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Brasil

29 de Novembro de 2015, 12:12 , por Blogoosfero - | No one following this article yet.

Índios protestam no Congresso Nacional

16 de Dezembro de 2015, 12:33, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

 

O texto, visto pelos diversos povos tradicionais brasileiros e ativistas como uma ameaça aos direitos indígenas, está pronto para votação no plenário da Casa

Por Redação, com ABr – de Brasília/São Paulo:

Índios de cerca de 105 etnias ocupam, nesta terça-feira, as cúpulas da Câmara e do Senado, no prédio do Congresso Nacional. A Polícia Legislativa acompanha a ocupação e não está impedindo a permanência dos índios no local. No entanto, o grupo não tem permissão para entrar na Câmara ou no Senado.

Os índios pedem um encontro com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir a pauta indígena. “Estamos fazendo mais protesto contra a PEC 215 e contra todas a propostas que ferem direitos dos povos indígenas. Os políticos têm uma crise institucional e toda vez que eles têm uma crise fica pior para nós. A corrupção é problema deles. Eles querem atribuir a nós, retirando direitos, não fazendo demarcação de terras, mas essa crise não saiu das nossas aldeias”, criticou o cacique Babau Tupinambá, da etnia Tupinambá (BA).

A PEC 215, que transfere do Executivo para o Legislativo a palavra final sobre a demarcação de terras indígenas, foi aprovada em outubro pela Comissão Especial de Demarcação de Terras Indígenas da Câmara dos Deputados. O texto, visto pelos diversos povos tradicionais brasileiros e ativistas como uma ameaça aos direitos indígenas, está pronto para votação no plenário da Casa.

Os índos ficam em Brasília até quinta-feira para participar da I Conferência Nacional de Política Indigenista. Até o fechamento desta reportagem não havia previsão de encontro com lideranças indígenas nas agendas de Renan ou Cunha.

Indígenas protestam no Congresso Nacional, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que altera a demarcação de terras indígenas
Indígenas protestam no Congresso Nacional, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que altera a demarcação de terras indígenas

Protesto

Funcionários de empresas de ônibus em Sorocaba, no interior de São Paulo, fazem uma manifestação que interrompe a circulação dos coletivos na cidade. Eles reivindicam mais segurança no transporte público, a manutenção da função de cobrador e protestam contra a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

O ato, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sorocaba e Região, começou à meia-noite e estava previsto para terminar nesta quarta-feira. Entre os terminais municipais afetados, o principal foi o Santo Antônio, no centro, por onde passam 60 linhas de ônibus.

A prefeitura informou, em nota, que “acompanhará as consequências da manifestação, visando a minimizar os efeitos da falta de transporte coletivo na cidade”.



PF dá início a nova fase da Operação Acrônimo

16 de Dezembro de 2015, 11:16, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

As investigações da Operação Acrônimo começaram em outubro de 2014

Por Redação, com ABr – de Brasília:

A Polícia Federal (PF) deu início, nesta quarta-feira, a uma nova fase da Operação Acrônimo no Distrito Federal e em São Paulo. A PF informou que as ações ocorrem sob sigilo e que, por “determinações superiores”, não poderá fazer qualquer comentário sobre elas nas próximas 24 horas.

PF
Em 2014, a PF disse que tinha como foco o combate a uma “organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro e desvios de recursos públicos”

As investigações da Operação Acrônimo começaram em outubro de 2014, quando agentes federais apreenderam R$ 113 mil em um avião que chegava ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. Na época, a PF informou que tinha como foco o combate a uma “organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro e desvios de recursos públicos”.

Ainda segundo a PF, entre os presos estava Benedito de Oliveira Neto, conhecido como Bené e dono da Gráfica Brasil. Naquele ano, ele atuou na campanha do então candidato e atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que negou ser “objeto de investigação no processo”. O delegado Dennis Kali, então responsável pela operação, confirmou que o governador petista não era mesmo alvo da investigação.



PMDB é alvo da PF na devassa a Cunha e a líderes do partido

15 de Dezembro de 2015, 13:40, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

No PMDB, o ex-ministro de Minas e Energia e atual senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) também são alvo da operação

Por Redação – de Brasília e Rio de Janeiro

A Polícia Federal realizou ação nesta terça-feira para cumprir mandados de busca e apreensão em residências do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e contra dois ministros e outros políticos do PMDB, como parte de uma nova etapa da operação Lava Jato.

As buscas da PF aos endereços do deputado Eduardo Cunha visaram 'proteger provas'
As buscas da PF aos endereços do deputado Eduardo Cunha visaram ‘proteger provas’

Carros e agentes da PF cercaram tanto a residência oficial de Cunha em Brasília como na casa do deputado na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e no escritório que mantém, no Centro do Rio, no início desta manhã. O deputado estava em sua casa na capital federal, ao lado da mulher, a jornalista Cláudia Cruz, durante a ação policial.

Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, responsável pelas ações decorrentes da Lava Jato na corte, contra nove políticos com prerrogativa de foro no STF investigados na operação, além do diretório estadual do PMDB de Alagoas, Estado do presidente do Senado, o também peemedebista Renan Calheiros.

“As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos”, afirmou a PF, em nota. Foram expedidos no total 53 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte.

A operação deflagrada pela PF nesta terça-feira também teve como alvo, além do presidente da Câmara, os ministros da Ciência e Tecnologia Celso Pansera, eleito deputado pelo PMDB do Rio de Janeiro, e do Turismo, Henrique Eduardo Alves, eleito deputado pelo PMDB do Rio Grande do Norte, segundo uma fonte do STF.

O ex-ministro de Minas e Energia e atual senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) também são alvo da operação.

Policiais federais também estiveram na Câmara dos Deputados como parte da operação

A Procuradoria-Geral da República informou que não pode confirmar os nomes dos nove investigados porque a operação continua em andamento. Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal por suspeita de participação em irregularidades investigadas pela operação Lava Jato, que apura um esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras.

Segundo a denúncia apresentado pelo MPF ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha recebeu 5 milhões de dólares de propina como parte do esquema de corrupção para facilitar e viabilizar a contratação de um estaleiro pela Petrobras. O deputado nega as irregularidades.

