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Motta

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Segundo Clichê

27 de Fevereiro de 2017, 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

A "máquina" que transforma livros já lidos em novos

27 de Outubro de 2017, 14:20, por segundo clichê


A Infinito Cultural, empresa que organiza a Bienal Internacional de Livros, em parceria com a Câmara Brasileira do Livro (CBL) criou um projeto diferente para promover o incentivo à leitura em crianças, jovens e adultos. 

A ideia é gerar curiosidade e de forma simples e lúdica atrair o interesse das pessoas para a "Incrível Máquina de Livros", que percorrerá as cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Itu e Salto entre os dias 7 de novembro e 2 de dezembro. 

A ação acontece da seguinte maneira: a "Incrível Máquina de Livros" estará estacionada em locais públicos dessas cidades. Quem quiser participar leva um livro novo ou usado em boas condições, insere na Máquina e aquele livro se transforma em um outro livro, para ser levado para casa. 


Com a Incrível Máquina de Livros, cuja expectativa será de aproximadamente 500 trocas por dia, a missão da Infinito Cultural e da Câmara Brasileira do Livro é destacar a importância dos livros na educação e formação das pessoas, de uma forma leve e descontraída. 

A primeira ação será realizada entre os dias 7 e 10 de novembro, no Centro de São Paulo, atrás da Biblioteca Mario de Andrade (Praça Dom José Gaspar). 

Segundo Fauze Hsieh, presidente da Infinito Cultural, promover e incentivar a leitura além de ser uma questão prioritária, é algo motivador para ele, que é pai de três filhos. “Um dos meus filhos já escreveu um livro e, entre tantos orgulhos que eles me dão diariamente, este é, com certeza, um que está no topo das minhas melhores lembranças”, diz. 

Já para Luís Antonio Torelli, presidente da CBL, essa iniciativa é essencial para a formação de leitores. “Os livros são determinantes para ampliar a maneira como se percebe o mundo, aprimorando o raciocínio humano contra preconceitos e a liberdade de ideias. Difundir e estimular o hábito da leitura e a democratização do acesso ao livro são as principais bandeiras da CBL”, destaca.


Depois de passar por São Paulo, a Incrível Máquina de Livros percorre as cidades de São Bernardo do Campo, de 16 a 18 de novembro, Itu, de 23 a 25 de novembro, e Salto, de 30 de novembro a 2 de dezembro. O projeto, aprovado no Proac da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, tem apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura e patrocínio da EMS e da Suzano Papel e Celulose. 

Para saber mais, acesse www.facebook.com/incrivelmaquinadelivros .

Infinito Cultural

Liderada por Fauze Hsieh, presidente, e Patrícia Gugliotti, diretora-comercial, a Infinito Cultural  trabalha há dez anos em conjunto com a CBL no planejamento e organização da maior feira de livros da América Latina, a Bienal Internacional de Livros. 

É responsável também pela idealização e realização do projeto itinerante Caminhos da Leitura, que já circulou por dezenas de cidades brasileiras levando acesso a leitura e programação cultural gratuita para mais de meio milhão de pessoas. Para saber mais, acesse www.infinitocultural.com.br .

A CBL

Fundada em 20 de setembro de 1946, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) congrega editores, livreiros, distribuidores e creditistas de todo o Brasil com o objetivo maior de valorizar o livro e, assim, desenvolver e ampliar o mercado. 

As ações para difundir e estimular o hábito da leitura e a democratização do acesso ao livro são as maiores bandeiras da entidade. A CBL organiza alguns dos mais importantes e tradicionais eventos do setor editorial brasileiro, como a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, o Prêmio Jabuti, o Congresso Internacional CBL do Livro Digital e a Escola do Livro, além de participar de feiras nacionais e internacionais. Em 2016 a entidade completou 70 anos.



