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Motta

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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Comércio tem péssimo Dia dos Namorados

June 13, 2017 15:04, by segundo clichê


As vendas parceladas no Dia dos Namorados deste ano caíram 9,61% na comparação com o ano passado, indicam dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). As vendas vêm caindo já há algum tempo: -15,23% (2016), -7,82% (2015), -8,63% (2014), +7,72% (2013), +9,08% (2012), +10,80% (2011) e +7,23% (2010). 

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o resultado demonstra que a aguardada recuperação das vendas no varejo deverá ser, novamente, adiada. “Embora os juros estejam diminuindo e a inflação em patamar abaixo da meta, o comércio só deverá sentir os efeitos positivos do fim da recessão quando a recuperação econômica se refletir em aumento da renda e da empregabilidade, fato que ainda não aconteceu”, diz. 

Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o comprometimento da renda e a menor oferta de crédito forçou o brasileiro a comprar presentes à vista. “Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso optaram por presentes mais baratos e geralmente pagos à vista”, explica. 

Uma pesquisa do SPC Brasil e da CNDL já apontava que o pagamento em dinheiro seria utilizado por 69% dos compradores, com ticket médio de R$ 124,00. Roupas (30%), perfumes e cosméticos  (18%), calçados (11%), acessórios como cinto, óculos e bolsas (9%), flores (7%), chocolates (5%), jantares (4%) e smartphones (3%) lideraram a lista de presentes mais procurados.



A espantosa fala do pequeno estadista

June 13, 2017 10:32, by segundo clichê


Por mais que a gente sinta repulsa pelo minúsculo que habita o Jaburu, é preciso reconhecer uma coisa: o homúnculo é uma figuraça.

Pois não é que ele, acusado todos os dias de alguma nova diatribe, ao ponto de não se saber mais onde e quando a sua longa carreira delituosa teve início, ainda se mostra capaz de desafiar o povo brasileiro, que o rejeita na quase totalidade?

Se não, como entender o vídeo que exibe nas redes sociais desde segunda-feira, aparentemente para exibir bravatas?

Se bem que a gravação serve também para demonstrar, mais uma vez, que sua mente sofre um processo de deterioração, cujo sintoma mais evidente é a dissociação da realidade. 


“Nas democracias modernas, nenhum Poder impõe sua vontade ao outro. O único soberano é o povo, e não um só dos Poderes. E muito menos aqueles que eventualmente exerçam o Poder. Sob meu governo, o Executivo tem seguido fielmente essa determinação: não interfiro nem permito interferência indevida de um Poder sobre o outro. Em hipótese alguma, nenhuma intromissão foi ou será consentida”, disse o traíra, sem nem corar ou demonstrar sinais de que não era ele, mas um mamulengo bem acabado que falava tais disparates.

Indômito, incorporou o espírito de Winston Churchill, disse que não vai esmorecer e “o Brasil não vai parar”.

É muita coragem para um homem só! 

E o diminuto foi além nesse seu arroubo de bravura e determinação: segundo ele, as "reformas" trabalhista e previdenciária têm trazido o país de volta aos “trilhos do crescimento”. 

Ainda bem que suas palavras estão gravadas para a posteridade, pois se não a lição de moral que deu a seguir ficaria perdida para as gerações futuras: 

“Justamente no momento em que saímos da mais grave crise econômica de nossa história, quando havia sinais claros de que as reformas teriam maioria no Congresso Nacional, assacaram contra meu governo um conjunto de denúncias artificiais e montadas. O Estado Democrático de Direito não admite que as instituições públicas e seus responsáveis cometam ilegalidades sob qualquer justificativa ou motivo. Na democracia, a arbitrariedade tem nome: chama-se ilegalidade.”

Sem mencionar nomes, foi épico ao dizer que o “caminho que conduz da Justiça aos justiceiros é o mesmo caminho trágico da democracia à ditadura”, e, para firmar a sua imagem de estadista, soltou mais uma pérola: “Não permitirei que o Brasil trilhe este caminho. Não vou esmorecer.”

O fim de sua alocução, que deve ter lhe rendido os mais calorosos cumprimentos e, sem dúvida, foi capaz de elevar o ânimo dos brasileiros à estratosfera, também merece destaque.

Coroou um discurso memorável e perene:

“Com coragem e determinação, estou convencido que alcançaremos nossos objetivos de retomar crescimento e emprego sobre bases sustentáveis e seguras do conjunto de reformas mais ambiciosas e necessárias das últimas décadas. O Brasil não pode esperar. O Brasil não vai parar.”

Ah, ele lembrou ainda que seguirá “liderando o movimento” pela aprovação das "reformas".

