Grupo de câmara toca Santoro e Zappa
22 de Abril de 2019, 11:36O Abstrai Ensemble apresenta, na Série Vertigens, da Sala Cecília Meirelles, no Rio, um novo repertório para celebrar a dupla homenagem aos compositores Claudio Santoro (1919-1989) e Frank Zappa (1940-1993). A abertura do concerto será com uma das Fantasias do brasileiro Claudio Santoro — que completaria 100 anos em 2019. O encerramento da noite ficará a cargo da música do americano Frank Zappa (com direito a uma estreia mundial) em arranjos exclusivos para o grupo de autoria do compositor paulista Martin Herraiz. O Abstrai Ensemble também apresenta uma estreia mundial do paulista Alexandre Lunsqui (com formação instrumental inusitada) e obras em estreia carioca do paraibano Marcilio Onofre e do paulista Rodrigo Bussad, radicado nos Estados Unidos.
Principal grupo de música de câmara contemporânea no Rio de Janeiro em plena atividade desde 2011, o Abstrai Ensemble tem se apresentado nos principais festivais e salas de concerto brasileiras, além de uma turnê pelo México. É integrado por instrumentistas e compositores de renomada carreira e se dedica ao repertório dos séculos XX e XXI, principalmente em colaborações com compositores vivos (brasileiros e estrangeiros) e expoentes do século XX.
Além de peças musicais instrumentais e vocais, o grupo utiliza regularmente nos seus concertos e diversas atividades as últimas tecnologias digitais (eletroacústica e música mista). O grupo se dedica também a atividades pedagógicas como oficinas, master-classes, encontros de interpretação musical/composição, além de realizar concertos comentados, contribuindo pela formação de público de música de concerto no Brasil.
Em setembro de 2018, o Abstrai Ensemble lançou o seu 1° CD, intitulado “Experiência”, com direção artística do fundador do grupo, o saxofonista, professor e pesquisador Pedro Bittencourt. O CD traz com exclusividade obras recentes dos compositores brasileiros Roberto Victorio, Rodrigo Lima, Michelle Agnes, Pauxy Gentil-Nunes, além do português João Pedro Oliveira, do grego Phivos Angelos-Kollias e do francês Didier Marc Garin. “Experiência” é uma produção independente do Abstrai ensemble, disponibilizada em CD físico e nas principais plataformas digitais pelo selo A Casa Estúdio.
O Abstrai Ensemble é formado por Pedro Bittencourt (saxes soprano, alto, tenor, barítono e direção artística), Doriana Mendes (voz ), Andrea Ernest Dias (flauta ut, sol, piccolo), Pauxy Gentil-Nunes (flauta baixo e eletrônica), Cesar Bonan (músico convidado, clarineta e clarone) Rodrigo Vila (músico convidado, sax alto), Jeferson Souza (músico convidado, fagote), Marina Spoladore (piano), Mariana Salles (violino e viola), Pablo de Sá (músico convidado, violoncelo), Fabio Adour (violão, baixo elétrico), Zeca Lacerda (bateria, percussão) e Leonardo Labrada (regência).
Serviço
Local: Sala Cecília Meireles
Horário: 20 horas
Endereço: Rua da Lapa, 47 - Lapa, Rio de Janeiro
Ingressos: R$50 (inteira) / R$25 (meia-entrada)
Faixa etária: Livre
Telefone: (21) 2332-9223
Programa
Fantasia (1987) - 5 min
Claudio Santoro (Brasil, 1919-1989)
voz, violino, piano
Urizen, the chain of reason (2012) - 7 min
Rodrigo Bussad (Brasil, 1985)
Flauta, flauta baixo, violão
Duo (1945) - 2 min
Claudio Santoro (Brasil, 1919-1989)
violino e fagote
Caminho anacoluto III – derradeira margem (2015) - 7 min
Marcílio Onofre (Brasil, 1982)
sax barítono e piano
Canyon Textorium (2018) – estreia mundial – 10 min
Alexandre Lunsqui (Brasil, 1969)
sax barítono solo, flauta em sol, flauta baixo, clarone, fagote, viola, regência
Insertion Units (1978) (arranjo de 2018) – 11 min
Frank Zappa (EUA, 1940-1993)
arranjos de Martin Herraiz (Brasil, 1980)
Number 6 (estreia brasileira)
Number 7 (estreia brasileira)
Number 8
Number 9 (estreia mundial)
Flauta (piccolo, ut, G), clarineta (Bb), sax (soprano, alto, tenor), fagote, violino, cello, baixo elétrico, percussão
Time Is Money (1972) (arranjo de 2019) - estreia brasileira - 3 min
Frank Zappa (EUA, 1940-1993)
Arranjo de Martin Herraiz (Brasil, 1980)
voz, piccolo, flauta, sax alto, sax barítono, fagote, violino, violoncelo, contrabaixo elétrico, teclado e percussão
Edvaldo Santana ao vivo. Um show de criatividade
17 de Abril de 2019, 10:26Carlos Motta
Na estrada há um longo tempo, Edvaldo é daqueles artistas que não têm vergonha de cantar onde quer que seja. E onde for, a sua fusão sonora do samba, xote, jazz, blues, reggae etc etc, proporciona ao público momentos de intenso prazer - afinal, a música serve para isso.
