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Blog do Freitas

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Juventude endireitada: 64 no peito!

22 de Fevereiro de 2014, 8:55, por Eduardo Freitas - 0sem comentários ainda

Enquanto isso, no ano do cinquentenário do golpe...

Um jovem reaça entra em uma loja especializada em camisetas com estampas engraçadinhas e descoladas:

- Oi, tudo bem? Tem alguma camiseta do Geisel?

O atendente sorri e percebendo a venda fácil diz:

- Olha, do Geisel estamos em falta esta semana. Na semana que vem chega mais um lote. Tem vendido muito para o pessoal que comenta nos portais. Mas ontem chegaram umas lindas do Costa e Silva. Quer ver?

- Sim, quero ver. Na verdade é pra minha namorada... Essa do Geisel eu já tenho! Tenho um bottom do "Brasil: ame-o ou deixe-o", verde e amarelão, coisa mais linda. Aliás, o que vocês tem do Médici?

- Ah, Médici... Um clássico! Temos muita coisa. Tem essa com a cara dele no corpo do Freddy Krueger, sai bastante, principalmente para o pessoal do metal que adora essas coisas. Mas também temos essa com estampa do Figueiredo a cavalo. Ah, temos uma novidade: o perfume do Figueiredo também. É o Eau de Cheval. Tá saindo muito! Principalmente para os que preferem cheiro de cavalo ao de gente.

O jovem reaça, visivelmente encantado com a variedade de produtos da moda, fica em dúvida e pergunta:

- E com aquela foto lindona da Marcha com Deus, Pátria e Família, tem algo?

- Hummm... Dessa só temos modelo feminino, mas para senhoras, é a linha 75 ou mais, com rosário embutido.

- Ah, ok... Então vou levar aquela ali do Alexandre Garcia mesmo.

- Ótima escolha! A combinação velha mídia e golpismo nunca falha. Essa camiseta é um sucesso! Principalmente o modelo onde ele aparece como um cavalo estilizado e o presidente Figueiredo montado nele.

- Ok! Vou embrulhar e...

- Espera... Coloca também aquela lingerie com a carinha do Golbery emoldurada por coraçõezinhos. A minha namorada adora! 



Antipetismo: ou vai ou racha em 2014 (com uma ajudinha ianque)

16 de Fevereiro de 2014, 18:29, por Eduardo Freitas - 0sem comentários ainda

O capitalismo engendrou o comunismo que por sua vez provocou o nascimento do anticomunismo (sem falar no nazifascismo, que de acordo com alguns autores foi a reação europeia ao bolchevismo russo). Já a desigualdade brasileira alimentada pelas elites gerou como reação o PT e o petismo que por sua vez fez surgir o antipetismo. O antipetismo está de braço dado com as elites (judiciário, mídia e EUA inclusos) e agora, depois de dez anos tentando implodir Lula e Dilma, importou esse monstro antidemocrático chamado Black Bloc. O Black Bloc nada mais é daquilo que Bobbio chama de "pontos de convergência" entre extrema esquerda e direita.

A esquerda sem voto, tendo ao seu lado a direita destronada, vitaminadas pelo antipetismo, resulta nesse aborto ideológico chamado Black Bloc. Aborto nem tão ideológico assim, agora sabemos, pois quem faz o trabalho sujo são alguns mercenários, que se vendem por R$ 150. Mas esses são os peixes pequenos. A questão principal é identificar a fonte do dinheiro: ONGs? EUA? Partidos? Outras instituições?

Enquanto isso não acontecer, podem apostar, o fenômeno vai continuar a se repetir. É preciso desmascarar e atacar os financiadores! É preciso evitar que o ovo da serpente ecloda em seu objetivo golpista. São grupos que abominam a democracia, comportamento típico dos extremistas de ambos os lados. E quando não possuem votos, potencializam-se. Vão atacar a Copa e as eleições, se nada for feito. Repito: é preciso identificar urgentemente quem financia a festa Black Bloc.

Em trabalho recente o historiador Moniz Bandeira aponta aliança entre ONGs ocidentais e neonazistas na Ucrânia.

É bastante óbvio que os EUA estão fomentando revoltas de direita, usando jovens que se pensar ser de esquerda, no mundo todo. No oriente médio e eurásia devido ao petróleo e à possível reestruturação da esfera de influência russa, debilitada desde o final dos anos 80.

