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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Biblioteca escolar modelo será apresentada na Bienal do Livro

August 1, 2018 15:26, by segundo clichê


De 3 a 12 de agosto quem visitar a 25ª Bienal Internacional do livro, no Pavilhão do Anhembi – São Paulo, terá a oportunidade de conhecer uma biblioteca escolar modelo.

Com cerca de 50 m², a biblioteca modelo conta com um rico acervo de livros, mobiliário arrojado, sistema informatizado para pesquisa e empréstimo de materiais, além de uma programação cultural, voltada para o incentivo à leitura. Sempre com a participação ativa de um bibliotecário, mostrando como uma biblioteca bem estruturada deve ser.


A ideia do estande,  organizado  pelo Conselho Regional de Biblioteconomia -  8ª região (CRB-8), é sensibilizar a população, os profissionais e as instituições sobre a Lei 12.244/2010, que regulamenta que todas as instituições de ensino públicas e privadas do Brasil tenham bibliotecas até 2020. A legislação, sancionada em 24 de maio de 2010, também determina que   todos os gestores providenciem um acervo de, no mínimo, um livro para cada aluno matriculado.


“Faltando menos de dois anos para o fim do prazo, ainda muito precisa ser feito, mas a lei foi um grande avanço e precisa ser aplicada. A biblioteca escolar é um direito de toda a sociedade. No Estado de São Paulo, há décadas, se ressente da falta de bibliotecas nas escolas públicas. A função do poder público é criar esses espaços fundamentais para que o estudante aproprie-se de informações e cultura em perspectiva crítica e criativa. Sempre com a presença do bibliotecário”, diz a presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia - 8ª região, Regina Céli de Sousa.


Mas é preciso ficar atento com a instalação em larga escala das bibliotecas escolares. Uma biblioteca escolar não se faz por um amontoado de livros. É preciso que haja padrões.  Qual a quantidade mínima de publicações? Qual espaço físico precisa dispor para acomodar o acervo? Por que o acervo da biblioteca deve ser catalogado e estar ao alcance do leitor? É necessário ter internet? Qual horário ideal de funcionamento? Para responder essa e outras questões, o Conselho Federal de Biblioteconomia definiu os parâmetros a serem adotados para a estruturação e o funcionamento das bibliotecas escolares, por meio da Resolução CFB nº. 199 de 3 de julho de 2018. Esses parâmetros podem ser conferidos aqui: http://repositorio.cfb.org.br/handle/123456789/1313


“Todos sabem da importância da biblioteca escolar, pois a leitura é um dos melhores instrumentos para disseminar ideias. Além de um bom acervo e equipamentos adequados, é fundamental a presença do bibliotecário para estimular que o aluno saiba selecionar, processar informações e estabelecer vínculos entre elas. Hoje, o bibliotecário, mais que um especialista técnico, desempenha um papel ativo, um agente de mudanças sociais”, explica Regina Céli.


Regina destaca ainda que a profissão de bibliotecário mudou muito nos últimos anos e que o profissional vem cada dia mais se especializando, adotando práticas inovadoras de incentivo à leitura, ação cultural e a tecnologia aplicada aos produtos e serviços da biblioteca.


Atividades culturais para a família


Além de conhecer a biblioteca modelo, simular empréstimos de livros por meio de tecnologia de ponta, poder ler e folhear as publicações no estande da biblioteca, as crianças, professores e as famílias poderão participar de uma série de atividades incríveis que tem como objetivo incentivar o gosto pela leitura. 


A programação terá contação de histórias, trava-línguas, peças pedagógicas para montar, jogos de literatura (termômetro e dominó literário), declamação de poesias e do Cordel, entre outras.


Petição pública


Pensando em ampliar o olhar sobre a biblioteca escolar e buscar novos espaços de debate o CRB-8 criou o abaixo-assinado convocando a sociedade e os setores público a ampliar a discussão sobre as bibliotecas escolares, assim como a criação de sistemas e redes de bibliotecas escolares em instituições públicas no âmbito municipal, estadual e nas particulares com a devida contratação do profissional bibliotecário.


