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Motta

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Segundo Clichê

февраля 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Geraldo no almoço de Dória: saio candidato se me lançarem

марта 7, 2017 16:17, by segundo clichê


Geraldo foi almoçar segunda-feira com seus amigos do Lide no Hotel Grad Hyatt, na capital paulista. O lide, para quem não sabe, é aquela empresa que João Dória criou para aproximar políticos de empresários e empresários de políticos. Os almoços que promove servem basicamente para isso: o sujeito paga para "ouvir" o convidado, mas na verdade quer mesmo tirar umas fotos com ele, bater um papo, se possível, fazer o seu lobby.

Geraldo é o patrocinador da carreira política de Dória.

Geraldo é pré-candidato tucano à presidência, mas como todas as lideranças tucanas, está em baixa, não paga placê.

Já Dória, seu afilhado, não vê a hora de se livrar do pepino que é a prefeitura paulistana e sonha com voos mais altos.


Geraldo quer que ele o suceda no governo do Estado, mas tudo indica que Dória vai aproveitar o vácuo das pré-candidaturas tucanas para tentar a Presidência da República.

Seja como for, Geraldo aproveitou o almoço oferecido pelo seu afilhado para soltar as suas pérolas.

O canto da tucano é esquisito.

A sua fala, então...

Geraldo, no almoço de seu afilhado, não fugiu à regra.

O press release distribuído pelo Lide dá alguns exemplos de como ele continua sendo...Geraldo:

"Se eu disser que quero ser candidato ou não [à Presidência da República], estarei mentindo. Uma candidatura é fruto de uma vontade coletiva. E tudo tem seu tempo. O que precisamos, agora, é discutir e implementar a reforma política. Não é possível um sistema eleitoral com 35 partidos registrados e mais 35 querendo o registro."

"Temos de cortar custos. Buscar eficiência. São Paulo, por exemplo, já fez a sua reforma da previdência complementar para os servidores públicos, há quatro anos, em 2013."

 "Com as obras que ficarão prontas em agosto próximo, São Paulo duplicará sua capacidade hídrica para estar preparado para os câmbios climáticos."



"Bicos", ajuda de amigos e familiares... Como os desempregados sobrevivem

марта 7, 2017 15:54, by segundo clichê


A profunda recessão econômica provocada pelo golpe que trocou uma presidenta honesta por um bando de picaretas eliminou cerca de 3 milhões de postos de trabalho. Para saber como as vítimas dessa tragédia estão se virando, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizaram a pesquisa “Desempregados no Brasil: Padrão de Vida e Impactos no Consumo e Finanças”.

O levantamento revela que os desempregados têm recorrido a trabalhos temporários e freelancers (37%, principalmente homens, 47%), ajuda financeira de amigos ou familiares (37%, com destaque para mulheres, 42%) e seguro-desemprego (10%) para honrar seus compromissos.

Entre os bicos feitos pelos entrevistados, os mais comuns são serviços gerais (18%, principalmente homens, 28%), revenda de produtos (15%, sobretudo mulheres, 24%) e serviços de beleza (11%, também com destaque às mulheres, 21%). Os trabalhos temporários que têm frequência definida são realizados entre três e quatro vezes por semana, em média, mas 46% dos freelancers disseram não ter regularidade. Para 56% dos desempregados que estão realizando trabalhos informais, está difícil de conseguir até mesmo este tipo de serviço. Somente 6% dizem que está sendo fácil arrumar bicos.


A pesquisa apurou também que 73% dos entrevistados tiveram queda no padrão de vida devido ao desemprego e somente 8% mantiveram o mesmo padrão sem nenhum aperto financeiro, sobretudo entre as classes A e B (20%). Em média, 39% dos entrevistados disseram conseguir manter o mesmo padrão de vida de quando estavam empregados por até três meses, sendo que 15% deles não conseguem nem mesmo por um mês.

