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Segundo Clichê

Febbraio 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Negociações salariais empobrecem os trabalhadores

Aprile 5, 2017 18:36, by segundo clichê


O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), por meio do Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS-Dieese), analisa 714 unidades de negociação da indústria, do comércio e dos serviços, do setor privado e de empresas estatais, em quase todo o território nacional e apresenta os resultados das negociações de reajustes salariais de 2016. 

Segundo o Dieese, apenas 19% dos reajustes analisados resultaram em ganhos reais aos salários em relação à inflação medida pelo INPC-IBGE, aproximando o resultado daquele obtido no ano de 2003. Cerca de 44% dos reajustes tiveram valor igual à variação do INPC e os demais 37% ficaram abaixo. 

Assim, a variação real média foi negativa: 0,52% abaixo do INPC. 


Em comparação ao comércio e indústria, os serviços tiveram o pior resultado. Quase a metade das negociações registrou reajustes abaixo da inflação e o setor teve a maior perda real média: 0,64% abaixo da inflação.

O resultado da negociação coletiva de 2016 foi um dos mais desfavoráveis para os trabalhadores nos últimos 20 anos: de 2005 a 2014, os reajustes acima da inflação oscilaram quase sempre acima de 86%. 

O balanço dos reajustes de 2015 já havia mostrado mudança brusca nos níveis dos reajustes em relação aos dez anos anteriores e, em relação a 2015, no que se refere aos reajustes abaixo da inflação, a proporção praticamente dobrou em relação ao ano anterior: representava 19% das negociações em 2015 e passou, em 2016, a quase 37%. O resultado só não foi pior devido à alta proporção de reajustes iguais à inflação, a maior em toda a série dos balanços anuais de reajustes.

Perdem os trabalhadores e seu poder de compra. (Ana Luíza Matos de Oliveira, economista/Fundação Perseu Abramo)



Indústria: um pra lá, um pra cá

Aprile 5, 2017 18:36, by segundo clichê


A informação de que a produção industrial cresceu 0,1% no mês de fevereiro, conforme divulgado pelo IBGE no dia 4 de abril, não foi sequer suficiente para animar as manchetes dos jornais oficiais (Valor: “Produção industrial sobe 0,1% em fevereiro”; FSP: “Produção industrial no Brasil cresce menos do que o esperado em fevereiro”; G1: “Indústria tem leve alta, mas cai 4,8% em 12 meses”). 

De fato, havia entre os devotos da confiança um certo clima de “agora a coisa vai...” Só que não. Além da referida queda de -4,8% no acumulado dos últimos 12 meses, houve queda também no comparativo com fevereiro de 2016 (redução de -0,8), após esse mesmo comparativo ter avançado 1,4% no mês de janeiro.


Quando se observa a evolução da produção industrial por grandes categorias econômicas, os números são ainda muito inconclusivos, senão contraditórios. A produção de Bens de Capital (coração da indústria manufatureira), por exemplo, que cresceu 6,5% em fevereiro sobre o mês, ainda registra um recuo -5,2% no acumulado dos últimos doze meses, o que significa que a recuperação precisa ser bem mais intensa e prolongada para tirar o atraso de 2016. Além disso, o comportamento da produção de bens semiduráveis ou não duráveis, os quais expressam a temperatura do mercado no período mais imediato, registraram uma queda -1,7% em relação a janeiro, revelando que o nível corrente da renda ainda faz contrair o consumo. 

Noves fora, os números da pesquisa sugerem que ainda é cedo para fazer predições sobre a evolução da indústria brasileira nos próximos meses. Dos 24 ramos industriais considerados pelo IBGE, praticamente a metade (13) registrou alguma melhora em fevereiro, enquanto os outros 11 permaneceram em queda. (Marcelo P. F. Manzano, economista/Fundação Perseu Abramo)



Banco Central: fazendo tudo para que não se faça nada

Aprile 5, 2017 9:24, by segundo clichê


Em uma sexta-feira (31 de março!) carregada de más notícias – indicador do PIB caindo 3,99%, deficit primário recorde para um mês de fevereiro, desemprego alcançando 13,2% da força de trabalho –  passou quase despercebido da imprensa brasileira – honrosa exceção à Carta Capital – que o Banco Central decretou o fim da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que era utilizada nos empréstimos do BNDES ao setor produtivo. 

Sob a alegação de que, para manter a TJLP em patamares inferiores à estratosférica taxa Selic gerava-se um custo fiscal indesejável e uma distorção na política monetária (ora, mas o problema não seria então a altura da Selic?) preferiram cortar a única fonte de financiamento efetivo que se conhece no Brasil para o investimento de longo prazo.


Como, junto a essa medida, o mesmo Banco Central nos informa no seu Relatório de Estabilidade Financeira que as instituições financeiras privadas têm preferido se refugiar na liquidez dos títulos do Tesouro (grande novidade!) a emprestar dinheiro para quem quer produzir, descobrimos que, em um movimento de pinça bastante sinistro, a laboriosa oficina do dr. Ilan lança o futuro da produção e do emprego à sorte dos cálculos de curto prazo de um sistema financeiro privado que não gosta de tomar chuva nem se expor ao vento.

