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Segundo Clichê

Febbraio 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Maestro Levino Ferreira inspira micro-ópera sobre Carnaval e morte

Giugno 28, 2021 9:07, by segundo clichê

Cena de "Último Dia", uma micro-ópera com referências a vários estilos

 

O compositor e multiartista pernambucano Armando Lôbo, conhecido por desenvolver gêneros e estilos musicais diversos, com o uso de matizes experimentais, vai lançar no YouTube (youtube.com/e/Microoperas), nesta quarta-feira, 30 de junho, seu segundo filme-ópera, intitulado “Último Dia”. 

Realizada pela CO.MO (Companhia de Micro-Óperas), com recursos da Lei Aldir Blanc por meio da Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco, a obra de 12 minutos é livremente inspirada em um lendário episódio envolvendo um dos maiores compositores pernambucanos de frevo, Levino Ferreira.

De formato bastante multifacetado, unindo teatro, cinema, poesia, performance, música e dança, o filme-ópera também faz referências a Nelson Rodrigues, Freud, Bakhtin, Bergman e Antero de Quental.

Com música, roteiro/libreto, mixagem, edição e direção do próprio Armando Lôbo, a produção tem todo seu elenco baseado em Recife, destacando a presença do personagem do Zé Pereira, coreografado por Marcelo Sena, e que guarda uma semelhança proposital com a figura da morte, conforme retratada por Ingmar Bergman no clássico “O Sétimo Selo”. 

O artista pernambucano Walmir Chagas (famoso pelo seu alter-ego “Véio Mangaba”) interpreta Levino Ferreira, e as carpideiras são vividas pelas cantoras líricas Natália Duarte, Virginia Cavalcanti e Surama Ramos. No enredo, três carpideiras, em um mundo paralelo, cantam e choram a morte de um mestre de cultura popular, produzindo um surpreendente efeito catártico, resultando no acordar do defunto, que em verdade sofrera uma crise cataléptica. 

Quanto à estética sonora, a música da ópera tem características bastante plurais, estabelecendo um diálogo entre técnicas eruditas contemporâneas (instrumentais e eletroacústicas) e a musicalidade popular nordestina, especialmente fazendo referências a frevos de Levino Ferreira.

Em forma de ópera-poesia, ou “poemópera” audiovisual, “Último Dia” discute o universo da cultura popular, a redenção, a carnavalização da morte. “O poeta é aquele que vive no outro mundo, o mundo verdadeiro. Mas, e se ele é convidado a permanecer neste mundo paralelo em que todos vivem? O propósito é mostrar o carnaval enquanto escatologia trágica e invertê-la numa antitragédia”, afirma o autor, que conclui: “Em verdade, a micro-ópera não é sobre a cultura pernambucana, é uma carnavalização funérea de Bergman.”

Armando Lobo: multiartista

Compositor e artista multifacetado, Armando Lôbo também desenvolve e participa de projetos de artes combinadas, unindo vídeo, performance, teatro, literatura e música. Como músico, lançou quatro álbuns que receberam cotação máxima da imprensa especializada. Foi contemplado em importantes concursos nacionais e internacionais, vencendo os principais prêmios brasileiros tanto na música popular (Prêmio da Música Brasileira 2010, com o grupo Frevo Diabo) como na música de concerto (Prêmio Funarte de Composição Clássica, em 2012 e em 2016), provando seu ecletismo e abertura a linguagens diversas.

Sua obra tem sido executada por importantes grupos no Brasil, Europa e Estados Unidos. Em 2020 criou a CO.MO (Companhia de Micro-Óperas) para produzir projetos audiovisuais com linguagem de ópera radicalmente contemporânea. O primeiro produto da CO.MO foi o curta-metragem "Penélope 19", um filme musical de linguagem experimental que aborda o tema da quarentena da Covid-19.

Armando Lôbo é doutor em composição musical pela Universidade de Edimburgo, Reino Unido e mestre em composição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.



Alfredo Dias Gomes mergulha fundo no universo jazzístico

Maggio 24, 2021 9:34, by segundo clichê

Alfredo Dias Gomes: "Metrópole" é o 13º disco solo do baterista carioca


Um ano depois de ter lançado “Jazz Standards”, o baterista carioca Alfredo Dias Gomes reaquece a cena instrumental brasileira com seu 13º disco solo,  “Metrópole”. Gravado em seu próprio estúdio, na Lagoa, Rio de Janeiro, com o engenheiro de som Thiago Kropf, o disco já está nas plataformas digitais. “No fim do ano passado comecei a compor para o novo disco e mantive o estilo jazzístico do último trabalho, sendo que em “Metrópole” também toco os teclados, além da bateria”, diz o baterista, que começou a gravar as bases do disco em fevereiro com o baixista Jefferson Lescowitch.

