Coletânea reúne 29 textos de Plínio Marcos
ноября 29, 2017 14:05Uma coletânea inédita com 29 textos do dramaturgo paulista Plínio Marcos (1935-1999) foi lançada em São Paulo pela Fundação Nacional de Artes (Funarte). É a primeira vez que a produção do autor é sistematizada em uma obra conjunta. Entre as peças mais famosas de Plínio Marcos, estão "Navalha na Carne" e "Dois Perdidos Numa Noite Suja", pelas quais recebeu o prêmio Molière de melhor autor. Durante a ditadura militar, Plínio Marcos teve produções sistematicamente censuradas e chegou a ser preso.
A coleção, organizada por Alcir Pécora, professor de Teoria Literária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), traz dez peças inéditas, algumas porque foram montadas em espetáculos e outras porque não tiveram publicação impressa.
“Esses textos foram todos confrontados a várias versões e as modificações ajustadas segundo a última versão que ele deu em vida”, explicou Pécora. O professor destaca a participação da atriz Walderez de Barros, ex-mulher de Plínio Marcos, na seleção dos textos originais. “Isso já é uma grande contribuição desta coletânea, porque os textos são íntegros.”
A obra foi dividida em seis volumes, de acordo com linhas temáticas. “Para conseguir uma visão totalizante, mais específica e original desse conjunto de peças, eu propus uma divisão em aspectos que a obra poderia ser vista”, explicou o organizador. Com isso, segundo Pécora, o objetivo é mostrar que Plínio Marcos não se encaixa em um gueto, “como se fosse um escritor de marginais”.
“Ele tinha uma enorme produção em outras áreas, por exemplo, com teatro infantil, que ele fazia antes de qualquer outra coisa. Ele era palhaço profissional. Além de musicais, por exemplo. Ele tem longa produção em musicais e isso é pouquíssimo conhecido”, acrescentou.
O primeiro volume – "Atrás Desses Muros" – trata de personagens que se encontram na prisão. O segundo livro, intitulado "Noites Sujas", mostra histórias de pessoas sem ocupação ou subempregados, no limite da sobrevivência nas grandes cidades. O "Pomba Roxa", por sua vez, reúne as peças que giram em torno da figura da prostituta. O quarto volume, intitulado "Religiosidade Subversiva", traz peças que foram reunidas em um livro pelo próprio Plínio Marcos. "No Reino da Banalidade" reúne os textos que descrevem “hábitos pequeno-burgueses”. Por fim, o sexto título, "Roda de Samba/Roda dos Bichos", apresenta o teatro musical e também a obra infantil.
Pécora destaca também o trabalho de iconografia feito por Ricardo Barros, filho de Plínio. “A família tinha uma enorme quantidade de documentos visuais, programas das primeiras montagens, fotografias pessoais, manuscritos originais que pela primeira vez serão mostrados. Fotos e aspectos gráficos visuais que ainda ninguém conhecia, ou conhecia pouco.”
A coletânea traz ainda um trabalho analítico introdutório para cada peça, “que leva em conta não só o período, o momento que foram montadas, mas também o que podem significar em relação ao presente”, explicou o autor do livro. Além dessa discussão, os volumes apresentam vasta biografia sobre a obra de Plínio Marcos. “Formam um conjunto, um aparato crítico, bastante significativo”, destacou o organizador. Os livros estão à venda no site da Funarte. (Agência Brasil)
Onde estão os novos Dom e Ravel para exaltar o Brasil Novo?
ноября 29, 2017 10:25Carlos Motta
O caso mais emblemático é o da dupla Dom e Ravel, que compôs e cantou a ufanista marchinha "Eu Te Amo, Meu Brasil", que tocava sem parar em todas as emissoras de rádio e televisão nos anos 70 do século passado.
Alguns de seus versos são o suprassumo da patriotada mais canalha: "Mulher que nasce aqui/Tem muito mais amor.../O céu do meu Brasil tem mais estrelas/O sol do meu país mais esplendor.../Eu vou ficar aqui/Porque existe amor.../Ninguém segura a juventude do Brasil..."
