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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

A sujeira do urubu

August 30, 2017 10:26, by segundo clichê

Carlos Motta

Uma das histórias mais famosas entre o pessoal que trabalhou no Jornal da Tarde e Estadão - eles eram divididos por um corredor - é a do urubu.

Contam - não presenciei o ocorrido porque estava em férias - que a ave entrou por um dos janelões e deu alguns sobrevoos pela redação, que entrou em pânico.

Foram registradas, enquanto o animal reconhecia o terreno desconhecido, cenas de histeria, de choro e de nervosismo.

Quanto mais faziam para pegar a negra ave, mais ela se amedrontava, até que entrou numa sala e ficou acuada pelos seguranças, chamados para dar fim ao pandemônio.

Sem saída, com medo, a sua reação foi regurgitar, ou vomitar, como queiram.

Todos sabem que o urubu é considerado o lixeiro da natureza.

Tem uma incrível capacidade de comer qualquer coisa, até mesmo carne pútrida.

Por isso o conteúdo de seu estômago não é muito agradável.

E o cheiro, idem. 

Acabaram capturando o bicho, mas o ar ficou empesteado. 

A redação demorou para se recuperar do susto.

Da mesma forma que os faxineiros, que tiveram muito trabalho para limpar a sujeira toda.

A aventura do urubu aconteceu há muitos anos. 

O Jornal da Tarde nem existe mais.

Mas a ave e o pessoal que se espantou com os rasantes que ela deu no enorme salão do jornal servem como metáfora para o Brasil de hoje, invadido não só por um urubu, mas por um bando deles, cada qual com mais fome, cada qual mais disposto a se empanturrar com qualquer carcaça que encontre.

A diferença entre os dois casos é que agora quem vomita não é o urubu, mas o povo brasileiro, que, atônito com o apetite desses abutres, não sabe como se livrar deles.

Nem estimar quanto tempo será necessário para limpar, se algum dia eles forem embora, a sujeira que estão fazendo. 



O trio calafrio

August 29, 2017 16:19, by segundo clichê


Temer, Fufuca, Maia.

É inacreditável que um país de mais de 200 milhões de habitantes, PIB de cerca de US$ 2 trilhões, tenha essa trinca em sua cadeia de comando.

O Brasil nunca se rebaixou tanto.

Não é para rir.

É para chorar. 



Déficit primário do governo golpista não para de crescer

August 29, 2017 16:09, by segundo clichê


O desastre econômico provocado pelo governo golpista se aprofunda cada vez mais: a frustração de receitas no programa de regularização de ativos no exterior e de arrecadação de tributos pagos pelas instituições financeiras fizeram o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar o maior déficit primário da história em julho. É possível que a máquina pública entre em colapso brevemente, se o cenário fiscal não se alterar.

No mês passado, o resultado ficou negativo em R$ 20,152 bilhões, diante de déficit de 
R$ 19,227 bilhões em julho do ano passado. O déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.


Os números foram divulgados pelo Tesouro Nacional. De janeiro a julho, o déficit primário somou R$ 76,277 bilhões, também o pior resultado da história. Nos sete primeiros meses do ano passado, o resultado negativo somava R$ 55,693 bilhões. A comparação, no entanto, foi influenciada pela antecipação do pagamento de precatórios.

Tradicionalmente pagos em novembro e dezembro, eles passaram a ser pagos em maio e junho, piorando o resultado em R$ 18,1 bilhões. O Tesouro decidiu fazer a antecipação para economizar R$ 700 milhões com juros que deixam de ser atualizados.

Os precatórios são títulos que o governo emite para pagar sentenças judiciais transitadas em julgado (quando não cabe mais recurso). De acordo com o Tesouro Nacional, não fosse a antecipação, o déficit primário acumulado de janeiro a julho totalizaria R$ 58,2 bilhões. O resultado negativo, no entanto, continuaria recorde para o período.

