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Motta

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Segundo Clichê

27 de Fevereiro de 2017, 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

Bernard Shaw de graça em São Paulo

30 de Agosto de 2018, 9:27, por segundo clichê


A dificuldade de conexão é tema de A Milionária, de Bernard Shaw, peça estrelada por Chris Couto e que fala de questões socioeconômicas, como a distribuição de riqueza e submissão do pequeno ao grande poder. “Tudo isso travestido de uma  comédia romântica, da busca de uma mulher rica por aquilo que não se pode comprar: o afeto”, explica o diretor Thiago Ledier. A peça será encenada entre os dias 31 de agosto e 23 de setembro no Teatro João Caetano, em São Paulo.

Escrito depois da crise de 1929, o texto de Shaw encontra ecos na atualidade. “A percepção aguda de como nosso sistema estava fadado a cair nas mãos dos chamados ‘1%’, a camada mais rica da população, e da irresistível atração que acompanha o dinheiro, foram elementos sedutores demais para que eu não me apaixonasse pelo texto”, afirma Ledier. O diretor destacou ainda os diálogos afiados como um ponto alto da obra. “O enorme humor que emana de cada fala me deixou com a sensação de estar no meio de um furacão”, conclui.

Serviço

Teatro João Caetano. Rua Borges Lagoa, 650, Vila Clementino. Próximo da estação Santa Cruz do metrô. Zona Sul. | tel. 5573-3774 e 5549-1744.+14 anos. 95 min. Até dia 23/9. 6ª e sáb., 21h. Dom., 19h. Grátis.



Sinfônica de Piracicaba recebe o brasileiro mais jovem a se apresentar no Carnegie Hall

29 de Agosto de 2018, 9:50, por segundo clichê


Violoncelista de 18 anos e detentor de seis prêmios no Brasil e no exterior, Luiz Fernando Venturelli é o solista da OSP (Orquestra Sinfônica de Piracicaba) em 1º de setembro, sábado, que tem ainda como convidado o maestro Edilson Ventureli, regente titular da Orquestra Juvenil Heliópolis. As apresentações gratuitas são no Teatro do Engenho, às 17h30 e 20 horas.

O programa traz "Zigeunerweisen, op.20", obra de 1878 do espanhol Pablo de Sarasate, originalmente escrita para violino e orquestra e cuja transcrição para violoncelo é de Hans Jensen. Ela tem como base temas do povo cigano e os ritmos das csárdás húngaras. Do austríaco Joseph Haydn, a OSP interpreta "Concerto no.1 em dó maior para violoncelo e orquestra", peça em três movimentos composta entre 1761 e 1765, e que contém referências ao espírito barroco. Composição de 1900 em quatro movimentos, a "Sinfonia no.1, op.8, em mi bemol maior" encerra a apresentação. A peça é de autoria do russo Reinhold Glière.

Embora tenham tocado juntos em outras ocasiões, essa é a primeira vez que Luiz Fernando e Edilson, tio e sobrinho, ocupam o mesmo palco como solista e regente, respectivamente. "A Sinfônica de Piracicaba é um instrumento de grande versatilidade e que, além de aliar repertório de qualidade, valoriza as novas revelações. Agora é a vez de o público conhecer o talento de Luiz Fernando Venturelli, que em pouco tempo de carreira se mostrou um virtuose do violoncelo", explica o maestro Jamil Maluf, diretor-artístico e regente titular da Sinfônica de Piracicaba. Ele lembra que desde sua reestruturação, a OSP prima pela inclusão de solistas jovens: entre 2015 e 2017, por exemplo, se apresentaram os pianistas Pablo Rossi e Cristian Budu e o violonista chinês Sihao He.

Em 2014, quando tinha 14 anos, Luiz Fernando Venturelli se tornou o brasileiro mais jovem a se apresentar no Carnegie Hall, em Nova York, uma das casas de concertos mais prestigiadas no mundo. No ano passado, aos 17 anos, conquistou uma bolsa integral para cursar música em Chicago, onde permanece até o ano de 2021 na Northwestern University. Venturelli começou seus estudos aos oito anos, no Instituto Bacarelli, e teve entre os professores o piracicabano André Micheletti, diretor-artístico associado da OSP e chefe do naipe de violoncelos. Ele já se apresentou com Sinfônica Heliópolis, Filarmônica de Goiás, Sinfônica do Espírito Santo, Osusp, Camerata Sesi e Osesp.