Além da denúncia de envolvimento na Lava Jato, Cunha é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara que pode resultar na cassação de seu mandato. Ele é acusado de mentir ao negar na CPI da Petrobras possuir contas bancárias no exterior e, depois disso, documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontaram a existência de contas em nome do deputado e de familiares no país europeu.

O advogado Marcelo Nobre, que representa o deputado, afirmou em sessão do Conselho de Ética destinada a analisar o caso de Cunha nesta terça que a ação da PF na residência do deputado reforça a tese da defesa de que não existem provas contra o parlamentar.

— Busca e apreensão é para a busca de provas. Não existe prova — disse Nobre.

Estava prevista para esta terça a análise do parecer do novo relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), após diversos adiamentos e a troca do relator anterior, Fausto Pinato (PRB-SP), que havia apresentado parecer favorável ao andamento do processo contra Cunha.

A ministra Rosa Weber, do STF, negou liminar por meio da qual o PRB, Pinato e outros dois integrantes do conselho pediam o retorno de Pinato à função de relator.

PMDB na berlinda

O envolvimento de Cunha, ministros e parlamentares na operação da PF colocou o PMDB na berlinda. Embora não seja alvo direto de um mandado de busca, o presidente do Senado também é objeto desta operação. Um dos inquéritos investigados nesta fase é o dele. A operação atinge pessoas com foro privilegiado ou ligadas a eles.

Em julho, depois de a Polícia Federal realizar ações de busca e apreensão na residência de três senadores investigados na Lava Jato, Cunha fez uma provocação ao dizer que a corporação pode ir à sua casa “a hora que quiser”.

Questionado sobre o que pensava da ação da PF e se temia que sua casa fosse alvo de uma das operações, Cunha respondeu:

— Eu não sei o que eles querem comigo, mas a porta da minha casa está aberta. Vão a hora que quiser. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar.

Um chaveiro foi chamado na residência do deputado, acompanhado pela servidora que é responsável pela administração da Câmara. O local permanece isolado por três viaturas da Polícia Federal. Servidores que trabalham na residência foram impedidos de entrar. Moradores da região passam no local para fotografar a ação.

Segundo a PF, as buscas ocorrem em endereços funcionais de investigados, sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos com o objetivo de “evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados”.

Segundo comentários nas redes sociais, a decisão da PF de, supostamente, proteger provas contra Cunha, chegou atrasada:

“Polícia Federal faz busca nas casas do Eduardo Cunha na Barra da Tijuca e em Brasília. Só agora? São capazes de encontrar uma lista de compras de supermercado. Tô achando que a frota de viaturas da PF tinha à frente o Rubinho Barrichello”, comentou um internauta, em uma rede social.



SP: incêndio é controlado e PM termina reintegração de posse

15 de Dezembro de 2015, 13:36, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Por Redação, com ABr – de São Paulo:

Terminou por volta das 11h10 a ação de reintegração de posse de um terreno na Rua Achonci, no bairro Aricanduva, ocupado por cerca de 60 famílias. A ação teve início por volta das 6h e, em reação à medida, alguns moradores colocaram fogo nos barracos. As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros. O imóvel pertence à Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP). As informações são da Polícia Militar.

A companhia informou que pediu à Justiça a reintegração de posse da área que fica embaixo da projeção dos cabos de uma linha de transmissão de 345 kV (kilovolts). Segundo a CTEEP, construções nessas áreas de segurança são ilegais e desrespeitam a NBR 5422 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

– A preservação dessas faixas tem o objetivo de garantir a segurança da população, evitar acidentes e prevenir eventuais problemas na prestação do serviço público de transmissão de energia – declarou em nota a companhia.

As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros
As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros

Alto Tietê

O Ministério Público de São Paulo (MP) ajuizou ação de improbidade administrativa contra nove pessoas por irregularidades no processo de renovação da outorga do Sistema do Alto Tietê. São alvo da ação seis funcionários do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (Daee) e três funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Sabesp).

Segundo a promotoria, os acusados sabiam que os reservatórios não tinham condições de suportar a captação de 15 metros cúbicos por segundo (m³/s), autorizada pelos técnicos. Na avaliação do Ministério Público, o volume de retirada de água, agravado pela forte estiagem, fizeram com que o volume armazenado nos cinco reservatórios que compõem o sistema se reduzisse de forma drástica.

O Alto Tietê é responsável pelo abastecimento de água de cerca de 3,3 milhões de pessoas na zona leste da capital paulista e em outros municípios da região metropolitana, como  Arujá, Itaquequecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Mauá e Mogi das Cruzes.

Faltou ainda, de acordo com a promotoria, apreciação da manifestação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, órgão de gestão participativa dos recursos hídricos da região. O MP sustenta que esse problema “fulmina todo o processo de renovação da outorga do Spat [Sistema Produtor do Alto Tietê] de nulidade por afronta ao princípio da publicidade”.

O Daee defendeu, em nota, a ampliação da captação no Alto Tietê. Segundo o órgão, os procedimentos seguiram todos os trâmites legais. “A autorização, por óbvio, foi baseada em estudos técnicos de hidrologia, afluência, entre outros indicadores do setor, como é o padrão do Daee. Esses estudos comprovam que, em regimes hidrológicos normais, a produção máxima de 15 m3/s é totalmente compatível com a capacidade do sistema Alto Tietê”, acrescenta o comunicado.

O departamento informou que ainda não recebeu oficialmente comunicado sobre a ação proposta pelo Ministério Público.

 



SP: diminuição de velocidade levará à redução de 250 mortes, diz secretário

15 de Dezembro de 2015, 11:51, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Entre as mudanças implementadas estão a redução dos limites de velocidade, o aumento da fiscalização, o espaço especial para motociclistas durante as paradas em semáforos

Por Redação, com ABr – de São Paulo:

O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, disse nesta terça-feira que medidas de mobilidade adotadas na capital paulista, como as reduções de velocidade nas marginais, terão um custo político. “Mas que vale a pena, porque só este ano a cidade de São Paulo vai ganhar 250 vidas”, afirmou. Ele participou do seminário Impactos da Implantação de Velocidades Seguras em Cidades, promovido pela WRI Brasil, com apoio da Rede Nossa São Paulo.