De janeiro e julho, as receitas líquidas caíram 3,1%, descontada a inflação oficial pelo IPCA, mas as despesas totais ficaram estáveis, caindo 0,2%, também considerando o IPCA.

Segundo o Tesouro, apenas em julho, o déficit ficou R$ 4,5 bilhões maior em relação ao programado pelo governo. As receitas administradas pelo Fisco vieram R$ 6 bilhões abaixo do previsto. Isso ocorreu por causa de frustrações de R$ 4,6 bilhões na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, principalmente os pagos pelos bancos, e de R$ 1,4 bilhão com o programa de regularização de ativos no exterior, também conhecido como repatriação.

Em relação às despesas, a alta foi puxada pela Previdência Social e pelo funcionalismo público. Os gastos com os benefícios da Previdência Social subiram 6,9% acima da inflação nos sete primeiros meses do ano, por causa do aumento do valor dos benefícios e do número de beneficiários. Por causa de acordos salariais fechados nos dois últimos anos e da antecipação dos precatórios, os gastos com o funcionalismo acumulam alta de 10,9% acima do IPCA de janeiro a julho.

As demais despesas obrigatórias acumulam queda de 9,1%, também descontada a inflação oficial. O recuo é puxado pela reoneração da folha de pagamentos, que diminuiu em 27,9% a compensação paga pelo Tesouro Nacional à Previdência Social, e pela queda de 26,3% no pagamento de subsídios e subvenções. Também contribuiu para a redução o não pagamento de créditos extraordinários do Orçamento ocorridos no ano passado, que não se repetiram este ano.

As despesas de custeio (manutenção da máquina pública) acumulam queda de 10,5% em 2017 descontado o IPCA. A redução de gastos, no entanto, concentra-se nos investimentos, que totalizam R$ 19,953 bilhões e caíram 38,4% de janeiro a julho, em valores também corrigidos pela inflação.

Principal programa federal de investimentos, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) gastou R$ 12,066 bilhões de janeiro a julho, redução de 48%. O Programa Minha Casa, Minha Vida executou R$ 1,656 bilhão, retração de 55,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Essas variações descontam a inflação oficial. (Com informações da Agência Brasil)



Rendimento cai em quatro das cinco grandes regiões do país

August 29, 2017 15:34, by segundo clichê


Ronnie Aldrin Silva

Os dados do segundo trimestre de 2017 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral (PNADC Trimestral/IBGE) apontam que a renda do trabalhador recuou em quatro das cinco grandes regiões do país em 2017. Esta redução também pode ser observada em 15 dos 27 Estados da federação. Ao comparar tais resultados com a variação do trimestre anterior (primeiro de 2017 em relação ao quarto de 2016) percebe-se que a situação piorou, pois os trabalhadores de apenas sete Estados, e nenhuma grande região, haviam passado por tal situação.


Os trabalhadores das regiões Sudeste e Sul foram os mais afetados. A remuneração média reduziu-se em R$ 39,00 e R$ 22,00 respectivamente no 2º trimestre de 2017. A Região Norte foi a única que apresentou resultado positivo, com um aumento do rendimento real de R$ 14,00.

A queda no rendimento do trabalhador ocorre num momento crítico, exatamente quando o governo reduz e dificulta o acesso da população a direitos sociais e trabalhistas. Alguns Estados se destacaram negativamente nessa redução de renda e em um curto período, são eles: Roraima (R$ 89,00), Rio Grande do Norte (R$ 75,00), Sergipe (R$ 73,00), Espírito Santo e Rio de Janeiro (R$ 66,00), Mato Grosso (R$ 56,00) e São Paulo (R$ 49,00). 

O aumento da renda real ocorreu de forma mais significativa apenas nos Estados do centro-norte do país. Em Rondônia, Maranhão e Distrito Federal foi de R$ 59,00, no Amazonas R$ 63,00 e no Amapá, que teve o maior crescimento, de R$ 154,00 para a média dos 296 mil trabalhadores locais.

