Bach e Carl Orff abrem temporada de concertos da Sinfônica de SP
1 de Março de 2019, 9:52A Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo realiza a abertura oficial da sua temporada de concertos 2019 com uma série de apresentações intitulada “O Sagrado e o Profano” com obras de Johann Sebastian Bach e Carl Orff. Os concertos serão nos dias 15 de março, às 20 horas, 16 e 17, às 17 horas. A regência é do maestro Roberto Minczuk que nessa apresentação celebra os seus 25 anos de carreira.
“Esta é a primeira vez no Teatro Municipal de São Paulo que essas peças são apresentadas juntas. Teremos uma das obras mais incríveis do período barroco, o Magnificat em ré maior, de Bach, que coroa a tradição da música sacra, e o Carmina Burana, de Carl Orff, que é uma das músicas mais conhecidas de todos os tempos”, diz o maestro.
Juntamente com o Coral Paulistano, sob a preparação da maestrina Naomi Munakata, os músicos executam uma das obras monumentais de Bach, Magnificat em Ré Maior (BWV 243). Como solistas nesta peça, estarão as sopranos Laura Pisani, Marília Vargas, a mezzo soprano Cecília Massa, o tenor Luciano Botelho e o barítono Homero Velho.
A obra concisa, de 30 minutos, foi escrita, em 1723, para ser executada às vésperas de Natal, sendo posteriormente adaptada a todas as épocas do ano. Baseada no Evangelho Segundo Lucas, faz referência ao momento do anúncio à Virgem Maria de que ela foi a escolhida para dar a luz a um filho gerado pelo espírito santo, o salvador.
Junto ao Coro Lírico, o Coro Infanto-juvenil da Escola de Música do Teatro Municipal e mais três solistas, Laura Pisani, Luciano Botelho e Homero Velho, a orquestra executa a mais famosa obra de Carl Orff, a cantata Carmina Burana em forma de concerto.
Um dos títulos dessa peça que será facilmente reconhecido pelo público é O Fortuna, presente em inúmeros filmes como “A Filha do General”. Para o maestro titular do coro lírico, Mário Zacarro, esse trecho surpreende por ter o coro forte e a marcação rítmica pulsante da percussão.
Carmina Burana é baseada em 24 manuscritos profanos escritos em latim medieval encontrados no Mosteiro de Bauern, daí o nome Burana, e aborda o descontentamento dos monges com as corrupções do clero. A obra estreou em 1937, em Frankfurt, e desde então se tornou uma das peças mais conhecidas de música clássica. A obra é sobre amor, sexo, bebida e dança.
Esse concerto também é especial pois celebra os 25 anos de carreira do maestro Roberto Minczuk. O regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo (OSM) começou a estudar música por influência paterna. Filho de um maestro do coro da Polícia Militar, professor de teoria musical e de solfejo, o pai foi um dos principais incentivadores da sua carreira e afirmava que o filho tinha ouvido absoluto.
Para se aprimorar como músico, Minczuk estudou piano, bombardino, bandolim, trompete. Ainda criança, começou a estudar trompa na Escola Municipal de Música, instituição da Fundação Teatro Municipal de São Paulo que oferece toda a formação gratuitamente. Estreou como solista em um concerto no Teatro Municipal de São Paulo com 10 anos junto a Orquestra Jovem Municipal. Roberto Minczuk é até hoje o músico mais jovem a ingressar na Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Aos 13 anos, ele passou no concurso para primeiro trompista da OSM, na época sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky.
Determinado, ao assistir um ensaio do compositor Peter Mennin, presidente de uma das escolas mais renomadas de música e artes cênicas, a Juilliard School, pediu para fazer uma audição. “Toquei pra ele sete minutos em julho de 1981. Lembro-me dele falando: ‘As aulas começam em setembro, você está pronto?’” recorda. Mesmo sem ter o conhecimento do idioma, viajou aos Estados Unidos onde permaneceu por seis anos. Nesse período foi solista em um concerto no Carnegie Hall e também em uma apresentação com a Orquestra Filarmônica de Nova York.
