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Novembre 29, 2015 12:12 , by Blogoosfero - | No one following this article yet.

Mais de 1,6 milhão de veículos devem deixar SP no feriado

Novembre 20, 2015 10:37, by Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com ABr – de São Paulo:

O movimento nas estradas de São Paulo foi tranquilo na manhã desta sexta-feira, feriado da Consciência Negra. De acordo com estimativa da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mais de um 1,6 milhão de veículos devem deixar a capital em direção ao litoral e ao interior do Estado neste feriado prolongado. No início da manhã de quinta, a CET implantou um esquema especial para a saída do paulistano.

Só pelo Sistema Anhanguera-Bandeirantes, que liga a capital ao interior do Estado, já passaram 232 mil veículos, entre a zero hora de quinta  e as 7h da manhã desta sexta-feira, nos dois sentidos (capital-interior e interior-capital). Segundo previsão da Autoban, concessionária que administra o sistema, até o final da noite do próximo domingo, devem circular pelas duas estradas 730 mil veículos entre saídas e chegadas.

O movimento nas estradas de São Paulo foi tranquilo na manhã desta sexta-feira
O movimento nas estradas de São Paulo foi tranquilo na manhã desta sexta-feira

Segundo a concessionária Ecovias, responsável pelo Sistema Anchieta- Imigrantes, que faz a ligação da capital com a Baixada Santista, desde a zero hora de quinta até o início da manhã desta sexta-feira, cerca de 120 mil automóveis desceram a serra. O tráfego foi intenso no sistema, com cerca de 6,5 mil carros por hora, mas não houve congestionamentos. A Ecovias estima que devem passar pelo sistema neste feriado entre 240 mil e 350 mil automóveis.

Terminais rodoviários

Durante o feriado prolongado da Consciência Negra, 647 mil pessoas devem passar pelos três terminais rodoviários da capital paulista. A estimativa é da Socicam, empresa que administra as rodoviárias do Tietê, Barra Funda e Jabaquara. Os destinos mais procurados são: Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Curitiba, Sul de Minas, litoral e interior de São Paulo.

Só entre o final da tarde de quinta e nesta sexta-feira, a empresa estima que 184 mil pessoas devem deixar a cidade de São Paulo por meio dos três terminais rodoviários.

A empresa recomenda aos passageiros adquirir a passagem de forma antecipada, chegar ao terminal uma hora antes do embarque e identificar as bagagens com nome e telefone de contato. A administradora também orienta que as pessoas deem preferência para viajar no período da manhã ou da tarde, quando o movimento estará mais tranquilo.



Cidades comemoram Dia da Consciência Negra

Novembre 20, 2015 10:24, by Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com ABr – de Brasília:

O Dia da Consciência Negra foi comemorado nesta sexta-feira em mais de mil cidades brasileiras. A data foi instituída em 2003 no calendário nacional e marca a morte de Zumbi dos Palmares, o último líder do maior quilombo do período colonial, o Quilombo dos Palmares.

Na cidade de União dos Palmares, em Alagoas, as comemorações do Dia da Consciência Negra serão realizadas no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, com a posse dos membros do Conselho Curador da Fundação Cultural Palmares, a coroação do busto de Zumbi, a reverência à ancestralidade de matriz africana, o cortejo das Yabás e o lançamento da campanha Filhos do Brasil, em defesa e garantia da liberdade religiosa e contra a intolerância, com a participação de artistas, personalidades públicas e lideranças de várias denominações religiosas.

O Dia da Consciência Negra foi comemorado nesta sexta-feira em mais de mil cidades brasileiras
O Dia da Consciência Negra foi comemorado nesta sexta-feira em mais de mil cidades brasileiras

No Maranhão, para marcar a data, o governo encaminha à Assembleia Legislativa projeto de lei que destina 20% das vagas dos concursos públicos estaduais para negros. Ainda em São Luís, será realizado, às 17h30, ato público na Praça Nauro Machado, na Praia Grande. Em seguida, haverá edição especial do Programa Mais Cultura e Turismo, com apresentação de roda de capoeira, blocos afros e bumba-meu-boi.
Em Salvador, será realizada às 16h a 15ª Caminhada da Liberdade. A passeata deve reunir mais de 20 mil pessoas e sairá da Senzala do Barro Preto, sede do Ilê Aiyê.