Os Estados onde os trabalhadores possuem as maiores médias de rendimentos são Distrito Federal, com R$ 3.726,00 e São Paulo, com R$ 2.743,00. No outro extremo, os ocupados de seis Estados apresentam remuneração média inferior a R$ 1.500, são eles: Maranhão (R$ 1.258,00), Alagoas (R$ 1.321,00), Ceará (R$ 1.361,00), Piauí (R$ 1.384,00), Pará 
(R$ 1.391,00) e Bahia (R$ 1.439,00). (Fundação Perseu Abramo; ilustração: Freepik)



Caravana de Lula promove encontro com Brasil real

August 29, 2017 15:20, by segundo clichê


Fernanda Estima

Lula do Brasil, Lula pelo Brasil, entre várias outras maneiras de nominar a caminhada do ex-presidente Lula pelo nordeste brasileiro, independente do nome ou das avaliações que façam deste enorme evento que percorre estradas e lugarejos, concretamente significa o reencontro de Lula e do PT com o país como ele de fato é.

A viagem pelo Brasil nordestino é uma constante aula de geografia: a paisagem muda, o modo como vivem nas várias cidadezinhas idem, a constatação das características regionais, a vegetação que muda, cabras e bodes no caminho que mostram o tempo todo que a vida é bem diversa daquela que se vive no Sul/Sudeste. Ainda bem!


Juntei-me à Caravana a partir de João Pessoa (PB), já percorri mais de 600 quilômetros e presenciei dúzias de atos espontâneos no percusso dos ônibus que acompanham Lula nesta jornada. O dia a dia do ônibus repleto de companheiras e companheiros da comunicação não é dos mais leves: horas de estrada, correria a cada parada, calor, sol e muita solidariedade.

Lula comprova a cada momento que sua popularidade não é uma simples tabela com números, como as que produzem os institutos de pesquisa. A comoção e correria com passagem e presença de Lula pelos lugarejos mais distantes dos grandes centros provam isso. A cada ato espontâneo no caminho da Caravana (e não são poucos), como os vários relatados pelas equipes de comunicação presentes, pode-se quase pegar com as mãos o carinho e amor expressados pela população mais humilde destes lugares.

Nesta terça-feira, 29 de agosto, a Caravana sai do Rio Grande do Norte com o sabor ainda fresco do gigante ato da noite anterior, em Mossoró, uma das cidades mais progressistas do povo potiguar, e parte em direção ao Ceará. O calor é intenso assim como a vontade das pessoas de chegar perto de Lula, falar com ele ou fazer uma selfie. No caminho, lágrimas, acenos e bandeiras, desejos de boa sorte e muita torcida por um futuro melhor para o país.

No Brasil real percorrido pela Caravana as pessoas são reais. Não são números ou estatísticas. E suas necessidades são mais reais ainda: ainda falta água apesar de vários avanços só possíveis durante os governos de Lula e Dilma, como os resultados da transposição do Rio São Francisco; ainda falta opção de emprego e renda; ainda falta muito para a qualidade de vida digna chegar a esses rincões.

Mesmo faltando, apesar das dificuldades variadas para a sobrevivência e criação dos filhos e filhas deste Brasilzão, o que essa gente sabe é que teve uma vida melhor durante as gestões federais protagonizadas pelo PT e seus governos. Sabem que as possibilidades de melhorar a vida eram reais e ocorriam: a escola e universidade chegaram, a água apareceu finalmente, os médicos foram até as comunidades, as comunidades formaram também seus médicos e as palavras de Lula nos palanques e palcos do caminho falam disso: “Antes vocês tinham que andar de jegue e hoje tá todo mundo de moto, antes o filho do pedreiro não podia ser engenheiro e agora pode sim." (Fundação Perseu Abramo; foto: Ricardo Stuckert)



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