Exposição mostra história de superação de mães brasileiras
7 de Junho de 2018, 9:31Uma parteira, de 80 anos, ícone do parto humanizado, que já realizou mais de 6 mil procedimentos, uma jovem mãe negra que cria sozinha a filha e defende a venda de mais bonecas negras nas lojas infantis. Essas são histórias reais escritas pela premiada jornalista Sílvia Bessa que fazem parte de uma exposição de fotos do projeto Retratos de Mãe, criado em 2017 pela fotógrafa pernambucana Andréa Leal, e que teve curadoria da fotógrafa paulista Simone Silvério. Pela primeira vez em São Paulo, a exposição gratuita vai de 13 de junho a 13 de julho na Galeria Studio Trend (Rua Costa Carvalho, 213, Alto de Pinheiros , São Paulo).
A mostra reúne 18 casos reais que marcam momentos de amor e cumplicidade entre mães e filhos - biológicos ou adotivos. “ Estamos retratando mulheres fortes, com histórias marcantes, conhecer essas mães, escutar suas narrativas, entender seus sentimentos e registrá-los, de forma que as pessoas consigam interpretar suas histórias, foi o que eu quis passar" , diz a fotógrafa Andréa Leal, que defende, em seus projetos bandeiras como a amamentação, o parto natural e humanizado, a presença dos pais na vida dos filhos e o respeito às crianças especiais.
A jornalista que escreveu as histórias, Sílvia Bessa, repórter especial do Diário de Pernambuco, também traz uma trajetória marcada pela maternidade. Com 20 anos de profissão e mais de 20 prêmios na bagagem, entre eles três Prêmios Esso, ela passou a escrever sobre temas envolvendo mulheres e mães após sua experiência de maternidade: primeiro com uma filha especial que viveu 111 dias e depois com duas filhas gêmeas.
Curadora da mostra fotográfica, Simone Silverio, presidente da Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nascidos (ABFRN) e membro da Associação Americana de Fotógrafos Infantis(NAPCP), conta que se apaixonou pelo projeto assim que o conheceu e revela que se emocionou com cada uma das histórias. “Esse é um projeto repleto de aprendizado e crescimento que reúne muita gente talentosa”, define.
Site: https://andrealealfotografia.com/
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=tmyojhZ8vfg
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Bia Goes apresenta o Brasil em canções
6 de Junho de 2018, 17:24Dia 30 de junho, sábado, Bia Goes apresenta no Sesc Belenzinho seu novo show, o "Brasil em Canções", onde expõe a riqueza das nuances na música brasileira. Em única apresentação, Bia recebe como convidado o cantor Gabriel Satter, que fará participação especial.
A direção musical do show é de Ricardo Valverde, que com o vibrafone também faz parte da banda que acompanha Bia, ao lado de Rodrigo Carneiro no violão sete cordas, Thiago Alves no baixo acústico, e Paulinho Vicente na bateria.
"Brasil em Canções" traz um rico panorama de ritmos, fazendo também um resgate na história da música brasileira. Bia percorre o Brasil urbano e o da roça, o nordestino e o Brasil mundo afora com a bossa nova, o samba canção, forró e a música caipira, em canções imortalizadas pelo rádio brasileiro.
No repertório, músicas como O Mundo Não se Acabou, rememorando Carmem Miranda, Milhões de Estrelas (de Gabriel Satter), Romaria (Renato Teixeira), Coco Sincopado (João da Silva), Feira de Mangaio (Sivuca), Inútil Paisagem (Tom Jobim) e Lapinha (Baden Powell/ Paulo César Pinheiro), passando ademais por autores como Ary Barroso, Noel Rosa, Cascatinha e Inhana. Nessa viagem musica, cabe ainda composições autorais como Flor De Sal, parceria de Bia com Ricardo Valverde.
"O show Brasil em Canções representa pra mim um mergulho nas melhores memórias musicais da minha carreira", diz a cantora.
Cantora e compositora, Bia usa a voz de forma versátil. Iniciou sua carreira onde lhe era mais familiar, na música instrumental e como improvisadora, ambiente desafiador aos cantores, estimulada pela sua origem em “berço" musical privilegiado: a cantora é filha da pianista Silvia Goes e do multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo, considerado um dos melhores contrabaixistas do Brasil. Essa versatilidade lhe permite transitar por diversos estilos e ritmos, do instrumental à canção popular.
