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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

O maior perigo para o Brasil

March 30, 2017 10:59, by segundo clichê


O maior perigo para o restinho de democracia que o Brasil tem não é o seu simulacro de Judiciário, nem os políticos corruptos até o fundo da alma, nem a sua polícia política ou a monumental máquina de propaganda disfarçada de imprensa que dita o pensamento único. O maior mal que ronda esse mínimo de liberdade oferecido ao povo brasileiro é a ascensão ao Executivo central de um "outsider", um salvador da pátria, um novo Collor, o caçador de Marajás, enfim.

Há anos que a oligarquia vem preparando o terreno para que isso ocorra, com uma campanha incessante de criminalização da política, perseguição implacável às lideranças do maior partido progressista, e, por fim, o golpe que trocou uma presidenta honesta, eleita com 54 milhões de votos por um anão moral que tem como única tarefa sepultar todos os avanços sociais conseguidos, com muito esforço, na última década.


No momento, a ameaça se chama Dória, João, o almofadinha que se elegeu prefeito de São Paulo, o "gestor", o "trabalhador", o fabricante de factoides diários, que exerce o cargo como se estivesse num baile à fantasia.

Não por acaso Dória está sendo aclamado pelos seus pares, seus iguais, o 1% do povo brasileiro que se julga "homens de bem", como a grande esperança para que o Brasil fique eternamente à sua imagem e semelhança, eles, o topo da pirâmide social, no controle de absolutamente tudo, e o resto, a imensa maioria, vivendo - ou sobrevivendo - na ilusão de que algum dia, quem sabe, graças a muito, mas muito esforço, alguns poucos, pouquíssimos, deixem a miséria para trás.

Dória é o candidato a ser batido pelo campo progressista.

Ele tem dinheiro, tem apoio de quem tem dinheiro, é frio e calculista, sabe perfeitamente onde quer chegar, e até agora a sua estratégia não tem apresentado erros: ataca sem dó o inimigo, conta com a cobertura da totalidade dos meios de comunicação, é vendido como o novo, o honesto, o homem que deixou de lado uma bem sucedida carreira de empresário para se dedicar ao "povo".

Se as esquerdas pensam em ter alguma chance de sucesso em 2018 devem, desde já, começar a combater tal adversário e não subestimá-lo, tratá-lo como uma piada ou como um acidente que dificilmente tornará a ocorrer.

Dória é uma certeza tão grande para a direita que já começam a surgir imitadores, todos, como ele, se apresentando como não contaminados pelo lixo da política, e puros como os santos de pau oco. (Carlos Motta)



Direita e esquerda rejeitam governo golpista

March 29, 2017 19:15, by segundo clichê


No dia 15 de março, mais de 200 mil pessoas se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra as reformas do governo ilegítimo de Michel Temer, que punem os trabalhadores. Convocado pela CUT, frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o ato teve seu ápice no discurso do ex-presidente Lula. Segundo os organizadores, mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas em todo o Brasil nessa data, quando houve paralisação de diversas categorias profissionais, inclusive metroviários e motoristas de ônibus em São Paulo.

No dia 26, manifestantes convocados pelo MBL e Vem Pra Rua, entre outros movimentos de direita, também foram às ruas protestar. Até o momento, os organizadores e a PM não divulgaram estimativa de público, mas quem esteve na Avenida Paulista, em São Paulo, não encontrou mais que 10 mil participantes em torno dos sete carros de som que disputaram o público com pautas variadas.

Em ambas as datas, o Núcleo de Estudos e Opinião Pública da Fundação Perseu Abramo foi às ruas para acompanhar as manifestações. Assim como nos anos de 2015 e 2016, o objetivo foi traçar o perfil dos manifestantes e mapear suas principais demandas e opiniões em relação ao momento político e econômico atual, possibilitando uma análise comparativa com os atos de março dos anos anteriores. 

Novamente, os resultados apontam para manifestações bastante distintas. A do campo progressista, identificada com o campo da esquerda e simpatizante do PT, teve perfil mais jovem e diversificado quanto à raça, com renda média familiar em torno de cinco salários mínimos e, dessa vez, com forte participação de funcionários públicos, ameaçados pelas perdas de direitos propostas nas reformas de Temer. 

A do campo conservador, composta principalmente por homens, com idade mais avançada, maior participação de brancos e mais elitizada quanto à renda, identifica-se no espectro político com o centro e com o PSDB. O que conservam em comum politicamente é a preferência pela democracia sobre qualquer outro tipo de governo.