Regente titular da Orquestra Juvenil Heliópolis e regente adjunto da Orquestra Sinfônica Heliópolis, Edilson Ventureli é diretor-executivo do Instituto Baccarelli, associação sediada na comunidade de Heliópolis que promove formação musical e artística de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Ele iniciou seus estudos musicais aos cinco anos. Esteve à frente das orquestras sinfônicas da Bahia, de Sergipe, do Espírito Santo, entre outras, e em 2015 foi homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo pelo trabalho desenvolvido no Instituto Baccarelli.

Este é o sétimo concerto da Temporada 2018 da OSP, que já recebeu os regentes convidados Erica Hindrikson e Thiago Tavares. Atuaram como solistas o pianista Marcelo Bratke, o multi-instrumentista André Mehmari, a violinista Elisa Fukuda e o tenor Jean William. Em julho, a Orquestra se apresentou no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Ainda em setembro, no dia 29, a OSP retorna ao Teatro do Engenho e, sob regência de Jamil Maluf, se apresenta com o violinista norte-americano William Hagen, de 25 anos, vencedor do Queen Elisabeth Competition, um dos concursos de maior prestígio da música clássica.

Completam a Temporada 2018 da OSP três projetos de educação musical, desenvolvidos com recursos da Secretaria Municipal de Educação e apoio da SemacTur: o ABC do Dó, Ré, Mi, o Música nas Escolas e o Pequena Grande Orquestra, todos retomados em agosto, após o período de recesso escolar. Outro trabalho de formação de plateia desenvolvido são as palestras O Meu Concerto de Hoje, realizadas sempre antes dos ensaios gerais abertos, nos concertos vespertinos. Até o fim do ano, a estimativa é que as quatro iniciativas contemplem 36 mil pessoas.



Projeto Batida Nacional terá participação de Otto

29 de Agosto de 2018, 9:35, por segundo clichê


Depois de duas edições de casa cheia em julho, o projeto Batida Nacional – que mistura gêneros e ritmos brasileiros que se somam às batidas da percussão, da música eletrônica e de outros artistas – terá a 3ª edição no bar Pátio SP, dia 4 de setembro, terça-feira, a partir das 17 horas. O projeto foi idealizado pela percussionista Lan Lanh e pelo DJ DeepLick, e são eles que realizarão um remix brasuca ao vivo, às 21 horas.

Nesta próxima edição, haverá a participação especial do cantor e percussionista Otto. O pernambucano cresceu ouvindo cirandas, maracatus e outras batidas típicas do folclore regional, além de músicos como Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga. Sempre acompanhou as tendências internacionais do pop, do rock e da música eletrônica. O resultado? Uma combinação de música eletrônica e música regional, drum’n’bass e macumba, rap e forró que usa com maestria em seu trabalho.

Antes e após o show, três dj’s de algumas das melhores festas de música brasileira da noite paulistana garantem o suingue: Dj Evelyn Cristina (Balaio Groove e Gambiarra), Dj Ian Nunes (Catuaba: A Festa) e Dj Lia Macedo (Pilantragi).

Andarilho Chá também fará parte da festa, que é uma celebração da música brasileira moderna, atual, contemporânea, pressurizada e orgânica. Uma mistura de gêneros e ritmos incrementados pelos mais modernos timbres da música eletrônica mundial. A produção é por conta do Deejay Dony.

Os ingressos estão à venda no site www.sympla.com.br por R$ 25 ou na porta, R$ 30.

Batida Nacional

Em cada edição, sempre às terças, um convidado diferente se junta a DeepLick e Lan Lanh, como em uma miscigenação, tropicalismo contemporâneo que ultrapassa fronteiras, une tradição e modernidade, sem perder a essência.

Há 30 anos na batida, Lan Lanh vem dando ritmo à própria caminhada desbravando todos os tipos de sons e dividindo seu talento com nomes consagrados da música brasileira e internacional: Marisa Monte, Tim Maia, Cássia Eller, Nando Reis, e a americana Cyndi Lauper. Com o passar do tempo tudo o que aprendeu, viu e experimentou ganhou forma, a princípio com a banda Lan Lan e os Elaines onde atuou como produtora, compositora e cantora no seu primeiro álbum solo Com ela; fundou o grupo Moinhocom Emanuelle Araújo e Toni Costa; lançou seu segundo álbum Mi, misturando suas batidas com as do Dj Deeplick , que também é seu parceiro em várias canções nos álbuns do coletivo Batida Nacional. Amor Destrambelhado, sua primeira parceria com Márcio Mello, foi gravada por Cássia Éller, e Aponte, canção que compôs em parceria com Sambê e Nanda Costa, foi recentemente gravada por Maria Bethânia para abertura da série ”Entre Irmãs” da Rede Globo.