Na discografia, Bia tem dois discos gravados. No primeiro, “Três em 3x4” (2011), resgata valsas brasileiras, lançado em trio com Silvia Goes e Ricardo Valverde, onde também toca flauta transversal.
O segundo foi sua estreia solo, "Bia Goes" (2013), dedicado à cultura nordestina, com produção de Ricardo Valverde e participação especiais de Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Silvia, Zezinho Pitoco, Heraldo do Monte e Luizinho 7 cordas. Bia gravou com originalidade baião, forró, chula, xote, xaxado e arrasta pé, e dele criou o show "Todo Mundo Quer Dançar Baião". Seu disco solo a levou para shows em Lisboa, Itália e a ser finalista do Prêmio da Música Brasileira (2014), indicada como melhor cantora regional.
Em sua trajetória participou de projetos musicais variados, como a homenagem à Inezita Barroso na Sala São Paulo, dividindo palco com Jair Rodrigues, Toquinho e outros grandes representantes de nossa cultura popular. Deu voz à Carmem Miranda no show “De Assis Valente para Carmem Miranda”, com arranjos de Luizinho 7 Cordas. Ao lado da mãe, reavivou a gafieira dos bailes com a Banda da Patroa. Acompanhou o sanfoneiro Oswaldinho do Acordeon por dois anos e já se apresentou também com Toninho Horta e Sérgio Britto (Titãs), que participou do embrião do que veio a ser este show atual.
Recentemente se apresentou com a cantora Tiê e Ricardo Valverde no projeto 60 anos da bossa nova. O mais novo show "Brasil em Canções" deve resultar na gravação do seu próximo disco.
Serviço
Data: 30/06/2018
Sábado, às 21h
Local: Sesc Belenzinho - Teatro
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 Belenzinho – São Paulo
Telefone: 11 2076-9700
Duração: 90 minutos
Capacidade: 392 lugares
Classificação indicativa: Livre, recomendado para maiores de 12 anos.
Acesso para deficientes
Ingressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia entrada previstas por lei, com comprovante), R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciados no Sesc e dependentes).
Venda pelo Portal Sesc SP (www.sescsp.org.br), a partir de 19/06, e nas unidades a partir de 20/06.
Estacionamento/para espetáculos com venda de ingressos após as 17h: R$ 15,00 (não matriculado); R$ 7,50 (credencial plena no SESC - trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo/ usuário).
Canais Bia Goes
Facebook: https://www.facebook.com/BiaGoesOficial
Instagram: https://www.instagram.com/biagoes
E em canais como Spotify, Deezer, Google Play e iTunes.
Ouça/conheça mais de Bia:
Doc/Sotaques do Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=F0x-SLNPV48
https://www.youtube.com/watch?v=K4jtwKu95TA
Programa Ensaio: https://www.youtube.com/watch?v=TNTkp-wOsmk
Música e meio ambiente, tudo a ver
5 de Junho de 2018, 16:52Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data, estabelecida durante a Conferência de Estocolmo, tem como objetivo chamar a atenção sobre a necessidade de definir políticas públicas e ações voltadas à conservação da natureza e sustentabilidade do planeta. Em 1981, o governo brasileiro também criou a Semana Nacional do Meio Ambiente reforçando a necessidade de reflexão sobre o tema.
Para muitos artistas o meio ambiente é fonte de inspiração. As composições ajudam a refletir sobre a interferência do homem na natureza e a necessidade da conservação. Segundo a ecóloga, doutora em Biologia Vegetal, professora da Universidade Federal do Paraná e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Marcia Marques, fazer uma pausa, observar o universo ao redor e dele extrair palavras com significado e sentimento é algo reservado para mentes artísticas, populares ou eruditas, de várias gerações. “Ao se apropriar deste sentimento, ressignificamos as palavras para nossa própria realidade e delas podemos extrair experiências culturais novas e interpretar o mundo com novos olhares”, diz.
A especialista selecionou e comentou oito canções que, com palavras, voz e a sensibilidade de alguns dos grandes poetas da música brasileira, retomam os temas mais importantes para a sustentabilidade do planeta.
1.“Terra” (Caetano Veloso)
“Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?”
