Guardiola pede desculpas a técnicos da Inglaterra
12 de Janeiro de 2016, 13:24
A declaração gerou discussões sobre se Guardiola estava acertado para assumir um dos quatro clubes de ponta da Liga Inglesa
Por Redação, com Reuters – de Londres/Madri:
O treinador do Bayern de Munique, Pep Guardiola, pediu desculpas por colocar alguns dos seus colegas do Campeonato Inglês sob pressão ao anunciar publicamente a intenção de trocar o futebol da Alemanha pelo da Inglaterra no final da temporada.
O ex-treinador do Barcelona alimentou especulações sobre o seu eventual destino no mês passado quando confirmou que não iria renovar seu contrato em Munique com o espanhol, revelando que havia recebido “várias ofertas” da Inglaterra.
A declaração gerou discussões sobre se Guardiola estava acertado para assumir um dos quatro clubes de ponta da Liga Inglesa: Manchester City, Manchester United, Arsenal ou Chelsea.
Falando durante o período de treinamentos de inverno do Bayern em Doha, no Catar, Guardiola se desculpou por qualquer falta de respeito aos treinadores da Inglaterra.
– Eu sinto muito. Não era minha intenção ofender ninguém. Normalmente, na minha carreira como treinador, jogador de futebol, eu respeito muito meus colegas – disse ele a repórteres.
O espanhol, no entanto, se recusou a dar detalhes sobre quem será seu próximo empregador, dizendo que só vai revelar o nome do clube depois de assinar contrato.
Neville pede paciência da torcida
O treinador do Valencia, Gary Neville, pediu aos torcedores mais paciência depois que seu time foi derrotado por 2 a 0 para o Real Sociedad em partida do Campeonato Espanhol no último domingo, deixando o treinador recém-contratado ainda sem saber o que é vencer no cargo.
Contratado no último mês para substituir o demitido Nuno Espírito Santo, Neville assistiu ao time sob seu comando empatar três vezes e perder duas no Espanhol, assim como ser eliminado da Liga dos Campeões da Europa com uma derrota por 2 a 0 para o Lyon.
O time está atolado no meio da tabela do Espanhol com metade da competição realizada, bem distante das vagas para competições europeias que o ambicioso clube agora nas mãos de proprietários de Cingapura esperava alcançar.
Em entrevista coletiva, Neville pediu que os torcedores do Valencia compreendessem o que o time estava tentando fazer e continuassem torcendo pelos atletas.
Dois gols de Jonathas no fim da partida asseguraram a vitória da Sociedad. O Valencia se limitou a acertar a trave com Rodrigo Moreno no primeiro tempo.
– Todo mundo no vestiário está decepcionado, eu mais do que qualquer um, mas amanhã começa tudo novamente – afirmou o ex-jogador do Manchester United e da seleção inglesa.
Teresópolis não consegue entregar casas após cinco anos de tragédia
12 de Janeiro de 2016, 13:01
Cinco anos depois, a vegetação esconde o que restou de escombros de antigas casas e lojas demolidas
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
O pequeno riacho que corta o bairro de Campo Grande, em Teresópolis, na serra Fluminense, e só chega à altura do tornozelo, nem de longe lembra o imenso rio em que se transformou em 12 de janeiro de 2011. Naquela madrugada, o bairro foi arrasado por uma cabeça d’água que arrastou troncos, pedras e toneladas de lama, soterrando casas, automóveis e deixando um rastro de morte. Há cinco anos, a cidade contabilizou 390 mortos, 5 mil desabrigados e 311 pessoas desaparecidas por causa do excesso de chuvas na maior tragédia natural do país.
Nesta terça-feira, cinco anos depois, a vegetação esconde o que restou de escombros de antigas casas e lojas demolidas, mas as marcas permanecem na memória de quem ainda luta para viver. Em Teresópolis, 2,1 mil pessoas ainda recebem R$ 500 de aluguel social e esperam as chaves das casas populares do Programa Minha Casa, Minha Vida. Apesar de quase prontas, as 1,6 mil unidades só serão entregues depois de construído um viaduto na rodovia de acesso ao condomínio.
Essa foi uma das exigências da Caixa Econômica, que financiou os imóveis, preocupada com o intenso e perigoso tráfego de veículos próximo ao condomínio, que receberá 5 mil moradores.
– Foi problema de planejamento. Até se pensou nisso (no grande fluxo da rodovia), mas com a mudança de governo, foi empurrando, empurrando. Agora, há cerca de 700 casas para entregar (prontas desde 2015, com dois quartos, sala, banheiro e cozinha) e não se consegue por causa disso (do aval) – explicou o secretário de Defesa Civil do município, Coronel Roberto Silva.
A nova previsão é que a licitação do viaduto pelo governo do estado seja feita esta semana e a obra concluída no segundo semestre do ano, juntamente com uma passagem subterrânea.
Quem espera pela mudança não se conforma. A faxineira Angela Maria Lopes é uma delas. Depois de socorrer vizinhos, perder familiares, ela deixou para trás uma casa com três quartos, ainda nova, mas condenada pela Defesa Civil, para se salvar de novas tragédias no bairro Caleme. Teria, em troca, um novo apartamento entregue pelo governo estadual.
Onde morava, dezenas de pessoas morreram soterradas, atingidas pela tromba d’água. Hoje, Angela tenta se recuperar, trabalhando como diarista para pagar as contas da casa nova e psicólogo para a filha, de 16 anos. “Perdi sete pessoas da minha família, falta achar quatro, entre sobrinhas e primas. Ficamos na esperança, isso acaba com a gente”, desabafou.