A música, que se tornou o hino da ditadura, foi também gravada pelo conjunto de iê-iê-iê Os Incríveis, que oportunisticamente embarcou na onda de exaltação do Brasil governado pelos militares e incorporou ao seu repertório outras canções do gênero, como "Pra Frente Brasil" ("De repente é aquela corrente pra frente/ parece que todo o Brasil deu a mão/todos ligados na mesma emoção/tudo é um só coração"), de Miguel Gustavo, marchinha feita para a seleção brasileira de futebol que se consagrou tricampeão mundial no México, em 1970. Miguel Gustavo, porém, merece ser perdoado, pois é autor de deliciosos sambas de breque imortalizados por Moreira da Silva.
A febre nacionalista de Os Incríveis foi tão forte que eles chegaram a gravar o Hino da Independência e o Hino Nacional!
A dupla Dom e Ravel, porém, era imbatível quando se tratava de defender as "conquistas" do regime militar. Estão aí, para quem quiser ouvir - é só procurar na internet - pérolas como "Você Também é Responsável", o hino do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), "Obrigado ao Homem do Campo", "Êxodo Rural", "Só o Amor Constrói"...
É estranho que hoje, neste Brasil Novo que em muito se assemelha ao do "ame-o ou deixe-o", ainda não tenha surgido sequer um Dom e Ravel, alguém que cante as maravilhas da nova legislação trabalhista, ou da reforma da previdência, ou da entrega do pré-sal às petroleiras estrangeiras.
Uma pena que Eustáquio Gomes de Farias, o Dom, tenha falecido no ano 2000, e seu irmão Eduardo Gomes de Faria, o Ravel, tenha deixado esta vida em 2011 - eles teriam muito a exaltar neste país que se lava a jato.
Ribeirão Preto prepara 18ª edição da Feira Nacional do Livro
ноября 28, 2017 10:46A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto anunciou os cinco primeiros autores confirmados para a 18ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, que participarão do projeto Combinando Palavras. No próximo ano, a feira terá o tema “As Histórias que os livros contam e as leituras que a gente faz” e será realizada de 20 a 27 de maio.
Segundo a presidente da Fundação, Adriana Silva, em 2017, com a criação do Combinando Palavras, a entidade migrou da base da difusão para formação de leitores e pretende consolidar esse papel no próximo ano. “A iniciativa envolveu 5.500 estudantes de ensino médio, 29 escolas da rede pública e 58 professores foram capacitados para atuar no projeto, compartilhando o conhecimento que absorveram para dentro das salas de aula.”
Para 2018, cinco autores já disseram sim ao projeto e engajaram-se na proposta da fundação: Adriana Falcão, Alice Ruiz (foto), Cristovão Tezza, Eliane Brum e Fernando Bonassi - todos muito atuantes e reconhecidos como expoentes da literatura brasileira. Em 2017 foram escolhidos os autores Luís Fernando Veríssimo, Nélida Pinõn, Lya Luft, Zuenir Ventura e Ignácio de Loyola Brandão.
No próximo ano, o projeto Combinando Palavras atenderá, mais uma vez, a cerca de 5.500 estudantes do ensino médio de escolas estaduais. O projeto segue o modelo padrão de 2017 e vai realizar encontros de capacitação com professores da rede estadual de ensino a partir do início do próximo ano letivo. O objetivo é manter o compromisso de envolver alunos da rede pública de ensino em atividades literárias de formação para depois interagirem com autores durante a 18ª edição da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto.
Na quarta-feira, na reunião em que houve o anúncio da feira, professores coordenadores de escolas estaduais receberam informações gerais sobre o projeto de 2018. Cada unidade escolar participante deverá fazer suas inscrições por aluno, no próximo ano, e escolher o autor que vai trabalhar. Cada escritor poderá receber 1.100 inscritos, número de lugares do Theatro Pedro II, onde os encontros do Combinando Palavras ocorrerão, durante a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto.
“Apresentamos nessa reunião os autores escolhidos para o Combinando Palavras, o cronograma e planejamento dos encontros de atualização dos professores para 2018, bem como as orientações gerais para participação no projeto”, explica Laura Abbad, coordenadora de programação da Fundação. A intenção é ao longo do 1º semestre de 2018 oferecer material de apoio e sugestões de obras para que os professores possam explorar histórias destes escritores, bem como dinâmicas de estudos e outros tipos de produções para salas de aula com os alunos.