A reforma da Previdência foi a pauta que mobilizou 82% da manifestação do dia 15, enquanto a do dia 26 foi mais dispersa e genérica, com maior adesão ao combate à corrupção (61%), contra a reforma da Previdência (22%) e em apoio à Operação Lava Jato e à Polícia Federal (21%). 

As redes sociais foram a principal forma de divulgação de ambos os protestos, liderados pelo Facebook, mas com participação de grupos de ação política como sindicatos e movimentos sociais, na convocação do dia 15, e de movimentos ligados à direita, como o MBL e o Vem pra Rua, no dia 26.

A corrupção é considerada o principal problema do Brasil por ambos os grupos (41%, entre os do dia 15, e 71%, entre os do dia 26), mas a política do governo atual e a educação foram problemas também levantados por quem esteve nas ruas no dia 15 (com 18% e 12%, respectivamente).

Comparando com cerca de dez anos atrás, a maioria dos entrevistados de ambos os protestos considera que o país está pior (69% e 68%). Porém, o campo popular tem percepção mais positiva de que sua vida melhorou nesse período (42%), contra 32% entre os mais conservadores, cuja maior parcela sente que sua vida pessoal piorou (46%, contra 39% dos progressistas).

Em ambos os estratos, a avaliação positiva do governo atual é baixa, não ultrapassa 13% entre os que foram as ruas dia 26. Quase a totalidade dos manifestantes do dia 15 (95%) considera o governo atual ruim ou péssimo, avaliação que também predomina entre os manifestantes do dia 26, com índices inferiores, mas ainda bastante elevados (49%).

Cerca de dois terços (62%) dos manifestantes do dia 15 perceberam aumento da inflação nos últimos dez meses, depois que Temer assumiu o governo, além de 29% dos que saíram no dia 26, cuja maior parte indica que a inflação diminuiu (42%, opinião compartilhada por apenas 10% do campo progressista). Ambos os grupos notaram o aumento do desemprego nesse período (86% entre manifestantes do dia 15 e 56% nos do dia 26).

As expectativas são negativas entre os manifestantes do dia 15, com 68% de percepção de que daqui para a frente a inflação vai aumentar e 77% de que o mesmo vai acontecer com o desemprego. Entre os manifestantes do dia 26, 39% compartilham essa opinião sobre o desemprego e 31% acham que a inflação vai nessa mesma direção. 

A maioria dos manifestantes do campo popular (85%) acha que a situação do país piorou depois do golpe em que a presidenta Dilma foi destituída. No campo conservador, as opiniões se dividem, com 32% que acham que melhorou, 32% que piorou e 34% que não houve mudança. Para 51% dos manifestantes do dia 15, a vida pessoal piorou desde que Temer assumiu, opinião compartilhada com 26% dos manifestantes do dia 26, embora a maior parte destes não perceba mudanças (53%, 39% entre os manifestantes do dia 15).

Mais da metade dos que protestaram dia 15 (53%) acreditam que daqui para frente sua vida pessoal vai piorar, enquanto os convocados pelos movimentos de direita são mais otimistas e metade acredita que daqui pra frente sua vida pessoal vai melhorar. 

A reforma da Previdência é rejeitada por 93% dos manifestantes do dia 15 e 60% dos que foram às ruas no último domingo. Entre esses, 64% afirmaram que serão pessoalmente prejudicados pela reforma, percepção que atinge 95% dos manifestantes do dia 15. 

A reforma trabalhista é rejeitada por 84% dos que foram às ruas dia 15 e 87% deles acreditam que sua vida será prejudicada. Entre os que foram às ruas no dia 26, 43% são igualmente contra essa reforma e 47% sentem que serão prejudicados por ela. Índices idênticos aos dos que rejeitam a lei de terceirização, que prejudicará diretamente a vida de 80% dos manifestantes progressistas e 40% dos conservadores.

Já a reforma do ensino médio é rejeitada por 84% dos que se manifestaram no dia 15. Entre estes, 69% serão prejudicados pela reforma, enquanto entre os manifestantes do dia 26, 29% rejeitam essa reforma e 26% serão afetados por ela. 

