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Segundo Clichê

Febbraio 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Festival de música em Sorocaba terá cerca de 40 atrações nacionais e internacionais

Giugno 21, 2018 10:14, by segundo clichê


O Fábrica Festival, festival internacional de música que ocorre nos dias 1 e 2 de dezembro, no Parque Tecnológico de Sorocaba, a 90 quilômetros de São Paulo, traz para o Brasil as bandas Oingo Boingo, Soul Asylum, Information Society, Playing for Change e Snake. NO palco principal se apresentarão também artistas nacionais, como Os Mutantes (foto), Nação Zumbi, Plebe Rude, Frejat, Projota, Nenhum de Nós, BaianaSystem e Pitty, além do vencedor do concurso de bandas que será realizado no segundo semestre.

Além das bandas de frente, mais de 20 atrações fazem parte da programação do palco alternativo, onde haverá shows de bandas e vários Djs, somando, no total, em dois dias de evento, cerca de 40 atrações musicais, além de praça de alimentação e muito mais. "Ainda estamos preparando muitas coisas boas. Queremos que Sorocaba viva uma experiência única e inesquecível", comentam os produtores do evento, os irmãos Fabiana de Mello e Fábio de Mello, o Binho.


O festival será realizado no Parque Tecnológico de Sorocaba, local escolhido pelo ineditismo para este tipo de evento, por ser afastado de áreas residenciais e por ser próximo à natureza, ao lado do Parque da Biodiversidade, além de gerar baixo impacto sonoro para a vizinhança. O espaço receberá toda a estrutura necessária para um evento de grande porte. Uma produtora, responsável por festivais como Rock n´Rio e Lollapalooza, foi contratada para fazer a montagem dos palcos, tendas, praça de alimentação, camarotes, backstages etc.


Concurso de bandas


O concurso de bandas do Fábrica Festival será lançado no início do segundo semestre, aberto à participação de bandas e grupos de rock e pop-rock de todo o Brasil. O regulamento, em fase de finalização, será divulgado tão logo sejam definidas as últimas atrações do "line-up" do palco alternativo.


Os produtores adiantam que as cinco bandas finalistas terão a oportunidade de se apresentar no festival. A grande vencedora no palco principal e as demais no palco alternativo. As inscrições serão feitas on-line e a escolha dos vencedores por votação pública, também na internet.


Ingressos


O primeiro lote de ingressos para o Fábrica Festival, com preços promocionais para quem adquirir o combo para os dois dias de evento, está à venda pelo site Ingresso Rápido (https://compre.ingressorapido.com.br/event/6375/b/). Os ingressos com preço promocional dão direito à "Área Fábrica" (pista) e entrada para todos os cerca de 40 shows agendados.


Os ingressos promocionais custam R$ 180 para os dois dias de evento, referente ao valor da meia-entrada do próximo lote, com valor não promocional. Por enquanto, os ingressos estão sendo vendidos apenas no combo para os dois dias de festival. Em breve, serão abertas as vendas do lote social e dos ingressos por dia de evento.


Sobre o Fábrica Festival


Em sua primeira edição, o Fábrica Festival é o único festival internacional de música da região de Sorocaba, município localizado a 90 quilômetros da cidade de São Paulo. O evento, que pretende reunir mais de 15 mil pessoas por dia, será realizado nos dias 1 e 2 de dezembro de 2018 e apresentará grandes nomes da cena rock e pop rock, somando 14 grandes shows no palco principal, além de palco alternativo/tenda eletrônica, camarote, praça de alimentação, entre outras atrações. O objetivo é proporcionar uma experiência única, com muita música, cultura, interação e diversão para famílias inteiras, pais, filhos, grupos de amigos e fãs de bandas antigas e atuais.


Além de proporcionar a Sorocaba a experiência de sediar um evento de grande porte, a intenção é movimentar a economia local com o empreendimento, aquecendo toda uma cadeira de serviços em turismo e comércio: rede hoteleira, restaurantes, lanchonetes, empresas de transporte e excursões, aluguel de veículos, lojas de roupas segmentadas, lojas de música, entre outros, gerando emprego e renda para o município.