O brasileiro, de um modo geral, não tem o costume de guardar dinheiro para imprevistos, conforme revelou novo indicador de reserva financeira do SPC Brasil e CNDL, e a situação entre os desempregados é ainda pior: oito em cada dez (79%) afirmam não possuir reserva financeira, poupança ou investimento, com destaque para as classes C, D e E (80%). Entre os que possuem reservas (18%), 68% não sabem ao certo qual valor têm disponível. Já entre os que sabem (32%), a média é de R$ 4.971. Os principais motivos para guardar dinheiro são imprevistos de desemprego (39%), doença ou morte (31%) e garantir um futuro melhor para a família (19%).

Mesmo com dificuldades para arrumar emprego formal ou informal e com alterações no padrão de vida, 65% dos entrevistados dizem que não estão gastando mais do que o orçamento mensal permite. Com um orçamento insuficiente, 56% afirmam estar adotando práticas como comprar coisas mais baratas e pesquisar melhores preços de produtos, 48% dos que possuem reservas financeiras estão utilizando-as e 44% estão fazendo cortes no orçamento. Há ainda 24% que fazem empréstimos com conhecidos, 13% que utilizam o cartão de crédito para comprar o que precisam, e 11% deixam de pagar contas como prestações, crediário, financiamentos e cartão de crédito. 16% dizem não estar fazendo nada de diferente por acreditar que as coisas irão melhorar.

Sete em cada dez desempregados (71%) disseram também que tiveram sonhos interrompidos devido ao desemprego, com aquisição de carro (16%), reforma da casa (15%) e aquisição de imóvel (12%) sendo os principais.

Sem ter como comprovar renda, 31% das pessoas entrevistadas têm sentido dificuldades para comprar no crédito, a maioria sendo no cartão de crédito (19%), financiamentos (9%) e carnês (9%). Outros 39% não tentaram comprar no crédito e 29% não sentiram dificuldade.

O estudo revela ainda que três em cada dez desempregados (28%) estão com o nome sujo (aumentando para 31% nas classes C, D e E), sendo que 48% deles têm contas em atraso há mais de um ano e a média de atraso das contas é de 23 meses. Os entrevistados estão com o nome sujo há 22 meses, em média, e o tempo médio sem trabalho é de 12 meses.

Na maior parte dos casos, as contas em atraso são de cartão de crédito (52%), cartão de loja (40%), empréstimo pessoal ou consignado (19%) e carnês (19%). Sete em cada dez desempregados com nome sujo (73%) não sabem ao certo o valor de suas dívidas, sendo o valor médio de quem tem conhecimento de R$ 3.540.

Com uma nova realidade financeira, os desempregados estão adaptando as relações com o consumo. Diante deste cenário, 85% dos entrevistados pesquisam mais os preços antes de comprar, 79% aumentaram a disciplina nos gastos pessoais e da família, 77% estão pechinchando ao comprar algo e 72% migraram o consumo para produtos e marcas similares mais baratas. Essas atitudes tiveram um aumento ainda mais expressivo nas classes C, D e E.

O estudo indica também que os itens que mais tiveram cortes ou reduções fazem parte de gastos relacionados ao vestuário e lazer: compra de roupas, calçados ou acessórios (81%), almoço ou jantar fora e delivery (81%), saídas para bares, restaurantes ou baladas (77%), cinema, teatro ou outras atividades de lazer (74%), alimentos supérfluos (71%) e viagens (66%).



A reforma da Previdência e a desigualdade entre homens e mulheres

марта 7, 2017 15:40, by segundo clichê


O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e a Plataforma Política Social lançaram versão completa de documento para problematizar a Reforma da Previdência (PEC 287/2016).

O documento traz insumos para a discussão sobre desigualdade de gênero e a reforma, que pretende eliminar o bônus concedido às mulheres no tempo de contribuição e idade de aposentadoria.