Enquanto preso, durante a ditadura militar, Caetano teria visto as fotografias registradas pelos astronautas da Apollo 8 que iniciavam a corrida rumo à Lua. A imagem de um planeta azul, pequenino, dava a noção de quão imenso é o universo e quão especial e vulnerável é este planeta Terra. As mudanças globais que já estão em curso deverão provocar danos irreversíveis ao planeta. O aumento da temperatura e a elevação dos níveis dos oceanos vão provocar migração e desaparecimento de espécies, aumento de tempestades, enchentes e doenças. A espécie humana, principalmente as populações mais carentes e vulneráveis, sofrerão profundamente com estas mudanças. Mesmo sendo todos “errantes navegantes” desta jornada, porque esquecemos da “menina Terra”?
2.“Asa Branca” (Luiz Gonzaga & Humberto Teixeira)
“Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão”
Nascido no interior de Pernambuco, em meio à Caatinga, Luiz Gonzaga não apenas inventou o baião como também declamou, em poesia e música, a vida do povo sertanejo. A caatinga é, naturalmente, um ambiente muito seco, com chuvas raras e, ainda assim, com uma grande biodiversidade de plantas e animais adaptados a essa condição. Áreas secas do mundo, com alto grau de devastação, tendem a sofrer com a desertificação, especialmente em cenários futuros de aquecimento global. Gerar condições de vida às pessoas que vivem em situações de vulnerabilidade é um passo importante para a sustentabilidade do planeta.
3.“Manguetown” (Chico Science & Nação Zumbi)
“Fui no mangue catar lixo,
Pegar caranguejo,
Conversar com urubu.”
Os manguezais são áreas úmidas distribuídas em quase toda a costa brasileira, muito importantes para a reprodução de animais marinhos e a ciclagem de nutrientes nas regiões estuarinas. Grande parte dos manguezais brasileiros estão em unidades de conservação e, muitas delas, com permissão do uso sustentável de recursos como o caranguejo, importantes para a economia das populações ribeirinhas. No entanto, esses ecossistemas são ameaçados devido à poluição, superexploração da pesca, agricultura, crescimento dos centros urbanos, entre outros. Essa é a situação dos manguezais da região metropolitana do Recife, onde Chico Science & Nação Zumbi relataram a convivência de lixo e o caranguejo, recurso utilizado pela população pobre da região.
4.“O cio da Terra” (Chico Buarque & Milton Nascimento)
“Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão”
O trabalho agrário relatado nesta bela canção nos faz pensar numa relação harmoniosa entre o homem do campo e a terra. Apenas ele é capaz de compreender os ritmos da natureza e, a partir deste conhecimento, “forjar no trigo o milagre do pão” para alimentar pessoas de todo o mundo. A agricultura em pequena escala, com o trabalho das mãos de uma família, sabe compreender a natureza, a importância dos seus serviços e seu processo de renovação. Em grandes escalas, o lucro é mais importante que a própria terra, o uso de fertilizantes e agrotóxicos polui águas e solos, afetando a relação do homem com a natureza. É sim possível produzir alimentos e riquezas sem desmatar novas áreas, sem utilizar substâncias químicas de maneira excessiva, mas tornando a produção agrícola mais eficiente. Somente mãos comprometidas com o futuro do planeta podem “afagar a terra” no seu sentido mais profundo.
5.“Ponta de areia” (Milton Nascimento & Fernando Brant)
“Ponta de areia ponto final
Da Bahia-Minas estrada natural
Que ligava Minas ao porto ao mar
Caminho de ferro mandaram arrancar”
A estrada de ferro entre o nordeste de Minas Gerais e o litoral da Bahia funcionou por pouco mais de 80 anos, no fim do século XIX e início do XX, e foi desativada, enchendo de tristeza os povoados por onde passava. O transporte e a mobilidade são questões indissociadas da vida humana moderna, itens obrigatórios para qualquer pauta relacionada a um futuro sustentável. A matriz energética mundial é quase totalmente dependente de fontes não renováveis de petróleo, gás natural e carvão, as quais têm um grande efeito poluidor. Já as fontes renováveis, como a energia hidrelétrica e mesmo a eólica, ainda que “limpas”, causam danos à natureza pela inundação das barragens e as mortes de animais voadores, respectivamente. Diversificar e aprimorar as formas de transporte, buscando diminuir a frota de veículos a combustão, aumentar o transporte público e as ferrovias, hidrovias e ciclovias, além de buscar formas de economia de energia, são essenciais para um futuro sustentável.