Serviço

Fábrica Festival
Dias 1 e 2 de dezembro - a partir das 10h
Parque Tecnológico de Sorocaba
Ingressos: https://compre.ingressorapido.com.br/event/6375/b/
Informações: www.fabricafestival.com.br



Pinacoteca de SP vai ganhar mais um museu

Giugno 21, 2018 9:35, by segundo clichê


A região central da capital paulista ganhará um terceiro prédio para a Pinacoteca do Estado de São Paulo a partir do próximo ano. Uma escola estadual desativada em 2015, ao lado do Parque da Luz, será transformada em Pina Contemporânea.

O termo de cessão de uso do complexo arquitetônico do Colégio Prudente de Moraes foi assinado entre a Secretaria Estadual da Educação e a Secretaria de Cultura. A Pinacoteca já conta com o prédio principal, uma construção de 1900, batizada de Pina Luz e outro chamado de Pina Estação.


O novo prédio, com 6.908 m² de área total, deve abrigar mais de 3 mil obras de arte contemporâneas, que ficam guardadas no acervo e são expostas somente em algumas mostras. Entre os artistas do novo espaço estarão Tunga, Cildo Meirelles e Waltercio Caldas.


A Pinacoteca da Luz é o museu mais antigo de São Paulo, com acervo de 10 mil obras, com ênfase em produções de artes visuais brasileiras do século XIX. O museu está instalado no edifício Liceu de Artes e Ofício, projetado pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, no fim do século XIX. 


A Pina Estação surgiu com a incorporação do prédio que abrigou o Departamento Estadual de Ordem Política e Social. (Agência Brasil)



Alfredo Dias Gomes resgata CD inédito

Giugno 20, 2018 16:00, by segundo clichê


Na esteira do elogiado CD JAM, lançado em janeiro deste ano, o baterista Alfredo Dias Gomes resolveu sacodir a poeira de seus antigos arquivos e disponibiliza, a partir deste mês nas plataformas digitais (iTunes, Spotify, Napster e CD Baby), seu nono CD solo, ECOS, gravado em 2000, porém nunca lançado. 

Assim como o CD JAM, o disco traz composições do baterista e foi gravado em trio, com Norman Sharp na guitarra (já tocou com Baby do Brasil, Eduardo Dusek e Léo Gandelman, entre outros) e Igor Araújo no baixo (integrante do Vitória Régia durante a última turnê do Tim Maia, de 1997 a 1998), porém com profundas diferenças estilísticas e conceituais. Ao contrário da performance mais espontânea e do improviso que nortearam seu último disco, ECOS manteve seu foco nas composições, nas melodias, acentos e grooves mais definidos.

Gravado e mixado naquele ano, o disco precisava de distribuição e prensagem, mas devido à percalços pessoais, o baterista não pôde levar adiante e concluir todas as etapas. “Passou o tempo, mudanças de equipamento, tecnologia e o disco ficou esquecido. Cheguei a pensar que tinha perdido as sessões do disco”, lembra. “Até que agora, em 2018, meu sobrinho Arthur me mandou uma música em que ele estava tocando baixo em cima...era a minha música “Ecos”, gravada só com teclados por mim quando fiz a composição. Levei um susto, a música era legal e lembrei da gravação com a banda, tinha que recuperar isso!”. 


A partir daí, foi um pulo para que o baterista procurasse em mídias diferentes e em diversos back-ups antigos até reencontrar o disco. “Agora, num mundo de streaming e download, remixei o disco, mandei masterizar online nos Estados Unidos, e lanço, neste momento, do meu estúdio direto para distribuição nas plataformas digitais. Viva as novas tecnologias!”, conclui.

O disco abre com “Norman’s Funk”, composição do guitarrista que despertou em Dias Gomes a ideia de gravar o disco todo. 

A faixa-título “Ecos” é inédita e foi composta baseada no groove do baixo e um refrão bem melódico. 

Já “Renata”, também autoral, foi dedicada à filha, gravada no seu primeiro dico solo (de 1991), e muito tocada na época na Globo FM. A música foi gravada para esse disco com um arranjo bem intimista da banda. 

