No Brasil, o jazz atemporal de Kenny Garrett
1 de Novembro de 2017, 10:40O saxofonista americano Kenny Garret virá, com seu quinteto, este mês para o Brasil, para fazer dois shows, em São Paulo, no Teatro Bradesco, no dia 28, e em Porto Alegre, no Teatro do Bourbon Country.
Mais do que qualquer outro artista no jazz tradicional atual, Garrett, também compositor e arranjador, é conhecido por empolgar e embalar o público por onde passa.
No show, intitulado "Do Your Dance!", Garrett faz uma viagem desde o ritmo melódico de "Calypso Chant", passando por "Bossa", canção inspirada no Brasil, e "Philly", criada a partir de um festival de rua na Universidade de Temple.
"Eu observo e vejo as pessoas esperando as músicas em que eles podem se divertir e se expressar. Esse álbum foi inspirado nisso. É um convite às pessoas a mexerem os pés", diz ele, nove vezes vencedor do prêmio de Melhor Saxofonista Alto da "DownBeat's Reader's".
Segundo a crítica, por meio da sua performance dramática e repleta de sentimento, Kenny prova que apesar de ter sido criado há quase um século, o jazz permanece atemporal e um dos ritmos mais contagiantes do universo musical.
Entre os diversos prêmios recebidos, o músico chama a atenção ao título concedido pela Berklee College of Music de Doutor Honoris Causa por sua contribuição ao Jazz, em 2011, ainda que não tenha frequentado a universidade.
Garrett nasceu em Detroit e recebeu as primeiras lições de música de seu pai, um carpinteiro apaixonado pelo sax tenor e pelo jazz. Ele se profissionalizou como saxofonista aos 18 anos, logo que terminou o curso secundário. Tinha acabava de ser aprovado para frequentar a prestigiosa Berklee College of Music. Só que, na mesma época, foi convidado para integrar-se à orquestra de Duke Ellington, então dirigida pelo filho Mercer Ellington. Escolheu a segunda opção e diz que nunca se arrependeu.
Sua formação foi completada tocando nos grupos liderados por Dizzy Gillespie, Woody Shaw, Art Blakey e Freddie Hubbard. Em 1986, Miles Davis precisava de um sax alto para sua nova banda e o convidou para integrá-la.
Kenny Garrett participou do grupo de Davis até seu final, com a morte do líder, em 1991.
A experimentação, unida à tradição, lhe rendeu a indicação para o Grammy de melhor álbum instrumental de 2013, com o cd "Pushing the World Way". Mas Garrett já havia ganho o Grammy nessa categoria em 2010, com o álbum "Five Peace Band". E foi indicado, também, em 2012 por "Seeds from the Underground".
Wagner Tiso e Gilson Peranzzetta celebram 70 anos em apresentação inédita
31 de Outubro de 2017, 15:52Dois grandes nomes da música brasileira, o carioca Gilson Peranzzetta e o mineiro Wagner Tiso, comemoraram juntos seus 70 anos de vida em 2016, e parte desta celebração deu origem a dois programas inéditos que o SescTV exibe no dia 5 de novembro, domingo, a partir das 21 horas.
O documentário da série "Passagem de Som" conversou com os artistas, que lembram suas trajetórias na música e aproveitam o encontro para visitar a Orquestra Sinfônica de Heliópolis e o MASP, na capital paulista. Na sequência, em show da série Instrumental Sesc Brasil, tocam em duo ou separados, clássicos da MPB e composições próprias.
Peranzzetta começou a tocar piano aos dez anos de idade e desde então vem construindo uma carreira notória, que já lhe rendeu vários elogios, inclusive de Quincy Jones, importante produtor musical e arranjador, que citou o brasileiro entre seus quatro arranjadores preferidos, junto dos americanos Duke Ellington e Ted Jones e do canadense Gil Evans. O carioca já ganhou cinco prêmios da música brasileira e teve uma de suas composições como tema de série, que depois ganhou letra e foi gravada pela cantora americana Sarah Vaughan.
Wagner Tiso é um dos fundadores do grupo Som Imaginário, concebido, a princípio, para acompanhar o cantor Milton Nascimento em suas apresentações, e participou do grupo de músicos que ficou conhecido como Clube da Esquina, criado nos anos de 1960, em Minas Gerais, que teve nomes como Toninho Horta e Beto Guedes como integrantes, além do próprio Milton Nascimento.
Tiso sente-se a vontade para variar no repertório, indo do jazz à MPB e do clássico ao flerte com o rock progressivo, sem perder suas particularidades. Seu currículo ainda conta com trilhas sonoras para cinema e canções famosas, como "Coração de Estudante", que ficou conhecida na voz de Nascimento.
Com sucesso no Brasil e no exterior, Peranzzetta e Tiso acompanham, no "Passagem de Som", o ensaio da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, projeto social, cujo objetivo é transformar a vida de crianças e jovens pobres, na capital paulista, e onde o pianista mineiro já fez show. “Foi um trabalho muito bom, trouxemos grandes artistas aqui”, diz Tiso. “Nós fizemos seis anos seguidos de diversos tipos de música popular orquestrada para esse tipo de orquestra”, completa.