Por fim, a PEC do Teto de Gastos foi rejeitada por 79% dos que estavam nas ruas dia 15 e 29% dos manifestantes do dia 26, público em que sua aceitação chegou a 55%. Na opinião dos entrevistados, as principais áreas nas quais governo deveria reduzir gastos são os salários de políticos e parlamentares, mencionada por 35% dos manifestantes do dia 15 e 32% dos do dia 26; e cortes de gastos com a máquina pública, gastos de comissionados e cargos de confiança dos políticos, mencionados por 37% dos manifestantes do dia 26 e 15% dos do dia 15. Por outro lado, as áreas em que o governo mais deveria investir são educação (82% e 79%), saúde (72% e 70%), segurança pública (20% e 34%) e geração de emprego (18%, entre ambos). (Vilma Bokany, socióloga/Fundação Perseu Abramo)



O vício da filha do governador

March 29, 2017 17:10, by segundo clichê


Ah, o mundo dos ricos e famosos!

Se bem que não é preciso nem ser muito famoso para fazer parte deste universo maravilhoso, onde tudo são flores, cores, rios de leite e mel.

A filha do governador paulista, por exemplo, aquela que ficou conhecida por ter "trabalhado" na butique que encantou o jet set brasileiro, a Daslu, o paraíso da moda que depois descobriu-se ser uma enorme fachada para negócios um tanto quanto fora da lei.

Por onde Sophia anda, um tapete vermelho (ops!) é estendido, pois afinal, ela é, como dizem nos círculos dos privilegiados, uma "influenciadora" - pelo menos é essa a definição que lhe cabe no press release que, pasmem todos, faz a incrível revelação de que Sophia é, quem poderia suspeitar, uma "chocólatra assumida"!

Para quem duvida, a íntegra da peça publicitária é a seguinte:



Sophia Alckmin revela ser chocólatra assumida

Durante evento, a influenciadora disse que vício pelo doce vem de família e que evita se privar de comer o que gosta

Nesta última terça, 28 de março, Sophia Alckmin participou de um evento da Kopenhagen, realizado na Casa Petra, para apresentar a sessão de fotos clicadas pelo renomado Bob Wolfenson para a Páscoa da tradicional marca de chocolates.

Durante o evento, que também contou com a presença de Carol Celico, Maria Rudge, Helena Lunardelli e Cris Tamer, a influenciadora assumiu que não abre mão de comer chocolate. “Eu amo chocolate, assim como o meu pai. Acho que isso vem de família, porque meu filho mais velho também adora e vive me pedindo um pedacinho. Sou fã de Nhá Benta e hoje fiquei sabendo que a Nhá Benta pequena possui apenas 90 calorias. Achei um máximo, pois agora posso comer todo dia sem culpa”, disse rindo a filha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.



São Paulo à venda

March 29, 2017 16:52, by segundo clichê


João Dólar, ou melhor Dória, e sua fúria privatista: sai a lista dos 55 projetos e equipamentos do programa de desestatização da Prefeitura de São Paulo, no melhor figurino neoliberal.

Não sobrou nada.

Salve-se quem puder!


Serviços Municipais

1. Gestão de resíduos sólidos, coleta e centrais de reciclagem

2. Serviço de varrição e limpeza urbana (PPP)

3. Cemitérios

4. Crematórios

5. Serviços funerários

6. Sistema de compartilhamento de carros elétricos

7. Acesso à internet por meio de um sistema de Wi-Fi em espaços públicos

8. Serviço de transporte escolar

9. Serviço de transporte para pessoas com deficiência

10. Equipamentos e serviços culturais

11. Sistema municipal de transporte hidroviário

12. Sistema municipal de compartilhamento de bicicletas

13. Serviço de iluminação pública

14. Pátio e serviço municipal de guincho

15. Equipamentos e serviços de educação infantil

16. Serviços hospitalares e de atendimento da rede de saúde

17. Mercados Municipais

18. Parques, praças e planetários municipais

19. Sistema de Estacionamento Pago Rotativo (nova Zona Azul)

Gestão Municipal

20. Arquivo público municipal de São Paulo

21. Sedes administrativas das prefeituras regionais

22. Bilhetagem do sistema de transporte municipal

23. Exploração de edifício público para conectividade (ERB)

Projetos Urbanísticos

24. Projeto Nova Luz

25. Habitação de interesse social

26. Requalificação do Vale do Anhangabaú

Ativos Municipais

27. Terrenos com cessão de uso

28. Autódromo José Carlos Pace e demais áreas

29. Complexo Desportivo Pacaembu

30. Áreas e equipamentos do Complexo Desportivo Canindé

31. Imóveis de herança vacante

32. Complexo Anhembi

33. Hospitais Municipais

34. Imóveis passíveis de IPTU progressivo e desapropriação

35. Prédios públicos

36. Imóveis na região central

37. Terrenos na Rua Sumidouro

38. Gleba Santa Etelvina III-B

39.Constâncio Vaz Guimarães (Ginásio do Ibirapuera)