Segundo Tatto, a implementação das medidas levará à redução de 250 mortes no trânsito este ano. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), no ano passado, 1.249 pessoas morreram por causa de acidentes de trânsito no município. Além disso, a redução de lesões no trânsito libera 60 leitos hospitalares por dia no Sistema Único de Sáude (SUS). “A partir desse dado, começamos a tomar medidas que não estão sendo fáceis, porque o usuário do carro, entre a sua segurança e a velocidade, uma boa parte prefere a velocidade. Tem um problema profundo cultural, que temos que mudar. Há grupos organizados na cidade que não deixam a mudança acontecer”, disse ele.

Segundo Tatto, a implementação das medidas levará à redução de 250 mortes no trânsito este ano
Segundo Tatto, a implementação das medidas levará à redução de 250 mortes no trânsito este ano

Entre as mudanças implementadas estão a redução dos limites de velocidade, o aumento da fiscalização, o espaço especial para motociclistas durante as paradas em semáforos, a sinalização para pedestre, as ciclovias, as faixas exclusivas de ônibus e redução da velocidade dos coletivos. Nas pistas expressas das marginais Pinheiros e Tietê, desde o dia 20 de junho, a velocidade máxima caiu de 90 quilômetros por hora (km/h) para 70 km/h e, nas pistas locais, a redução passou de 70 km/h para 50 km/h.

Outros países

Segundo a coordenadora de projetos de Saúde e Segurança viária do WRI Brasil, Marta Obelheiro, o país registra 116 mortes no trânsito por dias. “No trânsito, isso acontece todos os dias, mas as pessoas ainda não despertaram e isso não gera a comoção que deveria. É como se fosse a queda de um avião por dia.”

Por isso, de acordo com Marta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a velocidade máxima de 50 quilômetros por hora (km/h) em vias urbanas. Cidades como Tóquio, Londres, Nova York, Paris e Chicago já adotam há anos essa velocidade máxima. No caso da França, que promoveu a mudança na década de 90, foram evitadas 580 mortes em dois anos. Recentemente, Paris iniciou a discussão e reduziu ainda mais a velocidade, de 50 km/h para 30 km/h. “Em alta velocidade, a pessoa tem menos tempo de reagir e evitar a colisão”, explicou.

O consultor da OMS Roberto Victor Pavarino Filho cita também o exemplo de países como a Suécia, que desde a década de 90 optou por priorizar a vida com vias mais seguras aos pedestres. No Brasil, o grande problema, para o consultor, é a falta de entendimento da população. “Há que não entenda, mas há também quem não queira (a redução de velocidade)”, disse. “Os fundamentos (das medidas de mobilidade) são técnicos, mas a decisão é política, no termo mais grego, de administração da polis”, acrescentou.



Lava Jato: Polícia Federal faz busca em residência de Cunha

15 de Dezembro de 2015, 10:48, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal por suspeita de participação em irregularidades investigadas pela Lava Jato

Por Redação, com Reuters – de Brasília:

A Polícia Federal realizou operação nesta terça-feira para cumprir mandados de busca e apreensão em residências do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e contra dois ministros e outros políticos como parte de uma nova etapa da operação Lava Jato.

Imagens de TV mostraram carros e agentes da PF tanto na residência oficial de Cunha em Brasília como na casa do deputado na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A assessoria de comunicação do deputado confirmou que ele estava em sua casa na capital federal durante a ação policial.

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha

Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, responsável pelas ações decorrentes da Lava Jato na corte, com relação a sete processos instaurados a partir das investigações, de acordo com nota da Polícia Federal.

– As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos – afirmou a PF. Foram expedidos no total 53 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte.

A operação deflagrada pela PF nesta terça-feira também teria como alvo, além do presidente da Câmara, os ministros da Ciência e Tecnologia Celso Pansera, eleito deputado pelo PMDB do Rio de Janeiro, e do Turismo, Henrique Eduardo Alves, eleito deputado pelo PMDB do Rio Grande do Norte, segundo uma fonte do STF.

O ex-ministro de Minas e Energia e atual senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) também seriam alvo da operação da PF, segundo reportagens. A PF também realiza busca e apreensão na Câmara dos Deputados.

Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal por suspeita de participação em irregularidades investigadas pela operação Lava Jato, que apura um esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras.

Segundo a denúncia apresentado pelo MPF ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina como parte do esquema de corrupção para facilitar e viabilizar a contratação de um estaleiro pela Petrobras. O deputado nega as irregularidades.

Além da denúncia de envolvimento na Lava Jato, Cunha é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara que pode resultar na cassação de seu mandato. Ele é acusado de mentir ao negar na CPI da Petrobras possuir contas bancárias no exterior e, depois disso, documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontaram a existência de contas em nome do deputado e de familiares no país europeu.

Está prevista para esta terça-feira a leitura do parecer do novo relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), após diversos adiamentos e a troca do relator anterior, Fausto Pinato (PRB-SP), que havia apresentado parecer favorável ao andamento do processo contra Cunha.

A ministra Rosa Weber, do STF, negou liminar por meio da qual o PRB, Pinato e outros dois integrantes do conselho pediam o retorno de Pinato à função de relator.

 

 



Brasil apresenta melhora no IDH em 2014

14 de Dezembro de 2015, 13:51, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento constata melhora do país no Índice de Desenvolvimento Humano

Por Redação, com DW – de Brasília:

O Brasil apresentou melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), subindo de 0,752 em 2013 para 0,755 em 2014, dados divulgados nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Apesar do aumento, o Brasil caiu uma posição no ranking mundial, passando a ocupar o 75º lugar entre 188 países. A queda de posição no Relatório de Desenvolvimento Humano 2015 se deve ao crescimento acelerado do Sri Lanka no último ano.

– Apesar de o Brasil ter crescido no IDH, outro país cresceu em ritmo um pouco mais acelerado que o nosso. A isso se deve nossa queda – observou a coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional, Andréa Bolzon.