O governo do Distrito Federal (GDF) lança campanha nas redes sociais que visa a conscientizar a população a repensar o uso de termos de cunho racista. Alguns exemplos são “a coisa tá preta”, “lista negra”, “não sou tuas negas”, “beleza exótica”, “humor negro” e “cabelo ruim”. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social, entre janeiro e outubro houve 289 registros de injúria racial em todo o DF.

Para lembrar o Dia da Consciência Negra, a TV Brasil exibiu nesta sexta-feira programação especial, a partir das 16h. Na Hora da Criança, a emissora apresenta o programa infantil Brincando no Baobá, que vai mostrar as raízes africanas nas manifestações culturais brasileiras de modo lúdico e interativo. Mais tarde, às 23h, o destaque é o show Músicas para Churrasco, de Seu Jorge. O artista escolheu convidados envolvidos com a causa dos negros, como Alexandre Pires, Zeca Pagodinho, Caetano Veloso, Racionais MC’s e Sandra de Sá. Após o espetáculo, a TV Brasil exibiu o documentário Cem anos Sem Chibata. Dirigido por Marcos Manhães Marins, o filme mostra a Revolta da Chibata, que teve o marinheiro João Cândido como um dos líderes.

 



Samarco tem 24 horas para impedir que lama chegue ao mar

Novembre 19, 2015 11:27, by Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com DW – de Brasília:

A mineradora Samarco, responsável pela barragem que se rompeu em Mariana, no dia 5 de novembro, tem 24 horas para impedir a chegada da lama ao Oceano Atlântico, no litoral capixaba. A determinação é da Justiça Federal no Espírito Santo.

A cada dia não cumprido da decisão, a empresa será multada em R$ 10 milhões. O prazo começa a contar a partir da intimação da Samarco.

A determinação, proferida pelo juiz federal Rodrigo Reiff Botelho na quarta-feira, foi dada a partir de uma ação do Ministério Público Federal (MPF), com base na previsão do Ibama de que os rejeitos devem chegar ao mar nesta sexta-feira.

A cada dia não cumprido da decisão, a empresa será multada em R$ 10 milhões
A cada dia não cumprido da decisão, a empresa será multada em R$ 10 milhões

O Serviço Geológico do Brasil, responsável por monitorar a Bacia do Rio Doce e o avanço da lama procedente da barragem, não confirma a previsão do Ibama. De acordo com o último relatório do órgão, divulgado na noite de quarta-feira, os rejeitos se encontram na altura da cidade de Colatina e devem demorar pelo menos três dias para chegar perto do litoral.

Nas últimas duas semanas, desde o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, uma onda de lama percorre o rio Doce, impedindo a captação de água e prejudicando o ecossistema da região.

O que a Justiça determina

O MPF pediu que a Samarco apresente em 24 horas um plano com medidas de prevenção e contenção da lama, não esquecendo de considerar as particularidades de cada região por onde o rio Doce passa, há cidades com mangues e unidades de conservação, por exemplo.

A ação solicitava ainda que, após a apresentação do plano, a empresa colocasse essas medidas em prática em 24 horas. Ao conceder a liminar, o juiz determinou, porém, que o plano seja executado imediatamente após sua apresentação.

Outro pedido do MPF acolhido pela Justiça foi que a Samarco apresente, em 24 horas, um relatório com todas as medidas já executadas na região. A empresa passa a ser obrigada também a preparar um novo relatório a cada sete dias.

Por último, a ação intima que o Ibama e o Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente do Espírito Santo), assim como os municípios de Anchieta, Fundão, Linhares, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, façam o acompanhamento e a fiscalização das medidas da Samarco na região.

De acordo com a determinação da Justiça, alguns dos impactos ambientais causados pela lama são a ameça a várias espécies de peixes e a contaminação tanto da foz do Rio Doce como de unidades de conservação – Comboios e Santa Cruz, por exemplo.

Multa de R$ 1 bilhão

Na segunda-feira, o Ministério Público de Minas Gerais fechou um acordo com a Samarco para o pagamento de uma multa de R$ 1 bilhão. O valor será destinado à reparação dos danos provocados pelo rompimento da barragem.

