Terceiro CD de Gabi Buarque mescla lirismo com preocupação social
agosto 6, 2021 9:10A cantora e compositora Gabi Buarque acaba de lançar um novo CD, "Mar de Gente”, condições sociais impostas pela pandemia do covid-19. Ou seja: sem show no teatro nem o abraço dos amigos.
“É preciso desprendimento para lançar um disco em meio a uma pandemia. Mas foi justamente pensando neste momento delicado e no meu público, responsável pela realização desse projeto, que resolvi colocar as canções no mundo, vibrando luta e arte - quiçá cura, pra nós que estamos doentes de Brasil”, diz ela.
Este é o seu terceiro disco. Gabi canta, compõe, toca violão e gosta conceituar as suas criações. Assim nasceu a capa do álbum, pensada em parceria com Marina Sereno, que fala das águas por meio de texturas da pele humana, de diversas etnias.
E se o mar vem em preto e branco nas poéticas imagens, feitas pela DuHarte Fotografia, cada uma das 13 faixas arranjadas por Luis Barcelos, ostenta uma paleta de cores. “O CD vem como as ondas do mar, num crescente, prezando por uma diversidade rítmica e de temas. Não falo só sobre amor, não canto só samba”, explica a artista carioca.
“Mar de Gente” abre com “Samba Rezadeiro”, de Gabi e Roberto Didio, como que pedindo licença para adentrar nessas águas sagradas do cancioneiro popular. Mostra a força ancestral, do violão que já foi tronco de cativeiro.
Depois é a vez da balada pop folk “É”, parceria com Socorro Lira, fácil de aprender, boa de cantar junto e realista com charme.
Em seguida, a correnteza traz “Se cesse”, também em parceria com Socorro Lira, com versos de “O Amor”, de Fernando Pessoa, uma cantiga de um amor que não pode ser expressado.
“A Voz do Vento”, só de Gabi, é emaranhada em saudade e desejo. “Luzia Luzia” , parceria com Marina Sereno, é um xote apaixonado, enfeitado pelo acordeão de Kiko Horta.
Já o samba de roda “Morena do Mar”, com participação da parceira Silvia Duffrayer, integrante do Samba que Elas Querem, poderia ter nascido no quintal de Tia Ciata ou nas rodas do Recôncavo Baiano, onde Gabi buscou inspiração para fazer essa homenagem a Iemanjá.
“Gente é pedra”, outra parceria com Socorro Lira, flerta com Elomar, enquanto “Pulso aberto” é um poema de Maria Rezende sobre o que é ser mulher no seu íntimo plural.
Em “Os muros”, novamente com Socorro Lira, Gabi abraça, entre outros, Nelson Mandela, Clarice Lispector, Oscar Wilde, Frida Kahlo, Violeta Parra e Fernando Pessoa, para enfrentar os seus temores, antes de entrar na “Concha”, parceria com Angélica Duarte, em dueto com Áurea Martins, tendo Cristóvão Bastos no piano.
“Pensei imediatamente em convidar a Áurea para gravar comigo, quando fiz ‘Concha’, com letra melancólica da Angélica. O nome de Cristóvão veio logo depois de um papo com Áurea, porque ela já queria incluir esse samba-canção no repertório do show deles. Cristóvão gravou em cinco minutos, de primeira, e fico impressionada toda vez que ouço pela delicadeza a escolha das notas. Sou muito fã desses dois baobás da música brasileira”, diz ela.
“Quantos”, só de Gabi, outra balada pop, foi feita pensando no período da ditadura e no negacionismo que retorna com força nos tempos atuais. “De que vale a morte dos que lutam / Se o passado não diz nada pra você?”, questiona a letra. “Quantas voltas o mundo dá / Pra voltar ao tempo de esquecer?”, pergunta, repetidas vezes.
