Yanto Laitano lança disco conceitual
diciembre 4, 2017 10:07Yanto Laitano lança, no Bar Ocidente, em Porto Alegre, nesta quarta-feira, o álbum "Yantux", disco conceitual que conta a história de um personagem excêntrico. O pianista e cantor estará acompanhado por Beto Chedid (guitarra, violão, harmônica, efeitos e voz), Filipe Narcizo (baixo e voz) e Fábio Musklinho (bateria, voz e efeitos), músico que integrou bandas como TNT e Bandalheira. O show começa às 22 horas.
A história de Yantux é contada em 18 faixas entre canções e vinhetas. A narração da história terá um vídeo cenário, que vai interagir com os músicos, construído pelas projeções de imagens da artista Jana Castoldi. Além das canções inéditas do novo álbum - que vai ser executado na íntegra e na ordem original com todas as vinhetas e efeitos -, Yanto Laitano vai entoar músicas do disco anterior, "Horizontes e Precipícios", como "Meu amor", "Eu não sou daqui" e "Porto Alegre Blues".
O disco estará disponível nas plataformas digitais e à venda no site do Selo180. Também poderá ser encontrado nas seguintes lojas em Porto Alegre: Boca do Disco (Rua Marechal Floriano, 474), Classic Rock (Galeria Chaves - Sala 31), Regentag (Rua General João Telles, 522) e Toca do Disco (Rua Garibaldi, 1043).
Yanto Laitano tem diversos prêmios na bagagem, incluindo Histórias Curtas (RBS), Festival de Cinema de Gramado e oito prêmios Açorianos por suas produções, duas delas publicadas no CD da revista Guitar Review, de Nova York. Fez trilhas para filmes, documentários, desenho animados, teatro, dança e circo. Foi diretor musical do espetáculo Nativitaten, em duas edições do Natal Luz. Já fez apresentações em Santa Catarina, São Paulo, Rio, Uruguai, Argentina e Cuba, além de ter composições apresentadas em concertos na Alemanha, Estados Unidos, Holanda, Hungria, Irlanda e Suíça.
É criador e diretor do espetáculo "Orquestra de Brinquedos". Desde 2007 vem pesquisando e trabalhando com a música de diferentes povos indígenas do país, compondo trilhas sonoras para documentários, filmes e exposições de arte ligadas à causa indígena e ambiental e realizando performances musicais em conjunto com lideranças indígenas como na 8ª Bienal do Mercosul e na Rio + 20. Bacharel em música e mestre em composição pela UFRGS, é professor na faculdade de Produção Fonográfica da Unisinos.
A voz do Brasil
diciembre 2, 2017 0:49Carlos Motta
Dois de dezembro é o Dia Nacional do Samba, data que surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luís Monteiro da Costa, para homenagear o grande Ary Barroso - o autor de "Na Baixa do Sapateiro", tremendo sucesso, não conhecia a Bahia, e foi a Salvador, pela primeira vez, nessa data.
Se até hoje ainda há alguma dúvida sobre onde o samba nasceu, ninguém discorda do fato de que foi no Rio de Janeiro que ele ganhou a forma com que, com as inevitáveis mudanças, se tornou o ritmo musical mais popular do Brasil - e o cartão de visita artístico com que este imenso país se apresenta ao mundo.
Cem anos depois da gravação de "Pelo Telefone" (Donga e Mauro de Almeida), considerado o primeiro registro fonográfico com a designação do gênero "samba", pode-se dizer que ele hoje é muito mais que um ritmo musical - é o maior fator de união nacional.
Não existe uma só região brasileira, uma só cidade, que não escute, não cante, não dance, não tenha um sambista, ou um grupo de samba para alegar uma festa, para reunir os amigos ou simplesmente para festejar a vida.
Duas músicas, entre as milhares que exaltam o samba, exprimem, de maneira diversa, a emoção que essa música provoca.
O samba do carioca Zé Keti quer mostrar ao mundo que tem valor, que é a voz do morro, o rei do terreiro, que é quem leva a alegria a milhões de brasileiros.
O baiano Dorival Caymmi é enfático: quem não gosta de samba, bom sujeito não, é ruim da cabeça, ou doente do pé.
Zé Keti, Caymmi, Noel Rosa, Chico Buarque, Geraldo Pereira, Ary Barroso, Paulinho da Viola, Batatinha, Riachão, dona Ivone Lara, Leci Brandão, Jovelina Pérola Negra, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho...
Como seria bom se este fosse um país que tratasse o sambista como doutor e o doutor tivesse a alma de sambista!
