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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , par Blogoosfero - | 1 person following this article.

E lá se foi o poeta Melodia

August 4, 2017 10:19, par segundo clichê



Tempos sombrios, estes, que não perdoam nem os poetas.

A última vítima das trevas que cobrem o Brasil é um dos cantores/compositores mais criativos da música popular brasileira, Luiz Melodia, que morreu nesta madrugada, aos 66 anos, deixando uma obra sólida, eterna.

Melodia (Luiz Carlos do Santos), nascido e criado no morro de São Carlos, no Rio, poderia ter sido um sambista dos bons, mas quis mais, e soube transformar todas as influências culturais que recebeu em composições de difícil classificação: como todo grande artista, sua música vai além de rótulos, é única.

Suas obras mais conhecidas são "Pérola Negra", "Juventude Transviada", "Fadas", "Estácio Holly Estácio" e "Ébano".

"Pérola Negra", na voz de Gal Costa, gravada em 1972, foi o primeiro sucesso.

É linda:

Tente passar pelo que estou passando
Tente apagar este teu novo engano
Tente me amar pois estou te amando
Baby, te amo, nem sei se te amo

Tente usar a roupa que eu estou usando
Tente esquecer em que ano estamos
Arranje algum sangue, escreva num pano
Pérola Negra, te amo, te amo

Rasgue a camisa, enxugue meu pranto
Como prova de amor mostre teu novo canto
Escreva num quadro em palavras gigantes
Pérola Negra, te amo, te amo

Tente entender tudo mais sobre o sexo
Peça meu livro querendo eu te empresto
Se inteire da coisa sem haver engano

Baby, te amo, nem sei se te amo
Baby, te amo, nem sei se te amo
Baby, te amo, nem sei se te amo



Brasil, vanguarda do retrocesso trabalhista

August 4, 2017 9:57, par segundo clichê


Ana Luíza Matos de Oliveira

O Brasil caminha na vanguarda do retrocesso na região: ao discutir e adotar reformas que reduzem direitos, o país torna-se exemplo e instrumento de pressão para que medidas semelhantes sejam aplicadas em outras nações.

Na Argentina, o ministro do Trabalho, Jorge Triaca, anunciou que o governo deve propor uma reforma trabalhista que adeque a sociedade aos processos de mudanças. Segundo ele, seria preciso deixar de lado privilégios dos trabalhadores, que seriam às custas de desempregados e trabalhadores informais. Por outro lado, Mauricio Macri, presidente da Argentina, também está propondo uma discussão sobre uma reforma da Previdência.


Uma nota da Confederação Sindical de Trabalhadores/as das Américas (CSA), assinada no mês passado, apontava para os riscos de que o projeto que vem sendo adotado no Brasil por meio das reformas representa para toda a classe trabalhadora na América e no mundo.

Segundo a nota, “as mudanças legais no mundo do trabalho no Brasil serão um sinal para atacar as normas fundamentais do trabalho”. Ou seja, a perda de direitos no Brasil pode desencadear uma onda de perda de direitos em toda a América e no mundo, pois “os patrões dirão que não competir com a queda dos custos de trabalho que vive o Brasil e vão impor essas e outras reformas reacionárias em cada uma das nações”. (Fundação Perseu Abramo)



Para bispo, silêncio das ruas mostra "que não temos mais esperanças"

August 4, 2017 9:25, par segundo clichê


Para o bispo emérito de Jales (SP), D. Luiz Demétrio Valentini (foto),  que presidiu a Cáritas Brasileira por dois mandatos, o silêncio das ruas não é uma concordância tácita com o que está acontecendo, como alguns querem fazer acreditar. Pelo contrário, “é um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças e sinais concretos para recuperar o rumo da caminhada histórica do Brasil”.

De acordo com ele, o Poder Judiciário e o Congresso Nacional estão instrumentalizados para salvar os seus próprios privilégios. “Não se pode permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal façam do seu cargo uma opção política partidária a ser defendida publicamente. Isto diminui a legitimidade, a confiança e é perigoso para uma nação”, disse.

Segundo D. Demétrio, os grandes interesses convergiram e o presidente que temos agora serve de instrumento da execução desses interesses escusos.

Para ele, “o trecho do cântico de Jeremias  - “até o profeta e o sacerdote perambulam pela terra sem saber o que se passa”-, é uma descrição simbólica do que estamos vivendo no país. O religioso afirma que se torna necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para que a cidadania brasileira reencontre os rumos do país. 