O disco segue com “Penha”, dedicada ao bairro do subúrbio carioca, onde houve uma das rodas de choro mais fundamentais do século, mas, na canção, aparece como símbolo de resistência e fé. Antes de cantar, Gabi cita uma frase do filósofo Eduardo Marinho. E ainda ecoando esse coletivo, Gabi lidera um sexteto vocal poderoso para fazer a derradeira. Nina Wirtti, Mariana Baltar, Thais Macedo, Áurea Martins e Silvia Duffrayer cantam com firmeza essa faixa-título.
O samba-manifesto “Mar de Gente”, também só de Gabi, foi inspirado nas lutas diárias a favor da democracia e dedicado a autoras negras, como Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus e Maria Firmino dos Reis.
“Este samba também procura dar voz a todas e todos que foram silenciados pelo Estado. Essa luta é nossa. Somos um mar de gente”, defende Gabi Buarque. E os versos ficam entoando ao fundo: “E quem não viu há de ver / O outro lado da história vencer / A verdade não tarda a nascer / Nossa luta vai prevalecer”.
Muddora lança clipe e singles e mostra que o rock brasileiro está vivo
julio 28, 2021 9:22
Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, é terra de bandas que estão na história do rock carioca, como KMD5, Negril, Cidade Negra, Nocaute, Cabeça de Nego, Ubandu Du Reggae, Força da Gravidade, entre tantas outras.
Em 2018, depois da saída de alguns integrantes da banda N.I.G, cinco amigos de longa data decidiram que não era a hora de acabar de vez. Reuniram-se sob o novo nome, Muddora, que vem a ser a união das palavras mudança e hora, ou seja, decretando a hora de mudança. E agora mostram que a Baixada Fluminense ainda tem muito rock de verdade.
Em abril assinaram com o selo Astronauta e apresentam ao mercado dois singles: Entre Mim e Você e Mentes e Loucuras, que já estão nas plataformas, assim como o videoclipe de Entre Mim e Você, com roteiro e direção de Letícia Joanni Mattedi e a participação da atriz Carla Nunes (TV Globo).
Muddora traz influências de sons pesados, bem construídos, com belos arranjos, letras e melodias. Alter Bridge, Creed; Scott Stapp; e Slashft Miles Kennedy and The Conspirator são algumas das referências.
Formada por Déh (também guitarrista na veterana banda de rap Nocaute), que decidiu montar o seu trabalho e convidou alguns amigos, Muddora só tem apaixonados pelo projeto. Déh é também o compositor das canções e aborda principalmente o cotidiano, buscando nas vivências pela vida as inspirações para criar.
Ao seu lado, como braço direito de suas composições e arranjos, está o amigo e músico Lionel (guitarra solo). Completam a banda Léo Monteiro (vocal), escolhido por seu alcance vocal alto, sem drives.
Na chamada "cozinha" estão Vini (bateria) e Félix (contrabaixo).
“A música Mentes e Loucuras fala do cotidiano, aborda o ser humano atormentado pela dificuldade financeira, psicológica, mental, a perda da fé e o cansaço do corpo. “Fizemos a música em um estúdio na nossa cidade, Nova Iguaçu. Queríamos a experiência de fazer algo também com qualidade no quintal de casa. Foi então que fizemos contato com um amigo nosso que é produtor é produtor Wellington Rodrigues, do Estúdio MusiClub, aqui na Baixada, e fizemos um excelente trabalho”, diz Déh.
“Todas as minhas composições têm como inspiração o que vivenciamos, seja na internet, com as redes sociais e até mesmo no dia a dia. Somos uma banda que fala de amor também. A música Entre Mim e Você fala de algo que muitos casais não conseguem ter, que é a percepção de quando termina um relacionamento", comenta o seu autor, Déh.
“A experiência de gravar, ainda mais em alto nível de produção é sempre muito boa. Gravamos no EME Estúdio com Jorge Guerreiro, Tuta Macedo e Diogo Macedo, com quem já estamos acostumados. E o melhor de tudo: são nossos amigos. Gravar com qualidade, bons arranjos, e sempre com bom direcionamento faz a diferença”, conclui.
O selo Astronauta
Criar e lançar um selo fonográfico como o Astronauta Discos já era cogitado desde o fim de 1996, mas somente em 1999 Leonardo Rivera o montou, depois de se desligar do departamento artístico da Universal Music. Tornou-se uma casa para o artista no início de sua trajetória e um foco de resistência para o talento do futuro.