Será apenas coincidência o fenômeno Black Bloc na América Latina? Será que o dinheiro não vem dos EUA, por meio das ONGS, estas por sua vez íntimas de partidos como o PSOL, por exemplo? Por fim, é preciso dizer que o índice de 85% de chance de Dilma se reeleger será o combustível dessa gente. Dilma fala grosso com os EUA, e com isto certamente não é a chefe de estado mais querida em Washington. Em 2014 aqueles que não querem mais um governo petista farão QUALQUER coisa.

Qualquer coisa mesmo, pois como a oposição brasileira é ridícula e a população pobre sentiu sua vida melhorar muito na última década, as chances de Dilma sair do Planalto pelas urnas são ínfimas.

Ao antipetismo, agora aliado aos interesses internacionais, resta o golpe.



Black Bloc, CNBB, República Socialista: vestígios dos financiadores

12 de Fevereiro de 2014, 12:13, por Eduardo Freitas - 0sem comentários ainda

Desde a morte do cinegrafista Santiago Andrade, vitimado por um rojão aceso por um integrante do Black Bloc, que a velha mídia parece ter acordado para o verdadeiro perigo que essa organização representa para a democracia.

Algo que, até então, nos chamados “blogs sujos” e no twitter, já era debatido e denunciado desde junho, sem maiores repercussões nos jornalões.

Aliás, os jornalões, assim como TV Globo e TV Bandeirantes, pelo contrário, sempre incentivaram e insuflaram esse monstro que começou destruindo patrimônio público e privado e por fim terminou matando um trabalhador. O interesse e apoio da velha mídia explica-se pelo caráter golpista dos black blocs. 

Contudo, fica claro que com a avalanche de informações deste momento é tarefa árdua filtrar corretamente os acontecimentos e chegar a conclusões sobre a quem e a que, especificamente, interessa um movimento de quebra-quebra e violência nas ruas. Obviamente, não é ao governo federal e ao Partido dos Trabalhadores, que busca a reeleição para a presidência em 2014.

Portanto, precisamos prestar atenção aos sinais, por mais ínfimos que sejam, e devemos ser capazes de fazer a ligação das informações perdidas pela rede, de forma a montarmos um plano geral que nos faça compreender finalmente quem financia o black bloc.

É aquela velha máxima jornalística: “siga o dinheiro”.

Nos interessa, além da punição aos responsáveis pela violência praticada a pretexto de manifestações, que seja revelada a face de quem banca a festa do terror e os verdadeiros propósitos desta.

Eis que hoje me deparei com duas notícias que dão uma pista, ao menos sobre uma das instituições que pode estar por trás dos black blocs.

Na primeira notícia, de novembro do ano passado, publicada pela revista Época, fica evidente o caráter organizativo de um grupo chamado Defensoria Social, que, além de ter objetivos políticos bem definidos, chega a obter doações de 100 mil euros de apenas um doador.

“Black Blocs afirmam que são financiados por ONGs nacionais e estrangeiras”

“ÉPOCA passou o fim de semana num campo de treinamento do grupo que adotou o quebra-quebra como forma de manifestação política”

O grupo deixa claro que sua atuação se dá através da violência. Revela assim seus valores antidemocráticos, já que vivemos em um estado democrático de direito, não sendo cabível a violência como forma de luta política.

Mas chama a atenção a informação de que um dos financiadores do grupo é a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), embora esta tenha negado:

“Morelli diz que a Defensoria Social [ONG que organiza o movimento Black Bloc] também foi abastecida pelo Fundo Nacional de Solidariedade, da CNBB. A CNBB negou os repasses.”

Este é um ponto, importante para o raciocínio que quero desenvolver aqui.

O segundo ponto encontra-se em artigo sem data de publicação, mas postado hoje pelo perfil da CNBB no twitter (@CNBBNacional):

“Uma república socialista?” 

De autoria de Dom Aloísio Roque Oppermann, Arcebispo Emérito de Uberaba (MG) o artigo é uma ladainha anacrônica contra o “socialismo execrável” e políticas do governo federal, tais como: relações diplomáticas brasileiras com países socialistas, perdão da dívida de países pobres e o programa Mais Médicos. 

Papa Francisco concordaria?

Ao final do texto, Dom Aloísio faz uma leve crítica ao movimento Black Bloc, mas pelo viés da direita, afirmando que os quebra-quebras (mencionando apenas as agências bancárias) são indesejáveis pois são “francamente anti-livre mercado”.

Contudo, o tom do artigo é claríssimo: o Brasil caminha celeremente para uma ditadura de esquerda. Nas entrelinhas, percebe-se a insinuação a um golpe preventivo, ou contragolpe.

