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Segundo Clichê

февраля 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

A universal música brasileira

октября 26, 2017 14:28, by segundo clichê


O Brasil tem hoje um número de ótimos instrumentistas inversamente proporcional ao de políticos e autoridades que verdadeiramente se dedicam ao serviço público.

Parece que os jovens - e mesmo as pessoas de mais idade - estão procurando alguma forma de se distanciar da realidade, triste, suja, quase insuportável, que afronta a vida de cada um.

A arte, em geral, é uma fuga deste mundo que nos oprime - o artista não só busca retratar, a seu modo, a sua existência, mas pretende construir, seja com cores, letras ou sons, um universo particular onde possa se refugiar das misérias do dia a dia.

A música popular, especialmente, de alguns anos para cá, tem abrigado uma extraordinária safra de artistas, seja compositores, seja instrumentistas, que, por motivos óbvios, é desprezada pelos meios de comunicação de massa, ou, como queiram, pela indústria cultural - no caso brasileiro, muito mais indústria de entretenimento.


Essa exuberância se dá em todos os gêneros musicais, desde o samba, o mais executado e conhecido, até outros de difícil classificação - o que dizer das dezenas de "filhotes" do mago Hermeto Pascoal, do gênio Egberto Gismonti, ou dos chorões dos velhos tempos, que, em síntese, simplesmente misturam tudo e mandam ver?

Se a receita é antiga - afinal, muitos músicos, no mundo todo, já juntaram estilos diversos para formar o seu, único -, no caso brasileiro se pode dizer que da geleia geral que vem se solidificando nas últimas décadas está nascendo, se já não nasceu, uma das mais originais manifestações musicais do planeta.

Na semana passada, em Piracicaba, interior paulista, o Festival de Jazz Manouche mostrou um pouco dessa nova música: seus participantes não se limitaram a tocar o estilo criado por Django Reinhardt. Vários deles utilizaram a música brasileira - samba, choro, baião... - como base para o exercício de sua criatividade, aproveitando a característica do jazz cigano de usar e abusar da improvisação.

Um dos mais destacados foi Marcelo Cigano, acordeonista nascido em uma família cigana, que começou a tocar aos oito anos de Idade influenciado pelo seu pai, também acordeonista. Marcelo é um virtuose autodidata que passeia com extrema facilidade por diversos gêneros musicais - samba, choro, forró, bossa nova, tango ou jazz. 

É um colecionador de prêmios. Em 2008 ganhou o 2º Concurso Internacional de Acordeão, promovido pela Associação dos Acordeonistas do Brasil, e em 2010 venceu o Festival Roland de Acordeão, indo representar o Brasil na final mundial do 4º Festival Roland, em Roma. No mesmo ano participou da 63ª Coupe Mondiale, se apresentando no estande da Roland com Ludovic Beier. Desse  encontro nasceu uma parceria que resultou em uma série de shows no Teatro Paiol, em Curitiba, em fevereiro de 2014, e um projeto para futuros Intercâmbios musicais entre Brasil e França.

Em 2014 Marcelo Cigano lançou o CD "Influência do Jazz ", com direção musical de Oliver Pellet e participações especiais de Hermeto Pascoal, Toninho Ferragutti, Lea Freire e Thiago Espírito Santo, entre outros. Cada faixa exemplifica a rica música instrumental que se faz no Brasil e a excelência de seus intérpretes. 

Outro CD notável de Marcelo é o gravado ao vivo no Teatro Paiol com o Jazz Cigano Quinteto, intitulado Gypsy Night Riat Romani, que reúne clássicos do gênero.

Atualmente ele prepara o repertório de mais um disco. Entre as músicas estarão "Pra Nós 2", de Hermeto Pascoal, e "El Cigano", de Ludovic Beier, compostas em homenagem a Marcelo, um músico que, talvez inconscientemente, aplicou em sua arte a característica mais conhecida do povo do qual descende, o nomadismo: da mesma forma que seus ancestrais, Marcelo não se fixa num gênero musical, transita por vários com a intimidade de quem sabe que a música não tem fronteiras.