Segundo o termo de compromisso firmado com o MPF, a mineradora, que é subsidiária da Vale em parceria com a anglo-australiana BHP, terá de apresentar laudos mensais que comprovem o uso exclusivo do chamado “caução socioambiental” para medidas de prevenção, reparação e compensação de danos.

Os gastos serão auditados por uma empresa independente escolhida pela promotoria.

Situação de emergência

Na terça-feira, o governo de Minas Gerais decretou situação de emergência na área da Bacia do Rio Doce afetada pelo rompimento da barragem. A medida vai vigorar durante 180 dias, afetando 202 cidades do Estado.

Na situação de emergência, os municípios podem, por exemplo, realizar compras sem licitação. A determinação também facilita o deslocamento de bombeiros, policiais militares e funcionários da defesa civil para regiões afetadas, segundo informou o governo mineiro.

Nesta semana, a Samarco ainda reconheceu que duas barragens que fazem parte do complexo, a de Germano e de Santarém, correm o risco de romper.

Para aumentar a resistência dessas barragens, que tiveram sua estrutura abalada no dia 5, a empresa usa blocos de rocha retirados da própria mina para fazer um reforço de aterro das estruturas.

Até agora, segundo especialistas ouvidos pela agência alemã de notícias DW , a dimensão do impacto ambiental provocado pelo colapso do Fundão ainda é desconhecida.



Brasil não está preparado para evitar ataque terrorista

Novembre 19, 2015 10:49, by Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com Reuters – do Rio de Janeiro:

Especialistas em segurança afirmaram que o Brasil ainda não tem o conhecimento e o preparo necessários para impedir que os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro sejam alvo de ataques como os que ocorreram em Paris, e dependerá da ajuda de países estrangeiros para garantir a proteção do evento.

A facilidade de se conseguir armas no Rio, onde várias favelas são dominadas por traficantes de drogas fortemente armados
A facilidade de se conseguir armas no Rio, onde várias favelas são dominadas por traficantes de drogas fortemente armados

As preocupações com a possibilidade de um ataque nos Jogos do Rio cresceram desde que militantes do Estado Islâmico reivindicaram a autoria de ações coordenadas que deixaram 129 mortos em Paris na semana passada e tiveram como um dos alvos a área do estádio onde a seleção francesa disputava um amistoso com a Alemanha.

A facilidade de se conseguir armas no Rio, onde várias favelas são dominadas por traficantes de drogas fortemente armados, a falta de uma rede de inteligência no país capaz de interceptar planos de ataques de militantes e o despreparo dos estádios para a eventualidade de uma bomba são os principais problemas enfrentados pelas autoridades, segundo especialistas ouvidos pela agência inglesa de notícias Reuters.

– O Brasil mais que engatinha nessa área de prevenção ao terrorismo, na verdade se arrasta – disse o professor e especialista em segurança da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fernando Brancoli. “O Brasil não tem condições de rastrear no campo internacional ou saber se dinheiro está vindo para cá para financiar atentados. Terá que contar com ajuda de quem sabe fazer. Não tem jeito.”

A segurança sempre foi uma das maiores preocupações do Comitê Olímpico Internacional em relação aos Jogos do Rio, mas não relacionada diretamente ao terrorismo. A cidade foi escolhida em 2009 como sede dos Jogos em parte por ter convencido os dirigente do COI da eficácia do programa de ocupação de favelas pela polícia, as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que reduziram os índices de criminalidade.

Representantes de governos estrangeiros demonstraram preocupação com a segurança durante os Jogos, uma vez que não veem as autoridades do país levando a sério a ameaça de um ataque terrorista.

Diplomatas em Brasília ficaram surpresos na segunda-feira quando, três dias depois dos ataques a Paris, a presidente Dilma Rousseff minimizou a possibilidade de um ataque no Brasil em entrevista durante o G20, na Turquia, ao dizer que o país está “muito longe dos locais onde esse processo está se dando”.

– O Brasil está colocando a cabeça no buraco como um avestruz – disse um diplomata europeu ligado a questões de segurança.