Nas palavras de Dom Aloísio:

“No Brasil, alegremente estamos correndo para os braços das ditaduras. Sem pejo nenhum, e sem falsete no rosto dos nossos dirigentes, temos relações diplomáticas preferenciais com nações, onde as liberdades individuais são uma quimera. As visitas oficiais a certos países, de visceral princípio socialista, são uma constante. A importação de médicos estrangeiros (não quero duvidar de sua competência profissional), tem como objetivo acostumar nossa população com as belezas do socialismo. Os gastos financeiros com doações em favor de nações mais pobres (todas socialistas), são uma constante.”

Deixando de fora algumas sentenças risíveis que remetem ao velho anticomunismo da guerra fria, não deixam de ser sintomáticos dois aspectos que a leitura da opinião de um bispo católico, somada às informações reveladas pela reportagem da revista Época de que a CNBB financia o Black Bloc, trazem para o debate:

Primeiro: setores da Igreja, do alto clero, evidentemente são opositores ferrenhos a um governo que consideram prestes a instalar uma “República Socialista” no Brasil. Qual solução desejam? Um golpe preventivo? Da mesma forma que os golpistas de 64 fizeram para evitar a "República Sindicalista", que, segundo eles, seria implantada por João Goulart?

Segundo: a tática Black Bloc choca-se frontalmente com os objetivos de um partido que, de acordo com todas as pesquisas, levará a eleição presidencial no primeiro turno. Para o PT nada menos interessante do que a violência sistemática nas ruas, fruto da tática black bloc, sobretudo com a aproximação da Copa do Mundo.

Disto tudo, podemos fazer algumas perguntas, que ainda permanecem sem respostas:

1) Quem está por trás do Black Bloc?

2) De onde vem o dinheiro e com qual propósito ele financia os quebra-quebras (e agora até um homicídio)?

3) A quais instituições interessa o caos provocado pelo Black Bloc em ano eleitoral?



Os udenistas estão voltando (sem nunca terem ido)

8 de Fevereiro de 2014, 9:55, por Eduardo Freitas - 0sem comentários ainda

A UDN (que hj em dia é o PSDB et caterva) nunca aceitou e nunca aceitará numa boa a derrota nas urnas. Podem apostar que tem muita gente que sonha em derrubar o PT e colocar no lugar um dos ministros do STF na presidência da República (adivinhem qual?) enquanto se preparam novas eleições. 

Precedente existe (aconteceu isso com Getúlio em 45) e seria a solução ideal, repito, pra esse pessoal que não lida muito bem com a derrota eleitoral, já que os militares, depois do regime de 64, ninguém em sã consciência - exceto fundamentalistas como Bolsonaro e Sheherezade - deseja mais no poder.



Regular ou retroceder

8 de Fevereiro de 2014, 9:53, por Eduardo Freitas - 0sem comentários ainda

Não posso crer no que leio no chat da CartaCapital realizado com seus leitores e usuários do facebook na tarde de ontem.

As opiniões extremamente reacionárias e confusas pipocaram. Parece que o sentido de liberdade de expressão foi completamente distorcido pelo senso comum.

Em relação às declarações da jornalista do SBT Rachel Sheherazade saem coisas tipo: "ela externou o sentimento de milhões de brasileiros".

Como assim? Será que milhões de brasileiros querem espancar e amarrar outras pessoas em postes? Sinceramente, não posso acreditar nisso.  Será que estes brasileiros acreditam no vigilantismo e acreditam que pessoas podem ser presas e torturadas sem nenhuma espécie de julgamento? Se isso for verdade estamos a um passo de uma sociedade totalitária. O "cidadão de bem" quer se armar e agir ao arrepio do Direito.

Obviamente, existe o velho preconceito de classe e racial aí. E outro ponto que não pode ser ignorado é a pequena amostragem, apenas usuários de uma rede social que costumam vociferar contra as agendas progressistas. Mas existe também o resultado de anos e anos de "jornalistas" irresponsáveis criando um todo um imaginário de que bandido bom é bandido morto. De que a polícia e a justiça falharam e que o "cidadão de bem" terá de se defender. Enquanto a luta deveria estar focada no aperfeiçoamento da polícia e da justiça a solução deles é mais simples: faça sua própria justiça.

É um cenário complexo, mas a imprensa tem grande parcela de culpa. Não exerce nenhuma pedagogia, só demagogia e sensacionalismo. O país precisa de uma revolução antes que seja muito tarde para deter o estrago. E ela começa pela regulação dos meios de comunicação.



Tags deste artigo: história política brasil