A seguir, a íntegra da entrevista que ele concedeu ao Portal da CNBB:


Portal CNBB – Como avalia a crise política brasileira?
D. Demétrio – Certamente, estamos vivendo um momento difícil, todos reconhecem, no qual há uma perca da identidade do povo brasileiro. Se torna necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para recuperarmos um projeto de Nação. Estamos esquecendo nosso projeto de nação. Estamos sentindo novamente a necessidade de fazer, por exemplo, uma nova semana social brasileira para que a Igreja possa cumprir esta tarefa importante que tem de identificar e saber o que está acontecendo. Como diz o cântico de Jeremias: “Até o sacerdote e o profeta perambulam pela rua sem saber o que acontece”. É um pouco a descrição simbólica da realidade que estamos vivendo agora. A ausência de posicionamento revela de um lado um descrédito muito grande. Uma distância sempre crescente entre as estruturas sociais políticas e a vida do povo brasileiro. De tal modo que há um descrédito generalizado. Não é uma concordância tácita não, como alguns pretendem instrumentalizar este silêncio das ruas. É um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças, sinais concretos de referências práticas para recuperar o rumo da nossa caminhada histórica do Brasil. Estamos vivendo um momento difícil que se caracteriza, sobretudo, pelo descrédito das instituições e por sua incapacidade em recuperar e superar a pecha sempre crescente da sua falta de legitimidade perante o povo brasileiro. Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil e precisamos nos rearticular, enquanto Pastorais Sociais da CNBB como um todo, e retomar nossa missão profética de questionar os equívocos que estão acontecendo, os erros praticados e projetar para frente um novo projeto de Brasil que queremos.

Portal CNBB – Como avalia os passos do Michel Temer depois do impeachment da presidenta Dilma Rousseff?
D. Demétrio – Se há dificuldades de convergências em torno de um projeto de país por outro se criou uma convergência que assusta. Interesses que estão se consolidando e convergindo para que se instrumentalizem o Congresso Nacional e o poder judiciário para salvar os próprios privilégios. Há uma espécie de trama que está sendo orquestrada para que isto se torne invisível e leve o Congresso a retrocessos políticos como, por exemplo, o que estamos assistindo com a nova lei trabalhista aprovada e a nova a lei da previdência social que estão propondo. Existe um interesse do liberalismo econômico que está voltando com força, como se a solução do Brasil fosse voltarmos aos tempos da revolução industrial em que se confrontavam os pequenos contra os poderosos, sempre com desvantagem evidente para os pequenos. Agora estamos assistindo esta realidade em que os grandes interesses convergiram e o presidente que temos serve de instrumento da execução destes interesses escusos que não são publicados, mas que aos poucos precisamos identificar para nos posicionar diante da crise política que estamos vivendo.

Portal CNBB – Como avalia o papel que o judiciário está desempenhando neste contexto de crise?
D. Demétrio – Infelizmente ele também padece de credibilidade. Poucos têm segurança em pensar no Supremo Tribunal Federal e em outras instâncias da Justiça Brasileira. Existe uma insegurança e uma mescla de ações e atitudes que são claramente partidárias. Por exemplo, não se pode permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal façam do seu cargo uma opção política partidária a ser defendida publicamente. Isto diminui a legitimidade, a confiança e é perigoso para uma nação. Quando se perde a confiança no judiciário estamos no limite da credibilidade fundamental que é preciso que exista, minimamente, para se levar em frente um projeto de país. Então o próprio Judiciário precisaria se questionar e deixar de ter posicionamento partidário e voltar a cumprir sua missão de ser a instância capaz de discernir e fazer as ponderações necessárias e avaliar bem para tomar decisões com legitimidade. A falta de credibilidade do judiciário é mais um sintoma da crise que estamos vivendo.

Portal CNBB – Neste contexto de crise das instituições e da própria democracia no Brasil, qual deve ser o papel da Igreja?
D. Demétrio – Precisamos retomar a intuição de uma Constituinte para de novo repropor um projeto de país. Neste sentido, a Igreja se sente próxima ao povo, e deve se tornar mais próxima ainda, para poder recolher e ajudar a articular. Falta articulação no país agora, falta uma mediação e não existem instâncias que têm credibilidade para fazer esta mediação. Penso que a Igreja pode propor e se apresentar, não como aquela que tem a solução, mas com quem estimula a cidadania brasileira a reencontrar os rumos do país. Penso que a Igreja não pode fechar os olhos e não se omitir, precisa enfrentar o desafio de compreender a realidade e perceber quais são os interesses que estão em jogo e não se deixar instrumentalizar. Existe um desafio bem concreto para a Igreja de voltar a assumir a causa do país para que a cidadania possa retomar a sua vigência, sua ação concreta e sua articulação em benefício de toda a nação brasileira. (Portal CNBB)



Comissão aprova reajuste da tabela do IR

August 3, 2017 17:16, par segundo clichê


A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que reajusta a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Pelo texto (PL 7172/10), em 2018 estarão isentos do tributo as remunerações mensais até R$ 2.141,98. Hoje, a isenção só alcança salários até R$ 1.903,98.