Se você é a favor que todas as escolas do país tenham bibliotecas, pode engrossar o coro e participar da Campanha Biblioteca Escolar para Todos. A campanha será lançada durante a 25ª Bienal Internacional do livro, mas você já pode assinar, clicando aqui: http://www.peticaopublica.com.br/viewsignatures.aspx?pi=BR107124


Livros serão doados


Os livros disponibilizados pelas empresas parceiras para a montagem da biblioteca escolar modelo, que ficará exposta durante a 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, serão doados pelo CRB-8 depois da realização do evento. São livros didáticos, paradidáticos, infantis e infanto-juvenis, que serão disponibilizados em lotes para bibliotecas escolares ou comunitárias.


O evento tem apoio cultural das empresas: Grupo Autêntica, Editora Brasiliense, Global Editora, L&PM Editores, Panda Books, Editora Dimensão, Brinque Book, Editora 34, Escola Lourenço Castanho, Editora Peirópolis, i10 Bibliotecas - software da Práxis, Biccateca-mobiliário, Bibliotheca, Modal - ABCD Library.


Cédula de identidade profissional


Bibliotecários que passarem pelo estande do CRB-8, durante a 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, podem emitir e já sair com sua Cédula de Identidade de Bibliotecário (CIB) com todos os dados. Basta levar cópia simples e o original dos seguintes documentos: RG, CPF, título eleitoral, certidão de estado civil e uma foto (3x4) em fundo branco. Se quiser adiantar o processo, pode levar preenchido o formulário de atualização cadastral que se encontra no site: www.crb8.org.br


O CRB-8 também disponibilizará para bibliotecários, professores  e estudantes uma série de eventos como: Leitura sob diferentes perspectivas de linguagem: Tecendo a trama com Angélica Miyuki Farias (UNIFAI) (dia 3 às 16h); Lançamento do livro “A biblioteca de Foucault: reflexões sobre ética, poder e informação”, com Cristian Brayner (dia 4, às 19h); RPG em bibliotecas e escolas: o que é e como aplicar, por Vitor Emanuel (dia 10, às 13h); Bate papo: Fake News, com Tania Callegaro (FESPSP) e Eugênio Bucci (ECA-USP) ( dia 12, às 18h15) .


Serviço


25ª Bienal Internacional do livro, no Pavilhão do Anhembi – São Paulo/SP
Conselho Regional de Biblioteconomia -  8ª região apresenta Biblioteca Modelo
Data: 3 a 12 de agosto. Segunda à sexta das 9h às 22h – De sábado e domingo das 10h às 22h
Ações culturais: contação de histórias, trava-línguas, peças pedagógicas para montar, jogos literários (termômetro e dominó literário), declamação de poesias e do Cordel, lançamento de livro entre outras. (Grátis)
Confira a programação completa em: http://www.crb8.org.br/programacao-do-crb-8-na-bienal-do-livro/
Livre
Local Pavilhão de Exposições do Anhembi: Av. Olavo Fontoura, 1209, Santana, São Paulo, SP
Ingressos: R$25,00 (inteira) e R$12,50 (meia)
Gratuito para professores, bibliotecários com credenciamento no site da Bienal do Livro: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Contato/Credenciamento-de-Profissionais/ 



NOW tem disponível 16 indicados ao Emmy

August 1, 2018 9:45, by segundo clichê


Dezesseis produções indicadas para o Emmy, prêmio concedido pela Academia de Artes e Ciências Televisivas dos Estados Unidos, estão à disposição dos clientes da Net e Claro TV no canal por assinatura NOW.
 

Os conhecidos do público Games Of Thrones – produção que lidera a disputa com 22 indicações – West World e This Is Us concorrem na categoria Melhor Série Dramática.
 

A categoria Melhor Atriz em Série Cômica traz nome como Tracee Ellis Ross, de Black-Ish, e Issa Rae, protagonista de Insecure. Além deles, Barry, Silicon Valley e Segura a Onda (Curb Your Enthusiasm) completam o time de indicados a categoria Melhor Série Cômica. 
 

Em Genius: Picasso, o ator espanhol Antonio Banderas (foto) interpreta o mestre da pintura, Pablo Picasso. Sua atuação foi aclamada pela crítica e a série concorre em duas categorias este ano: Melhor Minissérie e Melhor Ator em Minissérie ou Filme Feito Para TV.
 

Paterno e Fahrenheit 451 concorrem a Melhor filme Feito Para TV. Paterno conta com Al Pacino como protagonista e narra como o aclamado treinador de futebol americano universitário Joe Paterno lidou com as acusações contra um de seus membros mais importantes da comissão técnica, Jerry Sandusky.
 