Que os deuses de todas as religiões nos ajudem! (Carlos Motta)



A batalha no Congresso

June 12, 2017 15:33, by segundo clichê


João Guilherme Vargas Netto

Levando-se em conta a correlação de forças no Congresso Nacional (completamente encharcado pelo neoliberalismo rentista e temeroso dos desdobramentos das operações policiais e das cobranças dos sindicatos) o placar da votação do relatório Ferraço na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado foi apertado para o governo e para a deforma trabalhista.

Como ficou visível, o resultado de 14 a 11 somente foi possível com a compra de ausências e substituições de votantes; confirmou-se ainda o peso institucional da caneta de nomeações.

Persiste, portanto, a necessidade de continuar as pressões do movimento sindical e o apoio aos senadores que mantém forte oposição à deforma trabalhista, nas demais comissões e no plenário. A pressão militante do movimento sindical deve ser individual, homem a homem e coletiva com greve e manifestações a tempo e a hora.


A batalha contra as deformas deve persistir e se intensificar, já que ela se conjuga com a batalha sobre a ilegitimidade do próprio governo Temer, autor das deformas e refém do mercado.

Trata-se agora, no Senado, de aprovar emendas ao projeto aprovado na Câmara, o que acarretaria sua volta para uma nova votação dos deputados.

O esquema esdrúxulo engendrado pelo relator (aprovação literal do projeto que veio da Câmara e promessa de vetos e/ou medidas provisórias com alterações), que propiciou ilusões em alguns dos nossos, não deve se sustentar, levando-se em conta as aceleradas mudanças que a situação institucional atravessa.

Se modificações acontecem no Senado e o texto volta para a Câmara, provavelmente encontrará os deputados às voltas com a desorganização da base governista e até com a escolha de novo presidente ou com a continuação da irrelevância do atual, que seria um “pato manco” também para as deformas.

Em toda a luta prolongada diversas fases se sucedem com altos e baixos e reviravoltas espetaculares. O que não pode mudar é a pressão constante dos dirigentes e ativistas sobre os senadores e deputados, em suas bases, de maneira inteligente e com a força de greve e manifestações.

É preciso que o Diap auxilie o movimento sindical com informações precisas sobre os pontos sensíveis de pressão, de tal forma que nosso esforço, além de ser expressão da unidade de propósitos do movimento, seja também alavanca capaz de mudar a correlação, derrotando as deformas.

(João Guilherme Vargas Netto é membro do corpo técnico do Diap, consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo)



O movimento sindical para além das “reformas” de Temer

June 12, 2017 15:26, by segundo clichê


Marcos Verlaine

O movimento sindical está em evidência, talvez como nunca estivesse nos últimos 20 ou 30 anos. Atacado pelos três Poderes precisa construir sua própria agenda.

É fato que a chamada reforma trabalhista-sindical (PLC 38/17 - PL 6.787/16), em debate no Congresso Nacional, cuja proposta — aprovada pela Câmara e em vias de ser chancelada pelo Senado — criará mais adversidades para o movimento sindical, e precisa ser confrontada à altura pelos trabalhadores e suas organizações políticas e sociais.

O objetivo das profundas mudanças introduzidas no texto pela Câmara — para além do aumento da exploração da mão de obra e da maximização do lucro — é tornar o movimento sindical irrelevante, incapaz de agir e reagir à ampliação dos desequilíbrios que a “reforma” vai produzir nas relações de trabalho.


Mais que combater as “reformas” do governo Temer, que visam liquidar o Direito do Trabalho, dificultar e até inviabilizar o direito à aposentadoria e o acesso a outros benefícios previdenciários para a maioria da população, o movimento sindical precisa se valer dessa evidência para construir a sua agenda positiva e propositiva.

Defender-se e atacar

Trata-se, pois, de um jogo de xadrez. Defender-se dos ataques, que não são poucos, desferidos de todos os lados, e atacar, construindo uma agenda nacional para livrar-se do isolamento que o mercado quer impor à organização sindical.

É preciso, é necessário construir essa agenda nacional para fortalecer o movimento sindical. Do sindicato à central.

Em meio à crise de representação, originária da descrença nas instituições da democracia, e o sindicalismo faz parte disso, o movimento sindical pode colocar em curso uma grande campanha de sindicalização, com vistas ao fortalecimento da representatividade política, social e econômica das entidades.

O primeiro passo é sair da agenda defensiva. Sair não é abandonar. Sair significa construir pontes para a superação da crise.