As autoridades públicas e os organizadores dos Jogos sempre exaltaram o fato de o Brasil não ter enfrentado nenhum caso de violência em grandes eventos, inclusive na Copa do Mundo do ano passado, mas a nova ameaça representada pelo Estado Islâmico deve levar a uma revisão do planejamento de segurança.

– Há um aumento natural e justificável da preocupação e esse assunto entrou na prioridade – disse uma fonte próxima à organização das Olimpíadas do Rio. “Desde os lamentáveis ataques, o governo (federal) começou a revisitar os planos de segurança com muita força.”

Há ainda a expectativa para que o Congresso aprove um projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo e estabelece pena de até 24 anos de prisão em regime fechado.

O projeto, no entanto, é alvo de polêmica devido a um dispositivo aprovado pela Câmara para garantir que movimentos sociais não possam ser enquadrados na nova lei, mas que foi retirado da proposta aprovada no Senado.

Cooperação internacional

Os Jogos Olímpicos já foram alvo de ataques no passado.

Em 1972, 11 membros da delegação israelense e um policial alemão foram mortos por integrantes do grupo palestino Setembro Negro nas Olimpíadas de Munique.

Nos Jogos de 1996 em Atlanta (EUA), uma pessoa morreu e outra sofreu um ataque cardíaco fatal devido à explosão de uma bomba no Parque Olímpico Centennial. Mais de 100 pessoas ficaram feridas.

O governo brasileiro, que vem trabalhando em colaboração com outros países na área de segurança desde a preparação para o Mundial de 2014, deve intensificar essa coordenação. Autoridades brasileiras e internacionais vão se reunir na próxima semana em Brasília para discutir o enfrentamento ao terrorismo.

– O Brasil se vê obrigado depois do que aconteceu em Paris a aumentar a cooperação com agências internacionais. Sozinho não tem como dar conta, e países como Estados Unidos, Rússia e Israel já têm tradição de mandar agentes a grandes eventos para garantir a integridade de seus atletas, e isso vai aumentar ainda mais – disse o professor Brancoli, da FGV.

Segundo Brancoli, as grandes potências não vão deixar a segurança dos Jogos a cargo apenas do Brasil. “Seria uma temeridade para os dois lados”, avaliou.

O esquema de segurança dos Jogos de 2016 contará com um Centro Integrado Antiterrorismo, que irá funcionar em Brasília e terá a participação de profissionais de outros países especializados na prevenção e combate a ações de terror.

No total serão empregados cerca de 85 mil homens na proteção dos Jogos, mais que o dobro dos 40 mil estimados em Londres-2012.

O valor total de investimento ainda não foi apresentado. Até o momento, o custo divulgado é de R$ 930 milhões, sendo R$ 350 milhões do Ministério da Justiça e R$ 580 milhões por parte do Ministério da Defesa. Há ainda recursos investidos em equipamentos para a Copa de 2014 que também serão utilizados nos Jogos.

Um dos problemas apontados por estudiosos no caso de um atentado nas Olimpíadas é a falta de planejamento dos estádios para a eventualidade de uma bomba.

Apesar de obras recentes, o Estádio Olímpico e o Maracanã não têm saídas e escapes considerados ideais para casos de atentados, além de carecerem de mais câmeras de segurança, detectores de metal e até mesmo de proteção antiaérea nos arredores.

– A arquitetura dos nossos estádios em muitos casos não ajuda, porque não tem um número de saídas radialmente distribuídas para se fazer uma evasão rápida em caso de uma ameaça terrorista – disse o professor Moacyr Duarte, especialista em gerenciamento de riscos e planejamento de emergências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Como exemplo, Duarte cita as escadas em espiral de ambos os estádios, que obrigam os torcedores a andarem ao menos 150 metros sem conseguirem se afastar do local da ameaça. “Nunca houve uma preocupação com a taxa de afastamento, o número de metros que você anda no terreno para se afastar do perigo. Isso sem dúvida é um problema.”

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, cujo ministério está encarregado da segurança dos Jogos por meio da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, garantiu nesta semana que o “êxito da segurança pública” da Copa se repetirá nas Olimpíadas.

