Relações Brasil-Israel
24 de Julho de 2014, 21:02 - sem comentários aindaComércio entre Brasil e Israel
Trago aqui alguns dados bem interessantes sobre a parceria comercial entre Brasil e Israel.
O Brasil vende açúcar, milho e carne para Israel. Compra adubos e aviões. É uma relação colonial quase. Vendemos produtos primários e compramos produtos industrializados. Nada mais prejudicial a nossa economia. Das exportações brasileiras para Israel 45,9% são produtos básicos. Nas importações, 64,3% são produtos manufaturados. A balança comercial, como não poderia deixar de ser nesse tipo de relação, é desfavorável ao Brasil. Em 2013, por exemplo, o déficit foi de US$ 659 milhões. Embora o comércio bilateral Brasil-Israel seja irrisório (apenas 0,33% no comércio exterior brasileiro) nós damos muito mais lucros para eles do que eles para nós.
Outro dado interessante é sobre o maior parceiro comercial de Israel. Adivinhem quem é? Pois então, os Estados Unidos. Em 2013, por exemplo, os EUA foram destino de 27,8% das exportações de Israel, que por sua vez, comprou 12,9% dos ianques.
Conclusão: os EUA realmente colocam muita grana em Israel e a parceria comercial brasileira é do tipo colonial.
Relações diplomáticas
O Brasil não teria como efetuar sanções econômicas a Israel, pelo comércio ser muito pequeno. Por outro lado também não perderia quase nada suspendendo a parceria com Israel. O Itamaraty trouxe o embaixador brasileiro em Israel de volta, para "consultas". Sobre isto a diplomacia israelense classificou o Brasil como um "anão diplomático", como um país "irrelevante". Esta escolha de palavras revela muitas coisas. Em primeiro lugar, que os atuais dirigentes de Israel não conhecem a sua própria história. Pois foi Oswaldo Aranha, diplomata brasileiro que presidiu a assembleia das Nações Unidas que criou o estado de Israel. Se somos tão irrelevantes assim em termos de relações internacionais, por tabela a criação do estado de Israel nada significa. Em segundo lugar, a tendência que o governo de Israel tem em dizer quem ou o que é relevante. Para Netanyahu e seus asseclas o Brasil não tem nenhuma importância. Assim como não tem a vida das crianças palestinas que diariamente são assassinadas pelo seu exército.
O estado israelense claramente despreza os direitos humanos. Deve considerá-los irrelevantes. Bombardeia escolas bombardeia hospitais. O Brasil, como nação grande e progressista não pode se calar.
Boicote a Israel já!
Fonte: http://www.brasilglobalnet.gov.br/ARQUIVOS/IndicadoresEconomicos/INDIsrael.pdf
Aloysio Nunes Ferreira Filho: o motorista de Marighella
4 de Julho de 2014, 7:24 - sem comentários aindaNesta eleição, ao menos, os tucanos não poderão trazer o passado de "guerrilheira" da Dilma para o debate...
Eis o currículo do vice de Aécio, Aloysio Nunes Ferreira Filho, segundo Mário Magalhães, em "Marighella - O guerrilheiro que incendiou o mundo"(2012):
Motorista de Marighella:
"(...) Marighella selecionou combatentes numa trincheira tradicional da elite intelectual e política paulista, a Faculdade de Direito da USP. As arcadas do largo São Francisco forneceram ao menos onze militantes para a ALN. Entre eles, o presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, Aloysio Nunes Ferreira Filho, que deu duro como motorista de Marighella (...)" (p. 377)
Participação de Aloysio em um assalto a trem, em 1968:
"Dividiram-se entre os dois Fuscas que os aguardavam à beira da estrada do Jaraguá (...) Ao volante de um estava Aloysio Nunes Ferreira Filho. Do outro, João Antônio Abi-Eçab, quartanista de filosofia na USP. Cada um com uma carabina Winchester no colo. Aloysio virara a noite insone, arrebatado pela tensão." (p. 387)