As novas faixas de incidência são: para remunerações de R$ 2.141,99 até R$ 3.179,98, a alíquota mensal será de 7,5%. De R$ 3.179,99 até R$ 4.219,93 a alíquota será de 15%. De R$ 4.219,94 até R$ 5.247,77, será de 22,5%.

Por fim, as remunerações mensais acima de R$ 5.247,77 terão descontadas a alíquota de 27,5%. A alíquota máxima em vigor abarca as remunerações a partir de R$ 4.664,68.

O texto também estabelece que, a partir de 2019 a tabela do IRPF será corrigida anualmente pelo IPCA, que mede a inflação oficial do país.


A correção foi proposta pelo relator do projeto, deputado Angelim (PT-AC, na foto). Ele apresentou um substitutivo ao PL 7172, que é oriundo do Senado, e a outros 50 projetos que tramitam apensados, todos tratando de IRPF.

O reajuste da tabela do imposto, segundo Angelim, corrige uma “injustiça fiscal”. “Pessoas que deveriam estar isentas acabam pagando o tributo, além de contribuintes que deveriam pagar numa faixa de renda com alíquota mais baixa acabam pagando o imposto numa faixa de renda com alíquota mais alta”, disse. A última vez que a tabela foi corrigida foi em 2015 (Lei 13.149/15).

Além da correção da tabela, o substitutivo aprovado isenta as pessoas a partir de 60 anos do pagamento do IRPF sobre aposentadorias e pensões. Hoje, a isenção só vale a partir dos 65 anos (Lei 7.713/88). O relator explica que essa idade está em desacordo com o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), que considera idosa a pessoa com idade superior a 60 anos.

“Ao considerar idosa apenas a pessoa com idade superior a 65 anos, a legislação tributária gera uma incoerência em relação à legislação protetiva sem qualquer razão que o justifique”, disse Angelim.

O projeto será votado agora nas comissões de Finanças e Tributação, que vai analisar o impacto fiscal da correção da tabela do IR; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o Plenário da Câmara. (Agência Câmara - foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)



Conselho de Ética sem ética vai julgar senadoras da oposição

August 3, 2017 17:10, par segundo clichê


As senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Fátima Bezerra (PT-RN) criticaram, duramente, em Plenário, o fato de o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar se reunir para escolher o relator da Denúncia 1/2017, apresentada contra as duas senadoras e ainda contra Regina Sousa (PT-PI), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA) e Ângela Portela (PDT-RR). A reunião do conselho está marcada para a próxima terça (8), às 15 horas.

A denúncia se baseia em “atos supostamente incompatíveis com a ética e o decoro parlamentar”, atribuídos às seis parlamentares oposicionistas durante a sessão de votação da reforma trabalhista no Senado. Elas estão sendo acusadas de “impedir a continuidade regular” dessa sessão.


Depois de afirmar estar “com a consciência tranquila”, Vanessa se queixou da conduta recente do conselho de ética do Senado.

- Esse conselho de ética arquivou denúncia contra senador flagrado com dinheiro de propina, mas acatou denúncia contra nós por termos ocupado a mesa diretora por dez horas para negociar, pelo menos, uma emenda em favor das mulheres trabalhadoras – protestou a representante do Amazonas.

Fátima está convencida de que a representação contra elas no conselho de ética não se sustenta. Ela, argumentou que as parlamentares exerciam seu direito à livre manifestação diante de uma matéria com alto grau de conflito. 

- Esse conselho de ética não tem moral nenhuma. Senta em cima de processos com denúncias gravíssimas por ato de corrupção e improbidade administrativa e, agora, quer levar adiante um processo de senadoras se manifestando a favor da dignidade e cidadania dos trabalhadores. Estamos tranquilas pois esse é o nosso papel aqui dentro – desabafou Fátima. (Agência Senado)



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