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Segundo Clichê

febrero 27, 2017 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

Empresas jornalísticas sofrem com a crise que ajudaram a criar

septiembre 29, 2017 10:57, por segundo clichê


Não é só a Editora Abril, em situação pré-falimentar, que tem tido dificuldade para pagar seus funcionários, recorrendo a empréstimos bancários: outras empresas jornalísticas menores também enfrentam grave crise financeira, talvez como resultado de terem trocado sua função primordial, que é fazer jornalismo, pela de produzir peças de propaganda para a oligarquia nacional.

Os jornalistas do "Diário de S.Paulo", da capital paulista, entraram em estado de greve na tarde de quarta-feira (27), em protesto ao atraso no pagamento de salários, de benefícios, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS), além da não concessão de férias. O atraso salarial ocorre desde o último dia 20 de agosto.


Na próxima quinta-feira (5), às 15h30, os profissionais pretendem realizar assembleia em frente à sede do "Diário", na Barra Funda, zona oeste paulistana, e se a empresa não negociar os pagamentos, os jornalistas podem entrar em greve e cruzar os braços por tempo indeterminado.

Para discutir os constantes atrasos salariais, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) solicitou reunião com a direção do "Diário" no dia 18, mas não houve resposta.

Na Rede Anhanguera de Comunicação, em Campinas, depois de mais de um ano e meio enfrentando constantes atrasos no pagamento de salários, benefícios e férias, além do 13º de 2016, os jornalistas, gráficos e administrativos deverão entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (2).

Os profissionais decidiram cruzar os braços depois de assembleia na sexta-feira (22), em frente à sede da empresa, na Vila Industrial. No dia anterior (21), sindicalistas das três categorias e a direção da empresa se reuniram, e a expectativa era por uma resolução para a crise que os trabalhadores têm enfrentado, mas a única sinalização da RAC foi a “possibilidade” de um empréstimo para quitar os débitos.

Como diz a sabedoria popular, colhe-se o que se planta.



Incrível, a Arábia Saudita vai deixar as mulheres dirigir carros!

septiembre 29, 2017 10:25, por segundo clichê


O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, saudou a decisão da Arábia Saudita de permitir que mulheres dirijam no país. Ele afirmou, em sua conta numa rede social, que a medida representa um "passo importante na direção certa". 

De acordo com a nova lei as mulheres podem legalmente obter uma carteira de motorista sem pedir permissão a um tutor homem no país governado pela monarquia saudita.


A ONU Mulheres também saudou o anúncio como um marco para os direitos femininos no país.

O diretor-regional da agência para os Estados Árabes, Mohammad Naciri, disse à ONU News ter recebido a notícia com muita alegria. Para ele, a medida foi vista como um "passo simbólico da Arábia Saudita na direção de mais espaço para os direitos das mulheres".

Pena que o exemplo da Arábia Saudita, uma da ditadura medieval apoiada pelos Estados Unidos, de caminhar, ainda que com passos de tartaruga, para a civilização, não seja seguido por este Brasil Novo, que a cada dia regride décadas em todas as áreas.




Os donos da lei

septiembre 28, 2017 19:19, por segundo clichê


Carlos Motta


Nós, cidadãos comuns, podemos punir um prefeito ladrão não votando nele numa outra eleição. 

É possível proceder da mesma forma com um vereador, um deputado ou senador - o sujeito pisou na bola, cartão vermelho para ele.

O problema de fiscalizar e punir ocupantes de cargos públicos se complica quando a gente chega no Poder Judiciário e no Ministério Público.

Como é possível para um cidadão ordinário, mesmo aquele ficha limpíssima, exemplar contribuinte da Receita Federal e cumpridor emérito de suas obrigações em relação ao Estado, reclamar de um abuso policial ou de uma decisão estapafúrdia de um juiz?

No Brasil, esqueçam - isso é simplesmente impossível.

Não é que não haja instâncias ou departamentos ou órgãos para isso - é que eles não funcionam, foram aparelhados para defender as corporações, fazem de tudo para dificultar o acesso de nós, os insignificantes.

Que importa para nós os tais de Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público, se eles são tão distantes quanto o planeta Urano?

A Justiça e o Ministério Públicos brasileiros se transformaram em instituições que agem acima das leis, quando teriam por obrigação defendê-las, cumpri-las.

Pior, já são um Poder acima do Executivo e do Legislativo.

Seus integrantes ostentam grau dez em arrogância.

Muitos se consideram semideuses intocáveis, sucessores dignos de um Luis XIV, o Rei Sol, aquele da famosa frase "eu sou a Lei, eu sou o Estado; o Estado sou eu".

Quando um juiz de primeira instância faz o que bem entende nos processos que julga e não dá nenhuma importância aos preceitos constitucionais, isso significa que não mais existe Justiça no Brasil.

Existem, sim, justiceiros, uma coisa bem diferente.

E quando esses elementos se multiplicam e não aparece ninguém para detê-los, não é mais possível dizer que estamos vivendo numa democracia, ou num Estado de direito, como queiram.

O Brasil Novo, esse pós-golpe, é o retrato mais acabado de um Estado policial, de uma ditadura judiciária, onde uma casta de funcionários públicos tomou para si o poder absoluto e faz do "prendo e arrebento" seu credo, ao qual todos nós, os pequeninos, devemos obedecer.



Um bilhete perdido no meio de um velho livro

septiembre 27, 2017 16:54, por segundo clichê


Carlos Motta

O conceito de Justiça é amplo, mas para mim ele é bem simples: Justiça é tudo o que equilibra as relações humanas, seja institucionalmente, seja particularmente.