O primeiro lugar no ranking mundial é da Noruega, seguido por Austrália e Suíça. Em último lugar está o Niger. Na 75° posição, o Brasil fica atrás de países latino-americanos como a Argentina (40°), Chile (42°), Uruguai (52°), Cuba (67°) e a Venezuela (71°).

Os indicadores que representam avanços sociais, como a expectativa de vida ao nascer, que aumentou de 74,2 anos em 2013 para 74,5 em 2014, e a média de anos de estudo, que passou de 7,4 para 7,7 nesse período.

De 1990 a 2014, o Brasil apresentou crescimento constante no IDH (24,2%), o maior no período entre os países da América do Sul
De 1990 a 2014, o Brasil apresentou crescimento constante no IDH (24,2%), o maior no período entre os países da América do Sul

Houve queda na Renda Nacional Bruta (RNB) per capita de 2014 (15.288 dólares), em relação a 2013 (15.175 dólares). A RNB não sofria retração desde 1990.

– O relatório mostrou que, do ponto de vista da renda per capita, houve pequena retração, e é claro que isso afeta também nosso índice de desenvolvimento humano – observou a coordenadora do Pnud. Ela apontou ainda que a queda no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderá ter impacto negativo no IDH, já que um dos indicadores, a renda, está relacionada ao PIB.

De 1990 a 2014, o Brasil apresentou crescimento constante no IDH (24,2%), o maior no período entre os países da América do Sul. No ranking mundial, de 2009 a 2014, o país chegou a avançar três posições.

Andréa Bolzon aponta que as políticas públicas brasileiras têm responsabilidade direta sobre esses avanços. “O relatório reconhece os programas de proteção social e de transferência de renda como importantes para aumentar o desenvolvimento humano. O desenvolvimento dos países tem acidentes de percurso e, se você tem uma rede de proteção social forte, obviamente as coisas ficam mais seguras para todo mundo”, afirmou.

Investimentos em infraestrutura

O relatório do Pnud, intitulado O Trabalho como Motor do Desenvolvimento Humano, analisa dados de 188 países e sugere estratégias para criar oportunidades e assegurar o bem-estar dos trabalhadores.

De acordo com o documento, no Brasil, US$ 65 bilhões (cerca de 3,5% do PIB) foram destinados ao setor privado para a construção de 7 mil quilômetros de rodovias, ferrovias e portos, entre outras infraestruturas, sendo este um investimento capaz de criar postos de trabalho que vão “agir sobre a pobreza e a desigualdade”.

O relatório indica ainda que o Brasil, que integra o grupo dos países com elevado desenvolvimento humano, tem ainda um longo caminho a percorrer. O país poderia cair 20 posições no ranking se, em lugar do IDH normal, tivesse sido aplicado o “IDH ajustado”, indicador que leva em conta as discrepâncias em termos de rendimentos, educação e expectativa de vida.

O IDH mede o desenvolvimento humano por meio de três componentes: a expectativa de vida, educação e renda.



MS: Enchente deixa municípios em estado de emergência

14 de Dezembro de 2015, 10:47, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

De acordo com a Defesa Civil do Estado, 14 municípios em situação de emergência foram reconhecidos pelo governo estadual

Por Redação, com ABr – de Brasília:

Com a enchente que atingiu Fátima do Sul, município próximo a Campo Grande, subiu para 20 o número de municípios de Mato Grosso do Sul que decretaram situação de emergência por causa dos estragos provocados pela chuva das últimas semanas. A chuva atinge a região desde o fim de novembro.

Segundo a Defesa Civil do Estado, 14 municípios em situação de emergência foram reconhecidos pelo governo estadual. Os demais decretaram emergência sem a intermediação do órgão. A Defesa Civil informa ainda que, até o momento, mais de 40 pontes foram destruídas e 27 rodovias interditadas.

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, anunciou, na semana passada, que o governo federal enviará cerca de 1,7 mil kits de ajuda humanitária para auxiliar as famílias afetadas pela enchente em Mato Grosso do Sul.

Durante reunião com o governador Reinaldo Azambuja e prefeitos das cidades atingidas, Occhi afirmou que o governo apoiará a reconstrução das áreas destruídas e o restabelecimento das estradas.

– Neste primeiro momento, a prioridade é atender à população afetada, com cestas básicas, kitsde limpeza, de higiene pessoal, kits dormitório e colchões. Já colocamos esse material à disposição do Estado, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional – disse Occhi.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há previsão de chuva no nordeste e sul de Mato Grosso do Sul nos próximos dias.

Segundo a Defesa Civil do Estado, 14 municípios em situação de emergência foram reconhecidos pelo governo estadual
Segundo a Defesa Civil do Estado, 14 municípios em situação de emergência foram reconhecidos pelo governo estadual


Rio São Francisco: Arcadis diz estar cooperando em investigação sobre obra

14 de Dezembro de 2015, 10:13, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do rio São Francisco

Por Redação, com Reuters – de Amsterdã:

A companhia de engenharia holandesa Arcadis informou nesta segunda-feira que está fornecendo informações à Polícia Federal na investigação sobre suspeita de superfaturamento nas obras de transposição do rio São Francisco.

A Arcadis não especificou se está entre os alvos da operação deflagrada pela PF na última sexta-feira, que investiga um esquema que teria desviado R$ 200 milhões.

– Também não temos certeza sobre isso – disse o porta-voz da empresa Joost Slooten. A companhia atua no projeto em uma joint venture com a brasileira Concremat.

A PF prendeu quatro pessoas na sexta-feira como parte da investigação, afirmando ter provas de que empresas que trabalham no projeto desviaram verbas para companhias fantasmas. Um dos presos foi o presidente da empreiteira OAS, Elmar Varjão.

Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do rio São Francisco
Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do rio São Francisco

Slooten disse que nenhum funcionário da Arcadis foi detido. A companhia informou em nota que agentes da PF foram aos escritórios da Arcadis no Brasil e na casa de um dos diretores. O porta-voz acrescentou que a polícia pediu e recebeu documentações.

Slooten disse ainda que a companhia vai continuar cooperando com as autoridades brasileiras, e abriu uma investigação interna sobre a situação.

Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do rio São Francisco, no trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados são de R$ 680 milhões, segundo a PF.

