Movimento "poetry slam" é tema de documentário
noviembre 15, 2018 10:14Ao longo dos 81 minutos de “Slam – Voz de Levante”, Roberta Estrela D’Alva, uma experiente slammaster (uma apresentadora de "slam"), conduz o espectador por competições de poetry slam - batalhas performáticas de poesia - onde os jogadores rimam jogos poéticos de críticas políticas, de injustiças sociais e, principalmente, de resistência. O filme, dirigido por Tatiana Lohmann e Estrela D'Alva, visita clubes em Nova York e Chicago; atravessa o oceano até o campeonato mundial de slam em Paris e volta para as cidades do Rio e de São Paulo. Nesse caminho, vão se revelando os bastidores deste movimento, talentos dos mais diversos países e poesias tão eletrizantes quanto emocionantes.
Completando dez anos de chegada ao Brasil, os poetry slams são batalhas de poesias performáticas que unem texto com a habilidade de apresentá-lo no palco. O público é peça fundamental desse “jogo” e tem a permissão (e talvez a responsabilidade) de participar ativamente das disputas. Celebrada em todo o mundo, as apresentações têm se alastrado com enorme impacto no público jovem e periférico. Hoje, já existem mais de 150 comunidades espalhadas em 18 Estados do país. E é isso que o filme mostra!
Filmado entre 2011 e 2017, o longa culmina com a participação da brasileira Luz Ribeiro na Copa do Mundo de Slam em Paris. Nas competições, os poetas apresentam suas experiências, vivências e pensamentos de maneira muito pessoal. Nas poesias de cunho político, digerem as mazelas culturais de seu país de origem e quase como uma forma de redenção, transformam sua indignação em poesia. Um jogador canadense, de origem asiática, aborda o comércio sexual (abundantemente praticado nestes países) e regurgita o muro de Donald Trump entre as fronteiras de Estados Unidos e México; um franco-canadense, a invisibilidade dos soropositivos na sociedade francesa; e Roberta Estrela D’Alva indaga: “qual a diferença entre ser escravo do dinheiro ou do feitor?”. Mas há também pontes de autoestima e esperança, como vemos na apresentação de um menino orgulhoso de sua origem na favela, participante do Poetry Slam da Guilhermina, São Paulo, Brasil: “Moro na favela e tenho direitos, mas muitos me ignoram e não me dão respeito. Na escolar eles se afastam de mim e falam: 'muleque, favelado, sai de perto daqui'. Moro na favela e acho isso normal, ‘sou da selva, sou leão, sou demais pro seu quintal’. Sou favelado ‘memo’ e tenho orgulho disso, por isso ser seu patrão no futuro, então pense nisso!”
“Ocupar os espaços públicos é uma vocação do poetry slam no Brasil. São raros os slams indoors por aqui, o que reforça ainda mais o seu caráter político. Não que lá fora não exista esse caráter político, mas aqui é especificamente forte. O boom dos slams dos últimos anos aconteceu em sincronia com o grande balanço político pelo qual o país vem passando. A questão racial, o feminismo, a questão do transgênero e a luta de classes são assuntos recorrentes na cena de slam brasileira” esclarece Tatiana Lohmann.
A poeta Roberta Estrela D’Alva, uma das diretoras do longa, é fundadora do movimento, que apareceu em 2008 no Brasil, completa dez anos neste ano e vem crescendo cada vez mais . O slam ganhou espaço tanto em eventos tradicionais de literatura como a Bienal do Livro de São Paulo, como em outros dedicados especificamente literatura periférica e negra como a FLUP (Festa Literária das Periferias), programada para novembro no Rio.
Exibido com sucesso na Mostra Internacional de São Paulo do ano passado, o documentário conquistou os prêmios de Melhor Direção de Documentário e Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio de 2017, e o prêmio de Melhor Filme Nacional no Festival Internacional Mulheres No Cinema (FIMCINE).Com produção da Exótica Cinematográfica em coprodução com a Globo Filmes, GloboNews e Miração Filmes e apoio do Itaú Cultural, o filme estreia em 22 de no novembro com distribuição da Pagu Pictures.
Numa ação inclusiva, todas as cópias do longa terão legenda descritiva, recurso que permite que pessoas com surdez e deficiência auditiva assistam ao filme.
Trilha sonora
Eugênio Lima e Roberta Estrela D’Alva assinam a trilha sonora que traz uma compilação de vozes contemporâneas com alguns dos mais relevantes nomes do funk, rap, pop e rock nacional como MV Bill, Liniker, Ellen Oléria, MC Daleste, MC Marechal e Karina Buhr, entre outros.
A faixa “Levante”, interpretada por Lurdez da Luz, é assinada pelo internacionalmente renomado produtor musical Alexandre Basa. A trilha conta ainda com a participação especial da artista de spoken word norte-americana Jessica Care Moore.