– A gente acaba lembrando também do horror que foi aquilo tudo. Chegar à delegacia para reconhecer os corpos despejados de caminhão. Era mangueira aberta para lavar os corpos, para conseguir reconhecer quem era da família. Passamos por tudo isso – acrescentou.
Ela também socorreu o vizinho Rubens, outro à espera de uma casa. Conta que chegou à sua antiga porta, coberto de lama, depois que tudo veio abaixo. “Foi um horror mesmo. Teve muita gente, como da minha família, que não podia nem dar banho, foi enterrado sujo mesmo”, lamentou. Ele perdeu dois filhos e a esposa, esta no galho de um abacateiro.
Sobreviventes querem trocar apartamentos por casas.
Rubens vive em um pequeno apartamento com o filho, no centro de Teresópolis, e sente muita falta da antiga casa. Trabalhador rural, ele fica apreensivo quando pensa em morar em apartamento. Mesmo na fila dos imóveis, preferia viver em casa. “Tinha quintal, espaço. Fui lá esses dias, vi meu pé de mexerica. Ficou agora para a natureza lá da mata, né?”.
É o mesmo caso de Maria Arlete Ferreira, que deixou Campo Grande um dia depois da tragédia, sem condições de encarar a devastação e a perda de amigos de uma vida. Hoje, ela vive em um sítio próximo, onde se dedica à paixão pelas plantas. “Ela não cuida de uma planta, cuida de todas. Tem até horta, com couve e pimenta”, diz a neta, Iara da Silva Ferreira. “Ela vai ter muita dificuldade de viver em apartamento, não sei se vai conseguir e isso nos preocupa”.
De acordo com o líder comunitário da localidade conhecida como Vale da Revolta, Judas Tadeu Florêncio da Cruz, que acompanhou a tragédia de perto, a alocação de pessoas em apartamentos, quando a maioria estava acostumada às áreas rurais, não é ideal e pode dar problemas no futuro. Ele defende a oferta de de casas por meio do programa federal.
– A maioria dessas pessoas aqui é agricultora. Como vão colocar em um apartamento onde não dá para plantar, para viver em contato com a natureza? A pessoa fica doente – disse. A questão foi levada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Memória das vítimas
Em meio à nova paisagem, quase deserta, de um bairro onde viveram cerca de 5 mil pessoas, existe também quem tenha resistido à Defesa Civil. Um dos últimos moradores de Campo Grande, mesmo com a casa condenada, correndo riscos, o pedreiro Amaurino Gonçalves muda-se mês que vem. Ele ficoulá até receber uma indenização por seu sobrado, que considerou justa.
– Os meninos estão trabalhando para recuperar minha casa. O que eu comprei era uma padaria (que fechou depois da enxurrada, em bairro próximo). Só não vou com meus cinco cachorros e sete filhotes. Vou ter que acabar com eles, quero ficar só com dois, não dá para levar.
Para marcar os cinco anos da tragédia, familiares e amigos das vítimas de Teresópolis se reúnem no fim da tarde hoje, em frente à Igreja Santa Teresa, para prestar homenagens.
Líder do governo quer limpar pauta de votação no próximo mês
12 de Janeiro de 2016, 12:52As medidas provisórias, que são editadas pelo Poder Executivo, têm força de lei e vigência imediata
Por Redação, com Vermelho – de Brasília:
Dezenove medidas provisórias (MPs) estão em tramitação no Congresso Nacional e, desse total, três estão trancando a pauta de votações da Câmara dos Deputados. A tramitação das MPs começa pela votação no plenário da Casa. O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), anunciou que a intenção do governo é limpar a pauta e votar as medidas provisórias pendentes na primeira quinzena de fevereiro.
– A votação dessas três medidas provisórias integra o esforço fiscal, que nós fizemos em 2015 – observou Guimarães.
Segundo ele, “independentemente dos problemas políticos que ainda persistem, eu acredito que, nos quinze primeiros dias de fevereiro, quando o Congresso retomar suas atividades, nós vamos votar essas medidas provisórias”, afirmou o líder do governo na Câmara.
Ele afirmou ainda que “qualquer medida provisória quando perde a eficácia pode ser reeditada, então vamos ver”.
Uma delas obriga o servidor público licenciado ou afastado sem remuneração a continuar contribuindo para o regime previdenciário. Outra eleva progressivamente o Imposto de Renda da Pessoa Física sobre o ganho de capital. A terceira concede benefícios fiscais às distribuidoras de energia durante os Jogos Olímpicos de 2016.
De acordo com a Constituição, as medidas provisórias trancam a pauta do Plenário da Casa após 45 dias da sua edição, desde que tenham sido votadas por comissão mista – de deputados e senadores – encarregada de analisá-la.
As medidas provisórias, que são editadas pelo Poder Executivo, têm força de lei e vigência imediata, porém perdem a eficácia se não são convertidas em lei pelo Congresso Nacional em até 60 dias, prorrogáveis por igual período.
Do total de MPs, 18 foram editadas em 2015 e uma em 2016. Algumas MPs, por terem sido editadas no recesso parlamentar ou próximo a ele, ainda não tiveram suas comissões mistas instaladas.
MP abre crédito extraordinário a ministérios
Na pauta do Congresso Nacional está a Medida Provisória 710/16, que abre crédito extraordinário de R$ 1,472 bilhão aos ministérios da Integração Nacional (R$ 382 milhões); da Justiça (R$ 300 milhões); da Defesa (R$ 95,5 milhões); da Cultura (R$ 85 milhões); e do Turismo (R$ 10 milhões); e para encargos financeiros da União (R$ 600,1 milhões).