Executivos envolvidos no esquema de corrupção fariam parte de um consórcio formado pelas empresas OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa Engenharia, e usavam companhias de fachada em nome do doleiro Alberto Youssef, já condenado pela operação Lava Jato.

 



Impeachment de Dilma é repudiado pela maioria dos brasileiros

13 de Dezembro de 2015, 21:47, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Com a avenida esvaziada, destacava-se o novo mascote do impeachment e do golpismo: um enorme pato inflável que a FIESP levou à Paulista

 

Por Redação – de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo

Fracassaram as manifestações em favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, realizadas neste domingo, dia 13 de Dezembro, data que marca o aniversário do Ato Institucional número 5 (AI-5), sob o qual morreu um número ainda inexato de brasileiros entre assassinatos, torturas e censura absoluta aos meios de comunicação, no período mais violento da ditadura civil-militar instaurada em 1964. Os integrantes da ultradireita, responsáveis pela tentativa de golpe ao mandato constitucional da presidenta da República, falharam na mobilização popular. O fiasco se reproduziu nas principais capitais do país, ao longo do dia, a ponto de as concessionárias públicas de TV — principais mobilizadoras do ato – suspenderem a cobertura ao vivo.

O número de manifestantes em favor do impeachment da presidenta Dilma foi o menor até hoje nas passeatas da ultradireita
O número de manifestantes em favor do impeachment da presidenta Dilma foi o menor até hoje nas passeatas da ultradireita

Na Capital Federal, um dos locais em que houve maior participação das forças da direita, desde as últimas eleições presidenciais, as imagens desta vez mostravam um vazio em frente ao Congresso. O repúdio dos brasileiros à tentativa de golpe por parte dos aliados do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ficou visível nos números das manifestações em todo o país. No início da concentração, na Esplanada dos Ministérios, uma das organizadoras gritava em um microfone:

— Cada um de vocês liga para duas pessoas para vir. Precisa desse clamor para o impeachment. Todo mundo reclama do governo, mas não vem para a rua. Temos poucas pessoas — desesperava-se a manifestante golpista, diante a falta de quórum ao ato.

Centro nervoso do golpismo nacional, São Paulo começa a acordar do pesadelo e a Avenida Paulista ficou esvaziada. Os diários conservadores paulistanos não tiveram como esconder o fracasso e noticiaram que, em comparação com as últimas manifestações, esta foi a menor e aquela que menos empolgou o público. Restou apenas o discurso de um ator pornô como ponto alto da manifestação em favor do impeachment. O líder do Movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores do protesto, Rogério Chequer, tentava justificar a ausência de manifestantes.

— Houve muito pouco tempo de divulgação. É normal que um movimento com menos tempo de divulgação tenha menos gente. Não nos surpreende — alega.

O pato do impeachment

Com a avenida esvaziada, destacava-se o novo mascote do golpismo, um enorme pato inflável que a FIESP levou à avenida, parte de uma campanha pela redução de impostos. Em contraposição à enorme lista de artistas que vêm manifestando apoio à presidenta Dilma Rousseff, um dos poucos “artistas” que compareceram ao protesto em São Paulo foi o ator Alexandre Frota.

Em Belo Horizonte, até as 14h, cerca de 400 pessoas tinham ido às ruas. O senador Aécio Neves, que há mais de um ano comanda a tentativa de golpe, não apareceu. Outro ausente, o senador Antonio Anastasia (PSDB) culpou o calendário pela baixa adesão. “É uma época, a meu juízo pessoal, um pouco adversa a esse tipo de manifestação porque estamos praticamente em período nataliano”, afirmou. No Rio (foto abaixo), poucas pessoas se juntaram à marcha, preferindo continuar na praia.

Em Curitiba, o movimento a favor do impeachment – que na capital paranaense é coordenado pelo governador Beto Richa (PSDB) e seu primo Luiz Abi Antoun – também fracassou (foto abaixo). Os organizadores esperavam um público de milhares de pessoas nas ruas, mas informações preliminares apontam que apenas 300 pessoas estavam concentradas Praça Santos Andrade às 13h40.

Organizada pelo Movimento Brasil Livre, na atividade em Goiânia, pouco mais de 300 pessoas acompanhavam um carro de som na Praça Tamandaré, no Setor Oeste. Na cidade, o MBL é coordenado pelo médico Silvio Fernandes, do DEM, afilhado político do senador Ronaldo Caiado, que também não foi ao protesto mais uma vez.

Já no Recife, enquanto a Polícia Militar falava em pouco mais de 600 pessoas, a organização do movimento garantia que havia 2 mil nas ruas. Em outras cidades do Nordeste e no Norte , os atos a favor do golpe parlamentar foram ainda mais pífios.

As imagens, transmitidas por Globo e GloboNews, confirmavam o fracasso da mobilização golpista. De acordo com o Brasil 247, constrangida, a emissora cancelou sua transmissão ao vivo. O jornal O Estado de S.Paulo chegou a publicar uma foto de manifestação do dia 15 de março, como se fosse deste domingo.



Celulares terão nove dígitos até o fim de 2016

13 de Dezembro de 2015, 18:35, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

O dígito 9 será acrescentado à esquerda dos atuais números. Os números de celulares já têm mais um dígito em 17 estados

Por Redação, com ABr – de Brasília:

Os números de celulares de todo o país terão mais um dígito até o final de 2016. A partir do dia 29 de maio, o nono dígito começa a valer para os telefones das áreas com DDD entre 61 e 69, que inclui os estados do Acre, de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso Sul e Rondônia e do Tocantins, além do Distrito Federal.

A partir do dia 6 de novembro, entram as regiões com DDD entre 41 e 49, ou seja, os estados do Paraná e de Santa Catarina. Na mesma data, o nono dígito começa a valer para as áreas de registro 51, 53, 54 e 55, todas no Rio Grande do Sul. O dígito 9 será acrescentado à esquerda dos atuais números.

celulares
A implantação do nono dígito nos celulares teve início pelo DDD 11 (São Paulo), em 2012

Após a data de implantação do nono dígito, as ligações marcadas com oito números ainda serão completadas por um tempo determinado, para adaptação das redes e dos usuários. Gradualmente haverá interceptações e os usuários receberão mensagens com orientações sobre a nova forma de discagem. Após esse período de transição, as chamadas marcadas com oito dígitos não serão mais completadas.