Com a piora da pandemia no Brasil, Alfredo optou por gravar os metais remotamente, convidando o trompetista Jessé Sadoc e o saxofonista Widor Santiago, que gravaram de suas casas e enviaram os áudios via internet. A masterização foi realizada no Abbey Road Studios - o icônico estúdio em Londres – e feita pelo engenheiro de som Andy Walter, que já masterizou discos de David Bowie, Jimmy Page, Coldplay, The Who e The Beatles, dentre outros.

Com temas curtos, “Metrópole” traz em sua concepção o enfoque no improviso, que se desenvolve, especialmente, dentro da forma da composição, característica dos discos de jazz. 

Abrindo o disco, a faixa-título “Metrópole” é classicamente jazzística, com acordes peculiares esquentando os solos de trompete e sax, finaliza com a bateria, o baixo e o trompete em conversação mútua.

Em compasso 5/4, “Resedá” – uma homenagem à rua onde nasceu - tem uma melodia abrasileirada e tema em uníssono, com a bateria livre costurando a melodia.

Dedicada à memória do irmão Marcos (1965-1968), a balada jazzística “Saudade” ressalta uma melodia emotiva, com destaque para os solos de baixo e de flugelhorn.

Em compasso 6/4, “Andaluz” traz melodia espanholada em uníssono de baixo e teclado, com solo de Jessé Sadoc. Da surdina ao som aberto, o trompete entrega o solo para Widor Santiago, modulando para um melodioso solo de sax, em clima crescente, até o clímax reunindo todos os instrumentos na melodia final, terminando com intervenções vigorosas da bateria. 

“Expresso do Oriente” é jazzística, com andamento rápido, melodia arábica e acordes característicos que instigam os solos de trompete e sax, com uma bateria condutiva e em diálogo com os solistas. 

O jazz fusion “Cidade da Meia-Noite” faz prevalecer o suingue, com melodia incisiva de metais e solos de baixo, trompete e sax - este lembrando o lendário saxofonista Michael Brecker. 

Já “Grand Prix”, outro jazz fusion, tem andamento rápido e solos vibrantes de trompete e sax, com bateria livre explorando os pratos.

Nascido no Rio de Janeiro, Alfredo Dias Gomes estreou profissionalmente na música instrumental aos 18 anos, tocando na banda de Hermeto Pascoal, com quem gravou o disco “Cérebro Magnético" e participou de inúmeros shows, com destaque para o "II Festival Internacional de Jazz de São Paulo". 

Também tocou e gravou com Márcio Montarroyos, Ricardo Silveira, Arthur Maia, Nico Assumpção, Ivan Lins e muitos outros, além de participar da primeira formação do grupo Heróis da Resistência.

Completam sua discografia o single “Vou Deitar e Rolar”, de 2020, e os álbuns “Jazz Standards” (2020), “Solar” (2019), “ECOS” (2018), “JAM” (2018), “Tributo a Don Alias” (2017), “Pulse” (2016), “Looking Back” (2015), “Corona Borealis” (2010), “Groove” (2005), “Atmosfera” (1996, com participações de Frank Gambale e Dominic Miller); “Alfredo Dias Gomes” (1991, com a participação especial de Ivan Lins) e “Serviço Secreto”, de 1985.

Para ouvir online:

https://alfredodiasgomes.hearnow.com



Composições de brasileiro ganham salas de concerto no Exterior

Maggio 12, 2021 9:46, by segundo clichê

Luiz Castelões: composições vêm sendo tocadas no Exterior


O pianista e compositor carioca Luiz Castelões, radicado em Juiz de Fora (MG), terá duas de suas peças executadas em estreia mundial por músicos estrangeiros. No formato online, sua peça “4 Estudos sentimentais”, para piano solo (2020), acaba de ser gravada e lançada pela pianista japonesa Aki Fujii, e “2 Historinhas”, para duo de flautas barrocas contralto (2020), terá estreia online, no dia 17 de maio, pela flautista húngara Boglarka Baykov, radicada na Alemanha. 

Castelões é doutor em música pela Universidade de Boston e, desde 2009, professor de Composição na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Com obras interpretadas por músicos e conjuntos internacionais desde 2003, sua composição “6 Temas Pop”, para piano solo (2020), terá estreia dia 14 de maio pelo pianista Donald Berman, do New England Conservatory, de Boston, Estados Unidos, encerrando o programa do seu concerto presencial em Nova York, onde interpretará também Bach, Ives e Epstein. A peça, uma encomenda feita a Luiz Castelões pelo Ecce Ensemble (EUA), que tocou obras de Castelões em 2018 e 2019, será disponibilizada online ainda este mês.