6.“O Rio” (Marisa Monte, Seu Jorge, Arnaldo Antunes & Carlinhos Brown)
“Lembra, meu filho, passou, passará
Essa certeza, a ciência nos dá
Que vai chover quando o sol se cansar
Para que flores não faltem jamais”
As águas continentais, de rios e lagos, são renovadas em um ciclo ininterrupto pela atmosfera, biota e superfície da Terra. É a principal fonte hídrica para a agricultura, indústria e consumo humano e animal. O consumo de água mais que octuplicou no último século no mundo, enquanto as fontes hídricas continuam sendo, basicamente, as mesmas. O consumo exagerado de produtos que demandam muita água para sua produção, como a carne e o algodão, a poluição de rios e o desperdício no uso de água potável precisam ser freados para um futuro sustentável onde “flores não faltem, jamais”.
7.“Passaredo” (Chico Buarque & Francis Hime)
“Voa, macuco
Voa, viúva
Utiariti
Bico calado
Toma cuidado
Que o homem vem aí”
A perda da biodiversidade é a ação do homem que mais transgrediu os limites aceitáveis para que processos essenciais do planeta Terra possam ocorrer. Em termos globais, o homem já causou a extinção de mais de 300 espécies de animais e 150 espécies de plantas e, do total de espécies existentes hoje (1,7 milhão), 5% encontram-se ameaçadas. São inúmeras as causas de perda de espécies, principalmente a destruição dos habitats onde vivem, a exploração exagerada de espécies pesqueiras e madeiras, a caça e a invasão de espécies exóticas que competem com as espécies locais. Mudar essas estatísticas requer ações eficientes, como eliminar completamente estas ameaças e criar e manter unidades de conservação para garantir a sobrevivência das espécies.
8.“Luar do Sertão” (Catulo da Paixão Cearense & João Pernambuco)
“A gente fria
Desta terra sem poesia
Não se importa com esta lua
Nem faz caso do luar
Enquanto a onça
Lá na verde capoeira
Leva uma hora inteira
Vendo a lua derivar”
Esta canção, com mais de 100 anos, é um hino em reverência à vida simples do interior do Brasil. O homem pré-revolução industrial vivia num mundo onde os movimentos da natureza eram a sua principal inspiração, justificava suas ações e emoções. Hoje, com a sociedade de consumo, busca-se prazer no comprar, ter e consumir, e venera-se o capital, o que gera um impacto irreversível sobre os recursos naturais. Além disso, a produção dos bens de consumo é, muitas vezes, feita em bases sociais e econômicas pouco equilibradas. Uma vida simplificada, com menos consumo, maior distribuição de renda e melhores condições de vida para todos os habitantes da Terra é a única saída para um planeta com mais de 8 bilhões de habitantes.
As músicas do texto estão na playlist “Um som para o meio ambiente”, criada pela especialista e disponível no Spotify.
Jorge Ben Jor leva seu "Salve Simpatia" a São Paulo
5 de Junho de 2018, 16:37Um dos mais importantes músicos brasileiros, autor de inúmeros sucessos,Jorge Ben Jor, estará apresentando seu show "Salve Simpatia" no Espaço das Américas (Rua Tagipuru, 795, Barra Funda, São Paulo)no sábado, dia 23 de junho.
A assinatura de Ben Jor é marcada pelo inconfundível ritmo do seu violão, que transcende qualquer regra de classificação. Seu estilo foge de qualquer rótulo: é samba com maracatu, bossa com rock, baião com funk. O hoje clássico LP “Samba Esquema Novo”, lançado em meados dos anos 60 do século passado, já mostrava a criatividade do carioca Jorge Menezes, trazendo futuros sucessos como “Mas que Nada” e “Por Causa de Você Menina”.
Ben Jor, com o disco, acabara de revolucionar a música brasileira com um estilo único, que colocava em comunhão as raízes brasileiras e africanas. Seu talento fez com que ele participasse de dois dos programas musicais mais famosos da época: “O Fino da Bossa” - comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues - e “Jovem Guarda”, de Roberto e Erasmo Carlos.