A implantação do nono dígito começou pelo DDD 11 (São Paulo), em 2012. Os números de celulares já têm mais um dígito em 17 estados. O nono dígito deverá ser acrescentado, no momento da discagem, por todos os usuários de telefone fixo e móvel que liguem para terminais do SMP das Áreas de Registro listadas, independentemente do local de origem da chamada.

As agendas de contatos e equipamentos e sistemas privados, como PABX, terão que ser adaptados pelos usuários – Já existem aplicativos de celular gratuitos para adaptar automaticamente as agendas de celulares, inclusive oferecidos pelas próprias operadoras.

Quem costuma usar aplicativos de smartphones para trocar mensagens ou conversar também deve ficar atento às mudanças na numeração dos telefones. Alguns programas devem fazer a atualização automática, mas outros podem necessitar de alterações manuais. A mudança da numeração não vai alterar o saldo em créditos dos assinantes de telefones pré-pagos, nem a validade dos créditos.

Segundo a Anatel, a inclusão de mais um dígito nos telefones móveis tem como principal objetivo aumentar a disponibilidade de números na telefonia celular.



Frente Brasil Popular contra impeachment mobiliza o país

12 de Dezembro de 2015, 17:21, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

Stedile acrescentou que esta crise do golpe “ajudou a revelar que Padilha, Gilmar Mendes, Cunha e Temer são farinha do mesmo saco”

 

Por Redação, com BdF – de Porto Alegre

Após o lançamento da Frente Brasil Popular, aumenta o apoio ao mandato da presidenta Dilma Rousseff, em todo o país. A mobilização, que se estende já por 48 horas, foi lançada na manhã desta sexta-feira, na capital gaúcha, em uma manifestação que reuniu mais de mil pessoas no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag).

A Frente Brasil Popular nasceu no Rio Grande do Sul e já atinge todo o país
A Frente Brasil Popular nasceu no Rio Grande do Sul e já atinge todo o país

A Frente reúne integrantes de movimentos populares, organizações sindicais e partidos políticos, que discutiram sobre a atual conjuntura política do Brasil, entre outras questões pontuais, como a agenda de ações para o próximo ano e a constituição da Comissão Operativa da FBP no Estado gaúcho.

O economista João Pedro Stedile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), falou sobre a tentativa da direita brasileira e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de instalar o golpe no país contra a democracia e o mandato da presidenta Dilma Rousseff.

Segundo ele, o enfrentamento a este golpismo, protagonizado pelas forças conservadoras, deve estar entre as pautas centrais do povo brasileiro.

— Temos que afinar a viola e enfrentar o impeachment, botar o povo nas ruas — disse.

Um dos líderes da Frente, Stedile acrescentou que esta crise do golpe “ajudou a revelar que Padilha, Gilmar Mendes, Cunha e Temer são farinha do mesmo saco”.

— Todos estão conspirando para derrubar Dilma — ressaltou.

Stedile ainda abordou as quatro crises combatidas pela Frente no país: política, social, ambiental e econômica

Para o dirigente do MST, é preciso ocorrer investimentos na indústria e agricultura brasileira para que se torne possível a retomada do crescimento da economia e do desenvolvimento social; assim como a realização de reformas estruturais, envolvendo moradia, transporte e acesso da juventude à universidade; e profunda reforma política, com o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais.

Neste sentido, evidenciou o papel da participação popular:

— Historicamente, não é um partido, um governo ou a imprensa quem tira um país da crise. Isso acontece quando forças sociais organizadas formam um bloco hegemônico e apresentam um projeto de saída à sociedade para este problema — afirmou Stédile.

Já Miguelina Vecchio, presidenta nacional da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), criticou as alianças partidárias que compõem o atual governo.

– Temos que fazer uma avaliação de com quem a gente anda. Com esse PMDB nós nem precisamos de adversários da ultradireita, porque o centro-esquerda é contra o governo. Parte da bancada peemedebista vota pelo impeachment porque acredita que se Dilma sair é o partido quem assume a presidência – argumentou.

Representando a União Brasileira de Mulheres (UBM), Abgail Pereira, complementou que o povo brasileiro não irá se agachar diante as dificuldades que assolam o Brasil e ressaltou que a crise do impeachment “é de uma burguesia que não admite outro projeto, se não o neoliberal”.

– Temos críticas pontuais a este governo, mas neste momento não se trata de quem é a favor ou crítico. O que nos une é essa clareza de que o nosso país está dividido com democratas e patriotas de um lado, e os golpistas de outro – acrescentou.

Frente em marcha contra o impeachment

No período da tarde a capital gaúcha presenciou uma manifestação contra o impeachment de Dilma. Com a participaçao da FBP, a 20ª Marcha dos Sem, protesto promovido anualmente pela Central dos Movimentos Sociais do Rio Grande do Sul  (CMS), além de ter pautado a defesa de estabilidade institucional, pedia a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o abandono do ajuste fiscal por parte do governo federal.

A marcha  contra o impeachment se iniciou da Rótula das Cuias e teve como destino final o Palácio Piratini. Segundo os organizadores, 8 mil pessoas estavam presentes.



Grávidas de todo o pais temem contaminação por vírus zika

12 de Dezembro de 2015, 16:45, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

O conhecimento em torno das complicações resultantes da infecção pelo vírus zika está sendo construído agora, portanto, tanto as grávidas quanto a população em geral não têm conhecimento exato sobre o que está, realmente, acontecendo

 

Por Redação, com ABr – de Brasília, Recife e Rio de Janeiro

Grávidas como a policial militar pernambucana Monique Cordeiro, de 27 anos, com 11 semanas de gestação, vivem com medo. Ela não sai mais de casa “se não for para trabalhar”, relata. A PM Cordeiro se sente prisioneira dentro de sua própria casa, “porque o medo é muito grande aqui”.

— Abri mão de tudo — lamenta.