Originalmente em ritmo de afoxé no disco Atmosfera (1996), “Ladeira da Fonte” ganhou aqui uma versão rock/instrumental. 

Também inédita, “Starlight” foi composta na mesma época da música Ecos e se apresenta como um poprock instrumental, de melodia com muito “feeling”. 

O supergroove “Copa 79” é uma composição do baixista Igor Araújo, com destaque para o solo do autor.  

O funk/rock “Camaleão”, inédita na época, foi mais tarde gravada no disco Corona Borealis (2010), porém com arranjo mais jazzístico.

Em homenagem à casa de shows dos anos 80, no Alto da Boa Vista, onde montou sua primeira banda instrumental, “Existe um Lugar” foi gravada no primeiro disco solo do baterista, mas aqui ganhando uma versão jazz-rock, com destaque para o solo de bateria.
 

Alfredo Dias Gomes


Nascido no Rio de Janeiro, em 1960, Alfredo Dias Gomes estreou profissionalmente na música instrumental aos 18 anos, tocando na banda de Hermeto Pascoal. Gravou o disco "Cérebro Magnético" e tocou em inúmeros shows, com destaque para o II Festival de Jazz de São Paulo e o Rio Monterrey Festival. 


Alfredo tocou e gravou com grandes nomes da música instrumental como Márcio Montarroyos, Ricardo Silveira, Torcuato Mariano, Arthur Maia, Nico Assumpção, Guilherme Dias Gomes, Luizão Maia, entre outros.  Na MPB e no Rock, tocou com Ivan Lins, participou do grupo Heróis da Resistência, tocou e gravou com Lulu Santos, Ritchie, Kid Abelha e Sergio Dias, entre outros.

Completam sua discografia os CDs JAM (2018), Tributo a Don Alias (2017), Pulse (2016), Looking Back (2015), Corona Borealis (2010), Groove (2005), Atmosfera (1996, com participações de Frank Gambale e Dominic Miller); Alfredo Dias Gomes (1991, com a participação especial de Ivan Lins) e o single Serviço Secreto, de 1985.
 

CD ECOS – Links para download ou streaming
https://open.spotify.com/album/4OWfiHNlQwKbCJE0vjE5OB?si=BQCXRnocRJClakAJWWp0RA https://itunes.apple.com/br/album/ecos-feat-norman-sharp-igor-ara%C3%BAjo/1396863122

http://store.cdbaby.com/cd/alfredodiasgomes8
https://br.napster.com/artist/alfredo-dias-gomes/album/ecos-feat-norman-sharp-and-igor-araujo

CD JAM - Links para download ou streaming


https://open.spotify.com/album/7h8bvSNrmKr0aU0b65Gnv3
https://itunes.apple.com/br/album/jam/1321749461  
https://store.cdbaby.com/cd/alfredodiasgomes9



Um fim de semana com blues e jazz em Tiradentes

Giugno 20, 2018 10:05, by segundo clichê


A charmosa Tiradentes recebe entre os dias 21 e 24 de junho, o 7º Festival de Blues & Jazz reunindo os amantes dos gêneros musicais em torno de treze bandas, com entrada gratuita. Realizado desde 2012, o evento se tornou um sucesso com a mistura dos dois ritmos e vem atraindo cada vez mais público: a expectativa para essa edição é que 15 mil pessoas prestigiem o Festival, que será realizado no Santíssimo Resort e na Praça da Rodoviária.

Para Milton Furtado, diretor da Production Eventos e um dos organizadores do Festival, o evento já se consolidou como um dos principais do gênero. “O Festival de Blues & Jazz é aguardado com ansiedade pelo público que marca presença durante os três dias do evento, por isso convidamos artistas de renome. A cada ano o formato vem se consolidando e atraindo mais público, principalmente pelo clima histórico e aconchegante que Tiradentes proporciona os visitantes,” revela.