Em Fahrenheit 451, adaptação do livro de Ray Bradbury, uma distópica sociedade do futuro bane todos os materiais de leitura e o trabalho dos bombeiros é queimar os livros à temperatura de 451 graus.
 

Os títulos podem ser acessados em Séries > Indicados EMMY 2018. O NOW está disponível para clientes da NET e Claro TV pelo site nowonline.com.br ou aplicativo para tablets e smartphones e também pela TV, no canal 1 do controle remoto.
 

Confira os títulos indicados:

·         Game of Thrones
·         This is Us
·         Westworld
·         Atlanta
·         Black-ish
·         Silicon Valley
·         Segura a Onda (Curb Your Entusiasm)
·         Barry
·         Genius: Picasso
·         Homeland
·         Insecure
·         Will & Grace
·         Law & Order True Crime - The Menendez Murders
·         Last Week Tonight with John Oliver
·         Paterno
·         Fahrenheit 451

 



Villa-Lobos vai às escolas

August 1, 2018 9:30, by segundo clichê


De 10 a 14 de agosto, a pesquisadora, cantora e regente Dani Mattos (foto) ministra a oficina “Villa-Lobos Para Todos” para educadores da rede estadual das cidades de Guararapes, Andradina e Fernandópolis. As atividades formativas fazem parte da 4ª  edição do Festival de Música Instrumental (MIA) que será realizado na cidade de Araçatuba entre os dias 23 e 26 de agosto.

“Villa-Lobos Para Todos” é uma oficina de musicalização e capacitação artístico-musical para educadores. E propõe diversas maneiras de vivenciar a música e seus elementos de forma lúdica e divertida, sempre em grupo. No encontro, pretende-se mostrar como a música pode ser trabalhada pelos professores, sem a necessidade de instrumentos musicais e de especialização. A oficina conta com exercícios e práticas de musicalização pesquisadas pela regente em seus 20 anos de trabalho frente a grupos vocais e outras formações musicais. O objetivo é que os educadores possam levar a música para o processo de ensino-aprendizagem.


O repertório trabalhado na oficina é baseado na pesquisa de músicas infantis brasileiras de Heitor Villa-Lobos. Com seu “Guia Prático”, o compositor propõe arranjos vocais simples, singelos e geniais ao nosso cancioneiro infantil. “A proposta desse projeto é relembrar e/ou fazer conhecer as canções folclóricas brasileiras infantis. Através dos arranjos maravilhosos e simples de Villa-Lobos a oficina propõe um momento de união e aprendizado em torno desta preciosa herança de nossa cultura”, explica Dani Mattos.


O Festival de Música Instrumental (MIA) é realizado dentro do Programa Oficinas Culturais, gerenciadas pela POIESIS, e em parceria com o Projeto Guri e a Prefeitura Municipal de Araçatuba, além das oficinas formativas, a cidade de Araçatuba também será palco de dezenas de atividades que propõe diversas maneiras de vivenciar a música e seus elementos.


Dani Mattos nasceu e cresceu na cidade de São Paulo. Atuou como regente em Ilhabela de 1999 a 2003. Fez cursos complementares de regência com Marcos Leite e Roberto Gnatalli, em Londrina.


Ainda em Ilhabela, realizou trabalho de pesquisa da cultura caiçara, supervisionado pela folclorista Iracema França. Com o Coral São João, criou apresentações interativas e didáticas em escolas da rede pública, trabalhando os elementos musicais com os alunos e professores. Para isso, desenvolveu o Projeto “Villa-Lobos Para Crianças”, baseado no “Guia Prático” do autor, no qual ele cria arranjos simples para o cancioneiro infantil brasileiro. Além do  grupo vocal Poucas & Boas criado em 2004, a cantora e regente Dani Mattos formou em 2008 o conjunto “Toque de Bambas” e , em 2013,  Dani Mattos Quartet.