O trabalho de Marcelo Cigano pode ser ouvido e visto nos seguintes endereços:

gramofone.com.br/produto/marcelo cigano

www.facebook.com/musico.marcelo.cigano

www.youtube.com/channel/UC2UBSB7L7GyJCfm1X1g_7FQ

soundcloud.com/gramofone/sets/marcelo-cigano-influ-ncia-do



Brasil faz música para o mundo

октября 26, 2017 14:28, by segundo clichê


O Brasil tem hoje um número de ótimos instrumentistas inversamente proporcional ao de políticos e autoridades que verdadeiramente se dedicam ao serviço público.

Parece que os jovens - e mesmo as pessoas de mais idade - estão procurando alguma forma de se distanciar da realidade, triste, suja, quase insuportável, que afronta a vida de cada um.

A arte, em geral, é uma fuga deste mundo que nos oprime - o artista não só busca retratar, a seu modo, a sua existência, mas pretende construir, seja com cores, letras ou sons, um universo particular onde possa se refugiar das misérias do dia a dia.

A música popular, especialmente, de alguns anos para cá, tem abrigado uma extraordinária safra de artistas, seja compositores, seja instrumentistas, que, por motivos óbvios, é desprezada pelos meios de comunicação de massa, ou, como queiram, pela indústria cultural - no caso brasileiro, muito mais indústria de entretenimento.


Essa exuberância se dá em todos os gêneros musicais, desde o samba, o mais executado e conhecido, até outros de difícil classificação - o que dizer das dezenas de "filhotes" do mago Hermeto Pascoal, do gênio Egberto Gismonti, ou dos chorões dos velhos tempos, que, em síntese, simplesmente misturam tudo e mandam ver?

Se a receita é antiga - afinal, muitos músicos, no mundo todo, já juntaram estilos diversos para formar o seu, único -, no caso brasileiro se pode dizer que da geleia geral que vem se solidificando nas últimas décadas está nascendo, se já não nasceu, uma das mais originais manifestações musicais do planeta.

Na semana passada, em Piracicaba, interior paulista, o Festival de Jazz Manouche mostrou um pouco dessa nova música: seus participantes não se limitaram a tocar o estilo criado por Django Reinhardt. Vários deles utilizaram a música brasileira - samba, choro, baião... - como base para o exercício de sua criatividade, aproveitando a característica do jazz cigano de usar e abusar da improvisação.

Um dos mais destacados foi Marcelo Cigano, acordeonista nascido em uma família cigana, que começou a tocar aos oito anos de Idade influenciado pelo seu pai, também acordeonista. Marcelo é um virtuose autodidata que passeia com extrema facilidade por diversos gêneros musicais - samba, choro, forró, bossa nova, tango ou jazz. 

É um colecionador de prêmios. Em 2008 ganhou o 2º Concurso Internacional de Acordeão, promovido pela Associação dos Acordeonistas do Brasil, e em 2010 venceu o Festival Roland de Acordeão, indo representar o Brasil na final mundial do 4º Festival Roland, em Roma. No mesmo ano participou da 63ª Coupe Mondiale, se apresentando no estande da Roland com Ludovic Beier. Desse  encontro nasceu uma parceria que resultou em uma série de shows no Teatro Paiol, em Curitiba, em fevereiro de 2014, e um projeto para futuros Intercâmbios musicais entre Brasil e França.

Em 2014 Marcelo Cigano lançou o CD "Influência do Jazz ", com direção musical de Oliver Pellet e participações especiais de Hermeto Pascoal, Toninho Ferragutti, Lea Freire e Thiago Espírito Santo, entre outros. Cada faixa exemplifica a rica música instrumental que se faz no Brasil e a excelência de seus intérpretes. 

Outro CD notável de Marcelo é o gravado ao vivo no Teatro Paiol com o Jazz Cigano Quinteto, intitulado Gypsy Night Riat Romani, que reúne clássicos do gênero.

Atualmente ele prepara o repertório de mais um disco. Entre as músicas estarão "Pra Nós 2", de Hermeto Pascoal, e "El Cigano", de Ludovic Beier, compostas em homenagem a Marcelo, um músico que, talvez inconscientemente, aplicou em sua arte a característica mais conhecida do povo do qual descende, o nomadismo: da mesma forma que seus ancestrais, Marcelo não se fixa num gênero musical, transita por vários com a intimidade de quem sabe que a música não tem fronteiras.