Os shows acontecem no espaço do Festival no Santíssimo Resort, que conta com estrutura ampla, coberta, com praça de alimentação e bebidas para receber com mais conforto e segurança o público. Neste ano, uma das novidades é a montagem de um palco na Praça da Rodoviária, que receberá shows nas tardes dos dias 22 e 23 de junho. “Com esse novo local, queremos incentivar a apresentação de novas bandas de blues e jazz na cidade, afinal é o ritmo que ecoa pela cidade durante dos três dias de festival”, afirma Furtado.


O festival começa às 14h, no dia 21, no Santíssimo Resort, com apresentações das bandas Avant Garde Blues Band, Shellão, Mosh Lab e Musadelic. Na sexta-feira, dia 22, às 12h, no Santíssimo Resort, é a vez do público curtir a apresentação de Avant Garde Blues Band e Flying Sticks, que voltam a se apresentar a partir das 16h no palco do festival na Praça da Rodoviária. Já às 19h, é a vez de Alexandre da Mata e The Black Dogs se apresentarem no Santíssimo Resort, seguidos de Blues Shoes Band e do ícone JJ Jackson (foto).


Para fechar a programação, no sábado, começando às 12h, sobem ao palco no Santíssimo Resort, as bandas Avant Garde Blues Band e Flying Sticks. Já às 13h, na Praça da Rodoviária, o som fica por conta de Emília e Banda Autoral, seguida por Dafne Kontoya, Avant Garde Blues Band e Flying. E a noite, às 19h, é a vez de Gilvan de Oliveira e Quinteto, Jes Condado e Banda e Lorenzo Thompson se apresentarem no palco no Santíssimo Resort.


Outra novidade desta edição são dois workshops gratuitos para os músicos da região que serão realizados no Centro Cultural Yves Alves. No sábado, dia 23, às 10h, Alexandre da Mata, falará sobre a fusão da guitarra no rock, blues e country. Já no domingo, 24, às 10h, é a vez do músico Gilvan de Oliveira falar sobre o violão no samba.


O Festival de Blues & Jazz é apresentado por X11 Expert Riders, produzido pela Production Eventos, organizado pelo Grupo Berg e realizado pelo Ministério da Cultura com o incentivo da Secretaria Estadual de Cultura.E tem como patrocinador a Honda e a Cervejaria Backer, com o co-patrocínio da Pirelli/Zoom Moto Center, Triumph, Harley Davidson, Indian Motorcycle, Solo e BMW. O evento conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Tiradentes. Informações – www.productioneventos.com.br e www.fbjt.com.br


Programação 


Data: 21/06 – Quinta-feira

Local: Santíssimo Resort
14h – Avant Garde Blues Band
19h – Shellão
21h – Mosh Lab
23h – Musadelic


Data: 22/06 – Sexta-feira


Local: Santíssimo Resort
12h – Avant Garde Blues Band
13h – Flying Sticks


Local: Praça da Rodoviária


16h – Avant Garde Blues Band
17h30 – Flying Sticks


Local: Santíssimo Resort


19h – Alexandre da Mata e The Black Dogs
21h – Blues Shoes Band
23h – JJ Jackson


Data: 23/06 – Sábado


Local: Centro Cultural Yves Alves
10h – Workshop com Alexandre da Mata – “Fusão da guitarra no Rock, Blues e Country”
Local: Santíssimo Resort
12h – Avant Garde Blues Band
13h – Flying Sticks


Local: Praça da Rodoviária


13h – Emília e Banda Autoral
15h – Dafne Kontoya
16h30 – Avant Garde Blues Band
17h30 – Flying Sticks


Local: Santíssimo Resort


19h – Gilvan de Oliveira e Quinteto
21h – Jes Condado e Banda
23h – Lorenzo Thompson


Data: 24/06 – Domingo


Local: Centro Cultural Yves Alves
10h – Workshop com Gilvan de Oliveira – “O violão no Samba”


Atrações


J.J. Jackson – O músico americano JJ Jackson adotou o Brasil como lar em 1981 e ficou conhecido no país por emprestar sua voz à campanhas publicitárias e ter participações em trilhas sonoras de diversas novelas. Adepto do blues, o cantor já dividiu palco com Jimmy Hendrix, B.B King e Lightinin Hopkin. Seu último disco é “Back in São Paulo”, que foi lançado em 2010 e teve duas músicas selecionadas para compor a trilha de uma novela do SBT.