Serviço


Oficina musical “Villa Lobos Para Todos” com a regente Dani Mattos
Locais:
10/8 - Oficina em Guararapes (8h às 17h30) -  Biblioteca Municipal - Piso Superior
11/8 - Oficina em Andradina (9h às 18h) - Centro Cultural Pioneiro de Andradina
13/8 e 14/8 - Oficinas em Fernandópolis (19h às 23h) -  Teatro Municipal de Fernandópolis
Informações: www.oficinasculturais.org.br
Dani Mattos: http://danimattos.com.br/projetos/



Bombom leva histórias e o "Vamos a La Playa" ao palco, 33 anos depois

August 1, 2018 9:22, by segundo clichê



Na quinta-feira, 9 de agosto, às 20 horas, a rádio Educativa FM de Piracicaba vai gravar, na unidade do Sesc da cidade, uma edição especial do programa “Resgate 105”, que é exibido há 12 anos na emissora: os convidados são os ex-integrantes do grupo Bombom, uma das "boy bands" brasileiras mais famosas da década de 1980, que tocarão músicas próprias e de artistas da época e falarão sobre os anos em que fizeram sucesso. O programa vai ao ar no dia 25, sábado, às 14 horas.

Os integrantes da banda que se reencontrarão no palco do Sesc Piracicaba são hoje senhores na faixa dos 50 anos que nunca perderam o gosto pela música - e pela carreira musical. 

Sandro Haick se tornou um dos principais músicos do país, multi-instrumentista que produziu inúmeros artistas e gravou vários discos, tendo, durante vários anos, acompanhado Dominguinhos por suas andanças. Atualmente, trabalha intensamente no seu estúdio, toca no grupo Os Incríveis, com seu pai Netinho, desenvolve o curso online “O segredo da música", com quase mil alunos, e ministra oficinas e workshops por todo o Brasil.

Fernando Seifarth, conhecido como Dino no Bombom, formou-se em Direito no Largo de São Francisco e ingressou na magistratura paulista, sendo atualmente juiz da Vara da Família em Piracicaba. Passou a ter a música como hobby e fez uma verdadeira imersão no jazz cigano, gênero criado pelo belga Django Reinhardt. Fundou o grupo “Hot Club de Piracicaba” em 2008, com o qual gravou três CDs e produz o Festival de Jazz Manouche de Piracicaba desde 2013.

Marcelo Papini seguiu a carreira solo como cantor e compositor e foi um dos fundadores do grupo Vexame com a atriz Marisa Orth.

Paulo Roberto Rozani trabalha na Izzo, fabricante de instrumentos musicais, e mantém contato com os artistas brasileiros, tocando eventualmente contrabaixo em jam sessions. 

A história do Bombom se confunde com a de seu maior sucesso. No ano de 1983, “Vamos a la Playa”, composição de S. Righi e C. Labionda, havia estourado na Europa. A CBS, uma das principais gravadoras da época no país, queria lançar a música no Brasil, com uma versão em português. A empresa também estava interessada em formar uma “boy band” à semelhança do famoso grupo de Porto Rico “Menudos”, que estava em bastante evidência.

Enquanto isso ocorria, o músico Luiz Franco Thomaz, o Netinho, ex-baterista do grupo “Os incríveis “, estava impressionado com o talento de seu jovem filho Sandro que, com apenas 12 anos de idade, já se revelava um excelente baterista. Netinho decidiu então que chegara o momento de Sandro integrar um grupo musical. E começou a garimpar outros jovens talentos.

Marcelo Papini, com 17 anos à época, foi apresentado a Netinho pelo publicitário Sidney Biondani, para ser o vocalista e guitarrista, e Fernando Seifarth, o “Dino”, com 15 anos, pelo músico Joel Soares, para ocupar a posição de baixista. Foi então formado o trio Sandro, Marcelo e Dino, que começou a ensaiar no escritório de Netinho na Rua 23 de Maio, em São Paulo. As primeiras músicas foram “Eu sou Boy” (Magazine), Bem-Te-Vi (Renato Terra) e ET (composição de Sandro).


Alguns encontros depois, surgiu a ideia de se convidar um quarto integrante, e Paulo Roberto Rozani se juntou ao grupo.

A banda foi batizada como “Bombom”, nome escolhido por Netinho e Sidney Biondani. Sempre que indagados a respeito da origem do nome, os músicos respondiam: bom duas vezes e gostoso.

A partir daí, as coisas começaram a acontecer muito rapidamente para os garotos. Netinho reservou um horário no estúdio da TV Gazeta e ali o grupo gravou o seu primeiro demo, com a música “ Belo Plug-Ug”, de Wyllie, Netinho e Gilberto Santamaria. Com ela, a banda participou de alguns programas no SBT e na Gazeta, o primeiro deles no "Almoço com as Estrelas", apresentado pelo casal Aírton e Lolita Rodrigues.