"Arraial", um disco que é uma festa entre amigos

27 de Outubro de 2017, 10:37, por segundo clichê


O Vento em Madeira, quinteto instrumental paulista, está lançando seu terceiro disco, "Arraial". O nome sintetiza o espírito no qual ele foi criado, uma festa entre cinco amigos que se divertem e gostam de fazer música juntos. 

"Arraial" traz nove composições instrumentais inéditas, com direção musical de Teco Cardoso e engenharia de som de Homero Lotito, que trabalharam juntos na mixagem e masterização. Na execução, Léa Freire atua nas flautas, Teco Cardoso nos saxofones e flautas, Tiago Costa no piano, Fernando Demarco no contrabaixo acústico e Edu Ribeiro na bateria. O disco conta com a participação da cantora Mônica Salmaso, que usa a sua voz como um sexto instrumento do grupo. 

 Teco Cardoso, ao explicar o trabalho do quinteto, diz que a música instrumental é "ultra necessária para mundo de hoje" e embora exija do ouvinte "uma atenção, uma concentração e uma entrega de audição", ela permite às pessoas "sentir coisas e embarcar em viagens". Para ele, "o mais legal dessa música é isso, é ela ter uma mensagem universal".

Léa Freire completa: "A música instrumental é para você pensar o que você quiser, para você sentir o que você quiser, para você criar seu próprio enredo."

O novo trabalho representa, segundo os músicos do grupo, o auge da maturidade na interação entre eles. "Arraial" é o álbum mais coletivo que já gravaram e isso se percebe, explicam os músicos, na criação das composições, na troca de experiências, e na intensa interação promovida pela convivência e explícita afinidade entre todos eles. 

Léa Freire explica mais detalhadamente o momento do quinteto: "O Vento em Madeira tem uma cara cada vez mais de grupo, de soma, amalgamando as diferentes personalidades de seus integrantes num coletivo coeso, afiado e feliz. Essa felicidade vem da busca pelo ambiente perfeito para a prática da música, que passa pela convivência frequente do ensaio, pela gastronomia, pelo humor e pelo respeito mútuo, para desembocar no criativo, na intimidade musical, no ouvir e até adivinhar o outro. Sinto também que esse trabalho fecha um ciclo e inicia outro. Prevemos voos em diferentes contextos musicais daqui para a frente, num processo completo de criação coletiva."

O Vento em Madeira é originário de uma parceria entre Léa Freire e Teco Cardoso, iniciada na década de 70. O quinteto foi formado em 2008 e recebeu duas indicações no Prêmio da Música Brasileira em 2014, nas categorias “Revelação” e “Melhor Álbum Instrumental”, com seu segundo CD “Brasiliana”. 

Vem realizando shows no Brasil e exterior. Em 2016, fizeram uma turnê pela Inglaterra e País de Gales em turnê e desde 2015 o grupo vem desenvolvendo um projeto de formação de público e de divulgação da música instrumental, com workshows em faculdades de música, conservatórios e escolas, tendo, até agora, a participação de cerca de 3 mil alunos da capital paulista e Interior do Estado. 

As músicas, pelos seus autores:

1 – Samba da Lana (Léa Freire)
"Fiz para minha primeira neta, Lana, que mudou a minha vida. É um partido alto pequenino, com uma melodia no contratempo, que a certa altura transfere o batuque para o agudo enquanto a melodia fica no grave."

2 – Azul Cobalto (Tiago Costa)
"Surgiu de brincar com a figura rítmica de 5 contra 3. Escrevi na véspera de uma gravação de um projeto coletivo nos EUA em 2016. Me deixei levar pelo colorido de lá misturado com o lirismo das terra de cá. Lá, ganhou o nome de "Cobalt Blue" pelo seu tom de lamento noturno. Na versão de cá, ficou da cor do céu do fim da madrugada."