Conforme o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Simão, no caso do Ministério de Integração, o crédito “permitirá o atendimento às populações vítimas de desastres naturais”, como a oferta de cestas básicas e a distribuição de água em carros-pipa.
Já no caso do Ministério da Justiça, segundo o ministro, os recursos serão destinados à aquisição de equipamentos de proteção individual para atuação da Força Nacional de Segurança Pública, à contratação de serviços, equipamentos e soluções de informática para garantir a segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
Os recursos da Pasta da Defesa também serão destinados para garantir a segurança nos Jogos Olímpicos; enquanto o montante do Ministério da Cultura também deverá ser destinado para atividades culturais de promoção da cultura brasileira nas Olimpíadas. No caso do Turismo, “a medida viabilizará ações de logística no projeto de revezamento da tocha olímpica, percorrendo cerca de 300 cidades até chegar ao Rio de Janeiro, no dia da cerimônia de abertura dos Jogos”.
Vacina contra o vírus zika deve demorar para ser concluída, diz ministro
12 de Janeiro de 2016, 12:47
A distribuição dessa vacina na rede pública de saúde ainda será avaliada, segundo o ministro
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que a grande aposta contra o vírus zika é o desenvolvimento de uma vacina. No entanto, reconheceu que a conclusão dos estudos sobre o imunizante deve demorar pelo menos dois anos.
O prazo será menor que o tempo para a elaboração da vacina contra a dengue, que demorou cerca de 20 anos para ser concluída e combina proteção contra quatro sorotipos do vírus. A vacina contra o zika, que está relacionado à ocorrência de microcefalia, protegerá contra um.
– Estamos estudando, contactando, agindo – disse o ministro em conversa com jornalistas no Ministério da Saúde na tarde de segunda-feira. “Enquanto a vacina não vem, o importante é não deixar o mosquito (Aedes aegypti) nascer, porque quando ele nasce é um perigo ambulante”.
Castro citou um modelo de combate ao Aedes aegypti, vetor do vírus da dengue, da febre chikungunya e do virus zika, usado no município de Água Branca, no Piauí, que, segundo ele, é “simples e eficiente”. Os agentes de saúde da cidade saem de casa em casa procurando focos do mosquito e colam selos vermelhos nas portas das residências onde são encontrados criadouros. As casas livres de Aedes aegypti recebem um selo verde.
– Aquilo fica exposto e todo mundo quer ter o selo verde. Foi uma mobilização muito grande na cidade e todo mundo fez o dever de casa para que, quando o agente voltasse, já tivesse tudo cumprido para receber o selo verde – disse o ministro. Em 2015, o município piauiense registrou quatro casos de dengue. Em todo o Piauí, foram mais de 7,5 mil casos da doença.
Dengue
Segundo Castro, a Sanofi Pasteur, fabricante da Dengvaxia, primeira vacina contra a dengue registrada no Brasil, estima que cada dose deverá custar cerca de 20 euros. Para a total proteção contra a doença, serão necessárias três doses do imunizante. O valor oficial será estipulado pela Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos e só depois disso a vacina poderá ser vendida no país.
A distribuição dessa vacina na rede pública de saúde ainda será avaliada, segundo o ministro, que a considera “cara”. O governo aposta em um imunizante que está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantã, que deverá custar um terço da Dengvaxia e proteger em apenas uma dose, mas ainda levará um ano para ficar pronto.
Alemanha envia centenas de refugiados de volta para a Áustria
12 de Janeiro de 2016, 12:31
Polícia austríaca diz que número de refugiados barrados na fronteira sul do país vizinho mais que dobrou desde o início do ano
Por Redação, com DW – de Berlim:
A polícia austríaca afirmou nesta terça-feira que a Alemanha vem barrando um número crescente de imigrantes na sua fronteira sul. Desde o começo do ano, centenas de imigrantes foram enviados de volta para a Áustria.
– O número diário de imigrantes enviados de volta subiu de 60 em dezembro para 200 desde o início do ano – afirmou David Furtner, porta-voz da polícia do Estado da Alta Áustria.
Ele acrescentou que aqueles que foram barrados eram refugiados do Afeganistão, Marrocos e Argélia, que não queriam pedir asilo na Alemanha, mas sim em países escandinavos.
– Os políticos alemães parecem ter decidido agir com mais firmeza. O difícil (para nós) é explicar se um migrante pergunta: por que não posso continuar agora se meu amigo conseguiu passar na semana passada? – observou outro porta-voz da polícia da Alta Áustria.
Uma porta-voz da polícia de Munique confirmou que a Alemanha enviou de volta 100 ou mais imigrantes. “Nós aplicamos as regras legais válidas. Elas não mudaram”, justificou.
Fronteiras bloqueadas
Alguns acreditam que o aumento do número de refugiados barrados se deva aos controles cada vez mais rígidos nas fronteiras da UE. Na semana passada, a Suécia tentou diminuir o afluxo de imigrantes através da imposição de controles nas fronteiras com a Dinamarca.
A Dinamarca, em seguida, introduziu controles na fronteira com a Alemanha. A Áustria também reforçou os controles na fronteira com a Eslovênia, enviando de volta 1.652 imigrantes desde 1° de janeiro, segundo a polícia.
Outros acreditam que o aumento das recusas de refugiados tenha relação com os recentes ataques contra mulheres durante o réveillon em Colônia, que levaram a centenas de queixas, depois que a polícia revelou que alguns dos suspeitos eram requerentes de asilo.