Na regência também começou cedo, de maneira despretensiosa, em uma igreja que frequentava nos Estados Unidos. “Na igreja tinha um coro, mas eles queriam ter uma orquestra, então me elegeram como maestro. Foi muito importante porque a área da regência, em primeiro lugar, é a arte de ser líder, de lidar com pessoas. Ter essa oportunidade aos 15 anos foi extraordinário”, afirma. A sua estreia como regente ocorreu em 1984 à frente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), onde regeu um concerto dedicado às obras de Beethoven.
Em 1987, após os Estados Unidos, viajou a Alemanha para desenvolver a carreira de regente onde trabalhou por muitos anos com o maestro Kurt Masur na cidade de Leipzig. Em 1998, regeu a Filarmônica de Nova York e, em 2002, foi convidado a assumir o posto de regente associado que tinha sido ocupado pela última vez pelo grande maestro, compositor e pianista Leonard Bernstein.
Em sua carreira, Roberto Minczuk já regeu mais de cem orquestras internacionais, entre elas as da Ópera Nacional de Lyon, Ópera de Cincinnati, Ópera de Israel, filarmônicas de Nova York, Israel, Tóquio, Londres, Helsinque, Oslo, Los Angeles, as sinfônicas de São Francisco, Montreal, Toronto, Dallas, BBC de Londres, Nacional da Rádio France, Nacional da Bélgica, Nacional da Hungria, da Nova Zelândia.
Minczuk foi diretor artístico do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, diretor artístico adjunto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e maestro titular da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, sendo o primeiro artista a receber o Prêmio ConcertArte, de Ribeirão Preto. Venceu o Grammy Latino e foi indicado ao Grammy Americano com o álbum Jobim Sinfônico. Conquistou também o primeiro lugar no Prêmio Eldorado de Música, uma das premiações mais prestigiadas do País.
Atualmente, é maestro titular da Orquestra Sinfônica Municipal, maestro emérito da Orquestra Sinfônica Brasileira e maestro emérito da Orquestra Filarmônica de Calgary, no Canadá.
“Eu estou muito feliz em celebrar os 25 anos de carreira nesta casa. Eu cresci aqui dentro do Teatro. Sou paulistano e não podia pensar numa forma melhor de celebrar, à frente da minha orquestra, com os nossos coros, minha família e o público que é muito especial”, afirma.
Serviço
Sexta-feira, 15, às 20 horas
Sábado, 17, às 17 horas
Domingo, 17, às 17h horas
O SAGRADO E O PROFANO
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Coro Lírico
Coral Paulistano
Coro infanto-juvenil da Escola Municipal de Música
Roberto Minczuk – regente
Parte I
Johann S. Bach: Magnificat em ré maior, BWV 243
Laura Pisani - soprano I
Marília Vargas - soprano II
Cecília Massa – mezzo soprano
Luciano Botelho - tenor
Homero Velho - barítono
Parte II
Carl Orff: Carmina Burana
Laura Pisani - soprano
Luciano Botelho - tenor
Homero Velho - barítono
Duração aproximada: 2 horas com 1 intervalo
Indicação etária: livre (com recomendação para maiores de 7 anos)
Ingressos: R$ 40,00 / R$ 30,00 / R$ 12,00
Horário da Bilheteria do Teatro Municipal: De segunda a sexta-feira, das 10 às 19 horas, e sábados e domingos, das 10 às 17 horas.
Documentário mostra amizade das damas do cinema inglês
1 de Março de 2019, 9:41Já está disponível nos principais serviços de streaming do Brasil o filme “Chá Com As Damas”, documentário inglês em que quatro estrelas do cinema convidam o espectador a observar suas conversas intimistas, sinceras e reflexivas a respeito de suas carreiras e vidas. A produção pode ser encontrada nas seguintes plataformas digitais: NOW, Looke, iTunes, Google Play, Vivo Play e Microsoft Store.