O segundo passo é construir alternativas viáveis e consistentes para esse fortalecimento, que passa pela formação política dos dirigentes à base. Estamos numa disputa de narrativas, se o movimento sindical não se elaborar para fazer essa e outras disputas sucumbirá em meio às transformações tecnológicas existentes, que se aprofundarão com as reformas de cunho neoliberal, resgatadas pelo Consenso de Washington, que, por sua vez, foi resgatado pelo governo Temer.

A força e importância do sindicalismo

“O movimento sindical, como instrumento de defesa dos direitos e interesses da coletividade, em geral, e da classe trabalhadora, em particular, foi uma das conquistas do processo civilizatório, de um lado porque atua para promover melhor distribuição de renda, combatendo a desigualdade social, dentro do regime democrático no sistema capitalista, e, de outro, porque reconhece a existência do conflito e permite a sua solução de forma negociada, mediante regras e procedimentos quase sempre protegidos por lei.”

“O sindicalismo, como organização de luta e representação dos trabalhadores, surgiu no início do século 19 na Inglaterra, o país capitalista mais desenvolvido do mundo à época, com dupla motivação integrada: 1ª) revolta com o modo de produção capitalista e 2ª) necessidade de solidariedade, união e associativismo de ajuda mútua, base da formação da identidade política da classe trabalhadora, a partir da qual houve necessidade de ter e de projetar lideranças”. 

Introdução da cartilha atualizada e ampliada “Para que serve e o que faz o movimento sindical”, elaborada pelo Diap, que visa contribuir com a formação política do movimento sindical, entre outras com esse propósito.

Superexploração sem proteção legal

As crises econômica, política, social e ético-moral não irão acabar com a aprovação das “reformas” pelo Congresso Nacional. Talvez, pelo contrário, elas se aprofundarão e com componentes novos: 1) a superexploração da mão de obra, como jamais visto; e 2) sem proteções legais.

Assim, o movimento sindical precisa colocar-se à altura do desafio atual e dos que advirão no futuro bem próximo, com as transformações que não se anunciam alvissareiras para a classe trabalhadora!

(Marcos Verlaine é jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap)



O Mr. Hyde que habita os nossos doutores

June 12, 2017 11:14, by segundo clichê


Até outro dia eu e milhões de outros brasileiros ordinários não tinham a menor ideia sobre quem eram os ministros do Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal Superior Eleitoral. Também eram raros os que ouviam falar de algum processo que esses tribunais julgavam. Os jornalões, quando em vez, noticiavam alguma coisa, mas nada que fizesse a gente sentir que, acima de todos nós, pairando no céu da justiça, havia um grupo de homens impolutos de capas pretas, a resguardar, resolutos, a integridade da carta magna que orienta a sociedade brasileira.

Os integrantes do Judiciário eram figuras desconhecidas do populacho.

A gente sabia apenas que eles deveriam ser tratados por doutores, talvez por serem mais sábios que nós, talvez porque, no nosso imaginário, eles eram mesmo especiais, aquelas pessoas que vêm ao mundo para melhorá-lo, ajudando a diminuir as injustiças e a desigualdade.

Ninguém contestava a posição social desses doutores, tampouco a sua honestidade ou a sua competência.

Vez ou outra, é claro, estourava um escândalo, algum meritíssimo era apanhado com a boca na botija, fazendo o que não devia, mas esses eram casos tão raros que confirmavam a impressão de que a integridade moral e ética dos nossos doutores era a regra, não a exceção.

Bem, assim era no Brasil de outrora, aquele do qual a nossa memória ainda guarda alguns relances, uns poucos flashes em preto e branco, que dia a dia se esvanecem na brutalidade dos tempos atuais.

Hoje, juízes, promotores e ministros dos tribunais superiores são figurinhas fáceis no noticiário cotidiano.

Estão em toda parte, frequentam todos os veículos de comunicação, são requisitados para falar sobre os temas mais variados, dão autógrafos e participam de "selfies", essa fácil forma contemporânea de exibir o narcisismo.

Nossos doutores não resistem aos famosos 15 minutos de fama.

O problema é que toda essa superexposição tem sido cruel para alguns deles - sem as togas, ficam nus, e assim despidos, revelam publicamente o Mr. Hyde por trás da máscara do diligente Dr. Jekyll, que usam para esconder suas limitações, seus preconceitos e sua ignorância.

A cada entrevista que dão, a cada julgamento televisado de que participam, os nossos doutores expõem, de maneira trágica, todas as mazelas do Judiciário brasileiro, e fazem o cidadão comum perceber que eles estão muito longe de serem sábios, especiais, ou sequer exemplos de ética e moral. 

Suas sentenças soam não lições de lucidez, mas sim como admissão do mais repulsivo cinismo e sórdida hipocrisia. (Carlos Motta)



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