O incidente levou a protestos e aumentou a pressão sobre a política de boas-vindas a refugiados da chanceler federal alemã, Angela Merkel.
Integre refugiados
O papa Francisco afirmou na segunda-feira que a Europa deve ser capaz de integrar imigrantes sem prejudicar a segurança dos cidadãos do continente, reconhecendo que a atual crise migratória representa um grande desafio para os valores europeus.
O pontífice disse que o afluxo de refugiados está causando “problemas inevitáveis” e aumentando preocupações sobre “mudanças nas estruturas cultural e social” dos países anfitriões. Também crescem os temores relacionados à segurança, “exacerbados pela crescente ameaça de terrorismo internacional”.
– A atual onda migratória parece estar minando as bases do espírito humanista que a Europa sempre amou e defendeu – declarou o pontífice num discurso anual para diplomatas no Vaticano.
Com sua “grande herança cultural e religiosa”, a Europa detém os meios para encontrar o equilíbrio entre “a responsabilidade de proteger os direitos de seus cidadãos e de assegurar a imigrantes assistência e aceitação”, afirmou Francisco.
A questão da integração tem sido alvo de acalorados debates neste início de ano, após uma série de ataques sexuais contra mulheres ter sido registrada na noite de Ano Novo na cidade alemã de Colônia. Testemunhas, vítimas e policiais falam que oss agressores seriam homens de aparência árabe ou norte-africana.
Somente a Alemanha registrou 1,1 milhão de refugiados em 2015 , grande parte deles da Síria e do Iraque. A maioria dos refugiados que chegaram à Europa no ano passado são muçulmanos, o que leva muitos europeus a temerem que seja difícil integrá-los à sociedade.
Em 2015, o papa já havia pedido que a Europa aceitasse refugiados. Segundo o pontífice, a integração bem-sucedida dos imigrantes trará benefícios sociais, econômicos e culturais para os países anfitriões.
Francisco alertou que os países mais afetados pela crise migratória não devem ser deixados sozinhos e pediu “um diálogo franco e respeitoso entre os países, de origem, de trânsito e de recepção, em busca de uma solução sustentável”.
Ministério da Educação divulga primeiras notas de corte do Sisu
12 de Janeiro de 2016, 12:20
O MEC alerta que essas informações devem servir apenas de referência para ajudar o participante no monitoramento da inscrição
Por Redação, com ABr – de Brasília:
As primeiras notas de corte do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) estão disponíveis. É possível acessar pela Internet a nota mínima necessária para passar em cada um dos cursos oferecidos pelo sistema.
O Sisu seleciona participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para vagas em instituições públicas de ensino superior. As inscrições começaram na segunda e podem ser feitas até quinta-feira, no site do Sisu.
Diariamente, o Ministério da Educação (MEC) divulga, também no portal do Sisu, a nota de corte, que é a menor para o candidato ficar entre os potencialmente selecionados para o curso. A nota é calculada com base no número de vagas disponíveis e no total de candidatos inscritos para aquele curso.
Prazo
O candidato que já fez a inscrição poderá consultar, até a próxima quinta-feira, a própria classificação parcial na opção do curso escolhida. Na segunda-feira, o MEC informou que mais de 974 mil já haviam feito a inscrição no sistema.
O MEC alerta que essas informações devem servir apenas de referência para ajudar o participante no monitoramento da inscrição, não sendo garantia de seleção para a vaga.
Nesta edição, o programa vai oferecer 228 mil vagas em 131 instituições públicas de educação superior. Pode se inscrever o estudante que participou da edição de 2015 do Enem e obteve nota acima de 0 na prova de redação. É necessário informar o número de inscrição e a senha usados no exame.
O resultado da chamada regular será divulgado no dia 18 de janeiro. Os selecionados deverão fazer a matrícula na instituição nos dias 22, 25 e 26 de janeiro. Assim como na edição anterior, só haverá uma chamada regular.
Quem não foi selecionado ou foi selecionado apenas para sua segunda opção de curso pode aderir à lista de espera que estará disponível na página do Sisu na internet de 18 a 29 de janeiro.
Safra de 2015 é recorde e a de 2016 crescerá 0,5%, diz IBGE
12 de Janeiro de 2016, 12:20Em relação a 2014, houve acréscimos de 6,1% na área da soja e de 0,8% na de milho e redução de 8,4% na área de arroz
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas fechou 2015 com uma produção de 209,5 milhões de toneladas, superando em 7,7% a de 2014. Já para 2016, o terceiro prognóstico – divulgado, nesta terça-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, indica uma produção de 210,7 milhões de toneladas, superando em 0,5% o número de 2015.
A décima segunda estimativa de 2015 do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do país (algodão herbáceo, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) fechou 2015 com uma produção 14,9 milhões de toneladas, total maior que o de 2014: 194,6 milhões de toneladas. O resultado, no entanto, é 0,4%, o equivalente a 746.519 toneladas, menor que a avaliação de novembro.
Os dados divulgados pelo IBGE indicam que a estimativa da área a ser colhida é de 57,7 milhões de hectares, com alta de 1,8% frente à área colhida em 2014 (56,7 milhões de hectares) e redução de 14.711 hectares em relação às previsões do mês anterior. Juntos, os três principais produtos deste grupo (arroz, milho e soja) representaram 93,1% da estimativa da produção e responderam por 86,3% da área a ser colhida.
Em relação a 2014, houve acréscimos de 6,1% na área da soja e de 0,8% na de milho e redução de 8,4% na área de arroz. Na produção, houve acréscimos de 1,1% no arroz, 11,9% na soja e de 7,3% no milho.
