Poeta premiada escreve livro para "homem inventado"
5 de Julho de 2022, 10:03Denise Emmer venceu o Prêmio Alceu Amoroso Lima |
Vencedora do Prêmio Alceu Amoroso Lima Poesia e Liberdade 2021, Denise Emmer está lançando o livro “O Amor Imaginário” (Editora 7 Letras, 112 páginas), cuja primeira sessão, um poema único dividido em 12 partes, é dedicada a Arquimedes, um “homem inventado” por quem se apaixonou aos 15 anos. Denise é filha dos consagrados novelistas e escritores Dias Gomes e Janet Clair.
“Eu o via caminhar na orla da Lagoa, nas calçadas próximas à minha casa, no ônibus ao voltar da escola, sentado numa das poltronas. O semblante magro, a barba negra, o olhar para lugar nenhum (...) Todas as vezes que tentava lhe falar, ele desaparecia e eu sofria com sua partida, naquela que foi a minha primeira sensação do amor.”
Na contracapa, o poeta, ensaísta e tradutor Alexei Bueno realça que o amor imaginário de Denise Emmer alcança, por ser imaginário, “uma superioridade sobre os reais, a de não estar condenado, por não existir, à desaparição pela senectude, pois o amor possui esse estranho e duvidoso privilégio — fora os casos de extinções precoces — de morrer antes da morte”.
Para Bueno, o poema que dá nome ao livro “segue e confirma algumas das trilhas líricas características da autora, como a extraordinária, inusitada e muito livre riqueza metafórica, unida a uma rica imagética na qual a presença da natureza e a da paisagem urbana disputam espaço”.
No texto de apresentação, outro nome consagrado da poesia brasileira, Álvaro Alves de Faria, comenta os escritos recentes da autora sobre as recordações juvenis, destacando que “a elaboração de um poema exige dor e uma certa tímida alegria que deve existir em algum lugar do mundo”, relacionando com os textos da autora, cujas “palavras são densas, como denso é o poema e mais densa a poesia que envolve todo este universo cada vez mais pungente, mais aberto, assim como se viver fosse mergulhar no desconhecido para sentir o que apenas se imagina”.
Na segunda parte do livro, Denise mantém a mesma linguagem delicada e elegante da primeira, trazendo à tona, agora, sua paixão pela música e pelo violoncelo. Com o título “Poemas de cordas & almas”, a autora utiliza os elementos da palavra e da música para “narrar um universo de encantamento construído especialmente com o amor”, comenta Faria, destacando que “a poeta caminha então pela música até chegar aos poemas de amor em que a delicadeza da palavra se torna maior para dizer dessa viagem a que se deixa levar, mas sempre com a música na memória”.
A vocação para a música sempre se fez presente em suas expressões artísticas. Inicialmente bacharela em Física, Denise buscou a formação, logo em seguida, no Bacharelado em Música (violoncelo), despontando, no início dos anos 80, como compositora e cantora. Com vários CDs gravados, também integra, como violoncelista, orquestras e grupos de câmera.
Apesar da versátil personalidade, a essência de sua criação, é, fundamentalmente, a poesia, conquistando importantes títulos, como o Prêmio ABL de poesia 2009 (Academia Brasileira de Letras), o Prêmio Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), o Prêmio José Martí (Unesco) e Prêmio Olavo Bilac (ABL), dentre muitos outros.
Enquanto poeta, participou de relevantes antologias da poesia brasileira, tais como “41 poetas do Rio” (org. Moacyr Félix, Minc), “Antologia da Nova Poesia Brasileira”(org. Olga Savary, Ed Hipocampo), “Poesia Sempre” (Fundação Biblioteca Nacional), bem como das Revistas Califórnia College of the at Eleven (EUA), Newspaper Surreal Poets, (EUA), Revista da Poesia (Metin Cengiz -Turquia), Revista Crear in Salamanca (Espanha) - traduzida pelo poeta Alfredo Pérez Alencart. Participou do XXVI Encuentro de Poetas Ibero-Americanos 2021 (Salamanca - Espanha) e da Antologia “New Brazilian Poems” edição e tradução Abay K.