Jes Condado – Cantora e baixista de blues e soul da Argentina, que reside atualmente no Brasil, apresenta seu disco “Natural”.  Influenciada por o soul e blues de Ruth Brown, Etta James, Aretha Franklin, Sharon Jones, Nina Simone, BB King, Sam Cooke, Ottis Redding e Ray Charles entre outros, o disco procura um som moderno com reminiscências dos anos 60 e 70. Mudou-se para o Brasil em março de 2015 para continuar a sua carreira musical. Na Argentina participou de dois grandes projetos de blues, as Hoochie Coochie Girls e as Good Girls. Com essas bandas participou de festivais internacionais na Argentina, Equador e Brasil.


Alexandre da Mata – Influenciado por grandes nomes como Steve Ray Vaughn, Brian May, Joe Bonamassa, Angus Young, B.B. King, Albert Lee, o grande guitarrista de Minas Gerais apresentará a sua incrível mistura de blues, rock e country. Acompanhado pelos parceiros: Cinara Mota (Baixo) Marcelo Ricardo (Vocais) Danilo Temponi (Bateria) e Sandro Veríssimo (Teclados/Piano). Após anos atuando à frente dos mais diversos projetos, Alexandre da Mata apresenta seu trabalho mais autoral, tocando canções do futuro álbum “AllThemReasons”, e homenageando grandes artistas clássicos do Blues.



Agrupamentos de samba redescobrem mestres esquecidos

Giugno 20, 2018 9:34, by segundo clichê


Um movimento de defesa do samba tradicional nasceu na cidade de São Paulo no início dos anos 2000 e vem se espalhando por outros Estados. São agrupamentos de músicos empenhados em divulgar a obra de sambistas pioneiros, hoje praticamente anônimos, como Nilton Bastos, Antônio Caetano, José Ramos, Delphino Coelho e Éden Silva.

Seus integrantes acreditam que essa é uma página importante da música popular brasileira, mas que está esquecida. Esses agrupamentos – assim denominados para se diferenciarem de grupos apenas musicais – se apoiam em vasto material de pesquisa para buscar a revaloração do que afirmam ser os tempos áureos da nossa música. Suas fontes são antigos integrantes de escolas de samba, homens e mulheres que fizeram a história do samba e que agora são estimulados a revirar a memória em busca de composições que deixaram de ser cantadas ao longo dos anos.


“A gente se reúne, a gente pesquisa, corre atrás de informações e das composições hoje esquecidas desses grandes mestres que também caíram no esquecimento popular, e tenta traduzir isso em formato de roda de samba”, contou Rafael Lo Ré, 35 anos, fundador do agrupamento paulistano Glória ao Samba, que acaba de completar 10 anos.


O trabalho de pesquisa gira em torno dos primórdios das escolas de samba. “Não tem escola grande ou pequena. A gente quer cantar samba desses desconhecidos, que não são comerciais, desses compositores, que são grandes valores, mas que ninguém conhece. Estão aí, perdidos”, explicou Paulo Mathias, 38 anos, também fundador do Glória.


Discos e jornais antigos já faziam parte da rotina de pesquisa do agrupamento Glória ao Samba desde que o grupo se formou em 2007. Mas foi a partir do encontro com Djalma Sabiá, 92 anos, um dos fundadores da Acadêmicos do Salgueiro, que as recordações da velha guarda passaram a ser fonte para a descoberta de sambas inéditos – nunca gravados. Sabiá é o único integrante da primeira diretoria da escola de samba ainda vivo. Movidos pela paixão de fazer samba “como nos primórdios”, os paulistanos do Glória superaram a primeira impressão ressabiada do carioca.