Cereais
A região Centro-Oeste foi a que concentrou o maior volume de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, com 89,9 milhões de toneladas, seguida da região Sul, com 76 milhões de toneladas, Sudeste (19,3 milhões de toneladas), Nordeste (16,6 milhões de toneladas), e Norte (7,7 milhões de toneladas).
Na safra de 2015, houve altas de 22,1% na região Norte, de 5,4% na região Nordeste, 5% na região Sudeste, 7% na região Sul e 8,3% na região Centro-Oeste. Na avaliação de 2015, Mato Grosso liderou como maior estado produtor de grãos, com 24,9%, seguido pelo Paraná (18%) e Rio Grande do Sul (15,2%). Somados, representaram 58,1% do total nacional.
As informações indicam, ainda, que, entre os 26 produtos pesquisados, oito tiveram alta na estimativa de produção em relação a 2014, com destaque para arroz em casca (1,1%), aveia em grão (4,8%), batata inglesa 3ª safra (1,6%), cana-de- açúcar (2,4%), milho em grão 2ª safra (15,0%), soja em grão (11,9%) e triticale em grão (75,6%).
Houve 18 produtos em queda. Neste caso, os destaques ficaram com algodão herbáceo em caroço (2,7%), amendoim em casca 1ª safra (10,2%), amendoim em casca 2ª safra (38,8%), cebola (11,2%), cevada em grão (26,4%), feijão 1ª safra (4,5%), feijão 2ª safra (7,9%), feijão 3ª safra (2,4%), laranja (3,9%), mandioca (2,1%), milho em grão 1ª safra (4,8%), sorgo em grão (7,1%) e trigo em grão (13,4%).
Cana-de-açúcar
Após um ano de 2014 ruim, quando a produção de cana-de-açúcar do país retraiu 4% na relação com 2013 – em função dos preços externos e de um ano muito seco e quente nas principais regiões produtoras -, em 2015 a estimativa da produção cresceu 2,4% na comparação com 2014, devendo alcançar 755 milhões de toneladas.
A área plantada recuou 3,2% e a ser colhida 1,5%, mas o rendimento médio aumentou 3,9%, fruto de mais investimentos e de um ano mais chuvoso. Os destaques da recuperação da produção de cana-de-açúcar, em termos de volume de produção em 2015, em relação a 2014, foram o estado de São Paulo com incremento de 14,6 milhões de toneladas na comparação com o ano anterior; Mato Grosso do Sul, com aumento de 7,2 milhões de toneladas e Paraná – 3,3 milhões de toneladas.
Já a cebola, um dos produtos que mais contribuíram para a alta da inflação do grupo alimentos e do IPCA de 2015 (10,67%), fechou em queda de 11,2% na produção. “O ano se iniciou com a queda da produção no sul do País e com a quebra de safra de cebola na Argentina, principal exportador de cebola para o Brasil. Com isso, pela primeira vez, as importações da Europa foram maiores que as da Argentina. Os altos custos dessa importação foram repassados aos consumidores, fazendo os preços dispararem e elevando o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA)”, ressaltou o IBGE.
Ausência de chuvas
A baixa oferta foi agravada, no primeiro semestre, “pela queda de 19% da produção na Bahia, onde a falta de chuva reduziu o rendimento em 16,4%. Já Goiás e Minas Gerais foram os principais beneficiados com a elevação do preço da cebola.”
Com exceção ao Centro-Oeste, todas as outras regiões brasileiras tiveram redução da área plantada durante a primeira safra, na qual os principais produtores foram o Paraná (332,2 mil toneladas), Bahia (239,5 mil toneladas) e Minas Gerais (162,0 mil toneladas). Paraná e Minas reduziram as suas produções em 18,3% e 20,0%, respectivamente. Já na Bahia, a produção aumentou em 152,6%.
A redução de área plantada foi observada em todas as regiões, com exceção ao Centro-Oeste. Os principais estados produtores de feijão desta temporada seguem a mesma ordem da primeira safra: Paraná (30,1% da produção), Bahia (15,0%) e Minas Gerais (12,1%). Todos estes estados tiveram queda na produção em relação a 2014.
Milho e soja
Milho, arroz e soja respondem por 93,1% da produção total do país e por 86,3% da área a ser colhida, terão comportamento distinto em 2016, com o primeiro voltando a apresentar queda e o segundo fechando com novo recorde.
Segundo o IBGE, a produção de soja de 2016 deverá superar a do ano passado em 5,9%, devendo atingir 102,7 milhões de toneladas. A alta na produção deve resultar da valorização da soja no mercado interno.
Mato Grosso se mantém líder nacional na produção da leguminosa. Com expectativa de área de 9,2 milhões de hectares e de rendimento médio em 3.106 kg/ha, estima-se que a produção mato-grossense seja de 28,5 milhões de toneladas, 2,5% maior que a de 2015. O Paraná trouxe estimativa de produção de 18,3 milhões de toneladas, maior 6,7% quando comparado a 2015.
Já o milho 1ª Safra (em grão), segundo o atual prognóstico, virá com mais um decréscimo na produção em 2016. Esta queda de produção é consequência da valorização da soja, concorrente direto por área. São esperadas para esta primeira safra 28,1 milhões de toneladas, 4,6% menor que o obtido em 2015 e 2,4% menor que a estimativa do prognóstico anterior. A área plantada sofreu contração de 7,4% quando comparado com 2015.