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Maria Rita Stumpf canta o Brasil profundo em seu novo álbum
6 de Junho de 2022, 10:05Maria Rita Stumpf: novo álbum é "um e um desafio" |
O canto forte, visceral e presente da gaúcha Maria Rita Stumpf volta a entoar o Brasil mais profundo em seu mais novo álbum “Ver tente”, o quarto da carreira. Disponível nas plataformas digitais, o lançamento reverbera a pluralidade sonora das aldeias indígenas, da serra gaúcha, do caos urbano e da latinidade brasileira. Dois anos depois de seu elogiado álbum “Inkiri Om” –, lançado em 2020 durante a pandemia e no embalo da redescoberta de seu primeiro álbum “Brasileira” (1988) por DJs e produtores de influentes pistas europeias (2017) – Maria Rita Stumpf regrava em dez faixas suas composições autorais e resgata um cancioneiro de grandes nomes da MPB, com a participação de uma constelação de instrumentistas.
O título do álbum, com as palavras separadas, dá o impulso para a criação, rompendo fronteiras, indo além de algum lugar ou ideia. Nada aparece em vão na obra da artista revelada nos festivais de música do Rio Grande do Sul, que gravou nos anos 80 e 90 ao lado de Luiz Eça, Ricardo Bordini e do grupo mineiro Uaktí.
A faixa de abertura, “Vertente”, em palavra única, sinaliza a transgressão proposta, anunciando também o som de rio fluindo, deixando as águas seguirem com destino ao desconhecido, ao novo – talvez para um lugar de calmaria, talvez para um abismo, - rumo ao incerto. Lançada em 1984 no festival X Vindima da Canção Popular de Flores da Cunha (RS), registrada na época em uma gravação ao vivo, com a própria compositora ao violão, a faixa-título ganha nova gravação, de janeiro de 2022, em arranjo ousado de Danilo Andrade e participações de Kassin Kamal (baixo e guitarra cítara) e Orlando Costa (percussão), já estabelecendo o conceito do álbum. A mesma música aparece em outra versão, de 1993, no fim do álbum, misturando sons da cidade, do cotidiano e da farra de crianças livres.
A delicada “Melodia de Veludo”, em arranjo de Ricardo Bordini, o mais antigo parceiro da compositora, é desenhada pela harpa de Cristina Braga e o clarinete de José Batista Junior. Os ritmos telúricos e eletrônicos aparecem na forte “Troca de Dono” e no “Cântico brasileiro nº 3”, sua mais conhecida música, aqui em sua primeira gravação, ao vivo no Festival Musicanto de 1984. Com delicadeza, a cantora segue por “Mata Virgem”, lado B da obra de Raul Seixas recriada com arranjo para violão, charango e violoncelo por Lui Coimbra. Outra releitura traz um grande clássico de Dorival Caymmi, “O Vento”, com participação especial na flauta e na voz de Danilo Caymmi e base de Marcos Suzano. Ao toque do teclado de Farlley Derze e do contrabaixo de André Santos, Maria Rita Stumpf mostra novos e agudos caminhos no “Açaí” de Djavan.
“San Vicente”, clássico do Clube da Esquina, celebra os 80 anos de Milton Nascimento, parceiro de Fernando Brant na música. A artista propõe, ao lado do pianista Farlley Derze, uma concepção diferente da canção, que cresce acompanhando o canto, culminando pelos ritmos do bombo leguero e do charango numa grande festa popular.
A icônica “Pavão Mysteriozo”, une gravação de 1993 nos dois primeiros minutos e de 2022 nos dois últimos, ressalta o caráter atemporal da música de Ednardo. A conclusão contemporânea se desenvolve a partir do piano de Danilo Andrade, resgatando a melodia onde havia parado, expandindo-a junto à voz da cantora, que valoriza a poesia e a melodia da música, cuja letra foi inspirada em um cordel chamado "O Romance do Pavão Misterioso".
"Ver Tente é um convite e um desafio”, diz Maria Rota, que complementa: “O nome do álbum surgiu a partir do título de minha composição "Vertente", que tem como primeira frase 'Calar o som que não verte luz!' Em tempos de fake news, barbáries e informação controlada em diferentes níveis, tentar ver é essencial. Depois de retornar aos palcos e estúdio com Inkiri Om, Ver Tente completa um ciclo criativo e de vida”, conclui.