"A Voz do Morro"
Eu sou o samba
A voz do morro
Sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo
Que tenho valor
Eu sou o rei do terreiro
Eu sou o samba
Sou natural
Daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões
De corações brasileiros
Salve o samba
Queremos samba
Quem está pedindo
É a voz do povo de um país
Mas o samba
Vamos cantando
Essa melodia
De um Brasil feliz
"Samba da Minha Terra"
O samba da minha terra deixa a gente mole
quando se canta todo mundo bole, quando se canta todo mundo bole
Eu nasci com o samba e no samba me criei
do danado do samba nunca me separei
O samba da minha terra deixa a gente mole
quando se canta todo mundo bole, quando se canta todo mundo bole
Quem não gosta do samba bom sujeito não é
Ou é ruim da cabeça ou doente do pé
O samba da minha terra deixa a gente mole
quando se canta todo mundo bole, quando se canta todo mundo bole
Eu nasci com o samba no samba me criei
e do danado do samba nunca me separei
O samba da minha terra deixa a gente mole
quando se canta todo mundo bole, quando se canta todo mundo bole
Workshop online gratuito ensina músicos a se profissionalizarem
diciembre 1, 2017 11:09Quem já tem uma banda ou está iniciando a sua carreira na indústria da música, têm alguns objetivos em comum: viver exclusivamente de música, ficar famoso, ser reconhecido e ter o apoio dos familiares. Nessa jornada, é comum passar por alguns desafios como: insegurança, pouco investimento, pouca rede de contatos, forte concorrência e entre muitos outros obstáculos.
Foi pensando nisso que Arthur Fitzgibbon, diretor da ONErpm e uma das maiores autoridades com atuação de mais de 20 anos no setor musical, em parceria com a incubadora Pac Music e a agência Migre Seu Negócio, desenvolveu o programa Músico Efetivo em um workshop totalmente gratuito e online.
Os principais objetivos do workshop se baseiam em ajudar os profissionais a se posicionarem estrategicamente no mercado da música e conquistar os seus objetivos, ensinando estratégias que as maiores gravadoras do mundo utilizam para posicionar artistas novos no mercado.
O workshop será realizado nos dias 15, 17 e 19, abordando conteúdos sobre os sete passos para lançar uma música sem gastar dinheiro, os quatro pilares fundamentais do sucesso, e um "live" exclusivo com Arthur Fitzgibbon.
Como parte do projeto, Arthur está lançando diariamente dicas relevantes para quem é ou gostaria de entrar na indústria musical no canal Músico Efetivo do YouTube.
As inscrições gratuitas já estão abertas no site: www.musicoefetivo.com.br/
Dias Gomes, um dramaturgo nacional-popular
diciembre 1, 2017 11:00“Até quando as fogueiras reais ou simplesmente morais (estas não menos cruéis) serão usadas para eliminar aqueles que teimam em fazer uso da liberdade de pensamento?”, questiona o dramaturgo Dias Gomes na peça "O Santo Inquérito", escrita em 1966, mas com atualidade facilmente verificável. Nesse espírito de resgate de sua obra sob a óptica do caráter nacional-popular, Iná Camargo Costa traz a lume seu "Dias Gomes: um dramaturgo nacional-popular", lançamento da Editora Unesp.
Gestado há 30 anos na Unesp e apresentado e defendido como dissertação de mestrado no Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), o livro “permite ao leitor ter acesso a um vasto material e constatar que não se pode compreender o teatro atual sem passar pela experiência épica do teatro brasileiro e internacional, no século XX”, anota Ana Portich, professora do Departamento de Filosofia da Unesp de Marília que assina o prefácio.
“O professor Fernando Novais costuma dizer que, se em um texto houver alguma coisa que pode ser renegada cinco anos depois, então ele nem deveria ter sido escrito”, escreve a autora. “Adepta desse critério, autorizei com alguma surpresa a publicação de um texto de quase 30 anos porque ao longo desse tempo não apenas continuo sustentando as teses nele presentes como acredito tê-las no máximo desenvolvido em sentido argumentativo, de modo a apontar para as contradições, inclusive estéticas, que o teatro como mercadoria da esfera cultural é obrigado a enfrentar.”
O texto se divide em quatro capítulos, nos quais Iná se dedica à trajetória de Dias Gomes, ao lado de uma análise rica e completa de um conjunto específico das suas peças sob o prisma da obra crítica de Antonio Candido (de modo especial, "Formação da literatura brasileira"). Esse enfoque amplia o conhecimento do teatro moderno no Brasil e de seu contexto histórico, colocando Dias Gomes em uma perspectiva que ultrapassa sua obra, levando a situações, pensamentos, realidades e opiniões que ajudaram a compor o próprio imaginário contemporâneo sobre o Brasil.
“Nesses 30 anos muita coisa mudou no panorama da pesquisa no campo das artes cênicas, mas acredito que a publicação deste trabalho pode contribuir para a percepção de que ainda estamos longe de poder dizer que a análise dialética do texto teatral faz parte do repertório da crítica no Brasil”, aponta Iná. “Se essa expectativa se verificar, darei por cumprida a minha tarefa.”