Slam é voz de Levante
“A colonização começou pelo útero, matas virgens, virgens mortas. A colonização foi um estupro!” - Poeta Luiza Romão
“Os meninos passam lisos pelos becos e vielas... vocês que falam be-cos-e-vi-e-las, sabem quantos centímetros cabem um menino, sabem de quantos metros ele despenca quando uma bala perdida o encontra, sabem quantos ‘nãos’ ele já perdeu a conta? Quando “cês” citam quebrada nos seus TCC’s e teses, ‘cês’ citam a parede natural de tijolo baiano, ‘cês’ citam os seis filhos que dormem juntos, ‘cês’ citam que geladinho é bom só porque custa 1 real, ‘cês’ citam que quando chegam para fazer suas pesquisas, seus vidros não se abaixam?”- Poeta Luz Ribeiro
“Verdade seja dita: o seu discurso machista, machuca. E a cada palavra falha, corta as minhas iguais como navalha. Ninguém merece ser estuprada, violada, violentada, seja pelo abuso da farda ou por trás de uma muralha. A minha vagina não é lixão pra dispensar as suas tralhas, canalha!” - Poeta Mel Duarte
Sinopse
Em Chicago, NY, Paris, Rio e São Paulo, a mesma cena com diferentes faces: os poetry slams, batalhas poéticas performáticas, se firmam como encontros que instigam a criatividade e o convívio entre diferentes e surgem diante da onda política conservadora mundial como ágoras do livre pensamento e expressão. No Brasil, a poeta Luz Ribeiro vence o campeonato nacional e vai para a Copa do Mundo de Poetry Slam, em Paris, representando a nova vertente negra e feminista que tem se firmado pela virulência de seu verbo politizado.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
SEU NEGÓCIO PODE VIRAR NOTÍCIA!
Um press release de seu produto ou serviço é mais eficiente e custa menos do que qualquer publicidade.Somos especialistas em produzir notícias corporativas.
Entre em contato: servicojornalistico@gmail.com
Série mostra a arte da Escandinávia
noviembre 14, 2018 19:04A série documental “A Arte da Escandinávia” estreia no canal por assinatura Film&Arts na terça-feira, 20 de novembro, às 21 horas. Com três episódios, a produção vai ao ar às terças-feiras, sempre no mesmo horário, e viaja pela Escandinávia para ver como os diferentes países e culturas contribuíram para uma arte particular.
Andrew Graham-Dixon disseca a arte da Escandinávia nesta produção que se une à série “A Arte de…”. Desta vez, o foco é a história da arte em uma terra sem luz durante meses. Graham-Dixon também mostra como uma paisagem (e a arte que ela inspirou) nos deu o existencialismo do século XX. Além disso, também vemos a história do erotismo, onde a luz é branca e ultrabrilhante; o mundo da Rainha da Neve e do Patinho Feio; do pensamento futurista e do otimismo que nos deu monarcas que andam de bicicleta, estruturas sociais democráticas, blocos Lego e o Modernismo.
Episódio 1 - ESTREIA – Terça-feira, 20 de Novembro, às 21 horas
Noite escura da alma: Escandinávia: uma terra de extremos, no limite da Europa. Andrew
Graham-Dixon explora a arte extraordinária para sair da escuridão da alma norueguesa, famosa por produzir O Grito de Edvard Munch.
Episódio 2 - ESTREIA – Terça-feira, 27 de Novembro, às 21 horas
Era uma vez na Dinamarca: Neste episódio da viagem épica de Andrew Graham-Dixon pela arte e paisagens escandinavas, a Dinamarca emerge de seus modestos começos para se tornar uma das maiores potências e árbitros do bom gosto no norte da Europa. Uma história de transformação incrível coerente com ter sido a pátria de um dos maiores criadores de contos de fadas: Hans Christian Andersen, autor de O Patinho Feio e A Roupa Nova do Imperador.
Episódio 3 - ESTREIA – Terça-feira, 4 de Dezembro às 21 horas
Democrata pelo design: No último episódio da viagem de Andrew Graham-Dixon pela arte das terras escandinavas, chegamos à Suécia, sede da IKEA e tradicional pelo design de móveis que remonta ao começo do século XX. A Suécia transformou sua missão em conseguir conforto para as massas, mas ela chegou lá mesmo?
Programa mostra como se constrói um texto de humor
noviembre 14, 2018 18:53O quarto episódio da série documental ‘Viver do Riso’, comandada por Ingrid Guimarães, discute o processo de direção e criação de personagens icônicos do humor e conta a história dos grandes autores e diretores da comédia no Brasil. No ar este sábado, 17 de novembro, no VIVA, o programa traz entrevistas com veteranos como Sílvio de Abreu, Fernanda Young, Miguel Falabella e Cláudio Paiva e com profissionais da nova geração como Bruno Mazzeo, Gregório Duvivier, Fábio Porchat, Fil Braz, Marcelo Adnet, Susana Pires, entre outros.