Uma sociedade que aplicasse idealmente a Justiça teria menos conflitos e desigualdade, mais democracia, e daria aos seus cidadãos oportunidades reais para se desenvolverem intelectual e materialmente, além de proteger as minorias.

Institucionalmente, se a máxima de que todos são iguais perante a lei e todos têm direitos e garantias legais fosse seguida com rigor, grande parte dos problemas sociais se resolveria.

Do mesmo modo, se as pessoas tivessem inculcadas em si os valores da Justiça, estaríamos bem próximos de nos considerarmos civilizados.


Imagine só uma sociedade na qual o sistema judiciário não discriminasse os cidadãos pela sua condição social, cor de pele, orientação sexual, ideologia política ou crença religiosa.

Ou um corpo social onde, majoritariamente, o indivíduo respeitasse o que o outro pensa, cumprisse as leis, ajudasse na preservação ambiental e fosse solidário com os mais frágeis.

O mundo seria um paraíso.

Certa feita, muitos anos atrás, encontrei um bilhete num livro que meu pai, o saudoso capitão Accioly estimava. O livro e o bilhete se perderam com as várias mudanças de endereço nestes anos todos, mas consegui guardar na memória ao menos a essência do texto, cujo autor também desconheço: não posso me considerar um ser humano completo enquanto houver injustiças, enquanto outro ser humano sofrer uma injustiça.

Lembro desse manuscrito, um papel pequeno, amarelado pelo tempo, com a letra inconfundível de meu pai.

E me entristeço, fico com um travo na garganta, quando vejo como hoje a Justiça é aplicada no Brasil.

Ela, de fato, atua, de modo geral, apenas em favor dos endinheirados e para preservar o iníquo sistema social e econômico que coloca o país no primeiro lugar do ranking de desigualdade do planeta.

Os operadores da Justiça brasileira formam uma casta de privilegiados, que não se constrange em criar e acumular mais e mais benesses, como se a eles tudo fosse permitido.

O maior exemplo dessas aberrações é a perseguição implacável que um partido político, o PT, e suas principais lideranças, sofrem por parte dessa "Justiça". 

Montou-se uma operação de guerra.

É um vale-tudo vergonhoso.

Talvez no futuro, provavelmente distante, o caso de Lula e José Dirceu, para citar os mais notórios, sirva como lição para os estudantes de Direito - sirva para mostrar o grau de distorção que o conceito de Justiça pode sofrer.



Você gostaria de ser julgado por Moro?

septiembre 26, 2017 10:17, por segundo clichê


Carlos Motta

Com tantos admiradores, seguidores e, vamos ser sinceros, fãs, pelo país afora, o juiz Sergio Moro, é de se supor, deve ser considerado por eles o suprassumo do Direito.

É, pelo que se depreende das manifestações de apoio que recebe pelo que fez, faz e espera que fará em sua Operação Lava Jato, o Pelé dos magistrados brasileiros, quiçá do mundo todo.

Novo ainda, vários livros e milhares de artigos em jornais e revistas, além de extensíssimas reportagens e entrevistas televisivas já foram produzidas sobre ele, sua esplêndida trajetória de vida, pessoal e profissional, sua incansável cruzada moralizadora, suas sentenças repletas de sabedoria, verdadeiras lições para as gerações futuras.


O juiz paranaense - e não devemos esquecer a fiel, competente e profissional trupe que o auxilia, investigando, indiciando e acusando centenas dos mais perigosos criminosos já vistos por estas plagas - provocou uma revolução no Judiciário brasileiro.

Não importa que ele atue na primeira instância, e que suas rigorosas sentenças possam ser revistas pelos tribunais superiores - elas são tão irretocáveis e definitivas que nenhum ser togado se atreve a corrigi-las.

Isso seria uma blasfêmia tão profunda como se, por exemplo, um simples mortal ousasse retocar uma pintura de Michelangelo ou reescrever trechos de alguma obra de Shakespeare.

Há também que se considerar as inovações introduzidas no Direito pelo genial juiz fundador da tão invejada "República de Curitiba".

Uma dessas soluções criativas para acelerar a punição dos meliantes é exigir que eles provem a sua inocência.

Outra, que à acusação não sejam requeridas provas de que o réu é culpado, já que existem suposições mais que suficientes para sustentar a veracidade do delito.

Mais uma: ajudar a acusação no que for necessário, pois, como é sabido, a máquina curitibana de fazer justiça está sobrecarregada de trabalho - além das funções inerentes aos cargos, seus integrantes têm sido incansáveis em levar a todo o país, por meio de palestras, entrevistas e participações em seminários e afins, a mensagem de que, finalmente, foi encontrada a receita para acabar com a praga da corrupção.

Certo é que tal fórmula, como já exposto, contém vários e preciosos elementos, mas um deles se destaca, por ser essencial ao sucesso da operação: os alvos da investigação têm de ser circunscritos, delimitados, não se pode abrir demasiado o leque de suspeitos, já que, como é notório, existem, neste Brasil, aqueles cidadãos que não estão acima da lei, e os homens de bem, que são, por falta de definição mais precisa, homens de bem - e ponto final.

Com um rol tão extenso de qualidades, diria até virtudes, surge uma indagação inevitável, uma dúvida persistente, que, se respondidas, resumiriam, conclusivamente, todo o sentimento nacional a respeito do juiz paranaense, seus métodos e as consequências da operação que comanda, com mão de ferro, para esta nação em crise.

A pergunta que não sai da cabeça é simples e se dirige à legião de fãs do magistrado:

- Você gostaria de ser julgado por ele? 



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