Astronauta lança álbuns e artistas que não recebem a devida atenção no departamento artístico das grandes gravadoras, acreditando no equilíbrio entre a música e o mercado e respeitando expressões artísticas legítimas.
O selo Astronauta Discos permitiu que inúmeros artistas novos e independentes pudessem lançar seus primeiros álbuns – entre eles Luis Capucho, Autoramas, Saara Saara, Mathilda Kovak, O Divã Intergaláctico, Los Bife, Coyote Valvulado, Ju Martins e Senhor Kalota.
Em 2019 comemorou 20 anos voltando a distribudir seu conteúdo pela Universal Music e tendo sua editora administrada pela Warner Chappell. Na ocasião, lançou singles de Chico Chico, João Mantuano, Zé Ibarra, Marcela de Sá, Pedra Relógio, Arthus Fochi, Cris Braun e diversos outros talentos.
O site oficial é da gravadora é www.astronautadiscos.com.br.
Mais informações: 55 21 96488 3817, astronauta.discos@gmail.com.
Assista ao videoclipe "Entre Mim e Você"
www.youtube.com/watch?v=I8XSL01ouzw
Ouça os dois singles
Maestro Levino Ferreira inspira micro-ópera sobre Carnaval e morte
junio 28, 2021 9:07![]() |
Cena de "Último Dia", uma micro-ópera com referências a vários estilos |
O compositor e multiartista pernambucano Armando Lôbo, conhecido por desenvolver gêneros e estilos musicais diversos, com o uso de matizes experimentais, vai lançar no YouTube (youtube.com/e/Microoperas), nesta quarta-feira, 30 de junho, seu segundo filme-ópera, intitulado “Último Dia”.
Realizada pela CO.MO (Companhia de Micro-Óperas), com recursos da Lei Aldir Blanc por meio da Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco, a obra de 12 minutos é livremente inspirada em um lendário episódio envolvendo um dos maiores compositores pernambucanos de frevo, Levino Ferreira.
De formato bastante multifacetado, unindo teatro, cinema, poesia, performance, música e dança, o filme-ópera também faz referências a Nelson Rodrigues, Freud, Bakhtin, Bergman e Antero de Quental.
Com música, roteiro/libreto, mixagem, edição e direção do próprio Armando Lôbo, a produção tem todo seu elenco baseado em Recife, destacando a presença do personagem do Zé Pereira, coreografado por Marcelo Sena, e que guarda uma semelhança proposital com a figura da morte, conforme retratada por Ingmar Bergman no clássico “O Sétimo Selo”.
O artista pernambucano Walmir Chagas (famoso pelo seu alter-ego “Véio Mangaba”) interpreta Levino Ferreira, e as carpideiras são vividas pelas cantoras líricas Natália Duarte, Virginia Cavalcanti e Surama Ramos. No enredo, três carpideiras, em um mundo paralelo, cantam e choram a morte de um mestre de cultura popular, produzindo um surpreendente efeito catártico, resultando no acordar do defunto, que em verdade sofrera uma crise cataléptica.
Quanto à estética sonora, a música da ópera tem características bastante plurais, estabelecendo um diálogo entre técnicas eruditas contemporâneas (instrumentais e eletroacústicas) e a musicalidade popular nordestina, especialmente fazendo referências a frevos de Levino Ferreira.
Em forma de ópera-poesia, ou “poemópera” audiovisual, “Último Dia” discute o universo da cultura popular, a redenção, a carnavalização da morte. “O poeta é aquele que vive no outro mundo, o mundo verdadeiro. Mas, e se ele é convidado a permanecer neste mundo paralelo em que todos vivem? O propósito é mostrar o carnaval enquanto escatologia trágica e invertê-la numa antitragédia”, afirma o autor, que conclui: “Em verdade, a micro-ópera não é sobre a cultura pernambucana, é uma carnavalização funérea de Bergman.”