Segundo o IBGE, os levantamentos de cereais, leguminosas e oleaginosas foram realizados em colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra das principais lavouras, iniciado em outubro de 2007.
Produção da indústria cai em nove regiões em novembro
12 de Janeiro de 2016, 11:29Em cinco estados houve alta na produção: Pernambuco (3,5%), Pará (1,9%), Santa Catarina (1,8%), Rio de Janeiro (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,1%)
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A produção industrial caiu em nove dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de outubro para novembro de 2015. As principais quedas foram observadas nos estados do Espírito Santo (-11,1%), Ceará (-4,5%) e de Minas Gerais (-4%). Os dados, da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, foram divulgados nesta terça-feira.
Também tiveram quedas acima da média nacional (-2,4%), a Região Nordeste (-2,8%) e São Paulo (-2,6%). Outros locais com queda na produção entre outubro e novembro foram o Amazonas (-2,1%), a Bahia (-2%), o Paraná (-1,3%) e Goiás (-0,9%).
Por outro lado, cinco estados tiveram alta na produção: Pernambuco (3,5%), Pará (1,9%), Santa Catarina (1,8%), Rio de Janeiro (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,1%).
Nos demais tipos de comparação temporal, o IBGE também analisa o comportamento da indústria em Mato Grosso. Na comparação de novembro de 2015 com o mesmo período do ano anterior, 13 dos 15 locais pesquisados tiveram queda, com destaque para o Amazonas (-19,9%) e Espírito Santo (-19,8%). Apenas dois estados tiveram alta: Mato Grosso (5,9%) e o Pará (5,5%).
No acumulado do ano, 12 dos 15 locais tiveram recuos. As maiores quedas foram registradas no Amazonas (-15,8%), Rio Grande do Sul (-11,8%) e em São Paulo (-10,9%). Apenas três estados tiveram alta: o Espírito Santo (6,6%), o Pará (5,9%) e Mato Grosso (3,6%).
Desemprego: índice sobe 1% e atinge 100 pontos
12 de Janeiro de 2016, 11:05Os dados mostram que, em todo o país, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) voltou a crescer em dezembro, ao variar 2,6%, alcançando 70 pontos
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 1% em dezembro de 2015 e chegou a 100 pontos. É a quarta alta consecutiva – reforçando a continuidade da tendência de aumento de desemprego – e o maior nível da série desde março de 2007, quando o indicador chegou a 101,5 pontos. Em relação a dezembro de 2014, o crescimento acumulado foi de 35,9%.
Os dados foram divulgados, nesta terça-feira, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Eles mostram que, em todo o país, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) voltou a crescer em dezembro, ao variar 2,6%, alcançando 70 pontos. No ano, o indicador apresentou queda acumulada de 7,9%.
Com o resultado, o indicador de médias móveis trimestrais reverteu a trajetória de queda e passa agora a sinalizar taxas menos intensas de redução do total de pessoal ocupado na economia ao longo dos próximos meses.
Argumentação
Para Itaiguara Bezerra, economista da FGV, a alta do ICD “reflete o aumento persistente do desemprego, percebida por consumidores de todas as faixas de renda familiar, com destaque para os extremos, uma vez que envolve tanto as famílias de renda mais baixa, como as que têm renda mais elevada”.
No que diz respeito ao crescimento registrado no Indicador Antecedente de Emprego, que revela a intenção de contratação de mão de obra por parte das empresas, o economista da FGV sugere cautela na análise.
– No caso do IAEmp, a mudança de tendência do indicador deve ser analisada com cautela, já que o resultado pode sinalizar uma atenuação das taxas negativas, mas seus níveis ainda muito baixos indicam que a fase de ajustes do mercado de trabalho brasileiro ainda está longe de acabar – enfatiza.
Destaques
Na avaliação da FGV, as classes que mais contribuíram para a variação do Indicador Coincidente de Desemprego foram também as duas extremas: “de um lado, os consumidores com renda até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou 2,2%; e do outro, a dos que têm renda superior a R$ 9.600,00, com variação de 2%.”
“Os indicadores que mais contribuíram para a alta do Indicador Antecedente de Emprego no mês foram os que mensuram o ímpeto de contratações na indústria nos três meses seguintes (a média móvel trimestral) na Sondagem da Indústria, e a perspectiva dos consumidores de encontrar emprego futuro na própria região, na Sondagem do Consumidor”, finaliza a FGV.
Conheça os direitos das vítimas de acidentes de trânsito
11 de Janeiro de 2016, 18:03Por Celso Martins- Alerta! o pedido de indenização do Seguro Obrigatório DPVAT deve ser realizado, gratuitamente, em um ponto oficial de atendimento. A preocupação da Seguradora Líder, que gerencia o pagamento do benefício, é com a ação de intermediários, ou dos despachantes, que se passam por amigos das vítimas ou de seus beneficiários e acabam ficando com boa parte das indenizações.
Em alguns casos, para solicitar o pedido do benefício, estes agentes cobram 30% do valor da indenização, quando na verdade fazer essa solicitação é um procedimento inteiramente grátis. Em várias regiões do país alguns advogados agem de forma semelhante, estimulando que as vítimas ou beneficiários ingressem com uma ação judicial, o que é totalmente desnecessário, pois, desta forma, parte da indenização é direcionada para o pagamento dos honorários do profissional, além do processo judicial demorar, em média, três anos para ser liquidado.
Na via administrativa, a indenização é paga em até 30 (trinta) dias após a entrega da documentação completa. O Seguro DPVAT foi criado em 1974. O Seguro indeniza todas as vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, sem necessidade de apuração da culpa, seja motorista, passageiro ou pedestre. O Seguro DPVAT oferece cobertura para três naturezas de danos: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares (até R$ 2.700).