Jornada dupla e diferenças no mercado de trabalho: a reforma desconsidera as condições desfavoráveis enfrentadas pelas mulheres no trabalho (menor taxa de participação, maior desemprego e menor rendimento), além da dupla jornada, tendo em vista a quantidade de horas por semana dedicadas aos afazeres domésticos e ao cuidado com os filhos (em média, uma mulher ocupada acima de 16 anos trabalha quase 73 dias a mais que um homem em um ano).


O fato de as mulheres se responsabilizarem por esse trabalho lhes tira tempo, as exclui dos espaços públicos, as estigmatiza como cuidadoras. O reconhecimento da importância deste trabalho e de que as mulheres o realizam majoritariamente é o que justifica historicamente algumas regras previdenciárias diferenciadas por gênero.

Piso previdenciário: o patamar do piso previdenciário afeta mais as mulheres, já que piores rendimentos e mais precárias vinculações as empurram para o recebimento do benefício de valor mínimo.

Aposentadoria por idade: como essa modalidade é a mais acessada pelas mulheres, devido à dificuldade de acúmulo de anos para acessar a aposentadoria por tempo de contribuição, aumentar a aposentadoria por idade as desfavorece.

Expectativa de vida das mulheres: argumenta-se a favor da aproximação das idades de aposentadoria pela maior expectativa de vida ao nascer das mulheres, mas a maior expectativa de vida das mulheres no Brasil resulta de aumento acentuado da mortalidade dos jovens homens, em especial negros, e a diferença de expectativas de vida está em queda. Além disso, o argumento que articula tempo de contribuição à expectativa de vida dialoga com um princípio atuarial para o qual quanto maiores os benefícios, maiores devem ser as contribuições e vice-versa. No entanto, o princípio que rege a diferença de idades é justamente o reconhecimento de um trabalho não contributivo, um argumento protetivo e não atuarial.

Papel das políticas públicas: Na União Europeia, há maior igualdade entre as idades mínimas de aposentadoria de homens e mulheres, mas isso tem ocorrido de forma gradual e acompanhado de políticas de cuidado (creches, apoio a idosos e pessoas com deficiências) e compensações às mulheres. Segundo o documento, a simples supressão da diferença de idade leva à maior desigualdade de gênero. (Ana Luíza Matos de Oliveira, economista/Fundação Perseu Abramo)



Uma pesquisa com os meus botões

марта 7, 2017 11:32, by segundo clichê


Fiz uma pesquisa com os meus botões e cheguei à seguinte conclusão: 92,73% do pessoal que bateu panelas, saiu às ruas com a camisa da CBF, xingou a presidenta Dilma de "vaca" e o ex-presidente Lula de "ladrão", "apedeuta", "bêbado", e outros tantos termos do mesmo quilate, não tinha a menor ideia do que seria o país pós-impeachment e livre dos "petralhas".

Desses 92,73%, mostra o meu levantamento, 71,13% achava que o substituto da presidenta seria o implacável Aécio Neves. O restante pensava que o Palácio do Planalto ficaria ocupado ou pelo mito Bolsonaro, ou pelos seguintes personagens: Silas Malafaia, Eduardo "somos milhões" Cunha, Geraldo "o santo" Alckmin, José "careca" Serra, e Pelé.

Ah, também houve menções ao ex-presidente Lula...


No que toca à vida pós-golpe, ou seja, essas coisas triviais como trabalho, emprego, aposentadoria, moradia, saúde, educação, esse blá-blá-blá todo sem nenhuma importância na dinâmica de uma sociedade civilizada, 65,52% dos apoiadores do golpe responderam que não tiveram nenhuma preocupação em saber os planos do novo governo para essas áreas.

Para eles, disseram, importante mesmo era ter acabado com os "petralhas".

Os outros dividiram suas respostas em: não haverá mais impostos; acabará o limite de velocidade nas estradas; os "privilégios" dos negros serão extintos; a homossexualidade será decretada crime; e as escolas serão obrigadas a ensinar religião.