Juntas no mesmo ramo por décadas, as consagradas atrizes Eileen Atkins, Judi Dench, Joan Plowright e Maggie Smith deixam de lado os holofotes por alguns instantes para ter, diante das câmeras, conversas íntimas e sinceras sobre suas carreiras, vidas pessoais e as influências de seus trabalhos para a indústria cinematográfica e para a consolidação de uma amizade entre as quatro.
Entre os principais trabalhos de Judi Dench estão a personagem M na franquia “007”, a Rainha Elizabeth em “Shakespeare Apaixonado”, e o filme “Philomena”. Maggie Smith é conhecida por viver a Professora McGonagall na franquia “Harry Potter”, e Violet Crawley na série inglesa “Downton Abbey”, entre diversos outros papéis importantes. Eileen Atkins se destaca pelo filme “Cold Mountain” e por viver a Rainha Mary na série “The Crown”. Já Joan Plowright trabalhou em filmes como “Um Sonho de Primavera” e “As Crônicas de Spiderwick”.
Desde seu lançamento nos cinemas brasileiros pela Supo Mungam Films em dezembro de 2018, a produção tem sido sucesso tanto de público quanto de crítica. Atualmente o filme tem 99% de aprovação no site especializado em cinema Rotten Tomatoes. Segundo o veículo nacional Papo de Cinema, "o resultado, como poderia se esperar, é não menos do que magnífico". Já outros veículos internacionais definiram “Chá Com As Damas” como “encantador, gracioso, divertido e emocionante”.
Curso aborda a importância das fotógrafas imigrantes
28 de Fevereiro de 2019, 10:04A Casa-Museu Ema Klabin promove o Curso Fotógrafas Imigrantes no Brasil: seus Olhares, seus Horizontes. Serão cinco encontros ministrados pela historiadora Yara Schreiber Dines. As aulas serão às quartas-feiras, das 19 às 22 horas, nos dias 20,27 de março e 3,10 e 17 de abril. Inscrições pelo site https://emaklabin.org.br/
O curso apresentará mulheres fotógrafas imigrantes, que foram referências no Brasil no início e em meados do século XX, dando um panorama da produção dessas artistas, a partir do recorte de gênero.
De acordo com a palestrante, pretende-se expor a fértil agência de mulheres fotógrafas imigrantes no Brasil por meio de um percurso, no tempo e no espaço. O curso destaca cada um desses olhares de acordo com a sua individualidade, ressaltando a diversidade da linguagem imagética e o amplo leque de recortes visuais destas artistas.
Yara Schreiber Dines é historiadora e antropóloga com pós-doutorado em fotografia, na ECA/USP. Professora convidada da Unesp Araraquara, Pesquisadora Associada do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia - LISA/USP e Pesquisadora Associada do Grupo de Arte & Fotografia.
Sobre as aulas
1º dia – Mulheres precursoras da fotografia na Inglaterra. Imigração e fotografia.
2º dia – Gioconda Rizzo, primeira fotógrafa com estúdio em São Paulo. Fotógrafas profissionais imigrantes nas primeiras décadas do século XX: Sophia Pretzel, Irene Lenthe, Mme. Stein e outras.
3º dia - Imigrantes pioneiras do fotojornalismo e da fotografia documental: Hildegard Rosenthal e Alice Brill.
4º dia - O advento dos anos 60: fotografia, literatura e poesia: Maureen Bisilliat e Cláudia Andujar.
5º dia - Anos 70, 80: Referências inesquecíveis - Stefania Bril e Madalena Schwartz.
Serviço
Data: 20,27 de março e 3,10 e 17 de abril. Quartas-feiras.
Horário: 19 às 22 horas
Vagas: 30
Preço: R$ 360
Local: Fundação Ema Klabin
Endereço: Rua Portugal, 43, Jardim Europa - São Paulo. Tel: 55 11 3897-3232
Sundance TV estreia série "The Bisexual" dia 12 de março
27 de Fevereiro de 2019, 14:51O canal por assinatura Sundance TV exibe a série “The Bisexual” a partir do dia 12 de março, terça-feira, às 22h. A comédia é estrelada, escrita e dirigida pela vencedora do Sundance Grand Prize, Desiree Akhavan. Com seis episódios, a série explora as diferenças entre namorar com homens e mulheres do ponto de vista de uma pessoa que - pela primeira vez – faz as duas coisas.