Em seguida, Netinho organizou uma turnê pelo Paraná com seu projeto pessoal “Amor e Caridade”, e o Bombom fez os shows de abertura. Grandes palcos, programas de rádio e TV, notícias em jornais, equipamentos de primeira, viagem pelas estradas com um ônibus próprio: a excursão empolgou os jovens músicos.

Na volta a São Paulo, Netinho recebeu o contato da CBS e o convite para o Bombom integrar os quadros da empresa e gravar um compacto simples - é bom lembrar que o CD ainda não existia. O compacto simples era um disco de vinil menor, que geralmente continha somente duas músicas, uma de cada lado.


Os garotos foram para o recém-construído estúdio Transamérica, que se situava ao lado da rádio com o mesmo nome, na Rua Pio XI, em São Paulo. Lá, com o convidado Nico Rezende nos teclados, tocaram e cantaram a versão brasileira de  “Vamos a la Playa”,  escrita por Kamargus, com produção de Luis Carlos Maluly. O registro foi feito pelo técnico de gravação Roberto Marques. Para o lado B do compacto, foi regravada a música “Belo Plug-Ug”.

Carlos Freitas, irmão de Dino, que veio a se tornar engenheiro de masterização da Classic Master, foi acompanhar as gravações e logo passou a trabalhar no estúdio como assistente, chegando até a seu gerente em poucos anos.

Produzir a capa do compacto, de Sidney Biondani, com fotos de Williams Biondani e Roberto Donaire, foi outra experiência nova e exaustiva para o grupo: fotos profissionais, roupas, maquiagem, tudo era novidade para a banda. 

O compacto foi lançado no fim de 1983 e se transformou num grande sucesso de vendas. Netinho passou a ser o empresário e produtor da banda, que gravou seu primeiro videoclipe em praias do Rio de Janeiro.

A partir daí o Bombom começou o trabalho de divulgação de “Vamos a la Playa” e passou a participar de todos os programas de auditório da época, nas várias emissoras de televisão: Chacrinha, Bolinha, Raul Gil, Qual é a Música (Silvio Santos), Barros de Alencar, Bozo, Dácio Campos, J. Silvestre, Serginho Leite, Xuxa e Viva a Noite (Gugu Liberato), entre outros.


Para ir gravar no Chacrinha, o grupo viajava pela Varig na “ponte aérea Rio-São Paulo”, nos lendários aviões Electra. No fundo da aeronave, havia uma espécie de sala, onde frequentemente a banda se encontrava com artistas de novelas.

Já os músicos famosos na época eram contatados pelos garotos nos programas de TV. Foi neles que eles conheceram os colegas do Magazine, Paralamas do Sucesso, Metrô, Rádio-Táxi, Dr. Silvana e Cia, Grafitte, Ultraje a Rigor, Blitz... “Tive o privilégio de conhecer pessoalmente o pessoal do 14 BIS, de quem eu era grande fã", diz Fernando Seifarth. "Me lembro de que pedi ao Claudio Venturini me mostrar como ele fazia o solo de As 4 Estações de Vega, do álbum A idade da Luz."

Vários programas de TV foram marcantes para os garotos, alguns deles inusitados, como o de Raul Gil, gravado na Ilha Porchat, com o grupo As Patotinhas, que se passava no fundo do mar. Também nesse programa a banda saiu-se vitoriosa de uma competição com outros grupos. “Ganhamos quatro skates Bandeirantes”, recorda Fernando.

No programa “Qual é a Música”, a banda competiu com Marco Camargo, Ovelha e Angra. Perdeu dessa terceira. Afinal, eram jovens, sem experiência de tocar em bailes, e não tinham tanto conhecimento de nomes e letras de canções de vários estilos e épocas. “No programa do Barros de Alencar, perdemos uma competição para nossas amigas do grupo Patotinhas, que conheciam bastante a música brasileira", diz Fernando. "Os programas eram incríveis, não havia roteiro e as competições eram francas e reais, e no fim das contas nos divertíamos e ríamos muito quando posteriormente os assistíamos.” 

O Bombom também participou de uma temporada de alguns dias de shows no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, promovidos pela Rede Globo e apresentado por César Filho, junto com Magazine, Fabio Junior, Eduardo Dusek e Eletric Boogies.