O maior temor das grávidas é uma infecção por vírus zika, que causa microcefalia
O maior temor das grávidas é uma infecção por vírus zika, que causa microcefalia

Monique Cordeiro mora no município de Arcoverde, no sertão de Pernambuco, Estado que registra o maior número de casos de microcefalia associado ao vírus zika. Dos mais de 1,7 mil casos suspeitos, cerca de 800 são no Estado.

— Já tive crise de nervos, de achar que estava pintada (com manchas), sem estar. Está sendo muito difícil e a minha cidade tem muita gente doente (com sintomas de zika) — afirmou Monique.

Desde o fim de novembro, quando o Ministério da Saúde confirmou a relação do vírus com o aumento dos casos de malformação congênita, especialmente na Região Nordeste, Monique e grávidas de vários Estados têm encarado uma gestação cheia de temores.

— É meu primeiro filho e já tive um aborto há três anos, por isso é ainda maior a preocupação — afirmou.

Ela lamenta que não esteja aproveitando, como gostaria, a gravidez.

— São muitas notícias erradas, desencontradas, que deixam a gente com dúvidas e em pânico — lamenta.

O uso constante de repelente, de roupas que encobrem todo o corpo das grávidas, a instalação de telas contra mosquitos e a vistoria de criadouros da dengue são algumas das práticas comuns entre as mulheres brasileiras. No Ceará, Estado que registra 40 casos suspeitos de microcefalia associada ao zika, a analista de recursos humanos Fernanda Mendes, 34 anos, que está grávida há 17 semanas, adotou como medida principal o uso do repelente.

— Comecei a ficar mais ansiosa para saber como me prevenir, buscar informações, mas também procuro não enlouquecer — pondera.

Mas as dúvidas em relação ao uso do repelente também intrigam as grávidas

O médico Marcelo Burlá, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, informa que não existem estudos sobre o uso intenso e prolongado desse produto em grávidas. Mas também não há relatos de efeitos adversos em relação aos agentes químicos dos repelentes habituais. A substância que tem sido mais recomendada pelos médicos é a icaridina, cujo nível de concentração permite proteção mais prolongada. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso é seguro para mulheres grávidas.

Burlá orienta que o ideal é evitar o mosquito no ambiente em que se permanece a maior parte do dia, para que não seja necessário passar constantemente o repelente. “Quando sair para a rua, usar repelente e tentar, de maneira razoável, cobrir a superfície corporal o máximo possível”, sugeriu. A grande procura por repelentes fez com que a demanda no laboratório Osler, que produz a marca com icaridina no Brasil, aumentasse mais de 1000%, informou Paulo Guerra, diretor-geral da empresa.

— Tínhamos a substância em estoque, mas fizemos adaptações. Como o produto é importado e trazíamos de navio, agora estamos trazendo semanalmente de avião — acrescentou.

Apesar disso, algumas farmácias têm adotado estratégias para garantir a distribuição do produto, como lista de espera e limite de compra por cliente.

— Estava procurando o Exposis, que todo mundo fala que é o que tem maior tempo de duração, mas aqui em Fortaleza ele praticamente esgotou em todos os lugares em que procurei. Deixei meu nome em uma loja e consegui comprar um frasco — resigna-se.

Grávidas e sem informações

O conhecimento em torno das complicações resultantes da infecção pelo vírus zika está sendo construído agora, portanto, tanto as grávidas quanto a população em geral não têm conhecimento exato sobre o que está, realmente, acontecendo. É o que dizem especialistas em relação ao aumento dos casos de microcefalia relacionada ao vírus. Enquanto estudos estão em curso, grávidas vivem uma gestação marcada pelo temor de contraírem a doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram registrado 1.761 casos suspeitos de má-formação congênita, em 422 municípios.

— Essa é uma doença pouco conhecida, porque ocorreram poucas epidemias no mundo e foram epidemias com poucos casos. Não tivemos nenhuma epidemia de zika que teve um número grande como estamos tendo no Brasil. Nós estamos conhecendo agora, escrevendo agora como se comporta a Zika e as repercussões que ela pode dar no indivíduo infectado — declarou o infectologista Marcos Boulos, professor da Universidade de São Paulo e coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

O também infectologista David Uip, secretário estadual de Saúde de São Paulo e que foi responsável pelo primeiro diagnóstico de Aids no Brasil em 1982, faz uma relação do Zika ao HIV. “Nós fomos trabalhar com as vias de contaminação por identificação de vírus e diagnóstico em 1985 e medicamento somente em 1996. Só 15 anos de descoberta de uma nova doença para os primeiros medicamentos que mudaram a história e a evolução do HIV/Aids”, comparou. Ele avalia é preciso buscar novos conhecimentos sobre o Zika, mas que demandará tempo de maturação.

Boulos avalia que não seria possível prever a doença, tendo em vista que ela não era conhecida dos médicos e pesquisadores brasileiros.

— Se nós tivessemos despertos para uma possibilidade de doença diferente da dengue, daí as investigações poderiam ser feitas naquele momento e poderíamos ter algo diferente do que acabou acontecendo. Nós acomodamos que tudo era dengue. Quando não faz diagnóstico no começo, tem mais dificuldade para controlar a disseminação — apontou.

Ele explica que para haver um aumento expressivo dos casos de microcefalia associada ao Zika, é preciso que o vírus esteja amplamente disseminado. Em relação à incidência, no entanto, apesar do aumento, ele destaca que o número é insignificante em termos de uma geração, mas que o impacto para as famílias não pode ser comparado nesses termos.



Bombeiros encontram mais um corpo em área afetada pela lama

11 de Dezembro de 2015, 12:13, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

A tragédia já registrou 15 mortes e segundo equipes de resgate quatro pessoas continuam desaparecidas

Por Redação, com agências – de Brasília:

Mais um corpo foi localizado na região afetada pelo rompimento da barragem de rejeitos no município de Mariana, em Minas Gerais, informaram a equipe de  bombeiros nesta sexta-feira. O corpo foi encontrado em local de difícil acesso na quinta-feira.