3 – Maracatim (Edu Ribeiro)
"A palavra Maracatim não existe e nem adianta procurar nos dicionários. Foi o nome de batismo criado para a primeira música que fiz pensando exatamente nos músicos do Vento. Dentro da minha limitação como compositor e arranjador lembrei dos ensaios onde todos discutem que voz vão dobrar ou abrir ou responder enquanto o baterista faz palavra cruzada, e comecei então a ouvir na minha cabeça o Fernando tocando a linha de baixo, o Tiago tocando as melodias, o Teco e a Léa respondendo e assim foi saindo uma série de perguntas e respostas que mais parecia um exercício de improvisação onde você dá o motivo para o outro responder. Num dos primeiros ensaios onde ela apareceu, o Teco trouxe uma flauta contrabaixo para a Léa, Instrumento com uma sonoridade linda e a Léa comentou que queria usá-la no grupo. Imediatamente com a minha total falta de noção de arranjador fiz umas linhas para ela e adicionamos aquela sonoriDade grave na música que por sorte, contou com a ajuda de todos os meus amigos do grupo para o arremate. Os direitos podem até ser meus, mas a música é coletiva."

4 – Temperança (Léa Freire)
"Feita para a cantora Liliana Herrero, com letra de Francesca Ancarola, que fala sobre as pessoas que enfrentaram ferro e fogo e continuam doces, como o aço doce, que sofre um processo a temperaturas altÍssimas. Liliana é argentina, Francesca, chilena. Daí o ar de chacarera."

5 – Sete Almas (Teco Cardoso)
"Acordei de madrugada com uma linha de baixo em 7 por 8, com cara de quem não ia me abandonar facilmente caso não fizesse algo com ela, então da cama mesmo fui improvisando linhas melódicas sobre ela, que já vinham com uma segunda voz inclusa com a cara do Vento em Madeira. Resultado, nasceu o sol e "Sete Almas", que dediquei inicialmente àqueles cujo conhecimento transcende uma só existência. No caso me lembrei inicialmente do Egberto Gismonti e a medida em que fui trabalhando as vozes e a harmonia, vi que tinha que incluir também o Wayne Shorter nessa homenagem."

6 – Ares de Bolero (Léa Freire)
"Tirei essa do baú, é de 96. Gostei muito da cara que o Vento deu para ela, me dá vontade de dançar."

7 – Pintou um Grilo (Léa Freire) 
"É um experimento visual de um grilo pulando, que acabou gerando compassos estranhos, mas que soa muito natural, quase pop, divertido e desafiador, bom de tocar, bom de ouvir. A parte mais difícil foi descobrir que raio de compasso era aquilo. Edu Ribeiro foi preciso: 31/16."

8 –  Zezé (Léa Freire)
"É uma bossa que fiz para o melhor cachorro da história do universo, cujo nome completo era José Carlos Freire. Um pit bull de caráter irretocável, manso ao extremo, grande companheiro, tudo de bom." 

9 – Arraial na Rumaica (Tiago Costa)
"Os encontros gastro-musicais regulares que iniciamos em 2008 até os dias de hoje tiveram imenso impacto no meu modo de compor - e possivelmente na minha silhueta. Quando fiz esta música levei ela intencionalmente incompleta para o ensaio na rua Rumaica, já sabendo que o nascimento dela se completaria nas primeiras passadas com o Vento. No esboço original já havia um pouco de cada um desses meus geniais amigos e nada mais lógico que levar o rebento pra receber a benção deles."

O disco digital está disponível nas principais plataformas para download ou streaming.


Assista ao vídeo sobre a criação de "Arraial": 
www.youtube.com/watch?v=jqSkbWBod3k

Clipe da faixa "Pintou um Grilo": 
www.youtube.com/watch?v=jTYHxmwdanY&feature=youtu.be

Site do grupo:
www.ventoemmadeira.com



A universal música brasileira

26 de Outubro de 2017, 14:28, por segundo clichê


O Brasil tem hoje um número de ótimos instrumentistas inversamente proporcional ao de políticos e autoridades que verdadeiramente se dedicam ao serviço público.