Iná Camargo Costa é professora aposentada do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade de São Paulo e foi também professora do Departamento de Filosofia da Unesp-Marília. Toda a sua pesquisa é dedicada ao exame das relações entre teatro e política.
www.editoraunesp.com.br
Sinfônica e Toquinho se encontram em Belo Horizonte
diciembre 1, 2017 9:20Belo Horizonte vai ser palco de um grande encontro da música brasileira. A Orquestra Sinfônica Arte Viva, de São Paulo, regida pelo Maestro Amilson Godoy, recebe Toquinho para uma apresentação no domingo, dia 10, às 21 horas, na Praça da Estação.
Criada há 20 anos pelo maestro Amilson Godoy, a proposta da Orquestra Arte Viva é levar música erudita para o público de um jeito bem diferente. “O que eu busquei foi trazer para a música popular essa riqueza sinfônica que acontece normalmente dentro da chamada música erudita”, explica. “Aquele rigor, aquela austeridade musical acontece no tratamento à música, mas não na convivência”, complementa, falando da descontração típica deste tipo de espetáculo.
Na combinação do clássico com a MPB, a Orquestra Sinfônica Arte Viva já fez parcerias com grandes nomes como Gilberto Gil, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Maria Rita, Arnaldo Antunes, Ivan Lins, Dominguinhos, Lulu Santos, Rita Lee, Skank, Jota Quest, Gal Costa, Elba Ramalho, Zélia Duncan, Mariana Aydar, Arthur Moreira Lima, Yamandu Costa, Zimbo Trio, Stanley Jordan, George Benson e John Pizzarelli, entre outros.
Desta vez o convidado Toquinho completa o repertório da orquestra com seus sucessos. “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, “Asa Branca Assum Preto”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, um medley com canções da Legião Urbana, “Chega de Saudade”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e uma suíte mineira são alguns dos títulos que fazem parte do repertório do concerto.
Criada em 1996 pelo maestro Amilson Godoy, a Orquestra Sinfônica Arte Viva tem como objetivo dar um tratamento mais elaborado à música popular, com o intuito de formar um público mais exigente. “Quando falamos de uma Orquestra Sinfônica temos o hábito de relacionar esta manifestação musical à música clássica. “O requinte musical, com raras exceções, privilégio da música erudita, deve estar presente também na música popular”, define o maestro, resumindo o conceito pilar da criação de sua orquestra, que transita entre estes dois gêneros musicais.
Pianista, compositor, maestro, arranjador e professor, Amilson Godoy atuou como solista, integrante de prestigiados grupos, e atuou frente à diversas orquestras sinfônicas do país. Venceu vários concursos antes de receber o prêmio de melhor arranjador no 26º Festival Internacional da Canção de Viña Del Mar – feito até então inédito para um brasileiro. A partir de 1964, ganhou projeção com o grupo Bossa Jazz Trio, com o qual excursionou por diversos países das Américas e da Europa.
Com Elis Regina, participou de várias turnês, além de seu lançamento na Europa no Festival Midem de Cannes e de sua primeira temporada no consagrado Teatro Olimpya de Paris. Posteriormente, à frente do Quinteto Amilson Godoy, buscou levar a música popular a diversas cidades brasileiras. Em 1981, criou o Grupo Medusa, um dos ícones da nossa música instrumental. Com ele, Amilson excursionou tendo tocado em Paris, no principal festival de jazz dos franceses e no Town Hall, em Nova York.
Amilson também tem grande atuação no campo da educação musical. Como coordenador da Escola de Música da Fundação das Artes de São Caetano do Sul (1970-80) criou o modelo de ensino que é seguido até hoje pelas escolas especializadas. Defendeu os interesses dos músicos à frente de entidades como a UBM e a ASSIM, conquistando os Direitos Conexos e o Direito do Arranjador. Foi, também, responsável pela direção musical de inúmeras peças, shows e programas de TV.
“Construir acordes e harmonias, fazer música e poesia” é a profissão de Toquinho, que sabe harmonizar também a vida no compasso do prazer, no contraponto entre a paixão e a amizade, a família e os amigos. Antonio Pecci Filho (Toquinho) nasceu em São Paulo, no bairro do Bom Retiro, em 06 de julho de 1946. Teve aulas com Paulinho Nogueira (primeiros e principais acordes), Isaías Sávio (violão erudito) e Léo Peracchi (orquestração). Gravou cerca de 82 discos, compôs mais de 450 músicas e fez cerca de 10.000 shows pelo Brasil e pelo exterior. Tem como principais parceiros Vinicius de Moraes de Moraes, Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola, Francis Hime, Mutinho, Carlinhos Vergueiro, Gianfrancesco Guarnieri, entre tantos outros.