Outro evento marcante foi a “descida do Papai Noel” no estádio do Morumbi, lotado por mais de 100 mil pessoas. Vários artistas se apresentaram. “Bem no momento da nossa performance, apareceu aquela mensagem 'interrompemos a transmissão por problemas técnicos...' Mas, enfim, pude conhecer o vestiário do São Paulo Futebol Clube”, lembra Fernando.

O grupo fez turnês em várias cidades nos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso, São Paulo e Paraná. No interior de São Paulo, participou de shows organizados por Raul Gil e Gugu Liberato. Na capital, tocou em danceterias famosas na época, como a Rádio Club. No Paraná, em Santa Helena, a banda participou, em janeiro de 1985, de um festival de rock, o “Oeste Rock show”, às margens do lago Itaipu, com os grupos Rádio Táxi, Grafitte, Absyntho e Metrô, entre outros.

Em razão do grande sucesso de “Vamos a la Playa”, o Bombom chegou a ser protagonista de uma campanha publicitária da pasta de dentes Kolynos Gel, produzida pela agência TVC, com exibição do comercial nos cinemas e na TVC.

Na mesma época, a CBS solicitou a gravação de um Long Play (LP), que foi produzido por Luis Carlos Maluly, com músicas autorais do grupo e versões brasileiras de canções que eram sucesso na Europa. As músicas foram arranjadas por Lincoln Olivetti, que tocou todos os teclados, e o disco teve a participação do guitarrista Robson Jorge. O grupo emplacou um novo sucesso na rádio, a música “Parque dos Sonhos”. "Fada", composição de Léo Jaime, cantada por Sandro Haick, também mereceu destaque na mídia. A capa do LP outro destaque, foi feita por Sidney Biondani. As duas músicas ganharam videoclipes.

Os quatro integrantes do grupo não se limitavam a cantar - eram músicos e tocaram seus instrumentos na gravação. O vocalista principal era Marcelo Papini, mas os outros integrantes faziam os backing vocals. 

No fim de 1984, a banda gravou um novo single, “Mexe Baby”, que foi parte da coletânea “Rock Wave” da CBS, com artistas como RPM, Rádio-Táxi, Sempre-Livre, Metrô e Léo Jaime, entre outros. Durante 1985, o grupo fez shows por todo o país e programas de TV, até que veio a se dissolver no fim do ano.



Bombom, do "Vamos a La Playa", volta ao palco, 33 anos depois

July 31, 2018 17:32, by segundo clichê




Na quinta-feira, 9 de agosto, às 20 horas, a rádio Educativa FM de Piracicaba vai gravar, na unidade do Sesc da cidade, uma edição especial do programa “Resgate 105”, que é exibido há 12 anos na emissora: os convidados são os ex-integrantes do grupo Bombom, uma das "boy bands" brasileiras mais famosas da década de 1980, que tocarão músicas próprias e de artistas da época e falarão sobre os anos em que fizeram sucesso. O programa vai ao ar no dia 25, sábado, às 14 horas.

Os integrantes da banda que se reencontrarão no palco do Sesc Piracicaba são hoje senhores na faixa dos 50 anos que nunca perderam o gosto pela música - e pela carreira musical. 
 
Sandro Haick se tornou um dos principais músicos do país, multi-instrumentista que produziu inúmeros artistas e gravou vários discos, tendo, durante vários anos, acompanhado Dominguinhos por suas andanças. Atualmente, trabalha intensamente no seu estúdio, toca no grupo Os Incríveis, com seu pai Netinho, desenvolve o curso online “O segredo da música", com quase mil alunos, e ministra oficinas e workshops por todo o Brasil.
 
Fernando Seifarth, conhecido como Dino no Bombom, formou-se em Direito no Largo de São Francisco e ingressou na magistratura paulista, sendo atualmente juiz da Vara da Família em Piracicaba. Passou a ter a música como hobby e fez uma verdadeira imersão no jazz cigano, gênero criado pelo belga Django Reinhardt. Fundou o grupo “Hot Club de Piracicaba” em 2008, com o qual gravou três CDs e produz o Festival de Jazz Manouche de Piracicaba desde 2013.
 
Marcelo Papini seguiu a carreira solo como cantor e compositor e foi um dos fundadores do grupo Vexame com a atriz Marisa Orth.

Paulo Roberto Rozani trabalha na Izzo, fabricante de instrumentos musicais, e mantém contato com os artistas brasileiros, tocando eventualmente contrabaixo em jam sessions. 