Infraestrutura Urbana

40. Enterramento da fiação

41. Sistema de drenagem urbana 42. Manutenção e requalificação de vias

43. Manutenção e requalificação de passarelas, pontes e viadutos

44. Terminais de ônibus

45. Infraestrutura cicloviária

46. Requalificação e manutenção de passeios públicos e calçadas

47. Corredores de ônibus

48. Garagens públicas municipais

49. Gestão e revitalização da rede semafórica

50. Exploração de baixos de viadutos

51. Abrigos de ônibus

52. Relógios em espaços públicos

53. Totens em espaços públicos

54. Bancos, lixeiras e outros mobiliários urbanos

55. Sinalização viária



Sindicalismo, formação política e trabalho de base

March 29, 2017 9:43, by segundo clichê


Marcos Verlaine

O ataque aos direitos trabalhistas e previdenciários é a tônica do governo Temer. Mas não só do governo, os poderes Legislativo e Judiciário também estão a assacar direitos e prerrogativas, inclusive do movimento sindical.

Terceirização, negociado sobre a lei, trabalho temporário e intermitente, fim da ultratividade, da cobrança da taxa assistencial, fim da aposentadoria e das leis trabalhistas. E tudo isto com o governo e os empresários tentando, o tempo todo, provar que o “inferno é um lugar bom”.

Diante destes e de outros ataques, que não irão parar por aí, dos três poderes da República e do mercado, o movimento sindical não tem outra saída senão se unir. Unidade de ação para se fortalecer e não ser dizimado, porque ao fim e ao cabo, a intenção é esta, tornar o movimento sindical brasileiro irrelevante, tal qual fizeram nos Estados Unidos.


Não está e não será fácil superar todos os problemas que estão sendo colocados para os trabalhadores e suas organizações, mas enfrentar esses problemas está na ordem do dia. Quem se omitir ou imaginar que essa onda é passageira sucumbirá primeiro. O capital e o mercado abriram suas baterias contra os trabalhadores e o movimento sindical. Urge defender-se e preparar a contraofensiva!

Em curto prazo, as saídas são: atuar no Congresso, sob forte unidade, para minorar os danos que serão causados pelos ataques desferidos pelas contrarreformas trabalhista e previdenciária do governo. E construir grandes movimentos capazes de chamar a atenção dos trabalhadores e do povo, da sociedade, para o que está em curso. Como o movimento do dia 15 de março.

Em médio prazo, resgatar, com força, o trabalho de base. Esse trabalho tem de ser permanente, diuturno, com os dirigentes levando informação de qualidade para os trabalhadores, de modo que não sucumbam com a propaganda enganosa dos patrões e dos governos. Não há alternativa ou não temos alternativas, senão trabalhar para recuperar o tempo perdido.

Por fim, mas não menos importante, é preciso voltar a formar politicamente os dirigentes sindicais e a base. Esse trabalho é de longo prazo, pois formação não se faz do dia para a noite. Vejamos o exemplo da secular Igreja Católica, que leva cerca de 10 anos para formar um padre. Cada dirigente tem de ser um padre!

Sem sólida formação política dos dirigentes e da base, o movimento sindical não passa de um “gigante com pés de barro”. Estamos cuidando apenas das demandas micro e econômicas, mas não conseguimos intervir nos processos políticos, não ampliamos a representação política dos trabalhadores nas esferas municipal, estadual e federal.

Os empresários elegem mais representantes aos parlamentos, que os trabalhadores. Daí a agenda em curso, que não por acaso, coincide com a agenda do governo Temer.

O movimento sindical resolve os problemas coletivos dos trabalhadores, mas os trabalhadores votam, majoritariamente, naqueles que criam os problemas para a classe trabalhadora, os empresários! Assim, ganhamos no micro, no varejo e na periferia, e perdemos no macro, no atacado e no centro.

A luta em curso exige-nos estratégias, visão de médio e longo prazos, unidade, pelo menos de ação, o resgate do trabalho de base e muito preparo político e fôlego, porque a corrida para a qual fomos escalados não é de 100 metros rasos, é uma longa maratona!

(Marcos Verlaine é jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap)



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