“Gente, estou com uns meninos aqui. Eles cantam os meus sambas, vocês não vão acreditar. Cantam uns sambas antigos nossos”, disse Djalma após ouvir os sambistas que saíram de São Paulo para encontrá-lo no Rio de Janeiro. “Ele começou a chorar quando a gente cantou uma música dele. Pegou o telefone e começou a ligar para todos os outros compositores que também faziam parte da fundação do Salgueiro. Isso aconteceu em 2007, então ele saiu desenterrando todo mundo”, relembrou Paulo Mathias, que é jornalista de profissão.


Da amizade com Djalma Sabiá, surgiram novos encontros com nomes da velha guarda de diversas escolas. “Aguçou aquela vontade de conhecer os compositores, de saber as histórias. É muito fácil você ver a história no livro, mas estar ali de frente com a pessoa que participou, que fez aquilo ali, é outra coisa”, disse Mathias. Logo depois do sambista do Salgueiro, foi a vez de conhecer Hildemar Diniz, o mestre Monarco da Portela, hoje com 84 anos. “A partir daí, se abriu um leque muito grande de possibilidade na pesquisa”, relembrou o jornalista.


Além do agrupamento paulistano, há também o Terra Brasileira, na capital paulista; na Grande São Paulo, o Samba de Terreiro de Mauá; em Curitiba, o Samba do Sindicatis; e, no berço do samba, o Rio de Janeiro, o agrupamento Produto do Morro.

“As criações mais geniais sugiram no terreiro das escolas de sambas”, disse Téo Souto Maior, fundador do Samba do Sindicatis. Ele avalia que há certa desvantagem por estarem em Curitiba. “Estamos, podemos dizer, na periferia dessa pesquisa, porque os acervos, os sambistas, os familiares dos sambistas, estão mais nesse eixo do Rio e algumas coisas em São Paulo, mas a gente tem se esforçado para contribuir de alguma forma”, garantiu.


Caio Badaró, 23 anos, fundador do Produto do Morro, agrupamento que acaba de completar cinco anos, destaca a autenticidade como diferencial deste samba tradicional. “De uma certa forma, essa desconexão com algo apenas mercadológico, eu acho que isso contribui, passa uma sensação de verdade, de pureza e isso comove, de certa forma, todas as pessoas que escutam, porque poucas pessoas às vezes têm acesso a isso”, afirmou.
 

O sociólogo Dmitri Cerboncini Fernandes, autor de Sentinelas da Tradição: a constituição da autenticidade no samba e no choro, da Editora Universidade de São Paulo (Edusp), aponta que, diferentemente de grupos de samba, os agrupamentos são comunidades de sambistas que se unem para cultuar o samba tradicional. “Eles procuram se afastar de todo signo de comercialismo, de mau gosto, que tenta ‘resgatar’ sambistas desconhecidos”, explicou.

O samba antigo defendido por esses agrupamentos têm as características dos primeiros anos do gênero, nascido no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro, então capital federal do país, na década de 1920.


Os responsáveis pela forma definitiva do gênero musical foram homens de posição social simples, como o sapateiro Rubens Barcelos e o ajudante de caminhão Edgar Marcelino dos Passos. Com eles, nascia o samba batucado, com marcação, marchado, o que possibilitou o surgimento das escolas de samba.


O samba era de terreiro. “Naquele tempo, escola de samba não tinha quadra, era no terreiro, de terra batida, no chão”, contou Djalma Sabiá, 92 anos, que iniciou como sambista em 1936 na escola Unidos da Tijuca e hoje é o único fundador da Acadêmicos do Salgueiro (1953) ainda vivo.


Dessas conversas, além de descobrir melodias de músicas que antes só se sabia a letra, é possível conhecer mais da própria história do samba no Brasil. As escolas, por exemplo, enfeitavam o terreiro onde ensaiavam com bandeirinhas de papel fino. “Às vezes, a gente convidava um político, um cara que pudesse gastar um dinheiro pra comprar umas cervejas no ensaio, para a gente angariar dinheiro. Fora isso, corria o livro de ouro, ali na periferia, no comércio, para arrumar dinheiro e poder botar o carnaval na rua”, relembrou Djalma Sabiá. (Agência Brasil, foto de Juliana Vitulskis)



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