DeepLick é um dos maiores Dj’s e produtores do Brasil. Conhecido como “Mago dos estúdios”, seu nome está presente em uma vasta discografia. Lapidou e produziu grandes artistas nacionais e internacionais. Emplacou hits com Vanessa da Mata ("Ai Ai Ai"), Seu Jorge (“Burguesinha”), Banda Mais Bonita da Cidade (“Oração”) e também com Shakira, Ricky Martin, John Legend, Marisa Monte, Carlinhos Brown, Skank, Ana Carolina, Tiago Iorc, Gabriel O Pensador, Jota Quest e Claudia Leitte com suas versões remixes e produções ousadas.

Pátio SP     

A esquina das ruas Mourato Coelho com a Wisard já virou point na boêmia Vila Madalena, em São Paulo. Sextas, sábados e domingos, com lotação completa, são a marca do ponto privilegiado do bairro que atrai a frequência de moradores de outros lugares da cidade. Pelas grandes portas envidraçadas que separam a calçada do bar, é possível ver a galera entusiasmada que procura o local para curtir as atrações musicais, os bons drinks e petiscos servidos na casa.

Para Christian Caballero e Victor Gambardella, sócios da casa, o Pátio SP conseguiu conquistar o público que gosta de frequentar um ambiente bonito, que tem jardim vertical, grafite na parede, teto retrátil e mobiliário feito de pallets reciclados; com boa comida e bebida e música ao vivo eclética e de qualidade. “O bar é a cara de São Paulo, que prima pelo atendimento e onde o paulistano se sente em casa e o turista vai conseguir entender um pouco da cidade”, diz.

No cardápio há o resgate de itens como sanduíche de carne-louca, pavê de chocolate e pudim de leite, que faz lembrar comida de vó e das boas festas de família. Ao mesmo tempo, serve petiscos que não podem faltar na mesa de um bom bar, como croquete de costela, dadinhos de tapioca e espeto de frango com farofa.

Na parte de coquetelaria, a ideia é oferecer bebidas e drinques que passeiam entre os clássicos, autorais e especialidades do Pátio SP. Uma seleção inspirada em pontos turísticos da cidade, como Viaduto do Chá e Pátio do Colégio, por exemplo, e em brasilidades, como a rapadura e a caipirinha fazem sucesso.



Poeta aposta nos "coffee table books"

28 de Agosto de 2018, 10:44, por segundo clichê


Com uma categoria dedicada para eles em diversos veículos de comunicação mundiais, bem como em sites de comércio como a Amazon, os Coffee Table Books ganham destaque não apenas para a área de decoração, elevando o status da literatura para uma obra de arte, que deve estar à vista para todos e que mescla conteúdo com visual.

O estilo ainda é pouco conhecido no Brasil, mesmo que os relatos iniciais de livros neste estilo venham desde 1581, e ao menos desde o século 19 a Europa já o utiliza para identificar títulos que se encaixem na descrição: obras com muitas imagens, páginas coloridas, textos curtos e que complementem as fotos.

Adentrando na categoria, Mauro Felippe quebra os paradigmas do tradicional mercado editorial brasileiro. Inovando em estilo, gênero e capa, o poeta interiorano do Estado de Santa Catarina busca nas cores e versos provocar e incitar o leitor a uma imersão sobre a vida, crescimento, sentimentos e sensações.

Suas obras, definidas como coffee table books, são policromáticas, abrangendo a mais variada cartela de cores. Com capa dura, as publicações poéticas somam quatro exemplares, com a quinta ainda por vir. Os poemas, que não simplesmente revelam situações cotidianas, mas pensamentos resilientes do âmago das pessoas, situam com os sentimentos dos leitores e externalizam os mesmos em palavras, frases e rimas ricamente colocadas por Mauro.

As obras

Espectros

Mais uma vez, Mauro Felippe, com sua veia artística, mostra suas impressões sobre a realidade existente de maneira reflexiva, poética, critica e existencialista, dando oportunidades ao leitor a participar dessa viagem literária nesse universo de múltiplos coloridos. É um guia de um mundo constatado na mente do autor Mauro que, conforme se vai lendo, vai-se fazendo parte do próprio mundo de quem o lê. Os leitores se identificam. A empatia é a agradável consequência de “Espectros”.