Diversos movimentos musicais surgiram e ruíram, mas Jorge Bem Jor continuou sendo cada vez mais cultuado por suas canções.
A miscelânea de sons de sua música talvez seja resultado natural de uma infância passada ao som de Luiz Gonzaga, Ataulfo Alves e João Gilberto, com participação em coros de igreja e blocos de carnaval.
Ben Jor diz que jamais lhe passou pela cabeça que ele seria um dos protagonistas da história da música popular brasileira. Apesar disso ele se tornou ídolo de uma legião de músicos que não escondem a grande influência que tiveram da batida de seu violão - ou guitarra - e do ritmo inconfundível de suas composições.
O ingressos para o show estão à venda nas bilheterias do Espaço das Américas (de segunda a sábado das 10 às 19 horas, sem taxa de conveniência) ou acessar o site Ticket 360. (https://goo.gl/xgibPV). Os preços: Pista 1º Lote, R$ 50,00 (meia) e R$ 100,00 (inteira); Setor A, B, C, R$ 110,00 (meia) e R$ 220,00 (inteira).
Luis Leite registra "Despedida" em vídeo
5 de Junho de 2018, 11:14O violonista carioca Luis Leite está lançando o videoclipe da música “Despedida”, dando prosseguimento à divulgação do seu terceiro CD, "Vento Sul". No disco, ele contou com as participações da violista Elisa Monteiro e de Sergio Krakowski (adufo). Com produção, direção, roteiro e edição da cineasta Paula Dante, o filme abraça esteticamente o tom intimista e poético da música do violonista, num clipe de três minutos de duração. Com apenas dois dias de captação e filmagem em uma casa abandonada no bucólico Largo do Boticário, no Cosme Velho (Rio de Janeiro), a produção se destaca pela fotografia sofisticada, buscando realçar os contrastes de luz e movimento entre os ambientes interno e externo do imóvel, em sintonia completa com a sonoridade dos acordes.
“Despedida” é a última faixa do CD “Vento Sul”, lançado pelo violonista no início do ano e inspirado na música da América do Sul. Com intensa atividade internacional, apresentações em mais de 20 países, o violonista concebeu o mais introspectivo álbum de sua carreira. É um convite a uma audição delicada, sem pressa – um incentivo à exploração do nosso espaço interno de escuta. Usando seu virtuosismo não apenas por meio da destreza que possui, mas também com um controle absoluto da sonoridade, do conteúdo expressivo e da interpretação, pontos fortes deste seu novo trabalho, o músico comprova em “Vento Sul” a razão de ser considerado um dos violonistas brasileiros de maior destaque na cena instrumental contemporânea.
Luis Leite nasceu e cresceu no Rio de Janeiro, numa atmosfera familiar musical. Seu avô, um violonista amador, o ensinou os primeiros acordes. Seu pai e tios também tocavam, e o violão era o instrumento que congregava todos ao redor da música. Com interesse em variadas vertentes musicais, navegou desde cedo por diferentes estilos, do choro e do jazz à música clássica, começando a se apresentar profissionalmente aos 14 anos com o Grupo Camerístico de Violões. Estudou violão na UniRio e aos 19 anos, após receber o primeiro lugar em concursos nacionais de violão, se especializou na Accademia Musicale Chigiana (Siena, Itália).
Posteriormente mudou-se para Viena, onde viveu por uma década, recebendo os diplomas de bacharel e mestre pela Universität für Musik Wien, sob orientação do renomado violonista Alvaro Pierri. Durante seu tempo residindo na Europa, Luis recebeu o primeiro lugar em diversos concursos internacionais de violão, como no Ivor Mairants International Guitar Competition (Londres) e no John Duarte International Guitar Competition (Rust). Retornou ao Brasil assumindo a cátedra de Violão da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde desde então coordena o programa de Bacharelado em Violão. Em sequência, concluiu seu Doutorado (PhD) em Música pela UniRio desenvolvendo pesquisa sobre novas linguagens de improvisação musical. Foi também vencedor do XI Prêmio BDMG Instrumental em Belo Horizonte. Lançou os discos autorais 'Mundo Urbano' e 'Ostinato'.
Site: www.luisleite.art.br
Preço do CD físico: R$30,00
Preço do CD digital (baixar por MP3s diretamente do site do artista): R$15,00