Os pianistas visitaram ainda o MASP, Museu de Arte de São Paulo, onde, na década de 1980 eram realizados muitos shows instrumentais. “Eu lancei meu disco 'Coração de Estudante' aqui”, lembra o mineiro. “O MASP tem uma importância fundamental para a música instrumental”, diz o carioca, que também já tocou lá.
O "Passagem de Som" traz depoimento de Peranzzetta e Tiso sobre suas influências musicais, como Johann Sebastian Bach, Bill Evans, Oscar Peterson, e Luiz Eça e o grupo Tamba Trio, e mostra o ensaio do duo para o show da série Instrumental Sesc Brasil, exibido na sequência.
No espetáculo, gravado em setembro de 2016, no Sesc Consolação, os maestros tocam composições como "Só Danço Samba" e "Garota de Ipanema", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes; "Casa Forte", de Edu Lobo; "Chorava", de Wagner Tiso; e "Nós, as Crianças", de Gilson Peranzzetta.
Madeleine Peiroux volta ao Brasil com seus hinos seculares
31 de Outubro de 2017, 15:34A cantora americana Madeleine Peyroux, um dos nomes mais importantes do jazz contemporâneo, está de volta ao Brasil para espetáculos em Porto Alegre e São Paulo. O seu novo álbum, "Secular Hymns", a conduz a um universo inteiramente novo, explorando composições que transcendem o habitual, numa obra acabada, viva e comovente, fundindo funk, blues e jazz.
Madeleine se apresentará, com os músicos que a acompanham há dois anos, o guitarrista Jon Herington e o baixista Barak Mori, no dia 9 de novembro, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, e nos dias 12 e 13 de novembro no Teatro Bradesco, em São Paulo. Os ingressos já estão à venda.
O show traz um conjunto de canções em forma de hinos. A voz expressiva de Madeleine conduz canções de artistas seminais do blues, do gospel e músicas preservadas pela tradição.
Direta ao falar de sua arte, Madeleine Peyroux assim a define: “A música se constitui em nossa vida espiritual. Assim sendo, eu a percebo como hinos, hinos seculares, canções individuais, pessoais e introvertidas.”
Canais de vendas para o show em Porto Alegre
Com taxa de conveniência
Site: www.ingressorapido.com.br
Call Center: 4003-1212 (de segunda a sábado, das 9h às 22h, e domingos, das 12h às 18h)
Agência Brocker Turismo: Av. das Hortênsias, 1845 – Gramado (de segunda a sábado, das 9h às 18h30min, e feriados das 10h às 15h).
Rua Coberta, Campus II, Universidade Feevale: Novo Hamburgo (de segunda a sexta, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 14h). Mais informações pelo telefone 3271-1208
Bourbon Shopping Novo Hamburgo: Av. Nações Unidas, 2001 – 2º Piso / Centro de Novo
Hamburgo (de segunda a sábado, das 13h às 20h).
Sem taxa de conveniência
Bilheteria do Teatro do Bourbon Country: Av. Túlio de Rose, nº 80 / 2º andar (de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingo e feriado, das 14h às 20h)
Canais de vendas para os shows em São Paulo
Ingresso Rápido: 4003-1212
www.ingressorapido.com.br
Bilheteria Teatro Bradesco: Rua Palestra Itália, 500 / 3º piso – Bourbon Shopping São Paulo
Um show com blues, rock, soul e batucada brasileira
30 de Outubro de 2017, 22:44Com o show musical “Sem Fronteiras” a Banda dos Curumins traz ao palco a cantora inglesa Jesuton e a suíça Alice Mondia. Músicas autorais da banda, clássicos brasileiros, canções da carreira de Alice Mondia e do recém-lançado álbum “Home”, de Jesuton, ganharam arranjos originais e exclusivos para o show, dia 4 de novembro, sábado, às 15 horas, no SESC Santo Amaro (Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo).
Jesuton, cantora britânica, começou a fazer sucesso cantando nas ruas do Rio de Janeiro. Em 2013 gravou três canções, "I'll Never Love This Way Again", para a trilha sonora da telenovela "Salve Jorge", "Holocene", para "Flor do Caribe" e "Because You Loved Me", para "Sangue Bom", todas da Rede Globo. Ela acaba de lançar "Home," seu primeiro disco com composições próprias, que incluem blues, pop, e ritmos brasileiros, como o samba.
Alice Mondia é uma jovem cantora e compositora suíça. Depois de várias experiências no gênero pop/rock, ela está finalizando seu novo álbum na vertente soul/black, sob a direção dos produtores Pietro Foresti e Bob Benozzo.
A Banda dos Curumins é um projeto da ONG suíço-brasileira Casa dos Curumins, que tem como orientação e liderança o músico Vilson Carlos Maria, a percussionista Jackie Cunha e Ana Paula Guimarães. Com linguagem criativa e ritmo dinâmico, seus jovens integrantes criaram um estilo próprio que funda suas raízes na música popular afro brasileira, agregando várias outras influências, tais como o soul e o pop.