Humanos

Humanos trata de temas diversos para todos os gostos. Não deixam tais de terem sentidos próprios, independentes, educadores e provocadores. Falar dos humanos e de todos os seus atos em versos ritmados é tarefa quase que impossível, pois ao término de um, outro tema mais profundo há de chegar. Mas é tempo de destacar: não necessariamente esse livro trata especifica e exclusivamente dos humanos, da espécie humana. "Tornar-se-ia se assim o fosse, ao meu ver, monótono. Descrevi sentimentos e críticas construtivas em torno dos atos e de tudo que envolve a espécie humana, alguns de seus comportamentos e de sua capacidade de autodestruição. Sim, autodestruição. A única espécie que se autodestrói, sem pudor", diz Mauro.

Ócio

Mauro Felippe se afasta da forma tradicional de contar os sentimentos humanos. Cria sua própria forma de colocar esses temas universais. Avizinha-se até do concretismo para provocar agudeza de observação, mas sem nunca aceitar a tragédia, onde um bravo luta e luta mas nunca vence até que exaurido cai exausto, sem força e sem vida, vencido pelo destino cruel de ser humano.

Nove

Mauro Felippe começou a escrever cedo, com 16 anos, em uma fase de conflitos adolescentes que despertaram nele o desejo de compreender o comportamento humano e suas relações interpessoais. Após 21 anos de experiência no intermédio dos mais diversos conflitos, como advogado, Felippe sentiu que era hora de resgatar sua poesia, voltar a deixar o pensamento correr solto, ir além. Do caderno da adolescência resgatou algumas reflexões, mas a maior parte diz respeito a sua fase madura. Em 400 páginas, com cerca de 200 poemas e crônicas, além de belíssimas ilustrações, o autor nos revela seu modo peculiar de interpretar o cotidiano, num jogo de palavras sagaz, penetrante, mas sempre sensível. Página após página, é possível perceber a efervescência de ideias de uma mente inquieta, detalhista, de quem não se contenta apenas em passar pela vida, quer deixar a sua marca. Uma obra critica, mas que pretende ser construtiva e ajudar o leitor a descortinar receios, dilemas e conflitos do dia a dia. 
 
O autor

Natural de Urussanga/SC, o advogado Mauro Felippe já chegou a cursar engenharia de alimentos antes de se decidir pela carreira em Direito. Autor das coletâneas poéticas Nove, Humanos, Espectros e Ócio, já preencheu diversos cadernos em sua infância e adolescência com textos e versos, dos simples aos elaborados. As temáticas de suas obras são extraídas de questões existenciais, filosóficas e psicológicas que compreende no dia a dia, sendo que algumas advém dos longos anos da advocacia, atendendo a muitas espécies de conflitos e traumas. Por fim, pretende com a literatura viver dignamente e deixar uma marca positiva no mundo, uma prova inequívoca de sua existência como autor. Participante assíduo de feiras literárias, já esteve como expositor na Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2016 e Bienal Internacional do Livro do Rio 2017.



Filme de 14 horas será exibido em mostra de Belo Horizonte

28 de Agosto de 2018, 9:24, por segundo clichê


Um filme com quase 14 horas de duração chama a atenção na programação da 12ª Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (CineBH), que terá início na noite de hoje (28) e vai até domingo (2).

La Flor (foto) mostra a história de quatro atrizes interpretando vários personagens em diferentes histórias e gêneros. Sua exibição será dividida em três sessões distribuídas ao longo do evento.

A obra, realizada ao longo de nove anos, já acumula premiações internacionais e é dirigida pelo argentino Mariano Llinás.

O cineasta é integrante da produtora independente El Pampero Cine, fundada em 2002 e vem se consolidando no continente por sua iniciativa de propor novos modelos de realização.

Ela será a principal homenageada desta edição da Mostra Cine BH, cuja temática central é "Pontes Latino-Americanas".

"Se pegarmos a maioria dos festivais internacionais de cinema do Brasil perceberemos que são quase automaticamente vitrines do que passou nos principais festivais europeus. E isso em alguma medida acaba criando um discurso sobre o que é o cinema contemporâneo. Mas, ao olharmos para a América Latina, vemos experiências próximas. Em parte, decorrente de uma mesma materialidade concreta e econômica, que gera problemas de distribuição e de produção. E, em alguns momentos, esta realidade fez com que os cinemas desses países se encontrassem e trocassem ideias de maneira mais frontal, a exemplo dos cinemas novos dos anos 1960", diz Francis Vogner, um dos três curadores da Mostra CineBH.