Em um bate-papo descontraído com Ingrid Guimarães, Bruno Mazzeo diz que seu principal ofício é o de roteirista e comenta o fascínio ao observar Chico Anysio criar personagens. Miguel Falabella lembra que começou a escrever seus primeiros esquetes cômicos logo após a ditadura e conta que não havia espaço para o gênero no Brasil. E Samantha Schmutz revela como nasceu Dona Hermínia, personagem mais querido pelo público de Paulo Gustavo.
Os diálogos de Rui e Vani, casal icônico de “Os Normais”, sempre foram observados e admirados por Fábio Porchat, que se preocupa muito com toda a estrutura do texto cômico. Ainda no programa deste sábado, Ingrid Guimarães e Gregório Duvivier contam que costumam rir de suas angústias e transformá-las em piada.
‘Viver do Riso’ tem produção da Producing Partners e direção dos premiados diretores e documentaristas Tatiana Issa, Raphael Alvarez e Guto Barra. Ao longo de dez episódios, a atriz, roteirista e apresentadora descortina a história da comédia no país, através de seus mais emblemáticos representantes, de todas as gerações. Em conversas intimistas, mais de 90 artistas contam casos de bastidores, revelam fatos e dão depoimentos francos sobre os efeitos do humor em suas vidas e sobre a comédia no Brasil. A série traça mais do que uma linha do tempo, ou um retrato cronológico do humor, ela mostra as diversas variações do gênero e como cada humorista encontrou seu caminho, ou foi encontrado por ele”, diz Ingrid.
O assinante do VIVA ainda pode acessar toda a programação do canal no Globosat Play. O serviço de TV Everywhere disponibiliza os conteúdos dos canais Globosat sem custo extra - na SmartTV, no computador ou em aplicativos para celulares e tablets. Muitos programas também podem ser assistidos através dos serviços sob demanda das operadoras: Net NOW, Vivo Play, e Oi Fibra.
Sinopse
Como é dedicar uma vida inteira ao ofício de fazer o público rir? O que há por trás do humor brasileiro em suas tantas encarnações? Como funciona o outro lado da indústria que hoje movimenta milhões de reais e lota os cinemas? Viver do Riso é uma série documental que faz um retrato inédito da comédia do país, mostrando novas faces dos grandes humoristas e relembrando personagens, momentos e fases icônicas da TV e do teatro. Incluindo entrevistas conduzidas por Ingrid Guimarães, o projeto investiga temas como as grandes duplas da comédia, o papel da mulher no humor e a incorreção política na piada, entre muitos outros, celebrando uma das características mais marcantes do showbiz brasileiro.
Dirigida pelos premiados diretores e documentaristas Tatiana Issa, Raphael Alvarez e Guto Barra (Dzi Croquettes, Beyond Ipanema), a série conta com participação de mais de 50 nomes da comédia brasileira. Uma coprodução do Canal VIVA com a Producing Partners, responsável por séries de sucesso como “Pedro Pelo Mundo (GNT), “Fora do Armário” (HBO), “Geografia da Arte” (Arte 1), “Nelson 70” (Canal Brasil) e muitas outras.
Serviço
Sábado -19:15 – horário inédito
Reapresentações: Domingo – 13h e 1h / Sexta – 3:30 / Sábado – 10:30
Biblioteca dedica um dia todo à cultura russa
noviembre 14, 2018 16:15No ano de 1828, o Brasil tornou-se o primeiro país da América do Sul a estabelecer relações diplomáticas com a Rússia. Neste ano, celebra-se, portanto, o marco de 190 anos desse intercâmbio. Encerrando as comemorações da data, a Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, recebe a programação “Um Domingo na Rússia”, com palestras, oficinas e ensaio aberto de dança. Promovido pela Associação Cultural Grupo Volga de Folclore Russo, com o apoio da Embaixada da Federação da Rússia no Brasil e do Consulado da Federação da Rússia em São Paulo, o evento será realizado dia 25 de novembro e tem entrada gratuita.
Diretora cultural da Associação Cultural Grupo Volga de Folclore Russo, Vera Gers Dimitrov ministra uma palestra sobre as tradições russas. Segundo ela, as culturas da Rússia e do Brasil compartilham entre si várias similaridades. “Ambos os países possuem um território extenso e unidade linguística”, explica. No encontro, Vera pretende desmistificar um pouco a cultura russa. Uma das dúvidas mais recorrentes é se é verdade que os russos são mais frios e distantes do que os brasileiros. “Eles reagem de maneira diferente”, conta. “Em um primeiro momento, são um pouco mais formais, mas, conversando um pouco com você, eles já se sentem em casa.” A tradição russa mais curiosa é, para a palestrante, a do brinde. “Os russos costumam fazer discursos sobre o brinde ou brindar a algo específico”, explica. “No Brasil, não levamos o brinde com tanta seriedade.”