Armando Lobo: multiartista |
Compositor e artista multifacetado, Armando Lôbo também desenvolve e participa de projetos de artes combinadas, unindo vídeo, performance, teatro, literatura e música. Como músico, lançou quatro álbuns que receberam cotação máxima da imprensa especializada. Foi contemplado em importantes concursos nacionais e internacionais, vencendo os principais prêmios brasileiros tanto na música popular (Prêmio da Música Brasileira 2010, com o grupo Frevo Diabo) como na música de concerto (Prêmio Funarte de Composição Clássica, em 2012 e em 2016), provando seu ecletismo e abertura a linguagens diversas.
Sua obra tem sido executada por importantes grupos no Brasil, Europa e Estados Unidos. Em 2020 criou a CO.MO (Companhia de Micro-Óperas) para produzir projetos audiovisuais com linguagem de ópera radicalmente contemporânea. O primeiro produto da CO.MO foi o curta-metragem "Penélope 19", um filme musical de linguagem experimental que aborda o tema da quarentena da Covid-19.
Armando Lôbo é doutor em composição musical pela Universidade de Edimburgo, Reino Unido e mestre em composição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Alfredo Dias Gomes mergulha fundo no universo jazzístico
mayo 24, 2021 9:34![]() |
Alfredo Dias Gomes: "Metrópole" é o 13º disco solo do baterista carioca |
Um ano depois de ter lançado “Jazz Standards”, o baterista carioca Alfredo Dias Gomes reaquece a cena instrumental brasileira com seu 13º disco solo, “Metrópole”. Gravado em seu próprio estúdio, na Lagoa, Rio de Janeiro, com o engenheiro de som Thiago Kropf, o disco já está nas plataformas digitais. “No fim do ano passado comecei a compor para o novo disco e mantive o estilo jazzístico do último trabalho, sendo que em “Metrópole” também toco os teclados, além da bateria”, diz o baterista, que começou a gravar as bases do disco em fevereiro com o baixista Jefferson Lescowitch.
Com a piora da pandemia no Brasil, Alfredo optou por gravar os metais remotamente, convidando o trompetista Jessé Sadoc e o saxofonista Widor Santiago, que gravaram de suas casas e enviaram os áudios via internet. A masterização foi realizada no Abbey Road Studios - o icônico estúdio em Londres – e feita pelo engenheiro de som Andy Walter, que já masterizou discos de David Bowie, Jimmy Page, Coldplay, The Who e The Beatles, dentre outros.
Com temas curtos, “Metrópole” traz em sua concepção o enfoque no improviso, que se desenvolve, especialmente, dentro da forma da composição, característica dos discos de jazz.
Abrindo o disco, a faixa-título “Metrópole” é classicamente jazzística, com acordes peculiares esquentando os solos de trompete e sax, finaliza com a bateria, o baixo e o trompete em conversação mútua.
Em compasso 5/4, “Resedá” – uma homenagem à rua onde nasceu - tem uma melodia abrasileirada e tema em uníssono, com a bateria livre costurando a melodia.
Dedicada à memória do irmão Marcos (1965-1968), a balada jazzística “Saudade” ressalta uma melodia emotiva, com destaque para os solos de baixo e de flugelhorn.
Em compasso 6/4, “Andaluz” traz melodia espanholada em uníssono de baixo e teclado, com solo de Jessé Sadoc. Da surdina ao som aberto, o trompete entrega o solo para Widor Santiago, modulando para um melodioso solo de sax, em clima crescente, até o clímax reunindo todos os instrumentos na melodia final, terminando com intervenções vigorosas da bateria.
“Expresso do Oriente” é jazzística, com andamento rápido, melodia arábica e acordes característicos que instigam os solos de trompete e sax, com uma bateria condutiva e em diálogo com os solistas.
O jazz fusion “Cidade da Meia-Noite” faz prevalecer o suingue, com melodia incisiva de metais e solos de baixo, trompete e sax - este lembrando o lendário saxofonista Michael Brecker.