Videoclipe
Simultaneamente, a artista está lançando o videoclipe de uma de suas canções mais icônicas, “Cântico Brasileiro nº3” (Kamaiura), composta por ela em 1978, quando um grave conflito acontecia no noroeste do Rio Grande do Sul, mais precisamente na terra indígena dos Kaingáng, em Nonoai. Gravada pela primeira vez em 1984 no Festival Musicanto (RS), a faixa recebeu, em 1988, arranjo do lendário grupo Uaktí - naquele ano, Maria Rita era indicada como Revelação Feminina no Prêmio Sharp – e está presente no novo álbum “Ver Tente”.
Filmado na cidade do Rio de Janeiro e na Aldeia Topepeweke, no Território Indígena do Xingu, no Mato Grosso, o clipe tem atuação de Kaingángs e Waujas. Direção, roteiro e edição foram realizados a quatro mãos por Henrique Santian, que também foi responsável pela direção de fotografia e captação das imagens, e Maria Rita Stumpf.
Além da artista, participam das filmagens representantes de diferentes povos: Vãngri Kaingáng, ativista, professora, escritora e artista visual, nascida no Rio Grande do Sul e residente no Rio de Janeiro, e Piratá Waurá, professor e documentarista, residente na Aldeia Pyiulaga, no Território Indígena do Xingu, no Mato Grosso, são presenças marcantes no clipe, ao lado do povo da Aldeia Topepeweke da etnia Wauja, o performer Douglas Peron, que aparece em uma máscara de um Apapaatai, um ser espírito, raptor de almas, comum no Alto Xingu e muito importante na etnia Wauja, que teve seu nome corrompido para Waurá (pela cultura branca).
Maria Rita Stumpf
Gaúcha de Aparados da Serra, atualmente radicada em São Paulo, Maria Rita Stumpf teve, em 2017, sua carreira redescoberta mundialmente a partir de remixes de música eletrônica, com a consequente reedição de seu álbum “Brasileira” em LP e o lançamento, no exterior, do EP “Brasileira – Remixes”, abrindo caminho para o seu retorno aos palcos e estúdios. O álbum de 1988 foi gravado por Ricardo Bordini, o Grupo Uaktí e Luiz Eça, com quem desenvolveu longa parceria até 1992, quando Eça faleceu.
Em 1993 lançou o CD “Mapa das Nuvens”, com músicos como Marcos Suzano, Danilo Caymmi, Farlley Derze, Lui Coimbra, André Santos e Eduardo Neves, preservando as gravações com Eça e Grupo Uaktí pois o vinil desaparecia, substituído pelo Compact Disc. Porém, a partir de 1993 começou a se dedicar integralmente à atividade de produção frente à Antares, afastando-se dos palcos como artista, mas trazendo ao Brasil e países da América do Sul os mais importantes nomes da cena artística mundial, como Mikhail Baryshnikov, Twyla Tharp, Pilobolus, American Ballet Theatre, Marcel Marceau, Jean Pierre Rampal e Philip Glass, dentre muitos outros.
Ouvir o álbum
https://tratore.ffm.to/vertente
Assistir ao videoclipe
Edvaldo Santana pede mais humanidade em novo single
11 de Abril de 2022, 9:08O cantor e compositor Edvaldo Santana, um dos mais originais artistas da música popular brasileira, lançou o single "Eu Quero é Mais (Humanidade)", que pode ser ouvido nas plataformas de música.
Definido por Edvaldo como um "baião xaxado", que, segundo ele nos remete "à cultura nordestina, uma de nossas mais importantes manifestações populares, potencializando a beleza estética, cultivada pelos nossos ancestrais", o single foi gravado e mixado quase que totalmente online: cada músico gravou sua execução musical em seu home studio.
A letra, também de Edvaldo Santana, fala, de acordo com o autor, "de um assunto bastante pertinente, que é a humanidade, que precisa ser resgatada em cada de um nós, para que os seres que habitam este planeta desenvolvam sua virtudes, baseadas no amor, na paz, no respeito aos animais, a natureza e as diferenças, promovendo a igualdade racial e social, eliminando o preconceito e a violência".