Além da palestra sobre as tradições, o evento conta com muitas atrações sobre a cultura russa: venda de comidas típicas, oficinas de língua e de artesanato, palestra sobre turismo, literatura e curiosidades; ensaio aberto de danças folclóricas e, por fim, uma apresentação do Coral da Associação Cultural Grupo Volga de Folclore Russo, sob a regência do maestro e músico Victor Selin.
Serviço
Biblioteca Mário de Andrade. R. da Consolação, 94, Consolação. Próximo da estação Anhangabaú do metrô. Centro. | tel. 3775-0002. Dia 25, a partir das 10h.
Programação completa
10h: Oficina de língua russa
Ministrante: Irina Rybina Zanettin
Local: Auditório
11h: Oficina de língua russa - inclusiva para deficientes visuais
Ministrante: Carmem Silva Medina
Local: Auditório
12h: Palestra sobre tradições russas
Palestrante: Vera Gers Dimitrov
Local: Auditório
13h: Palestra sobre turismo na Rússia, literatura e curiosidades
Palestrante: Sergio Palamarczuk
Local: Auditório
14h30: Ensaio aberto de danças folclóricas russas
Ministrante: Irina Sazonova, coreógrafa russa
Local: Hall de entrada
15h30: Oficina de artesanato russo
Ministrante: Camilla Dimitrov
Sobre: Os participantes terão oportunidade de montar um “jogo da velha” em formatos de “matrioskas”.
16h30: Encerramento oficial com a presença do Consulado Geral da Rússia. Terá uma apresentação do Coral da Associação Cultural Grupo Volga de Folclore Russo, sob a regência do maestro e músico Victor Selin. Participação especial da cantora Lírica Helena Petrenko e o músico Maurício Jaleitis.
Eva Wilma e Suely Franco fazem últimas apresentações de “Quarta-feira, sem falta, lá em casa”
noviembre 14, 2018 16:08A peça “Quarta-feira, sem falta, lá em casa”, com Eva Wilma e Suely Franco, se apresenta em suas últimas sessões em São Paulo, no Teatro Porto Seguro, onde fica até 25/11. Os ingressos estão disponíveis pelo site www.tudus.com.br e pela bilheteria oficial do Teatro Porto Seguro.
Debruçada sobre um tom divertido de comédia, “Quarta-feira, sem falta, lá em casa” discute a solidão e a maneira como lidamos com ela. É por meio de Alcina (Eva Wilma) e Laura (Suely Franco) que esse texto de 1976 de Mário Brassini, agora dirigido por Alexandre Reinecke, levanta argumentos tão pertinentes à condição humana e suas relações para abordar de maneira sensível questões relacionadas à terceira idade e as dificuldades em lidar com as gerações mais novas.
Amigas há mais de 40 anos, Alcina e Laura se reúnem todas as quartas-feiras para jogar conversa fora e tomar um chá. Durante os papos, as duas senhoras falam amenidades em assuntos relacionados à família, vizinhos, amigos, amores e sobre o passado que as une. Um saudosismo cheio de sentimento e vida.
Um dia, entretanto, no meio de uma dessas conversas nostálgicas, elas descobrem que não sabem tanto assim uma da outra. Vem à tona um clima que oscila entre o tenso e o descontraído, permeado por segredos insuspeitáveis e lembranças “apagadas”, o que coloca em xeque o ''mito da melhor amiga''.
Outro ponto que contribui para a acalorada e divertida discussão é que as amigas, no fundo, têm personalidades bem distintas. Alcina, a mais velha, é faladeira e impulsiva, uma figura ingênua e de moral conservadora, que casou e teve filhos e netos, exatamente como manda a “tradição”. Já sua amiga, Laura, nunca se casou. Ela tem uma personalidade mais racional e irônica, e desfrutou a vida livre de preconceitos e de maneira mais independente.
Serviço
Teatro Porto Seguro - Alameda Barão de Piracicaba, 740 - Campos Elíseos, São Paulo - SP, 01216-010
Temporada: até 25 de novembro de 2018
Horário: sextas e sábados, às 21h; domingos às 19h.
Duração: Aproximadamente 75 minutos
Valores: Ingressos de R$ 35 a R$ 90
Capacidade: 508 lugares
Classificação etária indicativa: 12 anos
Gênero: Comédia
Telefone para informações: 11 3226-7300
www.teatroportoseguro.com.br