Para solicitar a indenização do Seguro DPVAT basta seguir três passos:
1 – Escolher um ponto oficial de atendimento. A listagem completa por cidade pode ser acessada pelo site www.dpvatsegurodotransito.com.br ou pelo telefone 0800 022 1204.
Lembre-se: as agências próprias dos Correios também recebem gratuitamente pedidos de indenização do Seguro DPVAT.
2 – Reunir a documentação necessária de acordo com a cobertura – morte, invalidez permanente ou reembolso de despesas médicas e hospitalares.
3 – Preencher o pedido de indenização em um ponto oficial de atendimento e entregar a documentação.
O pedido vai gerar um número de protocolo, que pode ser utilizado para acompanhar o processo tanto no site, quanto no SAC, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Os recursos do Seguro DPVAT são financiados pelos proprietários de veículos, por meio de pagamento anual. Do total arrecadado, 45% são repassados ao Ministério da Saúde (SUS), para custeio do atendimento médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito em todo País. 5% são repassados ao Ministério das Cidades, para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção de acidentes de trânsito.
Os demais 50% dos recursos são voltados para o pagamento das indenizações, constituições de provisões técnicas – característica inerente à atividade seguradora – e despesas com administração. A gestão do Seguro DPVAT é uma das mais eficientes do País, custando cerca de 4% dos recursos, e que o lucro é limitado por lei a 2% antes dos impostos.
Serviço
Site DPVAT: www.dpvatsegurodotransito.com.br
SAC DPVAT – 0800 022 12 04 – Todos os dias da semana, 24h por dia
Benefícios do INSS acima do mínimo são reajustados em 11,28%
11 de Janeiro de 2016, 12:05Se o salário for de até 1.556,94, a alíquota de recolhimento ao INSS é 8%. Acima desse valor até 2.594,92, a alíquota sobe para 9%
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram reajustados em 11,28%, de acordo com portaria dos ministérios do Trabalho e Previdência Social e da Fazenda, publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União. O reajuste, válido a partir deste mês, é para benefícios superiores ao salário mínimo (R$ 880).
O teto do benefício do INSS foi estabelecido em R$ 5.189,82. Em 2015, esse limite era R$ 4.663,75.A portaria também define as alíquotas de contribuição de segurados empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos. Se o salário for de até 1.556,94, a alíquota de recolhimento ao INSS é 8%. Acima desse valor até 2.594,92, a alíquota sobe para 9%. De 2.594,93 até 5.189,82, a contribuição é de 11%.
A portaria também define regras para benefícios concedidos a pescador, seringueiros, auxílio-reclusão e salário família.
Para OCDE, crescimento econômico de Brasil e China está se estabilizando
11 de Janeiro de 2016, 11:35A China ficou em 98,4, acima dos 98,3 do relatório anterior. A leitura do Brasil subiu para 99,5 de 99,3
Por Redação, com Reuters – de Paris:
As condições econômicas estão se estabilizando no Brasil e na China e a perspectiva é de crescimento estável na zona do euro, enquanto as economias dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha estão perdendo força, disse a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta segunda-feira.
A OCDE informou que seu indicador econômico, que tem o objetivo de capturar os pontos de virada econômicos, mostrou sinais de estabilização tanto na China quanto no Brasil.
“Na Grã-Bretanha e nos EUA, o indicador aponta para enfraquecimento do crescimento, embora em níveis relativamente altos”, disse a organização em um comunicado.
“Entre as principais economias emergentes, os índices da China e do Brasil confirmam sinais de estabilização, indicados na avaliação do mês passado”, completou. “Na Rússia, o indicador prevê que o crescimento está perdendo ritmo enquanto o da Índia sinaliza crescimento em fortalecimento.”
Em um índice onde 100 representa a média de longo prazo, a OCDE disse que a economia da zona do euro continuou em 100,6 em sua última revisão das condições, com a Itália e França em 100,9.
A leitura dos EUA caiu para 99,1 de 99,2, enquanto a da Grã-Bretanha foi a 99,1 de 99,3.
A China ficou em 98,4, acima dos 98,3 do relatório anterior. A leitura do Brasil subiu para 99,5 de 99,3, enquanto a da Rússia foi de 99,6 a 99,4.
Crescimento chinês
A China vai encarar grande dificuldade para alcançar crescimento econômico superior a 6,5% no período de 2016 a 2020 devido à desaceleração da demanda global e ao aumento dos custos trabalhistas no país, disse o presidente do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento do Conselho de Estado, Li Wei, segundo um jornal.
Li deu as declarações em uma conferência no fim de semana, segundo o China Securities Journal desta segunda-feira.
– Nos últimos 30 anos de reformas e abertura, o Produto Interno Bruto (PIB) da China teve crescimento anual de cerca de 10%. Em comparação a isso, 6,5% não é alto, mas será muito difícil alcançar esse ritmo de crescimento – disse ele.
Queda da economia chega a 2,99%, preveem analistas
11 de Janeiro de 2016, 10:50Na previsão das instituições financeiras, a recessão da economia vem acompanhada de inflação acima da meta este ano
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A projeção de instituições financeiras para o encolhimento da economia este ano passou pelo 14º ajuste seguido. Desta vez, a estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, mudou de 2,95% para 2,99%. Para 2017, as instituições financeiras esperam por recuperação da economia, com crescimento de 0,86%. O cálculo anterior de expansão era 1%.