O single foi produzido no período de pandemia, desde a pré-produção dos arranjos, a preparação de cópias de áudios pelos técnicos e a captação instrumental do artista e dos músicos, utilizando os recursos tecnológicos que permitem cada trabalhar no local em que se encontra.
Participam do single Luiz Waack (guitarra, Piracaia - SP), Reinaldo Chulapa (baixo, Barretos - SP), Leandro Paccagnella (bateria), Adriano Magoo (sanfona), Ricardo Garcia (percussão, São Paulo - SP) e Fernando Hernandes, com assistência de mixagem de Marcio Jacovani (Rio Preto - SP) na captação de voz e violão de Edvaldo Santana, mixagem, edição e finalização. A capa é uma criação de Dennis Vecchionne.
Caverjets, a banda que toca rock anti-Bolsonaro
24 de Março de 2022, 9:46Foto: Fernando Valle |
O grupo carioca Caverjets chega às plataformas digitais com um álbum de estreia, “Manifesto Caverjético”, abordando a realidade sociopolítica do Brasil e do mundo, com muito humor, buscando a provocação e o debate de temas que estão na ordem do dia, como a legalização da maconha, o poliamor e a história peculiar do vocalista, usuário medicinal de CBD (substrato derivado da maconha) em função de uma dor crônica intratável.
Transitando livremente por várias vertentes do rock - blues, rockabilly, ska, punk rock, hardcore e até o hard rock – o disco “Manifesto Caverjético” foi finalizado em 2020, porém foi não lançado devido à pandemia de covid-19. A banda foi formada em 2018 e conta com Xandão do Rock (vocal/baixo), Vitega (bateria/vocal) e Roginho (guitarra/vocal).
Com produção musical - e execução dos instrumentos - assinada por Vicente Barroso (ex-baixista e cofundador da banda) e Guilherme Vaz (ex-guitarrista da banda), o álbum foi gravado, mixado e coproduzido por Raphael Dieguez no estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro, com masterização em fita analógica pelo estúdio Forestlab em PetrópolisJ. A gravação das baterias foi feita pelo ex-integrante Livio Medeiros. O design e arte do disco contam com a assinatura do icônico ilustrador Cristiano Suarez, que causou polêmica em 2019 ao criar um pôster para a lendária banda de punk rock americana Dead Kennedys.
Ao longo de toda a pandemia, a partir de março de 2020, a banda lançou, porém, singles, também em formato de videoclipes. Em abril de 2020, o single “Pequenas Igrejas, Grandes Negócios”, que compõe o álbum “Manifesto Caverjético”, aborda a invasão do discurso religioso na política nacional e a imunidade fiscal sobre todos os impostos e demais tributos para os templos de qualquer culto.
Em 2021, a banda lançou mais três novos singles: o primeiro, "Prato do Dia", apresenta, de forma humorada e ácida, críticas ao posicionamento conturbado da política atual, sobrando provocação à “grande massa” que teria sido manipulada e se tornado “coxinhas reaças”.
No mês de abril, foi a vez de “Genocidas”, discorrendo sobre as péssimas opções na presidência e vice-presidência brasileiras. Em seguida, uma versão e adaptação de ''Caminhando e Matando'', abordando de forma extremamente irreverente, mas não menos bélica, o genocídio e escolhas presidenciais que levaram o país a mais de meio milhão de mortos por covid-19: “Ignoro a ciência sem pudor / Sigo negando a vacina / Te empurrando cloroquina / Mato tudo e mato todos onde eu vou”, trecho com explícita referência a Jair Bolsonaro.
Último lançamento, “A Grande Mentira”, uma das mais provocativas, foi lançada, juntamente com o videoclipe, no dia 7 de setembro para provocar e contestar a independência do Brasil, atacando a submissão dos políticos ao mercado financeiro, a ligação entre poder e dinheiro, associando o presidente da República ao 666, o famigerado "número da besta", citado no livro Apocalipse da Bíblia. Todos os singles já lançados estão disponíveis nas principais plataformas digitais.
