1970), de Antônio Carlos Jobim; "Prelude" (1972), de Eumir Deodato; "Return to Forever" (1972), de Chick Corea; "Borboletta" (1974), de Santana; "Native Dancer" (1974), de Wayne Shorter & Milton Nascimento, e tantos outros. Mas diria que essa é apenas uma das inúmeras faces da força criadora deste gênio da nossa música que por uma série de razões (algumas absurdas) nunca havia gravado um disco solo no Brasil – até agora.

"Aluê", seu primeiro trabalho após "Live in Berkeley", de 2012, foi registrado num estúdio localizado numa fazenda, na paisagem verde do interior de São Paulo. Apoiado e construído com um time de grandes músicos (Carlos Ezequiel, José Neto, Sizão Machado, Vítor Alcântara, Fabio Leandro, Diana Purim e Krishna Booker), "Aluê" se apresenta como uma revisão inteligente e necessária de grandes momentos da carreira de Airto Moreira, retomando e relendo composições que evocam seu portentoso universo sonoro.

Não se trata apenas de seus ritmos, síncopes, cadências, diálogos, melodias, frases, gritos e texturas – mas também do que sua música disse e continua dizendo nos tempos estranhos em que vivemos, nos quais não podemos mais ignorar os avisos que o planeta envia a cada momento. De várias formas, essa mensagem sempre esteve na música desse catarinense, nascido em 1941 na pequena e charmosa Itaiópolis. A cada audição, "Aluê" nos traz lembranças, ressignificando experiências e emoções – algo como pegar uma canoa e atirar-se rio abaixo, enfrentando corredeiras rápidas e quedas perigosas, que se alternam com as águas mais calmas e límpidas cobertas por copas de árvores centenárias em meio à Mata Atlântica. É fato que a Mãe Terra sempre esteve presente na obra de Airto, sempre se manifestou nela inspirando seu sound design, sua marca registrada. 
Coincidência ou não, é resgatada de "Natural Feelings" (1970), seu primeiro disco solo, a composição que dá nome ao álbum que o Selo Sesc acertadamente lança agora.

 Ao longo da carreira, a sonoridade de Airto Moreira foi se modificando, tornando-se ora mais jazzística, ora mais elétrica, às vezes mais pop, outras mais experimental, mas sempre conectada aos sons da nossa terra, magistralmente interpretados e recriados em shows e gravações: onde quer que estivesse tocando, Airto levava o Brasil junto.

Na verdade, tem sido assim desde os tempos do excepcional Quarteto Novo – quem não se lembra do grupo acompanhando Edu Lobo e Marília Medalha em Ponteio, a canção vitoriosa defendida na final histórica do III Festival da Música Popular Brasileira, em 1967? E quem também não se recorda de seu único LP, lançado no mesmo ano? A composição "Misturada" (que está em "Aluê"), assim como as outras faixas do disco, investiu em timbres e arranjos que resultaram numa ambiência, num som de sertão nordestino. Em meio às violas, violões e flautas, a percussão inovadora e extremamente brasileira revelou ao público um artista diferente daquele fenomenal baterista do Sambalanço Trio e do Sambrasa Trio, ícones do samba jazz. Pouco tempo depois, o Quarteto Novo desfez-se e Airto rumou para os Estados Unidos, a fim de reencontrar o amor de sua vida, Flora Purim. Esse foi o passo decisivo para que sua carreira decolasse.

Airto Moreira participou de inúmeros álbuns e concertos de grandes nomes do jazz, colocando neles sua assinatura artística. Não tardou muito para que sua discografia solo se estabelecesse – trabalhos antológicos foram produzidos, como os clássicos "Seeds on the Ground" (1971), "Free" (1972), "Fingers" (1973), "Virgin Land" (1974), "Identity" (1975) e muito outros. Temos ainda os discos "I’m Fine, How Are You?" (1977) e mais à frente "The Sun Is Out" (1989), dos quais as faixas "I’m Fine, How Are You?" e "Lua Flora" foram respectivamente extraídas e recriadas para "Aluê".

Neste disco de 2017 reencontro o grande mestre a que assisti ao vivo pela primeira vez, em outubro de 1994, apresentando-se com Flora Purim a seu lado no clube de jazz londrino Ronnie Scott’s, num show arrebatador em que o público não permitia que saíssem do palco. Foi uma noite que nunca mais esqueci…

"Aluê" é um trabalho muito bem arquitetado pelo produtor e baterista Carlos Ezequiel, com as faixas registradas ao vivo em um único take. Os cantos – lindos – em dueto com a filha, Diana Purim, mostram a capacidade vocal deste homem de 75 anos. Sua interação com o grupo, formado pelas feras mencionadas, impressiona: soa coesa, energética e desafiadora. As performances têm dinâmicas e arranjos diferentes dentro de cada tema e devem ser apreciadas com calma e concentração, exatamente como costumávamos ouvir discos décadas atrás.

O CD reúne, como dito, peças importantes da obra de Airto Moreira, mas vai além, trazendo três excelentes composições novas: "Rosa Negra", "Não Sei pra Onde", mas Vai" e "Guarany". Vibro muito ao constatar que a música que ele faz hoje conserva as mesmas características, o mesmo poder que tinha no início da carreira – o universo sonoro do qual falei está onipresente neste trabalho. Abra as portas da percepção…

Registro aqui nossa gratidão a todos que participaram deste incrível projeto. E claro, o maior agradecimento é para a força da natureza em si: Airto Moreira. Obrigado por tudo, meu amigo. Mas olha só: queremos mais, ok?"



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