Parece que os jovens - e mesmo as pessoas de mais idade - estão procurando alguma forma de se distanciar da realidade, triste, suja, quase insuportável, que afronta a vida de cada um.

A arte, em geral, é uma fuga deste mundo que nos oprime - o artista não só busca retratar, a seu modo, a sua existência, mas pretende construir, seja com cores, letras ou sons, um universo particular onde possa se refugiar das misérias do dia a dia.

A música popular, especialmente, de alguns anos para cá, tem abrigado uma extraordinária safra de artistas, seja compositores, seja instrumentistas, que, por motivos óbvios, é desprezada pelos meios de comunicação de massa, ou, como queiram, pela indústria cultural - no caso brasileiro, muito mais indústria de entretenimento.


Essa exuberância se dá em todos os gêneros musicais, desde o samba, o mais executado e conhecido, até outros de difícil classificação - o que dizer das dezenas de "filhotes" do mago Hermeto Pascoal, do gênio Egberto Gismonti, ou dos chorões dos velhos tempos, que, em síntese, simplesmente misturam tudo e mandam ver?

Se a receita é antiga - afinal, muitos músicos, no mundo todo, já juntaram estilos diversos para formar o seu, único -, no caso brasileiro se pode dizer que da geleia geral que vem se solidificando nas últimas décadas está nascendo, se já não nasceu, uma das mais originais manifestações musicais do planeta.

Na semana passada, em Piracicaba, interior paulista, o Festival de Jazz Manouche mostrou um pouco dessa nova música: seus participantes não se limitaram a tocar o estilo criado por Django Reinhardt. Vários deles utilizaram a música brasileira - samba, choro, baião... - como base para o exercício de sua criatividade, aproveitando a característica do jazz cigano de usar e abusar da improvisação.

Um dos mais destacados foi Marcelo Cigano, acordeonista nascido em uma família cigana, que começou a tocar aos oito anos de Idade influenciado pelo seu pai, também acordeonista. Marcelo é um virtuose autodidata que passeia com extrema facilidade por diversos gêneros musicais - samba, choro, forró, bossa nova, tango ou jazz. 

É um colecionador de prêmios. Em 2008 ganhou o 2º Concurso Internacional de Acordeão, promovido pela Associação dos Acordeonistas do Brasil, e em 2010 venceu o Festival Roland de Acordeão, indo representar o Brasil na final mundial do 4º Festival Roland, em Roma. No mesmo ano participou da 63ª Coupe Mondiale, se apresentando no estande da Roland com Ludovic Beier. Desse  encontro nasceu uma parceria que resultou em uma série de shows no Teatro Paiol, em Curitiba, em fevereiro de 2014, e um projeto para futuros Intercâmbios musicais entre Brasil e França.

Em 2014 Marcelo Cigano lançou o CD "Influência do Jazz ", com direção musical de Oliver Pellet e participações especiais de Hermeto Pascoal, Toninho Ferragutti, Lea Freire e Thiago Espírito Santo, entre outros. Cada faixa exemplifica a rica música instrumental que se faz no Brasil e a excelência de seus intérpretes. 

Outro CD notável de Marcelo é o gravado ao vivo no Teatro Paiol com o Jazz Cigano Quinteto, intitulado Gypsy Night Riat Romani, que reúne clássicos do gênero.

Atualmente ele prepara o repertório de mais um disco. Entre as músicas estarão "Pra Nós 2", de Hermeto Pascoal, e "El Cigano", de Ludovic Beier, compostas em homenagem a Marcelo, um músico que, talvez inconscientemente, aplicou em sua arte a característica mais conhecida do povo do qual descende, o nomadismo: da mesma forma que seus ancestrais, Marcelo não se fixa num gênero musical, transita por vários com a intimidade de quem sabe que a música não tem fronteiras.