As estimativas são do boletim Focus, uma publicação semanal, divulgada, nesta segunda-feira, e elaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.
A produção industrial deve apresentar retração de 3,45% este ano. Na semana passada, a projeção de queda era 3,50%. Em 2017, o setor deve se recuperar, mas a projeção de crescimento foi levemente ajustada de 2% para 1,98%.
Meta inflacionária
Na previsão das instituições financeiras, a recessão da economia vem acompanhada de inflação acima da meta este ano. A meta de inflação é 4,5%, com limite superior de 6,5%, em 2016.
O teto da meta para 2017 é 6%. O cálculo das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustado pela segunda vez seguida, ao passar de 6,87% para 6,93%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta, em 5,20%.
Na perspectiva das instituições financeiras, a taxa básica de juros, a Selic, deve ser elevada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na reunião da próxima semana, dos atuais 14,25% para 14,75% ao ano. Ao final de 2016, a expectativa é que a Selic esteja em 15,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é que a taxa básica seja reduzida, encerrando o período em 12,75% ao ano. A previsão anterior era 12,50% ao no.
Taxa Selic
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 6,14% para 6,18%, este ano. A estimativa para 2017 é 5,30%. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 6,51% para 6,58%, este ano, e de 5,20% para 5,23%, em 2017.
A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 5,81% para 6,04%, em 2016. Para o próximo ano, é 5%.
A projeção para a cotação do dólar foi ajustada de R$ 4,21 para R$ 4,25, ao final de 2016, e de R$ 4,20 para R$ 4,23, no fim de 2017.
A estimativa para o déficit em transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo, passou de US$ 38,5 bilhões para US$ 38 bilhões este ano, e segue em US$ 32 bilhões, em 2017. O cálculo para o superávit comercial (exportações maiores que importações de produtos) permanece em US$ 35 bilhões, tanto neste ano quanto em 2017.
Na avaliação das instituições financeiras, o investimento direto no país (recursos estrangeiros que vão para o setor produtivo) deve ser mais que suficiente para cobrir o saldo negativo das transações correntes, com projeção de US$ 55 bilhões este ano e US$ 60 bilhões, em 2017.
A projeção para a dívida líquida do setor público passou de 40% para 39,3% do PIB, este ano. Para 2017, a expectativa é de crescimento com a relação entre dívida e PIB em 41,40%.
Governo quer elevar crédito de bancos públicos a setores prioritários, diz Barbosa
10 de Janeiro de 2016, 11:22
O estímulo ao crédito viria em um momento de preocupações nos mercados financeiros sobre a possibilidade de o governo afrouxar seu comprometimento com o ajuste fiscal
Por Reação, com Reuters – de Brasília:
O governo pretende elevar o crédito de bancos públicos a setores considerados prioritários, como infraestrutura, habitação, saneamento e capital de giro de pequenas e médias empresas, afirmou o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em entrevista publicada neste domingo no jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o ministro, os empréstimos terão taxas menores do que aquelas obtidas no mercado, já que captados por instituições públicas. No entanto, não serão subsidiados pelo Tesouro Nacional e, por isso, terão custo fiscal menor.
– Nos bancos públicos e no FGTS há liquidez. Hoje o problema não é de oferta, é mais de demanda – disse Barbosa, de acordo com o jornal. “Mas podemos melhorar o foco das nossas políticas de crédito”.
A declaração vem em linha com informação dada pela agência inglesa de notícias Reuters por uma autoridade do governo na quarta-feira passada.
No fim do ano passado, o governo pagou R$ 57 bilhões ao Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), em dívidas referentes às chamadas pedaladas fiscais realizadas no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.
O estímulo ao crédito viria em um momento de preocupações nos mercados financeiros sobre a possibilidade de o governo afrouxar seu comprometimento com o ajuste fiscal. Essa apreensão ganhou mais força em meados de dezembro, quando Joaquim Levy, conhecido por sua ortodoxia, foi substituído por Barbosa no Ministério da Fazenda.
Na entrevista à Folha, Barbosa reiterou que o governo fará o que for preciso para atingir a meta fiscal deste ano. Questionado sobre a possibilidade de a meta crescer, afirmou que o objetivo deve “voltar a crescer o mais rápido possível, mas com medidas responsáveis”.
O ministro também foi indagado sobre a política monetária brasileira, em meio a dúvidas no mercado sobre a disposição do Banco Central de elevar os juros em um momento de profunda recessão econômica, apesar da inflação de dois dígitos.
– O BC tem autonomia para administrar a taxa de juros, não fazemos comentario sobre política monetária. As ações de política monetária são necessárias mesmo que você tenha elevação de inflação causada por fatores não relacionados à demanda – afirmou.
RF abre consulta a lotes residuais de 2008 a 2015
8 de Janeiro de 2016, 12:29O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração no próximo dia 15, informou a Receita Federal
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A Receita Federal abre, nesta sexta-feira, consulta ao lote residual de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física de janeiro. Ao todo, serão desembolsados R$ 450 milhões para declarações de 2008 a 2015.
A lista com os nomes estará disponível a partir das 9h no site da Receita na internet. A consulta também pode ser feita pelo Receitafone, no número 146. A Receita oferece ainda aplicativo para tablets e smartphones, que permite o acompanhamento das restituições.
As restituições terão correção de 9,79%, para o lote de 2015, a 78,29% para o lote de 2008. Em todos os casos, os índices têm como base a taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada entre a entrega da declaração até este mês.
O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração no próximo dia 15. O contribuinte que não receber a restituição deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para ter acesso ao pagamento.