A história do Bombom se confunde com a de seu maior sucesso. No ano de 1983, “Vamos a la Playa”, composição de S. Righi e C. Labionda, havia estourado na Europa. A CBS, uma das principais gravadoras da época no país, queria lançar a música no Brasil, com uma versão em português. A empresa também estava interessada em formar uma “boy band” à semelhança do famoso grupo de Porto Rico “Menudos”, que estava em bastante evidência.

Enquanto isso ocorria, o músico Luiz Franco Thomaz, o Netinho, ex-baterista do grupo “Os incríveis “, estava impressionado com o talento de seu jovem filho Sandro que, com apenas 12 anos de idade, já se revelava um excelente baterista. Netinho decidiu então que chegara o momento de Sandro integrar um grupo musical. E começou a garimpar outros jovens talentos.

Marcelo Papini, com 17 anos à época, foi apresentado a Netinho pelo publicitário Sidney Biondani, para ser o vocalista e guitarrista, e Fernando Seifarth, o “Dino”, com 15 anos, pelo músico Joel Soares, para ocupar a posição de baixista. Foi então formado o trio Sandro, Marcelo e Dino, que começou a ensaiar no escritório de Netinho na Rua 23 de Maio, em São Paulo. As primeiras músicas foram “Eu sou Boy” (Magazine), Bem-Te-Vi (Renato Terra) e ET (composição de Sandro).


Alguns encontros depois, surgiu a ideia de se convidar um quarto integrante, e Paulo Roberto Rozani se juntou ao grupo.
 

A banda foi batizada como “Bombom”, nome escolhido por Netinho e Sidney Biondani. Sempre que indagados a respeito da origem do nome, os músicos respondiam: bom duas vezes e gostoso.

A partir daí, as coisas começaram a acontecer muito rapidamente para os garotos. Netinho reservou um horário no estúdio da TV Gazeta e ali o grupo gravou o seu primeiro demo, com a música “ Belo Plug-Ug”, de Wyllie, Netinho e Gilberto Santamaria. Com ela, a banda participou de alguns programas no SBT e na Gazeta, o primeiro deles no "Almoço com as Estrelas", apresentado pelo casal Aírton e Lolita Rodrigues.

Em seguida, Netinho organizou uma turnê pelo Paraná com seu projeto pessoal “Amor e Caridade”, e o Bombom fez os shows de abertura. Grandes palcos, programas de rádio e TV, notícias em jornais, equipamentos de primeira, viagem pelas estradas com um ônibus próprio: a excursão empolgou os jovens músicos.

Na volta a São Paulo, Netinho recebeu o contato da CBS e o convite para o Bombom integrar os quadros da empresa e gravar um compacto simples - é bom lembrar que o CD ainda não existia. O compacto simples era um disco de vinil menor, que geralmente continha somente duas músicas, uma de cada lado.


Os garotos foram para o recém-construído estúdio Transamérica, que se situava ao lado da rádio com o mesmo nome, na Rua Pio XI, em São Paulo. Lá, com o convidado Nico Rezende nos teclados, tocaram e cantaram a versão brasileira de  “Vamos a la Playa”,  escrita por Kamargus, com produção de Luis Carlos Maluly. O registro foi feito pelo técnico de gravação Roberto Marques. Para o lado B do compacto, foi regravada a música “Belo Plug-Ug”.
 
Carlos Freitas, irmão de Dino, que veio a se tornar engenheiro de masterização da Classic Master, foi acompanhar as gravações e logo passou a trabalhar no estúdio como assistente, chegando até a seu gerente em poucos anos.
 
Produzir a capa do compacto, de Sidney Biondani, com fotos de Williams Biondani e Roberto Donaire, foi outra experiência nova e exaustiva para o grupo: fotos profissionais, roupas, maquiagem, tudo era novidade para a banda. 
 
O compacto foi lançado no fim de 1983 e se transformou num grande sucesso de vendas. Netinho passou a ser o empresário e produtor da banda, que gravou seu primeiro videoclipe em praias do Rio de Janeiro.
 

A partir daí o Bombom começou o trabalho de divulgação de “Vamos a la Playa” e passou a participar de todos os programas de auditório da época, nas várias emissoras de televisão: Chacrinha, Bolinha, Raul Gil, Qual é a Música (Silvio Santos), Barros de Alencar, Bozo, Dácio Campos, J. Silvestre, Serginho Leite, Xuxa e Viva a Noite (Gugu Liberato), entre outros.