Oficialmente, a secretaria não confirma que o esquema de segurança para os Jogos será reforçado após os atentados em Paris, mas uma fonte do órgão disse que “ajustes” em grandes eventos como uma Olimpíada são normais.

– Depois do que aconteceu, é óbvio que ajustes serão feitos, só que ainda estão em discussão – afirmou.

 

 

 

 



Acampamento da ultradireita é visado após atos de violência

Novembre 18, 2015 19:09, by Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação – de Brasília

Presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) poderá determinar, nas próximas horas, a expulsão dos integrantes de movimentos extremistas de ultradireita que, na tarde desta terça-feira, abriram fogo contra a Marcha das Mulheres Negras. O tiro foi disparado por um policial militar, travestido de manifestante. Uma rápida ação da Polícia Militar do Distrito Federal e da Polícia Federal promoveu uma revista no acampamento e encontrou armas brancas; além de material de cunho fascista e pela disseminação do ódio racial. O acampamento é mantido com apoio do Movimento Brasil Livre (MBL), que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a intervenção militar no país.

Suspeito de atirar contra o movimento das mulheres é preso e teve a arma apreendida
Suspeito de atirar contra o movimento das mulheres é preso e teve a arma apreendida
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Renan Calheiros tomou a decisão de determinar que os suspeitos sejam investigados, após a agressão à passeata das mulheres, porque os golpistas lançaram bombas de fabricação caseira, de teor letal, contra integrantes do movimento negro que protestavam contra o racismo nas proximidades do acampamento. A confusão teve início quando a a Marcha das Mulheres Negras 2015 passou em frente ao acampamento do MBL e de outros grupos ligados ao fascismo e à extrema direita. Ativistas do movimento negro dizem ter sido provocadas por membros do MBL, com a participação de policiais que se encontravam no local, com atitudes e palavras racistas.

Durante o conflito, os deputados s João Daniel (PT-SE), Paulo Pimenta (PT-RS) e Edmilson Rodrigues (Psol-PA), que tentavam separar a contenda, foram atingidos por gás de pimenta lançados por policiais. Duas pessoas foram presas por porte ilegal de armas após os tiros disparados. O acampamento gerou uma série de reclamações por parte dos parlamentares no plenário da Câmara. Situação levou o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros a afirmar que não deu autorização para que os membros do MBL montassem o acampamento no gramado do Congresso.

A assessores, que conversaram com a reportagem do Correio do Brasil, Calheiros determinou que todas as providências sejam tomadas para a desmobilização do acampamento, caso comprovados os atos de violência de integrantes de ultradireita. Desde 2001, estão proibidas quaisquer tipo de construção  na área do gramado do Congresso. Acampamento, porém, foi autorizado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no final de outubro.

— Nós não concordamos com a ocupação — afirmou Renan Calheiros. Ele informou que irá procurar Cunha mais uma vez para decidir de forma conjunta a desocupação do espaço.



Embrapa faz análise do solo em Mariana

Novembre 18, 2015 12:33, by Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com ABr – de Brasília:

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais pediu à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a recuperação dos solos agricultáveis da região de Mariana, onde as barragens Fundão e Santarém, de responsabilidade da empresa Samarco – controlada pela Vale e a BHP Billiton no distrito de Bento Rodrigues , se romperam no dia 5 deste mês.

Uma equipe de pesquisadores da Embrapa Solos e Embrapa Agrobiologia chegou nesta quarta-feira ao local para fazer a análise do solo. Segundo o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Solos, José Carlos Polidoro, a equipe permanecerá até o fim da semana para elaborar um diagnóstico do impacto do desastre.

Uma equipe de pesquisadores da Embrapa Solos e Embrapa Agrobiologia chegou nesta quarta-feira ao local para fazer a análise
Uma equipe de pesquisadores da Embrapa Solos e Embrapa Agrobiologia chegou nesta quarta-feira ao local para fazer a análise

– Nossos cientistas ficarão até a sexta-feira. Será feito um diagnóstico do grau do impacto sobre a agropecuária local e, com dados técnicos e socioeconômicos, traçado um plano estratégico de recuperação – comentou.

No dia 12 de novembro, Polidoro se reuniu com o secretário de Agricultura do estado, João Cruz Reis Filho, em Belo Horizonte, para elaborar a estratégia de recuperação.