A depender dessa trupe, à sociedade brasileira restaram duas alternativas: aguentar a crise até que o “espírito santo” nos salve ou eleger outro governo que reconstrua as bases da estrutura de financiamento para o setor produtivo nacional. (Marcelo P. F. Manzano, economista/Fundação Perseu Abramo)



No Brasil Novo, aposentado vai ter de trabalhar até morrer

Aprile 4, 2017 18:27, by segundo clichê


Projeto de lei que criará o Regime Especial para o Trabalhador Aposentado (Reta) pretende facilitar a contratação de idosos com mais de 60 anos que já estão aposentados. Através do projeto, ainda em elaboração, o governo deve propor que aposentados sejam contratados por hora, sem o pagamento à Previdência Social, o FGTS e outros encargos, e sem vínculo empregatício, informa o jornal O Globo.

Assim como na direção da reforma trabalhista, valeria o negociado entre as partes (contratante e contratado). Regras gerais seriam: carga horária semanal máxima de 25 horas, limite diário de 8 horassem necessidade de escala fixa, trabalho em dias alternados ou seguidos, contratos com duração variável. Seria permitido que até 5% das vagas da empresa fossem reservadas para esse tipo de trabalhador, mas até mesmo esse percentual poderá ser rediscutido e alterado em convenção coletiva. Ainda, o projeto deve fixar que o idoso tem de ganhar o salário mínimo ou o piso da categoria.


Em tempos de reforma da Previdência, em que a população tem a sensação de que não vai conseguir se aposentar nunca pelas exigências da PEC 287/2016, o governo ainda mostra que, mesmo aqueles que se aposentarem mas cujas aposentadorias não forem suficientes para se manterem e às suas famílias, têm a possibilidade de continuar trabalhando eternamente. A precarização do acesso ao direito à Previdência Social se complementa com esse projeto.

Para a população em geral o projeto representa um risco: em um momento de crise no mercado de trabalho, é mais um incentivo para diminuir custos com a contratação de idosos aposentados e não de geração de empregos para a população como um todo. Há um risco de demissões dos funcionários e recontratação de aposentados no regime de horas, que, segundo autores do projeto, será mais barato para as empresas.

A proposta submete ainda idosos a condições diferenciadas no mercado de trabalho, mas a tendência é que, com a permissão de tais regras para os aposentados, elas possam vir a no futuro serem regulamentadas para toda a sociedade brasileira, tornando o mercado de trabalho brasileiro ainda mais precarizado. Admitem os autores da proposta que os EUA foram uma inspiração para o projeto, país em que é permitido o trabalho por hora e em que há grande precarização do mercado de trabalho. (Ana Luíza Matos de Oliveira, economista/Fundação Perseu Abramo)



Microempresário não vê futuro no Brasil Novo

Aprile 4, 2017 17:39, by segundo clichê


Os pequenos e micros empresários jogaram a toalha, desistiram de acreditar nas promessas do Brasil Novo do Dr. Mesóclise e seu bando de picaretas: o Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa atingiu 49,7 pontos em março, o que representa uma queda de 5,2% em relação a fevereiro, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, mais otimistas estão os empresários.

O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio da avaliação das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos varejistas e empresários de serviços sobre os últimos seis meses. Já através das expectativas, busca-se medir o que se espera para os próximos seis meses.


O Indicador de Condições Gerais, que avalia o retrospecto do micro e pequeno empresário sobre o desempenho de suas empresas e da economia nos últimos seis meses, caiu de 35,2 pontos para 34,4 pontos na escala, o que representa uma variação negativa de 2,3%. Como o índice segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, significa que para a maioria dos micros e pequenos empresários a situação econômica do país e de suas empresas vem piorando com o passar do tempo.

Na abertura do indicador, tanto a avaliação regressa de seus negócios quanto para a economia, apresentaram queda. No primeiro caso, passou de 38,2 pontos para 37,4 pontos na escala. Já para o desempenho recente da economia, a mudança regrediu de 32,2 pontos para 31,5 pontos.

A maior parte (50%) dos empresários considera que a situação do seu negócio piorou nos últimos seis meses, ao passo que apenas 15% avaliam melhora dentro desse intervalo de tempo. Entre os empresários que passam por dificuldades, a maioria (66%) identificou a queda no volume de vendas como a razão da piora. Também foram mencionados o aumento dos preços de insumo, matérias primas e produtos (17%).

Para 61% dos micros e pequenos empresários o cenário econômico se deteriorou nos últimos seis meses, contra apenas 10,0% que visualizaram melhora. A principal razão do pessimismo é a percepção da gravidade da crise (30%), seguido das incertezas políticas (26%).

O Indicador de Expectativas, que serve de termômetro para avaliar o que o empresário aguarda para o futuro, também apresentou variação negativa na comparação com fevereiro, mas está acima do observado no mesmo mês do ano passado. Em março deste ano ele atingiu 61,2 pontos (em fevereiro deste ano fora 65,4 pontos; em março do ano passado estava em 56,1 pontos).

Quase a metade (48%) dos micros e pequenos empresários estão, de algum modo, confiantes com o futuro da economia brasileira. Quando essa análise detém apenas a realidade da sua empresa, o índice é maior e chega a 57% dos empresários consultados. O porcentual de pessimistas com a economia é de 20% e de 13%, quando levado em conta a situação de seus negócios.

A confiança dos empresários no desempenho da economia, entretanto, não é explicada na maior parte dos casos: quatro em cada dez (39%) empresários que se dizem confiantes para os próximos seis meses dizem não saber a razão de seu otimismo, apenas acreditam que coisas boas irão acontecer. Essa também é a principal razão para quem está otimista com o futuro de suas empresas, com 27% de citações. Entre os que estão otimistas com a economia, há também 26% de entrevistados que observam melhora no cenário macroeconômico. Entre os que vislumbram um futuro positivo para suas empresas, 24% enxergam a boa gestão do próprio negócio como um fator de estímulo.



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