A nova-iorquina Leila (Desiree Akhavan) se sente perdida em Londres depois de decidir dar uma pausa em seu relacionamento de 10 anos com sua namorada e parceira de negócios, Sadie. Leila começa a dormir com homens, mas luta para ser aceita como bissexual junto às suas amigas gays, especialmente por sua melhor amiga, Deniz (Saskia Chana). A série também é estrelada por John Dagleish (Liga da Justiça, Sunny Afternoon, Caçadores de Obras-Primas), Naomi Ackie (Lady Macbeth, Yardie, Star Wars: Episode IX) e Niamh Algar (The Virtues).
“The Bisexual” foi produzida pela Hootenanny (‘a Sister Pictures company’) para o Channel 4, no Reino Unido, e para o Hulu, nos Estados Unidos. A produção executiva é de Naomi de Pear (Flowers, River) e Katie Carpenter pela Hootenanny (‘a Sister Pictures company’).
Agnaldo Timóteo faz shows em homenagem a Cauby Peixoto
27 de Fevereiro de 2019, 14:38A proximidade entre Agnaldo Timóteo e Cauby Peixoto vem desde os anos 50, época em que Agnaldo ainda era um torneiro mecânico sonhando um dia ser um cantor popular conhecido em todo Brasil. Nessa época, Agnaldo era conhecido como o “Cauby Mineiro”, porque defendia todo o repertório de seu ídolo nos programas de Rádio de Belo Horizonte.
Hoje, aos 80 anos, sendo 52 deles de sucesso, Agnaldo vê realizado seu sonho de homenagear Cauby no disco “Obrigado, Cauby”, um tributo sincero e gravado à moda antiga com direito a orquestra de cordas e metais.
Depois de passar por diversas capitais, a apresentação especial chega ao Rio de Janeiro (5/6 - Teatro Bradesco Rio) e em São Paulo (6/6 - Teatro Opus). Na capital paulista, os ingressos custam a partir de R$ 40,00 e já estão à venda pelo site Uhuu.com.
Do repertório constam os grandes sucessos de Cauby, como “Ninguém é de Ninguém”, “A Pérola e o Rubi”, “Tarde Fria”, “Bastidores” e, é claro, “Conceição”, gravada em dueto com o homenageado por meio de de uma montagem.
Natural de Caratinga (MG), Agnaldo Timóteo, desde o inicio da carreira, quando se apresentava nos circos que passavam pela sua cidade natal, impressionava pela potência vocal.
Mudou-se para o Rio de Janeiro e enquanto trilhava seus passos, era motorista da cantora Ângela Maria. Ficou famoso ao gravar a canção “Meu Grito”, de Roberto Carlos, e participar de vários programas da Jovem Guarda. Depois disso, vieram vários sucessos românticos como “Ave-Maria”, “Mamãe” e “Os Verdes Campos De Minha Terra”. Sua discografia reúne mais de 50 discos gravados.
Já Cauby Peixoto, que morreu em 2016, é considerado um dos maiores e mais versáteis intérpretes da música brasileira.
Sua voz era caracterizada pelo timbre grave e aveludado, mas principalmente pelo estilo próprio de cantar e interpretar.
Em 1956, apareceu no filme “Com Água na Boca” cantando seu grande sucesso “Conceição”. Na época, foi citado nas revistas Time e Life como “O Elvis Presley brasileiro”.
Ao lado de Roberto Carlos, Cauby foi o artista que mais fez parcerias musicais no Brasil. Teve uma carreira muito eclética, gravando músicas de vários estilos como samba, bossa-nova, boemia, sertanejo, jazz, rock, pop, soul, tango, bolero, jovem guarda, seresta e música romântica.