Autores do Combinando Palavras
Adriana Falcão
Escritora premiada de peças de teatro, crônicas e livros para crianças, jovens e adultos, mas também encanta o público com seu talento nos roteiros que cria para programas de TV na Rede Globo, tais como as séries : A Comédia da Vida Privada, A Grande Família, As Brasileiras, Louco por Elas, Mr Brau; para o cinema ‘’O Auto da Compadecida’’; A Máquina; O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias; Fica Comigo Essa Noite; Mulher Invisível; Eu e o meu Guarda-Chuva; Se eu Fosse Você 1 e 2 e Desculpe o Transtorno. Adriana já publicou com grande sucesso diversos livros como: A Máquina; O Doído da Garrafa; O Pequeno Dicionário de Palavras ao Vento; PS Beijei; Sete Histórias para Contar; A Gaiola; A Comédia dos Anjos; Luna Clara & Apolo Onze; Mania de Explicação; Sete histórias para contar; A Tampa do Céu, A Gaiola , Procura-se um amor e Valentina Cabeça na Lua e sua primeira obra não-ficção, Queria Ver Você Feliz (um livro que conta a história dos seus pais). No teatro escreveu Ideia Fixa, A Vida em Rosa, Tarja Preta, O P.A.I., o infantil Mania de Explicação (livro premiado e um best seller da literatura infanto- juvenil), A Gaiola e Lá Dentro tem Coisa.
Alice Ruiz
Poeta e haikaista, Alice Ruiz nasceu em Curitiba (PR), em 22 de janeiro de 1946. Começou a escrever contos com nove anos de idade, e versos aos 16. Aos 26 anos publicou pela primeira vez seus poemas em revistas e jornais culturais. Lançou seu primeiro livro aos 34 anos.
Alice publicou, até agora, 21 livros, entre poesia, traduções e uma história infantil, A autora também compõe letras desde os 26 anos - tem diversas canções gravadas por parceiros e intérpretes. Lançou, em 2005, seu primeiro CD, o Paralelas,em parceria com Alzira Espíndola, pela Duncan Discos, com as participações especialíssimas de Zélia Duncan e Arnaldo Antunes.
Antes da publicação de seu primeiro livro, Navalhanaliga, em dezembro de 1980, já havia escrito textos feministas, no início dos anos 1970 e editado algumas revistas, além de textos publicitários e roteiros de histórias em quadrinhos. Alguns de seus primeiros poemas foram publicados somente em 1984, quando lançou Pelos Pêlos pela Brasiliense. Já ganhou vários prêmios, incluindo o Jabuti de Poesia, de 1989, pelo livro Vice Versos e o Jabuti de Poesia, de 2009, pelo livro Dois em Um.
Possui poemas traduzidos e publicados em antologias nos Estados Unidos, Bélgica, México, Argentina, Espanha e Irlanda, tendo sido também convidada como palestrante na Bienal de Lenguas da América no México e na Europalia Brasil em Bruxelas.
Cristovão Tezza
O autor nasceu em Lages, Santa Catarina, mas mudou-se criança para Curitiba, onde vive até hoje, dedicando-se à literatura. Escreveu mais de uma dezena de livros desde Trapo, de 1988, entre eles Juliano Pavollini, O fantasma da infância, A suavidade do vento, Aventuras provisórias, Breve espaço, O fotógrafo, Um erro emocional, Beatriz, O professor e A tradutora.
Seu romance O filho eterno, de 2007, recebeu os mais importantes prêmios literários brasileiros, foi publicado em 15 países, adaptado para o teatro e virou filme. Em 2012 publicou O espírito da prosa, sua autobiografia literária. Atualmente, é colunista quinzenal no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo. Ganhou o prêmio Jabuti em 2016 e é finalista neste ano com o romance a Tradutora.
Eliane Brum
É jornalista, escritora e documentarista brasileira, formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) em 1988 e durante sua carreira profissional já ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem.
Trabalhou 11 anos como repórter do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e 10 como repórter especial da Revista Época, em São Paulo. Desde 2010, atua como freelancer. De 2009 a 2013 manteve uma coluna no site da Revista Época, e desde outubro de 2013 no jornal El País.
É autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A vida que ninguém vê (Arquipélago Editorial), ganhador do Prêmio Jabuti de Reportagem em 2007, e O Olho da Rua (Globo) - e de um livro de crônicas: A Menina Quebrada (Arquipélago Editorial, Prêmio Açorianos 2013), que reúne 64 de suas colunas escritas no site da revista Época, além de ter participado da compilação de reportagens especiais sobre os Médicos sem Fronteiras Dignidade!, que incluiu também autores como Mario Vargas Llosa.
Em 28 de janeiro de 2010, foi uma das ganhadoras do 27º Prêmio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha, pela reportagem "O Islã dos Manos", sobre a presença da religião islâmica nas periferias de cidades brasileiras, matéria publicada na revista Época, em fevereiro do ano anterior. É codiretora de três documentários: Uma História Severina, Gretchen Filme Estrada e Laerte-se.
Fernando Bonassi
O escritor nasceu em 1962, em São Paulo. É roteirista,dramaturgo e escritor, autor dos romances Subúrbio (Objetiva) e Luxúria (recentemente lançado pela Record), e dos livros de contos Passaporte (Cosac&Naify) e SP Brasil (finalista do Jabuti 2003), entre outros.
No cinema, destacam-se os roteiros de Estação Carandiru (de Hector Babenco) e Cazuza – O Tempo Não Para (de Sandra Werneck e Walter Carvalho) - no teatro, as montagens de Apocalipse 1,11 (Teatro da Vertigem) e Arena Conta Danton (direção de Cibele Forjaz). Vencedor da bolsa de artes do DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio), com a qual viveu e escreveu em Berlin, em 1998. Desenvolveu, em parceria com Marçal Aquino - os seriados Força- Tarefa, O Caçador, Supermax e Carcereiros, para a Rede Globo de Televisão.
Homenageados da feira
A 18ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão terá como tema “As Histórias que os livros contam e as leituras que a gente faz” e será realizada de 20 a 27 de maio de 2018, com abertura oficial na noite do dia 19 de maio. Como em todos os anos, a feira fará homenagem a um país – e o escolhido foi Uruguai. Quanto aos autores celebrados, o escritor principal é Sérgio Buarque de Holanda. O autor educação escolhido é Antônio Candido; a autora infanto-juvenil é Marina Colasanti; autor local, Camilo Xavier, e a professora homenageada, Heloisa Martins Alves. Como patrono, a feira indicou o advogado Sérgio Roxo da Fonseca.
Sobre a Fundação
A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos. Trata-se de uma evolução da antiga Fundação Feira do Livro, criada em 2004, especialmente para realizar a Feira Nacional do Livro da cidade - hoje considerada a segunda maior feira a céu aberto do país, realizada tradicionalmente no mês de junho.
Com uma trajetória sólida e projeção nacional e internacional, a entidade ganhou experiência e, atualmente, além da Feira, realiza muitos outros projetos ligados ao universo do livro e da leitura com calendário de atividade durante todo o ano. A Fundação se mantém com o apoio de mantenedores e patrocinadores, com recursos diretos e advindos das leis de incentivo, em especial do Pronac e do Proac.
Para desafinar o coro dos contentes
ноября 28, 2017 9:52Carlos Motta
Houve um tempo em que os músicos brasileiros ousavam, criavam, iam além das fórmulas estabelecidas e fáceis - arriscavam tudo, nome, carreira, em troca da liberdade para se indignar, de se expressar em meio à névoa cinza que obscurecia o Brasil de então.
Não foram compreendidos na época, ainda não são compreendidos tantos anos depois, ainda carregam nas costas o pesado rótulo de "malditos", como se fossem aberrações que vagam no mundo dos perfeitos e dos "normais".
Eram, antes de mais nada, corajosos, porque sabiam que não tinham de enfrentar apenas o desprezo popular, as vaias públicas, os xingamentos ostensivos dos cães de guarda do poder, mas também a possibilidade, tangível, ameaçadora, opressiva, das dores da tortura física e psicológica, e até a eliminação física.