O trabalho de Marcelo Cigano pode ser ouvido e visto nos seguintes endereços:

gramofone.com.br/produto/marcelo cigano

www.facebook.com/musico.marcelo.cigano

www.youtube.com/channel/UC2UBSB7L7GyJCfm1X1g_7FQ

soundcloud.com/gramofone/sets/marcelo-cigano-influ-ncia-do



Livro resgata história da morte de diplomata na ditadura

октября 25, 2017 16:38, by segundo clichê

No ambiente sufocante do regime militar, o diplomata brasileiro Paulo Dionísio de Vasconcelos morreu em circunstâncias misteriosas na cidade holandesa de Haia, em 1970, sem que as autoridades tenham se empenhado em desvendar o episódio obscuro. Essa história é contada pelo jornalista Eumano Silva no livro “A morte do diplomata: um mistério arquivado pela ditadura”, que traz informações inéditas sobre o caso e o período do autoritarismo no Brasil.

Publicado pela Tema Editorial, o livro percorre a vida de Paulo Dionísio e suas conexões com a diplomacia brasileira, na época em que o país vivia sob o comando de generais ansiosos por projetar uma imagem favorável no exterior – mesmo que internamente a realidade fosse opressiva e dolorosa. É nesse contexto que o jovem vindo de Minas Gerais projeta sua trajetória pessoal e profissional, interrompida pouco antes de completar 35 anos de idade. Com linguagem direta e substantiva, Eumano Silva lança mão da estrutura narrativa dos livros de ficção policial para contar uma história verdadeira, baseada em documentos e entrevistas.


Foram dois anos de trabalho para reconstituir os fatos de quase cinco décadas atrás e montar a grande reportagem sobre um personagem à margem do fio principal dos acontecimentos, mas que proporciona uma visão singular do cotidiano daqueles dias atravessados pelo regime político de exceção. A família de Paulo Dionísio franqueou ao autor do livro documentos, fotos, recortes de jornais e até mesmo o diário pessoal do diplomata, que tinha o hábito de escrever copiosamente sobre os mais variados temas.

Mais do que isso, os familiares concederam-lhe uma procuração para ter acesso a documentos do Itamaraty relacionados ao caso. O resultado é rico em informações inéditas, com a ressalva de que “foi um trabalho totalmente independente, sem nenhuma interferência”, como sublinha Eumano. No meio do processo minucioso de pesquisa, o autor deparou-se com documentos reveladores sobre o cenário em que a diplomacia brasileira estava mergulhada à época.

Constatou, por exemplo, a extensão da teia de vigilância armada para acompanhar os movimentos de dom Helder Câmara em países estrangeiros, como se o líder católico brasileiro, que lutava com palavras e gestos, representasse um perigo mortal para o regime. Também apurou as iniciativas quase caricatas dos comandantes militares para apresentar lá fora um país risonho e bem-sucedido.

Autor de outra obra emblemática sobre o período ditatorial no Brasil – "Operação Araguaia: os arquivos secretos da guerrilha" –, Eumano Silva oferece aos leitores essa nova incursão no livro-reportagem, com a marca do rigor jornalístico e a ambição do pesquisador reconhecido pelo conhecimento sobre o tema. 

O livro será lançado no 31 de outubro, às 19 horas, na Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2.073 / Bela Vista, São Paulo - SP).



CPI do Senado conclui: não há déficit na Previdência Social

октября 25, 2017 9:36, by segundo clichê


Vilma Bokany

Na segunda feira (23), o senador Hélio José (PROS-DF) apresentou o relatório da Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) da Previdência, cuja conclusão é a de que a Previdência Social não é deficitária, mas, sim, alvo de má gestão.

Para impor a Reforma da Previdência, o governo afirma que há um déficit previdenciário perene e explosivo. O relatório afirma que os argumentos utilizados pelo governo para propor a reforma da são falhos, inconsistentes e absolutamente imprecisos e alarmistas. Segundo o senador, "está havendo manipulação de dados por parte do governo para que seja aprovada a reforma da Previdência".


A CPI, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) foi instalada em abril, e nos últimos 6 meses realizou 26 audiências públicas e ouviu mais de 140 pessoas, entre representantes governamentais, membros do Ministério Público e da Justiça do Trabalho, sindicatos, associações de empresas e auditores.