Segundo ele, o objetivo desta edição é tentar reaproximar as cinematografias dos países latino-americanos.

"Tivemos um distanciamento com o tempo, porque também os países são diferentes entre si e têm suas peculiaridades. Conhecemos hoje muito pouco da cinematografia argentina, por exemplo. De outros países, menos ainda. E eles também conhecem pouco do cinema brasileiro. Então, recriar pontes latino-americanas não é simplesmente fazer uma reprise como podem pensar alguns. É tentar pensarmos juntos similaridades e disfunções", acrescenta.

A mostra é uma iniciativa da Universo Produções, que também organiza as tradicionais mostras de cinema de Tiradentes e de Ouro Preto.

Sua primeira edição ocorreu em 2007. A promoção foi crescendo ano a ano e ganhando espaço no cenário cinematográfico nacional. Uma das preocupações dos organizadores é levantar debates sobre questões atuais envolvendo o cenário cinematográfico no Brasil e no mundo.

No ano passado, por exemplo, eles optaram por desenvolver a temática "cinema de urgência" e discutiram a produção de filmes em contextos de crise social e política.

Para abordar a temática da edição deste ano, houve uma seleção que mescla produções contemporâneas com filmes das décadas de 1960 e 1970.

Há obras do Brasil, Argentina, Chile, México, República Dominicana, Colômbia, Bolívia, Uruguai e Cuba. Além de La Flor, outro filme da El Pampero Cine será exibido no evento: La Mujer de los Perros, dirigido por Laura Citarella e lançado em 2015.

Francis Vogner considera que a decisão de homenagear a produtora argentina estimulará o debate sobre os modos de produção.

"A El Pampero Cine vai na contramão da produção mais industrializada. Os cineastas não produzem com verba de editais públicos, trabalham com pouco dinheiro e com fontes de recursos que não são as mais tradicionais. E dessa forma empreendem outros modos de produção e de circulação", explica Vogner. De acordo com ele, mesmo aqueles que só puderem assistir uma das três sessões do filme La Flor conseguirão extrair sentido da obra.

O curador avalia, porém, que a produtora argentina não é necessariamente um modelo a ser seguido, mas é uma experiência que fomenta a reflexão.

"Permite que toquemos num ponto que alcança o cinema latino-americano em geral. De que maneira vamos fazer filmes e garantir que eles circulem? De que maneira vamos trazer uma inovação cinematográfica? Muitas vezes estamos condicionados aos mesmos modos de produção e consequentemente aos mesmos modos de criação, o que leva ao lançamento de muitos filmes que se parecem. Às vezes não há tanta liberdade criativa", opina.

Na Mostra CineBH, há atividades para todas as faixas etárias, todas elas abertas ao público e gratuitas. Apesar do enfoque desta edição no cinema latino-americano, a programação também inclui títulos da Europa e dos Estados Unidos.

Ao todo, serão exibidos 75 filmes de 13 Estados brasileiros e de mais 13 países, incluindo algumas obras em pré-estreia. São 27 longas-metragens, três médias-metragens e 45 curtas.

As sessões cinematográficas estão sujeitas à lotação dos espaços e, por essa razão, senhas serão distribuídas com 30 minutos de antecedência. A programação completa inclui ainda exposições, seminários, oficinas, apresentações artísticas e shows.

As atividades são distribuídas em seis espaços distintos de Belo Horizonte, entre eles, o Teatro Sesiminas, Sesc Palladium, Cine Theatro Brasil Vallourec, Cine Santa Tereza e a Praça Duque de Caxias, no bairro de Santa Tereza, onde foi instalado um cinema ao ar livre.

Outra preocupação é contribuir para o desenvolvimento do mercado audiovidual brasileiro, possibilitando o intercâmbio de profissionais e dando visibilidade a novos autores, atores e outros talentos.

Nesse sentido, paralelo ao evento, ocorre desde 2009 o Brasil Cinemundi, um encontro internacional de coprodução que reúne representantes da indústria mundial com interesse em coproduzir com o Brasil e conhecer pessoalmente projetos que muitas vezes não chegam até eles. Neste ano, a programação prevê a participação de 23 convidados estrangeiros, de 12 países. (Agência Brasil)



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