Uma prova dessa sua capacidade de encantar a plateia por meio da qualidade de seu trabalho está no CD recém-lançado, "Edvaldo Santana e Banda Ao Vivo 2", gravado ao vivo no teatro do Sesc Pompeia, em São Paulo, em dezembro de 2016.
Do disco constam 12 faixas - e que faixas! Edvaldo passeia por canções do CD "Só Vou Chegar Mais Tarde" e acrescenta músicas representativas de sua carreira.
Não há uma faixa apenas regular - e isso é quase inacreditável.
Em compensação, o CD traz pérolas como "Quem é que não quer ser Feliz", "Só vou Chegar Mais Tarde", "O Retorno do Cangaço" e "Gelo no Joelho" - essa, uma das mais inspiradas composições da música popular brasileira com temática no futebol.
E as letras, então? Edvaldo é um poeta de mão cheia, um atento observador da vida do homem comum, esse que não vive em salas com ar-condicionado nem dirige carrões de vidros "filmados", e que faz do dia a dia uma luta incessante para sobreviver.
A banda que formou para a apresentação no Sesc é outro show à parte, com quatro metais, baixo, teclado, bateria, percussão, banjo, guitarra, violão e gaita, além da participação da cantora Alzira E - para quem não sabe, Alzira Espíndola, figura marcante da cena musical paulistana.
"A energia de uma gravação ao vivo está muito ligada ao astral da obra e do público que esteja presente, os sentimentos se afloram e quando encontram ressonância, se cria um ambiente lúdico e solidário, as interpretações ganham em intensidade e criação", diz Edvaldo, com razão.
Quem escutar o CD vai ter essa mesma impressão, de que um grande artista é aquele que usa o público para melhorar o seu desempenho e como fonte de inspiração para o seu trabalho.
Edvaldo faz isso muito bem - e por isso é tão bom.
Contatos do artista:
WhatsApp: 55 11 975897705
edvaldosantana@hotmail.com
O "Black Album", do Metallica, pela Orquestra Petrobras Sinfônica
12 de Abril de 2019, 9:19O disco de maior sucesso na trajetória da banda americana Metallica, “Black Album”, lançado em 1991, será a próxima aposta da Orquestra Petrobras Sinfônica para o projeto Álbuns, que vem lotando concertos em casas de espetáculo no Rio de Janeiro e em São Paulo. Com regência de Isaac Karabtchevsky, diretor-artístico e maestro titular do grupo, e arranjos inéditos de Ricardo Candido, a apresentação ocorrerá no Allianz Parque Hall, em São Paulo, dia 30 de junho.
"Neste quarto ano da série Álbuns decidimos viajar pelo nosso primeiro álbum da década de 90. O 'Black Album' foi uma escolha rápida, pois o Metallica já realizou um lindo projeto com a San Francisco Symphony Orchestra e sempre demonstrou um flerte grande com a música clássica, algo, na verdade, bem comum no metal. Assim abrimos nosso peito para este novo desafio, que com certeza promete ser inesquecível!", comenta Mateus Simões, diretor-executivo da Orquestra Petrobras Sinfônica.
Em São Paulo, os ingressos para o concerto podem ser comprados pelo site www.eventim.com.br/allianzparquehall e na bilheteria do Allianz Parque (Rua Palestra Itália, 214). O show será realizado na recém-lançada configuração Allianz Parque Hall.
Quinto álbum de estúdio da banda, “Black Album” vendeu mais de 40 milhões de cópias ao redor do mundo, e imortalizou faixas como “The Urforgiven”, “Enter Sandman” e “Nothing Else Matters”. O disco será interpretado na íntegra por um conjunto de 50 músicos.
A série Álbuns, que foi lançada pela OPES em 2016, já homenageou os discos “Dark Side of The Moon”, do Pink Floyd, “Thriller”, de Michael Jackson, e “Ventura”, do Los Hermanos. Ao todo as apresentações, que integram um grande conjunto de iniciativas da Petrobras Sinfônica para popularizar a música clássica e renovar o público do gênero, já reuniram mais de 20 mil pessoas.
A Temporada 2019 da orquestra se divide em três mundos: Clássico, Pop e Urbano. As séries Djanira, Portinari, Armando Prazeres e Na Sala, além do Festival de Câmara, compõem a programação clássica, enquanto projetos como Em Família, que apresenta versões de clássicos infantis, “Álbuns” e “Convidados” fazem parte das ações que buscam reforçar o perfil agregador, democrático e desbravador do grupo de 80 músicos.
A orquestra
Aos 47 anos, a Orquestra Petrobras Sinfônica se consolida como uma das mais conceituadas do país e ocupa lugar de prestígio entre os maiores conjuntos musicais da América Latina. Criada pelo maestro Armando Prazeres, a orquestra é formada por mais de 80 instrumentistas e tem como diretor-artístico e regente titular o maestro Isaac Karabtchevsky, nome mais respeitado no Brasil e consagrado internacionalmente.