Serviço
Site: www.caverjets.com
Instagram: @caverjets
Youtube: Caverjets Oficial
Facebook: Caverjets
Tikok: Caverjets
Spotify, Deezer, Apple Music e demais streamings: Caverjets
Armando Lobo reinventa a música nordestina
14 de Fevereiro de 2022, 9:54Armando Lobo: novo álbum é divido em popular e erudito |
O compositor e multiartista pernambucano Armando Lôbo chega ao seu quinto álbum solo desafiando, mais uma vez, ortodoxias de gêneros e estilos musicais. “Veneno Bento” faz uma leitura simbólica e inovadora do sertão nordestino, sua força solar, a religiosidade, a música dos cantadores, das feiras e a vastidão dos espaços. As canções usam estilos regionais como aboio, xote, baião e outros, sempre de maneira ousada.
O álbum é dividido em duas playlists, uma popular arrojada e outra com música contemporânea de concerto. A formação instrumental das faixas é bastante inusitada, buscando um espectro sonoro agressivo e brilhante, como um excesso solar. Na parte popular do álbum, as letras das canções escapam da obviedade, usando uma abordagem por vezes filosófica e expressionista, de alta voltagem poética. O material musical de influência popular não é usado de forma previsível em nenhum arranjo, pois a técnica composicional de Armando é bastante diversificada em nuances polifônicas e timbrísticas.
A playlist erudita fecha o álbum com quatro peças de formação contrastante, todas fazendo referência ao universo nordestino.
“Veneno Bento” também está sendo lançado em formato audiovisual, com cenas colhidas na zona rural de Bezerros, no agreste pernambucano, propondo um desfile de arquétipos, tendo como maior ponto de referência a figura humana e estética do vaqueiro. O álbum audiovisual tem um formato inédito contendo videoclipes, lyric videos, videopartituras e uma obra “eletrovisual” (“Alquimia da Zabumba”), cuja edição videográfica segue o modelo especulativo da composição eletroacústica.
Na playlist popular, o eletrobaião “Sertão Satori” tem letra que combina simbolismo religioso hindu com uma imagética sertaneja, enquanto “Fera do Sol” traz uma harmonia densa sobre pulsação em compasso 7x8. A letra, um poema de tons expressionistas, é entoada por Luiza Fittipaldi e Armando Lôbo.
A faixa-título “Veneno Bento” é uma parceria entre o compositor mineiro Rodrigo Zaidan e Armando Lôbo, marcada por uma harmonia dissonante e letra que revela o sentido poético do álbum.
Clássico do repertório de Luiz Gonzaga, “A Morte do Vaqueiro” ganha versão novíssima e inusitada, com backing vocal de Sue Ramos inspirado no aboio.
Já “Abismo”, Armando apresenta um “aboio progressivo psicodélico”, com letra escatológica que é um soneto inspirado na poesia de Ariano Suassuna.
Xote de harmonia sofisticada e letra metrificada à moda dos repentistas, “Disparo” tem a participação de Surama Ramos que divide os vocais principais com Armando.
Canção do escritor e compositor paulista Luciano Garcez, “Incelenças” tem letra que reflete em plano sertanejo o amor cortês medieval.
A playlist de caráter mais erudito abre com “Aboio e Disparada”, dividida em dois momentos: Aboio homenageia a estética micropolifônica do compositor húngaro György Ligeti, e Disparada tem influências de Villa-Lobos e do compositor russo Alfred Schnittke.
Composição imagética para flauta, acordeão, violino e violoncelo, “Tocaia” propõe uma alucinação sonora dos últimos momentos de Lampião e seu bando.
Inspirada na música dos ternos de pífanos, a peça "Hubris Cabocla" foi criada para uma combinação instrumental bastante inédita: dois pífanos, dois violoncelos, trombone baixo e percussão.
Já "Alquimia da Zabumba" é uma peça eletroacústica que usa apenas sons extraídos de uma zabumba com baquetas, mãos e bolinhas de gude.
Assistir na íntegra "Veneno Bento"
Ouvir online
https://onerpm.link/337561643650
https://classic.onerpm.com/disco/album?album_number=337561643650
Mais informações
https://www.armandolobo.com/veneno-bento
Show de lançamento
17/2, quinta-feira, às 20 horas