Já “Grand Prix”, outro jazz fusion, tem andamento rápido e solos vibrantes de trompete e sax, com bateria livre explorando os pratos.
Nascido no Rio de Janeiro, Alfredo Dias Gomes estreou profissionalmente na música instrumental aos 18 anos, tocando na banda de Hermeto Pascoal, com quem gravou o disco “Cérebro Magnético" e participou de inúmeros shows, com destaque para o "II Festival Internacional de Jazz de São Paulo".
Também tocou e gravou com Márcio Montarroyos, Ricardo Silveira, Arthur Maia, Nico Assumpção, Ivan Lins e muitos outros, além de participar da primeira formação do grupo Heróis da Resistência.
Completam sua discografia o single “Vou Deitar e Rolar”, de 2020, e os álbuns “Jazz Standards” (2020), “Solar” (2019), “ECOS” (2018), “JAM” (2018), “Tributo a Don Alias” (2017), “Pulse” (2016), “Looking Back” (2015), “Corona Borealis” (2010), “Groove” (2005), “Atmosfera” (1996, com participações de Frank Gambale e Dominic Miller); “Alfredo Dias Gomes” (1991, com a participação especial de Ivan Lins) e “Serviço Secreto”, de 1985.
Para ouvir online:
https://alfredodiasgomes.hearnow.com
Composições de brasileiro ganham salas de concerto no Exterior
mayo 12, 2021 9:46![]() |
Luiz Castelões: composições vêm sendo tocadas no Exterior |
O pianista e compositor carioca Luiz Castelões, radicado em Juiz de Fora (MG), terá duas de suas peças executadas em estreia mundial por músicos estrangeiros. No formato online, sua peça “4 Estudos sentimentais”, para piano solo (2020), acaba de ser gravada e lançada pela pianista japonesa Aki Fujii, e “2 Historinhas”, para duo de flautas barrocas contralto (2020), terá estreia online, no dia 17 de maio, pela flautista húngara Boglarka Baykov, radicada na Alemanha.
Castelões é doutor em música pela Universidade de Boston e, desde 2009, professor de Composição na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Com obras interpretadas por músicos e conjuntos internacionais desde 2003, sua composição “6 Temas Pop”, para piano solo (2020), terá estreia dia 14 de maio pelo pianista Donald Berman, do New England Conservatory, de Boston, Estados Unidos, encerrando o programa do seu concerto presencial em Nova York, onde interpretará também Bach, Ives e Epstein. A peça, uma encomenda feita a Luiz Castelões pelo Ecce Ensemble (EUA), que tocou obras de Castelões em 2018 e 2019, será disponibilizada online ainda este mês.
Já “4 Apitos”, para quarteto de flautas (2020), terá estreia com as islandesas do Aulos Flute Ensemble, encerrando o concerto programado para o dia 29 de maio no Museu de Arte de Reykjavik (Islândia). A composição foi encomendada a Luiz Castelões pela flautista Pamela De Sensi, líder do quarteto feminino que já se apresentou em todos os principais festivais de música na Islândia, além de apresentações nos EUA e na Itália. Assim como as demais, a obra estará disponível nas plataformas de streaming e, os vídeos, no YouTube.
A música de Luiz Castelões começou a ser executada por artistas estrangeiros, primeiramente, na América Latina, chegando aos Estados Unidos em 2005 e, em seguida, na Europa, em 2013. Já foi gravada por grupos internacionais como o Roadrunner Trio (Holanda, 2020), Ensemble Linea (França, 2019), Aleph Gitarrenquartett (Espanha, 2019), Ecce Ensemble (França, 2018), Ensemble Mise-En (Coreia, 2018 e 2017), Quartetto Maurice (Itália, 2016 e 2014) e Mivos Quartet (Espanha, 2015).
Com influência da música popular brasileira, da música de câmara contemporânea e do universo pop, sua obra recebeu prêmios como os do Ibermúsicas (2015), Escola de Música da UFRJ (menção honrosa, 2012), Festival Primeiro Plano (Melhor Som, 2003) e Funarte (Prêmio da XIV bienal de música brasileira contemporânea, 2001).