Já “4 Apitos”, para quarteto de flautas (2020), terá estreia com as islandesas do Aulos Flute Ensemble, encerrando o concerto programado para o dia 29 de maio no Museu de Arte de Reykjavik (Islândia). A composição foi encomendada a Luiz Castelões pela flautista Pamela De Sensi, líder do quarteto feminino que já se apresentou em todos os principais festivais de música na Islândia, além de apresentações nos EUA e na Itália. Assim como as demais, a obra estará disponível nas plataformas de streaming e, os vídeos, no YouTube.

A música de Luiz Castelões começou a ser executada por artistas estrangeiros, primeiramente, na América Latina, chegando aos Estados Unidos em 2005 e, em seguida, na Europa, em 2013. Já foi  gravada por grupos internacionais como o Roadrunner Trio (Holanda, 2020), Ensemble Linea (França, 2019), Aleph Gitarrenquartett (Espanha, 2019), Ecce Ensemble (França, 2018), Ensemble Mise-En (Coreia, 2018 e 2017), Quartetto Maurice (Itália, 2016 e 2014) e Mivos Quartet (Espanha, 2015).

Com influência da música popular brasileira, da música de câmara contemporânea e do universo pop, sua obra recebeu prêmios como os do Ibermúsicas (2015), Escola de Música da UFRJ (menção honrosa, 2012), Festival Primeiro Plano (Melhor Som, 2003) e Funarte (Prêmio da XIV bienal de música brasileira contemporânea, 2001).



Alegre, alto astral. Assim é o novo CD de Leandro Bertolo

Aprile 23, 2021 10:16, by segundo clichê

Leandro Bertolo: novo CD do cantor e compositor gaúcho passeia por vários ritmos 


Conhecido “músico da noite” em Porto Alegre, o compositor, vocalista e guitarrista Leandro Bertolo chega ao segundo álbum, “A Flor do Som” (independente/distribuição Tratore), investindo em um trabalho autoral, já disponível nas plataformas digitais e com distribuição nacional em formato CD. Influenciado por compositores/cantores consagrados nos anos 1970, notadamente Djavan, João Bosco e Gonzaguinha, Bertolo passa longe da imitação. Apenas parte da admiração pelos citados para alçar seus próprios voos.

O dom de "hitmaker" fica logo evidente na faixa-título, “A Flor do Som”, parceria com a esposa Bianca Marini. “Estávamos em Gramado, conversando”, diz. “Bianca trouxe um pequeno vaso de vidro em forma de flor, e colocou dentro o celular conectado a um aplicativo. Na variada playlist estava tocando Mozart naquele momento. Ela disse que aquilo era ‘a flor do som’. Eu apenas complementei: ‘A flor do som é Mozart’, e assim nasceu nosso primeiro pop-jazz Djavaneado”!

Partidário da alegria, Bertolo passeia por samba (“Momentos Felizes” e “Canto Forte”), afoxé (“Rotas do Sonhar”), bolero (“Náufragos de Amar”, “Te Espero Na Canção”), choro-seresta (“Darcy Alves”, tributo ao músico gaúcho) e balada (“Adormecido Coração”), respeitando as tradições sem pregar o conservadorismo. Arrisca até um singular bolero-salsa (“Armadilha”), revive a MPB pop oitentista em dueto com a bela musa Bianca (“Luz do Amor”) e mergulha no frevo-axé baiano (“ATKI”).

“Ritmicamente envolvente e repleto de nuances, conduzido pelo canto macio de Bertolo, A Flor do Som é um disco de alto astral, de boas vibrações”, comenta Arnaldo DeSouteiro no texto do encarte. Fiel retrato da alma desse artista sempre tão positivamente emocional e emotivo, que privilegia a felicidade nas temáticas de seus versos. 

Leandro Bertolo

Nos anos 1980, o músico da noite percorreu duas ou três dezenas de casas noturnas de Porto Alegre que contemplam a história cultural e boêmia da cidade. Integrou a banda Conexão, viajando por todo o Rio Grande do Sul, apresentando-se em bailes e casas noturnas. Montou o grupo Estação Hits, cujo tema eram os sucessos da música pop de todos os tempos nas emissoras de rádio. Com direção musical do maestro, pianista e arranjador Luís Henrique New e as parcerias dos irmãos Amauri e Sérgio Copetti, e do guitarrista Tom Martins, a banda atuou nas boas casas e foi atração do Porto Alegre em Cena.

Integrou o Projeto Coisas do Brasil, numa proposta de homenagear os grandes compositores da música popular brasileira, ao lado do baixista Nuno Prestes, do guitarrista Alex Vieira e do baterista Rafa Marques.

O álbum ”Clareza” marca a estreia profissional de Bertolo no cenário da MPB com apresentação do escritor e jornalista Juremir Machado da Silva. O disco foi destaque no ano de 2016 e a aceitação da crítica foi unânime: recebeu quatro indicações para o Prêmio Açorianos de Música 2017 (Melhor Intérprete e Compositor para Leandro Bertolo, Melhor Compositor para Elias Barboza, e Disco do Ano).