Além da Embrapa, farão parte da força-tarefa a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Epamig) em Minas.

Rejeitos avançam

A equipe do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) registrou a chegada, em Baixo Guandu, no Espírito Santo, dos rejeitos da barragem do Fundão que se rompeu em Mariana (MG). Os rejeitos passaram pela barragem da Usina Hidrelétrica de Mascarenhas. A previsão é que o deslocamento até o município de Colatina, no Espírito Santo, seja de aproximadamente um dia. O município suspendeu o fornecimento de água na região.

Depois de passar por Colatina, na noite de terça-feira, houve uma mudança na descida até Linhares (ES), o que deverá reduzir a velocidade do escoamento, informou a CPRM. Com isso, a previsão é de maior deposição dos rejeitos, aumentando o tempo de chegada a Linhares.

O serviço geológico informou que está monitorando em tempo real, por meio de estações instaladas na calha do Rio Doce, a movimentação dos rejeitos após o rompimento das barragens Santarém e Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana, na região central de Minas Gerais.

Segundo a equipe, o avanço dos rejeitos não causará enchentes nos municípios localizados às margens do Rio Doce. Nos próximos dias, podem ocorrer mudanças na previsão, em decorrência da deposição de sedimentos no reservatório e das chuvas previstas para a região.

Samarco

Representantes da Samarco, mineradora responsável pela barragem que se rompeu em Mariana (MG) no dia 5, disseram na terça-feira que há riscos de rompimento das represas de Santarém e de Germano, que ficam próximas à primeira. Eles afirmaram ainda que a de Santarém não se rompeu, diferentemente do que a empresa informou.

– Tem o risco e nós, para aumentarmos o fator de segurança e reduzirmos o risco, estamos fazendo as ações emergenciais necessárias – disse o gerente-geral de Projetos Estruturais da Samarco, Germano Lopes.

– O monitoramento dessas barragens está sendo feito de forma online. Todos os dias os fatores de seguranças são reportados. A gente não percebeu ainda nenhuma movimentação nessas barragens. Existe uma plano de ação montado (caso haja rompimento da barragem), completou o diretor de Operações e Infraestrutura da empresa, Kléber Terra.

Segundo Terra, o fator de segurança na barragem de Santarém é 1,37. Na de Germano, o dique Celinha, uma das estruturas, tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo. Esse índice vai de 0 a 2. O nível mínimo de segurança recomendado por lei é 1,5.

De acordo com os técnicos, estão sendo feitas obras emergenciais nas duas barragens, com a colocação de blocos de rocha de cima para baixo para reforçar a estrutura. Nesta semana, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou imagens feitas por drones da corporação que mostram uma rachadura na barragem de Germano.

– Nós estamos com aproximadamente 90 dias para transportar todo o material lá pra baixo, fazermos o preenchimento da erosão na margem direita, nivelamento da crista da barragem, de forma a aumentar o nível de segurança da estrutura e permitir o tratamento da água dentro do reservatório de Santarém – disse o engenheiro e geotécnico da empresa José Bernado.

Nesta terça-feira, os representantes da empresa explicaram que a única barragem que se rompeu foi a de Fundão, diferentemente do que a própria Samarco informava desde o dia da tragédia. A empresa dizia que, além de Fundão, Santarém havia rompido. Segundo os técnicos, 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos desceram, erodindo Santarém.

Para o Kléber Terra, “não é o caso de pedir desculpas” à população pela tragédia. “Nós somos profissionais orgulhosos dessa empresa. Não acho que seja o caso de pedir desculpas. É o caso de verificar claramente o que aconteceu. Nós somos parte de um processo que foi muito sofrido para tudo mundo”, afirmou o diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco. Ele disse ainda que “não está poupando recursos” para investigar as causas do rompimento.

O rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, que tem como acionistas a Vale e a BHP Billiton, criou uma onda de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. A lama atingiu outros municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo e chegou ao Rio Doce, causando a morte de animais e prejudicando o abastecimento de água. Doze pessoas permanecem desaparecidas. Sete mortos foram identificados e quatro corpos aguardam identificação.



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