Para ir gravar no Chacrinha, o grupo viajava pela Varig na “ponte aérea Rio-São Paulo”, nos lendários aviões Electra. No fundo da aeronave, havia uma espécie de sala, onde frequentemente a banda se encontrava com artistas de novelas.
 
Já os músicos famosos na época eram contatados pelos garotos nos programas de TV. Foi neles que eles conheceram os colegas do Magazine, Paralamas do Sucesso, Metrô, Rádio-Táxi, Dr. Silvana e Cia, Grafitte, Ultraje a Rigor, Blitz... “Tive o privilégio de conhecer pessoalmente o pessoal do 14 BIS, de quem eu era grande fã", diz Fernando Seifarth. "Me lembro de que pedi ao Claudio Venturini me mostrar como ele fazia o solo de As 4 Estações de Vega, do álbum A idade da Luz."
 
Vários programas de TV foram marcantes para os garotos, alguns deles inusitados, como o de Raul Gil, gravado na Ilha Porchat, com o grupo As Patotinhas, que se passava no fundo do mar. Também nesse programa a banda saiu-se vitoriosa de uma competição com outros grupos. “Ganhamos quatro skates Bandeirantes”, recorda Fernando.
 

No programa “Qual é a Música”, a banda competiu com Marco Camargo, Ovelha e Angra. Perdeu dessa terceira. Afinal, eram jovens, sem experiência de tocar em bailes, e não tinham tanto conhecimento de nomes e letras de canções de vários estilos e épocas. “No programa do Barros de Alencar, perdemos uma competição para nossas amigas do grupo Patotinhas, que conheciam bastante a música brasileira", diz Fernando. "Os programas eram incríveis, não havia roteiro e as competições eram francas e reais, e no fim das contas nos divertíamos e ríamos muito quando posteriormente os assistíamos.” 

O Bombom também participou de uma temporada de alguns dias de shows no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, promovidos pela Rede Globo e apresentado por César Filho, junto com Magazine, Fabio Junior, Eduardo Dusek e Eletric Boogies.

Outro evento marcante foi a “descida do Papai Noel” no estádio do Morumbi, lotado por mais de 100 mil pessoas. Vários artistas se apresentaram. “Bem no momento da nossa performance, apareceu aquela mensagem 'interrompemos a transmissão por problemas técnicos...' Mas, enfim, pude conhecer o vestiário do São Paulo Futebol Clube”, lembra Fernando.

O grupo fez turnês em várias cidades nos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso, São Paulo e Paraná. No interior de São Paulo, participou de shows organizados por Raul Gil e Gugu Liberato. Na capital, tocou em danceterias famosas na época, como a Rádio Club. No Paraná, em Santa Helena, a banda participou, em janeiro de 1985, de um festival de rock, o “Oeste Rock show”, às margens do lago Itaipu, com os grupos Rádio Táxi, Grafitte, Absyntho e Metrô, entre outros.
 
Em razão do grande sucesso de “Vamos a la Playa”, o Bombom chegou a ser protagonista de uma campanha publicitária da pasta de dentes Kolynos Gel, produzida pela agência TVC, com exibição do comercial nos cinemas e na TVC.
 
Na mesma época, a CBS solicitou a gravação de um Long Play (LP), que foi produzido por Luis Carlos Maluly, com músicas autorais do grupo e versões brasileiras de canções que eram sucesso na Europa. As músicas foram arranjadas por Lincoln Olivetti, que tocou todos os teclados, e o disco teve a participação do guitarrista Robson Jorge. O grupo emplacou um novo sucesso na rádio, a música “Parque dos Sonhos”. "Fada", composição de Léo Jaime, cantada por Sandro Haick, também mereceu destaque na mídia. A capa do LP outro destaque, foi feita por Sidney Biondani. As duas músicas ganharam videoclipes.
 
Os quatro integrantes do grupo não se limitavam a cantar - eram músicos e tocaram seus instrumentos na gravação. O vocalista principal era Marcelo Papini, mas os outros integrantes faziam os backing vocals. 
 

No fim de 1984, a banda gravou um novo single, “Mexe Baby”, que foi parte da coletânea “Rock Wave” da CBS, com artistas como RPM, Rádio-Táxi, Sempre-Livre, Metrô e Léo Jaime, entre outros. Durante 1985, o grupo fez shows por todo o país e programas de TV, até que veio a se dissolver no fim do ano.



Motta

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