O trabalho de Marcelo Cigano pode ser ouvido e visto nos seguintes endereços:

gramofone.com.br/produto/marcelo cigano

www.facebook.com/musico.marcelo.cigano

www.youtube.com/channel/UC2UBSB7L7GyJCfm1X1g_7FQ

soundcloud.com/gramofone/sets/marcelo-cigano-influ-ncia-do



Brasil faz música para o mundo

26 de Outubro de 2017, 14:28, por segundo clichê


O Brasil tem hoje um número de ótimos instrumentistas inversamente proporcional ao de políticos e autoridades que verdadeiramente se dedicam ao serviço público.

Parece que os jovens - e mesmo as pessoas de mais idade - estão procurando alguma forma de se distanciar da realidade, triste, suja, quase insuportável, que afronta a vida de cada um.

A arte, em geral, é uma fuga deste mundo que nos oprime - o artista não só busca retratar, a seu modo, a sua existência, mas pretende construir, seja com cores, letras ou sons, um universo particular onde possa se refugiar das misérias do dia a dia.

A música popular, especialmente, de alguns anos para cá, tem abrigado uma extraordinária safra de artistas, seja compositores, seja instrumentistas, que, por motivos óbvios, é desprezada pelos meios de comunicação de massa, ou, como queiram, pela indústria cultural - no caso brasileiro, muito mais indústria de entretenimento.


Essa exuberância se dá em todos os gêneros musicais, desde o samba, o mais executado e conhecido, até outros de difícil classificação - o que dizer das dezenas de "filhotes" do mago Hermeto Pascoal, do gênio Egberto Gismonti, ou dos chorões dos velhos tempos, que, em síntese, simplesmente misturam tudo e mandam ver?

Se a receita é antiga - afinal, muitos músicos, no mundo todo, já juntaram estilos diversos para formar o seu, único -, no caso brasileiro se pode dizer que da geleia geral que vem se solidificando nas últimas décadas está nascendo, se já não nasceu, uma das mais originais manifestações musicais do planeta.

Na semana passada, em Piracicaba, interior paulista, o Festival de Jazz Manouche mostrou um pouco dessa nova música: seus participantes não se limitaram a tocar o estilo criado por Django Reinhardt. Vários deles utilizaram a música brasileira - samba, choro, baião... - como base para o exercício de sua criatividade, aproveitando a característica do jazz cigano de usar e abusar da improvisação.

Um dos mais destacados foi Marcelo Cigano, acordeonista nascido em uma família cigana, que começou a tocar aos oito anos de Idade influenciado pelo seu pai, também acordeonista. Marcelo é um virtuose autodidata que passeia com extrema facilidade por diversos gêneros musicais - samba, choro, forró, bossa nova, tango ou jazz. 

É um colecionador de prêmios. Em 2008 ganhou o 2º Concurso Internacional de Acordeão, promovido pela Associação dos Acordeonistas do Brasil, e em 2010 venceu o Festival Roland de Acordeão, indo representar o Brasil na final mundial do 4º Festival Roland, em Roma. No mesmo ano participou da 63ª Coupe Mondiale, se apresentando no estande da Roland com Ludovic Beier. Desse  encontro nasceu uma parceria que resultou em uma série de shows no Teatro Paiol, em Curitiba, em fevereiro de 2014, e um projeto para futuros Intercâmbios musicais entre Brasil e França.

Em 2014 Marcelo Cigano lançou o CD "Influência do Jazz ", com direção musical de Oliver Pellet e participações especiais de Hermeto Pascoal, Toninho Ferragutti, Lea Freire e Thiago Espírito Santo, entre outros. Cada faixa exemplifica a rica música instrumental que se faz no Brasil e a excelência de seus intérpretes. 

Outro CD notável de Marcelo é o gravado ao vivo no Teatro Paiol com o Jazz Cigano Quinteto, intitulado Gypsy Night Riat Romani, que reúne clássicos do gênero.