Programação
"Enter Sandman"
"Sad but True"
"Holier Than Thou"
"The Unforgiven"
"Wherever I May Roam"
"Don't Tread on Me"
"Through the Never"
"Nothing Else Matters"
"Of Wolf and Man"
"The God That Failed"
"My Friend of Misery"
"The Struggle Within"
Serviço
Data: domingo, 30 de junho de 2019
Local: Allianz Parque Hall
Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 1705 - Água Branca, São Paulo - SP, 05001-200
Horário: 17h30 (abertura dos portões) | 19h30 (início do show)
Capacidade: 5.757 pessoas
Ingressos: de R$ 50 a R$ 210
Classificação etária: 14 anos. Menores entre 5 e 15 anos de idade, acompanhados do responsável legal. *Sujeito à alteração Judicial.
Acesso para deficientes
Filmes com Tonico Pereira e Osmar Prado são premiados no Festival Curta Mazzaropi
10 de Abril de 2019, 8:32Três dias de programação intensa e exibição de curtas em homenagem a Amácio Mazzaropi, que completaria 107 anos neste mês, marcaram a primeira edição do Festival Curta Mazzaropi, entre os dias 5 e 7 de abril, no Museu Mazzaropi, em Taubaté (SP). Durante o evento, que foi um sucesso e atraiu mais de mil pessoas, 12 produções foram selecionadas para a final, sendo quatro premiadas com o desejado troféu Mazzaropi. O divertido “O Embrolho” (foto), protagonizado por Tonico Pereira e com trilha de Chay Suede, foi eleito o melhor filme pelo júri popular, além de vencer também na categoria direção, com Roobertchay Rocha. Já o drama goiano “Solo”, dirigido por Alailson Bernardo, e que aborda questões como bullying, foi a escolha do júri técnico.
Osmar Prado foi apontado como o melhor ator pela atuação em “Um Café e Quatro Segundos”, de Cristiano Requião, enquanto o prêmio de melhor atriz ficou com Jáli Kiárit, de “Amor Artesanal”, uma coprodução São Paulo e Taubaté, rodada na cidade de Tremembé (SP) e de autoria de Lucci Antunes.
Arthur Ribeiro, Mantenedor do Instituto Mazzaropi, faz um balanço positivo da primeira edição do festival: “Para além das atividades e exibições que atraíram muitos fãs de Amácio Mazzaropi, nosso objetivo de apresentar o trabalho dele para as novas gerações e reverenciar sua importância para a cultura nacional foi alcançado. Esperamos atrair ainda mais pessoas nas próximas edições”, afirma.
Atualmente, o Museu Mazzaropi é mantido pelo Instituto Mazzaropi. Mais informações podem ser obtidas no telefone (12) 3634.3447, site www.museumazzaropi.org.br e e-mail info@museumazzaropi.com.br.
Massacre de Realengo inspira livro sobre amizade
9 de Abril de 2019, 10:13"O Pior Dia de Todos" é um romance terno e perturbador, uma ficção criada a partir de um dia trágico, que realmente aconteceu – o Massacre de Realengo, como ficou conhecido o atentado a uma escola do subúrbio do Rio, em que um ex-aluno matou 12 estudantes, a maioria meninas, em abril de 2011. Não é um livro sobre o massacre, mas sobre a amizade. Escrito por Daniela Kopsch, jornalista que cobriu o episódio, "O Pior Dia de Todos" não é um livro sobre aquelas mortes, mas aquelas vidas.
Malu e Natália, as duas primas que protagonizam a história, revelam o que é ser menina neste país, alimentando grandes esperanças quando é sempre iminente o risco de se perder tudo. A tragédia do Realengo, a maior já ocorrida numa escola brasileira, comoveu o país em abril de 2011 – quando vivíamos uma euforia econômica, o acesso à educação começava a transformar uma geração e estávamos todos otimistas. Oito anos depois, mudou o país, mudamos nós – e este livro, como só as narrativas mais originais conseguem, pretende transformar um relato em material sólido, capaz de perdurar por mais tempo.
Com estrutura aparentemente simples, a obra nos apresenta um mundo difuso de preconceitos, desejos e limitações de forma crua e clara. Por meio de suspensões, silêncios e outros recursos sutis da linguagem, foge da pieguice para nos capturar com inteligência e emoção. Daniela Kopsch faz uma estreia surpreendente, alvissareira, quando livros e meninas vivem momento tão adverso no país.
Daniela nasceu em Piçarras, pequena cidade do litoral de Santa Catarina, em 1987, e hoje mora no Rio de Janeiro – onde trabalha como repórter e redatora para veículos como Canal Futura, Editora Abril e HuffPost. Formada em Jornalismo pela PUC, em Curitiba, especializou-se em literatura na UFRJ, no Rio. "O Pior Dia de Todos" é sua estreia na ficção.