Sobre o futuro do país, 45,13% dos homens de bem que vestiram verde e amarelo nas ruas no ano passado disseram que só o "Bolsomito" arrumará a situação; 30,42% pediram "intervenção militar constitucional"; 15,67% acham que a salvação é o Brasil virar um Estado norte-americano, sob a liderança de Trump; e o restante afirmou que o futuro a deus pertence e o importante foi ter tirado os "petralhas" do poder.

A pesquisa se encerrou por aí.

Meus pobres botões estavam extenuados.

Um deles resumiu o sentimento de todos: 

- Vamos esquecer o que fizemos, vamos ver se o Jornal Nacional, a Veja, a Folha, o Globo, o Estadão, algum desses jornalistas que sabem de tudo, pode nos explicar o que aconteceu e o que pode acontecer daqui para a frente.

E se calou, num mutismo característico de um botão. (Carlos Motta)



O tamanho do desastre: 34% dos consumidores estão no vermelho

марта 6, 2017 18:34, by segundo clichê


Um novo indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), denominado Uso de Crédito e de Propensão ao Consumo, que busca reunir dados sobre a evolução da utilização de crédito e consumo em geral pelos consumidores, revela a a grandiosidade do desastre provocado pelos golpistas na economia brasileira. 

Ele aponta que 58% dos consumidores pretendem cortar gastos no mês de março, enquanto 31% afirmam que vão manter os gastos e somente 5% disseram que vão aumentá-los. O levantamento também mostra que mais de um terço dos entrevistados (34%) estão no vermelho, ou seja, não conseguiram pagar todas as contas em fevereiro. Quase metade (49%) estão no zero a zero - sem sobras e sem falta de dinheiro - e 15% estão com sobras, sendo que 11% pretendem guardar o excedente e 4% querem gastar.


Entre os itens que os consumidores pretendem comprar no próximo mês estão os de farmácia (33%), recarga de telefone (28%), vestuário (27%), perfumes e cosméticos (21%), e serviços de salão de beleza, citados por 11% dos entrevistados.

43% dos consumidores utilizaram algum tipo de crédito em janeiro. O cartão de crédito é o meio mais utilizado

O estudo também busca medir, numa escala de zero a 100, a utilização de crédito pelos consumidores no mês anterior à pesquisa, sendo considerados empréstimos bancários, financiamentos, cartões de crédito, de loja, crediários, e limite do cheque especial. Quanto mais próximo de 100 estiver o indicador, maior o uso do crédito; quanto mais distante, menor o uso. No mês de fevereiro, foram registrados 27,9 pontos. Em termos percentuais, 43% dos consumidores disseram ter utilizado algum tipo de crédito em janeiro, sendo que o cartão de crédito foi a modalidade mais utilizada pela maioria (39%, com gasto médio de R$ 805,73), seguido de cartão de loja e crediário (14%, com gasto médio de R$ 336,37) e limite do cheque especial (6%). Houve também utilização de empréstimos (5%) e financiamentos (3%), modalidades com critérios de concessão mais rigorosos.

Com o desemprego em alta, gastos considerados supérfluos ficaram em segundo plano. Entre aqueles que utilizaram cartão de crédito, a maioria o fez uso para itens de necessidade: 57% para alimentação ou supermercado, 45% farmácia ou remédios, 34% itens de vestuário, 29% para combustível.

Entre os que utilizaram crediário, os itens mais adquiridos foram de vestuário (42%), alimentos (24%), eletroeletrônicos (10%) e eletrodomésticos (8%) - geralmente as lojas oferecem crediários por meio de carnê ou cartão da própria loja para os itens citados, por isso eles se destacam nestas modalidades.

Já entre os que possuem financiamentos, 20% utilizaram para comprar carro, 17% para eletrodomésticos, 9% para apartamento, 9% faculdade e 9% também para móveis.

Com relação ao acesso ao crédito, 46% dos entrevistados disseram ter cartão de crédito, 28% possuem cartões de loja ou crediário e 19% têm cheque especial à disposição. Também são citados empréstimos (17%) e financiamentos (18%), ambos com parcelas em aberto.



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