Atualmente ele prepara o repertório de mais um disco. Entre as músicas estarão "Pra Nós 2", de Hermeto Pascoal, e "El Cigano", de Ludovic Beier, compostas em homenagem a Marcelo, um músico que, talvez inconscientemente, aplicou em sua arte a característica mais conhecida do povo do qual descende, o nomadismo: da mesma forma que seus ancestrais, Marcelo não se fixa num gênero musical, transita por vários com a intimidade de quem sabe que a música não tem fronteiras.

O trabalho de Marcelo Cigano pode ser ouvido e visto nos seguintes endereços:

gramofone.com.br/produto/marcelo cigano

www.facebook.com/musico.marcelo.cigano

www.youtube.com/channel/UC2UBSB7L7GyJCfm1X1g_7FQ

soundcloud.com/gramofone/sets/marcelo-cigano-influ-ncia-do



Livro resgata história da morte de diplomata na ditadura

25 de Outubro de 2017, 16:38, por segundo clichê

No ambiente sufocante do regime militar, o diplomata brasileiro Paulo Dionísio de Vasconcelos morreu em circunstâncias misteriosas na cidade holandesa de Haia, em 1970, sem que as autoridades tenham se empenhado em desvendar o episódio obscuro. Essa história é contada pelo jornalista Eumano Silva no livro “A morte do diplomata: um mistério arquivado pela ditadura”, que traz informações inéditas sobre o caso e o período do autoritarismo no Brasil.

Publicado pela Tema Editorial, o livro percorre a vida de Paulo Dionísio e suas conexões com a diplomacia brasileira, na época em que o país vivia sob o comando de generais ansiosos por projetar uma imagem favorável no exterior – mesmo que internamente a realidade fosse opressiva e dolorosa. É nesse contexto que o jovem vindo de Minas Gerais projeta sua trajetória pessoal e profissional, interrompida pouco antes de completar 35 anos de idade. Com linguagem direta e substantiva, Eumano Silva lança mão da estrutura narrativa dos livros de ficção policial para contar uma história verdadeira, baseada em documentos e entrevistas.


Foram dois anos de trabalho para reconstituir os fatos de quase cinco décadas atrás e montar a grande reportagem sobre um personagem à margem do fio principal dos acontecimentos, mas que proporciona uma visão singular do cotidiano daqueles dias atravessados pelo regime político de exceção. A família de Paulo Dionísio franqueou ao autor do livro documentos, fotos, recortes de jornais e até mesmo o diário pessoal do diplomata, que tinha o hábito de escrever copiosamente sobre os mais variados temas.

Mais do que isso, os familiares concederam-lhe uma procuração para ter acesso a documentos do Itamaraty relacionados ao caso. O resultado é rico em informações inéditas, com a ressalva de que “foi um trabalho totalmente independente, sem nenhuma interferência”, como sublinha Eumano. No meio do processo minucioso de pesquisa, o autor deparou-se com documentos reveladores sobre o cenário em que a diplomacia brasileira estava mergulhada à época.

Constatou, por exemplo, a extensão da teia de vigilância armada para acompanhar os movimentos de dom Helder Câmara em países estrangeiros, como se o líder católico brasileiro, que lutava com palavras e gestos, representasse um perigo mortal para o regime. Também apurou as iniciativas quase caricatas dos comandantes militares para apresentar lá fora um país risonho e bem-sucedido.

Autor de outra obra emblemática sobre o período ditatorial no Brasil – "Operação Araguaia: os arquivos secretos da guerrilha" –, Eumano Silva oferece aos leitores essa nova incursão no livro-reportagem, com a marca do rigor jornalístico e a ambição do pesquisador reconhecido pelo conhecimento sobre o tema. 

O livro será lançado no 31 de outubro, às 19 horas, na Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2.073 / Bela Vista, São Paulo - SP).



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