O relatório, de 253 páginas, faz uma análise histórica da Previdência e Seguridade Social no Brasil e demonstra que o orçamento começa a ser deturpado durante os governos de Fernando Henrique Cardoso. Em 1994, com a criação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), uma parcela significativa de recursos originalmente destinados à Previdência foi redirecionada.

Em 2001, por meio de uma medida provisória, as três áreas, saúde, previdência e assistência social foram desintegradas, e o orçamento da seguridade social passou a ser desmembrado, com autonomia financeira e de gestão para cada área, em detrimento de uma ação coordenada e conjunta. O relatório destaca que o "maior e mais grave problema da Previdência Social vem da vulnerabilidade e da fragilidade das fontes de custeio do sistema de seguridade social".

O relatório chama a atenção para a dívida ativa de empresas brasileiras de grande porte, que deixaram de contribuir com a previdência, mas continuaram beneficiadas pelo governo (como a JBS, entre outras). O documento ressalta que "a lei, ao invés de premiar o bom contribuinte, premia a sonegação e até a apropriação indébita, com programas de parcelamento de dívidas (Refis), que qualquer cidadão endividado desse país gostaria de poder acessar”. É necessário que as empresas devedoras paguem o que devem à nação e não que trabalhadores e aposentados sejam prejudicados.

O relatório da CPI da Previdência deve passar por pedido de vistas dos senadores, que poderão sugerir mudanças e propor emendas à versão apresentada pelo senador Hélio José. O relatório precisa ser votado até o dia 6 de novembro, quando termina o prazo de funcionamento da comissão. (Fundação Perseu Abramo)



Um país de convicções

октября 24, 2017 14:42, by segundo clichê


Carlos Motta

Não sei quanto ao resto do planeta, mas o Brasil é um país pleno de convicções.

Nesta terra todos sabem de tudo todo o tempo, acham que cada achado que acham é um primor e consideram o considerado o mais acabado babado.

O brasileiro, sem querer, é doutor em tudo.

Ele tem total convicção, pode discorrer horas sem parar sobre verdades incontestáveis como a que atesta que o mundo é plano, que foi criado em seis dias, que Deus comanda as ações de cada um dos bilhões de habitantes humanos, e que se o dízimo for pago pontualmente, seu lugar no paraíso estará garantido e, melhor, sua vida terrena será confortável, até mesmo luxuosa.


Os convictos são tantos que se atropelam nas ruas, nas casas, nos escritórios, nas fábricas - nas redes sociais, então, nem se fala!

Há convicções de toda espécie.

Uns acham que tudo estará melhor se todos nós saíssemos disparando balas do mais grosso calibre nos desafetos, adversários, inimigos, sujeitos antipáticos ou faladores, palmeirenses ou corintianos, homossexuais e negros e comunistas e gordos e magros.

O mundo sem essa gente estaria muito melhor para quem tem essas convicções.

Outros não guardam tanto ódio nos seus corações.

Ou não o expressam assim tão abertamente.

Esses têm convicções sutis, porém fortes, inabaláveis.

Estão convictos de que o mal supremo da sociedade é a corrupção.

E, portanto, tratam de combatê-la com suas convicções emanadas das esferas superiores, tão altas e intangíveis que se confundem com o divino.

De posse de tais convicções, estão certos de que nunca erram, nunca erraram e nunca errarão nos julgamentos que fazem daqueles que levam a marca intolerável - que só eles têm a capacidade de ver - dos malignos e dos abomináveis.

Para esses, os convictos reservam punições mais que exemplares, mais que severas - punições absolutas.

Com tantas convicções à flor da terra, é justo dizer que este é um país que vai para a frente.

Seu destino, a cada convicção nova que surge, a cada velha e arraigada convicção que se proclama em alto e estridente som, é marchar para um futuro radiante, onde todos estarão convictos de que nenhum problema, nenhuma patologia, nenhum contratempo, grande ou pequeno, deixará de ser superado pela força do pensamento positivo, da oração, do trabalho, da meritocracia, do empreendedorismo, do Estado mínimo, da família, do direito à propriedade, do Domingão do Faustão, do Jornal Nacional, da Veja, de O Globo, da Folha de S. Paulo, e, é claro, dos homens de bem.

Fé em Deus e pé na tábua! 



Motta

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