Brasília Photo Show bate recorde de participantes
30 de Outubro de 2017, 22:35Imagens inscritas no 3º Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show (BPS) revelam que fotografia é conexão. E conectada a um novo tempo, a edição 2017/2018 do BPS recebeu 9.050 imagens de fotógrafos brasileiros e estrangeiros, 2.650 a mais do que o número de trabalhos inscritos na temporada passada. Na manhã do dia 4 de novembro, autores dos registros vencedores estarão na capital federal para receber os prêmios e participar da festa de lançamento do livro 2017/2018. A cerimônia será no Cinemark Taguatinga Shopping e contará com a Cia. de Comédia Setebelos.
O livro contempla 402 fotografias (96 como menção honrosa), que serão expostas em uma série de mostras nas principais capitais do Brasil em 2018. Na tarde do dia do lançamento, haverá uma novidade: os autores das fotos publicadas poderão apresentar portfólios ou registros a artistas visuais da Universidade da Fotografia (UPIS), um centro de excelência da arte e da ciência fotográfica em solo brasileiro. Rodrigo Carletti, David Ayronn, Krystie Ribeiro e Cleber Medeiros formam a banca de leitura.
No domingo, um tour fotográfico por Brasília com Edu Vergara, idealizador e curador do Brasília Photo Show, fecha a programação. O passeio contempla os principais ícones da arquitetura modernista de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
O Distrito Federal liderou o número de fotógrafos inscritos na 3ª edição do BPS, com um total de 1.640, seguido de São Paulo e Rio de Janeiro, com 1.265 e 1.028, respectivamente. As imagens, entretanto, chegaram de todos os cantos do país. Setenta e sete delas vieram do exterior.
Para Edu Vergara, o Brasília Photo Show tem contado histórias surpreendentes. “Não é só a técnica, não é só a máquina, não é só a luz. A foto é a essência da cena distante que liga vidas, lugares, tempo”, avalia. Ele cita o registro de Suzana Negrini, "Por detrás de um olhar", capa do novo livro. “É uma das imagens mais significativas do BPS. Ela revela o intangível, a conexão com uma identidade que extrapola o que a própria pessoa fotografada conhece sobre si. Ícones como Steve McCurry, autor da 'Garota Afegã', de 1984, conseguem construir essas pontes com maestria”, afirma.
Desde 2015, primeiro ano do festival, mais de 32 milhões de visitas foram registradas na página oficial do BPS no Facebook. Mais de 20 mil fotos participantes foram postadas. A primeira edição marcou 5.400 fotos inscritas e mais de 5,2 milhões de views no Facebook. A segunda, 6.400 fotos inscritas e mais de 10 milhões de views. Até o fim de 2017, a expectativa é superar 20 milhões de views. “A fotografia abre janelas incríveis. Ela congela os olhos do espectador para mostrar-lhe o antes inimaginável. O nosso festival é inclusivo, democrático, transcende o cotidiano. Seu sucesso se deve a isso”, diz.
O Brasília Photo Show é considerado o maior festival de fotografia popular do Brasil. As inscrições virtuais e gratuitas permitem que qualquer pessoa – profissional ou amadora, com ou sem recursos financeiros, possa participar. Um dos objetivos do BPS é tornar viáveis possibilidades, projetar novos talentos, e permitir a profissionais que vivam da fotografia.
Vergara acrescenta que as infinitas conexões exibidas nos registros surpreendentes feitos com todo tipo de equipamento - smartphone, máquinas de bolso e câmeras profissionais - continuaram a tônica do projeto em 2017. “Realizamos uma curadoria com profissionais ligados a arte e fotografia, mas a votação pública pelo Facebook também aponta as fotos vencedoras. Nessa edição, o perfil do festival foi visitado por mais de 16 milhões de pessoas. Em uma única semana, tivemos mais de 1,3 milhão de pessoas acompanhando as postagens. É surpreendente”, observa.
Entre os prêmios do dia 4 de novembro estão câmeras fotográficas com lente de alta performance, celulares, créditos de viagem no valor de R$1,8 mil, certificados e estatuetas. Na cerimônia de premiação, os registros vencedores serão projetados na tela da principal sala do Cinemark Taguatinga Shopping. Em 2018, eles serão contemplados em uma série de exposições itinerantes. Em 2017, mais de 2 milhões de pessoas tiveram oportunidade de apreciar as obras premiadas na segunda edição do BPS em mostras em Brasília, Rio, São Paulo – capitais e interior -, Goiânia, Porto Alegre e Curitiba.
As inscrições para o Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show 2018/2019 começam em março do ano que vem e são o pretexto ideal para soltar a imaginação e os cliques. “Em 2018, teremos o reforço da Lei Rouanet, uma conquista que permitirá, no mínimo, sete exposições em locais de grande circulação em grandes capitais”, informa Vergara.
O livro poderá ser adquirido no dia da cerimônia de premiação ou no site do BPS - http://brasiliaphotoshow.com.br/.