De acordo com os militares, o corpo foi encaminhado para o necrotério de Mariana e aguarda identificação. A tragédia, ocorrida no dia 5 de novembro, já registrou 15 mortes. Segundo equipes de resgate quatro pessoas continuam desaparecidas, após a identificação do corpo, e a relação da morte com a tragédia poderá ser confirmada. O Corpo de Bombeiros, continuam com as buscas.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) propôs uma Ação Civil Pública contra a mineradora Samarco, Vale e BHP Billiton, para garantir os direitos das pessoas afetadas pelo rompimento. A medida foi tomada após a Samarco descumprir o prazo de assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) relacionado a reivindicações da promotoria, como a transferência de todas as famílias, para casas alugadas e mobiliadas até o dia 24 deste mês.

O corpo foi encontrado em local de difícil acesso na quinta-feira
O corpo foi encontrado em local de difícil acesso na quinta-feira

Áreas atingidas

O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito Humano à Água Segura e ao Saneamento Básico, Léo Heller, disse que o governo brasileiro tem obrigação, de acordo com a Lei Internacional dos Direitos Humanos, de intervir a favor da população.

Na última terça-feira, após avaliar algumas análises da água e dos sedimentos que revelaram elementos tóxicos acima dos níveis aceitáveis no Rio Doce, em comunicado oficial da ONU, o professor pediu que o governo brasileiro garanta aos atingidos acesso ao recurso e à informação.

– Compreensivelmente, as pessoas estão preocupadas com a qualidade da água distribuída pelos sistemas de abastecimento que já foram reestabelecidos. Também estão frustradas por receberem informações inconsistentes e inadequadas sobre a segurança da água, por parte das diferentes autoridades – disse o especialista.

No documento, Heller diz que, mais de um mês após a tragédia, centenas de milhares de pessoas estão sofrendo com interrupções no abastecimento de água. Segundo o especialista, apesar de as autoridades públicas e as empresas de mineração envolvidas estarem levando água engarrafada às áreas atingidas, as pessoas afetadas alegam que a distribuição é “insuficiente e desorganizada”.

O relator da ONU afirma que, segundo depoimentos, pessoas têm sido obrigadas a passar horas em filas para ter acesso a pequenas quantidades de água, consideradas insuficientes para práticas adequadas de higiene e saneamento. “Insto o governo a tomar medidas preventivas de acordo com o princípio da precaução”, disse Heller. “O governo deve fortalecer o monitoramento da água bruta e tratada, aperfeiçoar o tratamento de água e divulgar informação clara à população para proteger assim seus direitos humanos à água segura e ao saneamento.”

Heller destaca que o Rio Doce é a principal fonte de água da região e que a atual turbidez elevada resulta em baixo desempenho do tratamento da água. O professor faz parte do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos, que chegou ao Brasil na terça-feira para a primeira visita oficial do grupo ao país. A delegação, que fica no país, até o dia 16 deste mês, vai examinar os impactos negativos de atividades empresariais sobre os direitos humanos no Brasil.

Além de Mariana, os peritos vão cumprir agenda em Brasília e São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Altamira e Belém, a convite do governo brasileiro.



Lava Jato: PF investiga esquema de superfaturamento em obra do rio São Francisco

11 de Dezembro de 2015, 10:35, por Jornal Correio do Brasil » Brasil Arquivo | Jornal Correio do Brasil

A Lava Jato investiga empresários que teriam utilizado companhias de fechada para o desvio de verbas públicas

Por Redação, com agências – de Brasília:

A Polícia Federal lançou nesta sexta-feira operação que investiga superfaturamento nas obras de transposição do rio São Francisco, em um esquema que teria desviado R$ 200 milhões por meio de empresas de um doleiro e um lobista já investigados na Lava Jato, informou a PF.

A operação investiga empresários que teriam utilizado companhias de fechada para o desvio de verbas públicas. Segundo a Agência Brasil, os envolvidos no esquema de corrupção fariam parte do consórcio formado por OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesa.

– As investigações apontaram que algumas empresas ligadas à organização criminosa estariam em nome de um doleiro e um lobista investigados na operação Lava Jato – informou a PF em nota. De acordo com reportagens, os acusados são Alberto Youssef e Adir Assad, já condenados no âmbito da Lava Jato, que investiga esquema bilionário de corrupção que envolve a Petrobras.

Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do São Francisco, no trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados são de R$ 680 milhões, segundo a PF.

A operação desta sexta-feira contou com cerca de 150 policiais federais para cumprimento de 32 mandados judiciais, incluindo quatro de prisão e 24 de busca e apreensão, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Rio Grande do Sul e Bahia, além de Brasília.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro, de acordo com comunicado da PF.

Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do São Francisco
Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do São Francisco

Garimpo ilegal

O monitoramento de dois envolvidos na Operação Lava Jato levou a Polícia Federal (PF) a tomar conhecimento de que eles estavam financiando a retomada do Garimpo Lage, mais conhecido como Garimpo de Roosevelt, em uma das maiores jazidas de diamantes do mundo. O garimpo está localizado nas terras dos índios Cinta-Larga, em Rondônia.

Segundo a Polícia Federal, para cada R$ 1 milhão financiado por eles, dinheiro que era usado na compra de máquinas e combustíveis e no pagamento de funcionário e indígenas, obtinha-se um retorno de R$ 6 milhões. “Ou seja, em seis meses, o potencial de retorno era R$ 12 milhões. Como isso vem sendo feito desde 2013, os valores podem chegar a R$ 48 milhões. Mas esse é um número a ser confirmado”, disse o delegado Bernardo Guidali Amaral, da Superintendência da PF em Rondônia. Ele é um dos responsáveis pela Operação Crátons deflagrada na última terça-feira.

Outros inquéritos já haviam sido instaurados porque garimpos ilegais são problema crônico em Rondônia. Em 2004, 24 garimpeiros foram assassinados pelos índios, por estarem praticando a atividade irregularmente em Roosevelt. Por esse motivo, alguns caciques chegaram a ser presos na época.

– No início de 2014, recebemos informação da Funai [Fundação Nacional do Índio] de que havia garimpo no local. Fizemos, então, sobrevoo e constatamos, entre abril e maio, a atividade. A partir de então, instauramos inquéritos. Mas foi no meio do ano passado que teve início o compartilhamento de provas com a Lava Jato – informou o delegado. Segundo ele, as investigações trabalham com a hipótese de que as pedras tenham sido usadas para lavagem de dinheiro.

 



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