Atualmente, é diretor musical do Sarau na Corte, projeto gerenciado pelo Centro de Memórias da Justiça Eleitoral, contemplando datas, eventos e personalidades históricas do contexto eleitoral, com participação de músicos locais, debatedores e palestrantes da literatura e do jornalismo. Em 2017, por solicitação do então Presidente do TRE/RS, Carlos Ciny Marchionatti, Bertolo compôs o hino da Justiça Eleitoral gaúcha, gravado pelo Coral “De vez em Canto” e renomados músicos gaúchos, sob a batuta do maestro Luís André Silva, com arranjo de Luís Henrique New.

Para ouvir online:

https://open.spotify.com/album/6Ez4Pw7XSXRk2jhsHgD3lB?si=BruiJDpTSBaeUDw1hjF8fg&nd=1            



Andrey Gonçalves mergulha no jazz contemporâneo em seu CD de estreia

Aprile 22, 2021 8:23, by segundo clichê

 


Com uma lista de turnês pela Europa, América do Sul e Estados Unidos, o contrabaixista e compositor capixaba Andrey Gonçalves vem ganhando espaço no cenário do jazz internacional, temperando o jazz contemporâneo com ingredientes brasileiros. Radicado nos Estados Unidos há oito anos, onde cursa doutorado em jazz e educação musical pela Universidade de Illinois, onde ensinou práticas de contrabaixo e big band por três anos, Andrey traz para o Brasil o seu primeiro disco solo, “Nocturnal Geometries”, já disponível nas plataformas digitais.

Nos oito anos em que está nos Estados Unidos, o músico já acumulou bastante experiência, tendo tocado com Frank Gambale, Chuchito Valdés, Alain Broadbent, Willy Thomas e Denis DiBlasio, entre outros. Em orquestras, atuou com a Orquestra Cívica de Champaign-Urbana, Orquestra Sinfônica de Champaign Urbana, a Orquestra de Sopros Sacred Winds e a Milikin-Decatur Symphony Orchestra, além de ter se apresentado com o violoncelista e cantor pop Ben Sollee e o quarteto de trombones Maniacal 4. 

Como músico de estúdio, já gravou em 27 discos, produziu cinco discos e compôs trilhas para três jogos de computador. Atualmente, Andrey é professor de contrabaixo acústico e elétrico na Olivet Nazarene University, ao sul de Chicago, na cidade de Bourbonnais, Illinois.

“Nocturnal Geometries”, seu CD de estreia, é composto por músicas que o baixista criou ao longo de um ano sob a orientação de seu professor de composição, Jim Pugh, que já foi trombonista de nomes como Chick Corea e atualmente toca com Steely Dan. 

Utilizando técnicas modernas sugeridas por Pugh, a forma de composição conferiu aos temas uma roupagem mais contemporânea. “Nos anos de 2016, eu iniciei meu doutorado em jazz e educação musical na Universidade de Illinois. Eu decidi fazer aulas de composições com o extraordinário trombonista e professor Jim Pugh. Foi um processo de aprendizado muito bonito e pude desenvolver novas formas de comunicar minhas ideias e expandir os caminhos harmônicos e melódicos de minhas músicas”, diz Andrey. 

“Durante um ano, eu compus todas as semanas, geralmente à noite, no silêncio do meu quarto. Era eu, o piano, o lápis e a partitura. Reparei que as técnicas que estava estudando tinham nomes ou conceitos geométricos: quadrad, pentatonic, ocatonic. Além disso, o silêncio noturno foi um elemento essencial para instigar a minha criatividade enquanto eu lidava com o caos e o estresse do primeiro ano de doutorado”, explica sobre o conceito e o título do álbum.

“Dois anos depois, cinco músicos fenomenais abraçaram o projeto do meu primeiro álbum e assim iniciei a produção do disco. As sessões no estúdio foram bem rápidas, pois gravamos tudo ao vivo e fazendo leitura à primeira vista. Para gravar tudo ao vivo, foi um desafio colocar seis músicos na sala de gravação. Estávamos tão próximos que podíamos escutar as batidas do coração e a respiração de cada um”, comenta Andrey.

Os arranjos, elaborados em parceria com o trombonista Ethan Evans, deixaram o sexteto livre para promover uma fusão de música brasileira, jazz e ritmos caribenhos. Gravado em janeiro de 2019 com músicos ativos nas cenas jazz de Chicago, Utah, Detroit, West Virginia e Denver, o CD teve seu lançamento suspenso no ano passado por conta da eclosão da pandemia do coronavírus. 

Para ouvir

https://open.spotify.com/album/7ejWnYKCidAOZ1Usv9d9Yh




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