De certa forma, foram heróis que souberam lutar contra a crueldade institucional com as armas que tinham - seu talento, sua voz, seu cérebro, sua emoção.
O mais emblemático de todos esses "malditos" talvez seja o carioca Jards Macalé, 74 anos de fina ironia.
Sua obra sintetiza este Brasil que tentou se modernizar e depois voltou a ser a vítima preferida de uma elite ignorante, burra, escravocrata e medieval.
Macalé segue cantando, hoje com mais admiradores, mas infelizmente com nenhum - ou quase nenhum - seguidor.
Não fez escola, pois afinal, como dizem os versos de Torquato Neto, na canção "Let's Play That", da dupla, "quando eu nasci/um anjo louco muito louco/veio ler a minha mão/não era um anjo barroco/era um anjo muito louco, torto/com asas de avião/eis que esse anjo me disse/apertando a minha mão/com um sorriso entre dentes/vai bicho desafinar/o coro dos contentes".
E quem nasce para desafinar o coro dos contentes nunca será convidado para participar do banquete dos homens de bem.
Além disso, como esperar que alguém alcance a felicidade se nasceu em Gotham City, no céu alaranjado de Gotahm City, quando caçavam bruxas nos telhados de Gotham City no dia da independência nacional?
Let's play that!
Aos 15 anos eu nasci em Gotham city
Era um céu alaranjado em Gotham city
Caçavam bruxas nos telhados de Gotham city
No dia da independência nacional
Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal
Eu fiz um quarto quase azul em Gotham city
Sobre os muros altos da tradição de Gotham city
No cinto de utilidades as verdades Deus ajuda
A quem cedo madruga em Gotham city
Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal
Só serei livre se sair de Gotham city
Agora vivo como vivo em Gotham city
Mas vou fugir com meu amor de Gotham city
A saída é a porta principal
Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal
No céu de Gotham city há um sinal
Sistema elétrico e nervoso contra o mal
Meu amor não dorme, meu amor não sonha
Não se fala mais de amor em Gotham city
Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal
("Gotham City" - Jards Macalé/José Carlos Capinan)
Filme sobre maestro João Carlos Martins vence festival
ноября 27, 2017 22:10Na noite de domingo, 26 de novembro, foi realizada a cerimônia de premiação do 10º Festival de Cinema da Lapa, um dos principais e mais tradicionais festivais de cinema do Brasil, realizado na histórica cidade da Lapa, no Estado do Paraná. O grande vencedor da Mostra Competitiva do festival foi o filme “João, o maestro” (foto), de Mauro Lima.
A obra retrata a história do maestro João Carlos Martins. Quando criança, ele foi considerado um prodígio no piano, e aos poucos foi ganhando fama não só no Brasil, como na Europa e América do Sul. Porém dois acidentes acabam prejudicando ambas as mãos do pianista, que acaba se reinventando e se consagrando como maestro.
O filme conta com a participação de nomes como Alexandre Nero, Rodrigo Pandolfo, Davi Campolongo e Alinne Moraes. No Festival de Cinema da Lapa, a obra conquistou quatro prêmios: Melhor Filme (júri popular), Melhor Filme (júri oficial), Melhor Ator Coadjuvante (Davi Campolongo), Melhor Som (George Saldanha, François Wolf e Armando Torres Junior) e Melhor Montagem (Bruno Lasevicius e Julia Pechmann).
Outros destaques da noite ficaram por conta dos prêmios de Melhor Atriz e Melhor Ator conquistados, respectivamente, por Letícia Braga ("A Menina Índigo") e Murilo Rosa ("A Menina Índigo"). Na categoria Melhor Atriz Coadjuvante a vencedora foi a atriz Ondina Clais ("O Filme da Minha Vida"). O festival premiou, ainda, Melhor Trilha Sonora (Plinio Profeta – "O Filme da Minha Vida"), Melhor Direção de Arte (Claudio Amaral – "O Filme da Minha Vida"), Melhor Diretor (Selton Mello - "O Filme da Minha Vida"), Melhor Fotografia (Walter Carvalho – "O Filme da Minha Vida"), Melhor Roteiro (Marcelo Vindicatto - "O Filme da Minha Vida") e Prêmio Especial do Júri ("Bye Bye Jaqueline").