Depois do FBI ter conseguido acessar os dados criptografados do iPhone de Syed Farook, responsável pelo homicídio de 14 pessoas no Departamento de Saúde Pública de San Bernardino, na Califórnia, a Apple divulgou um comunicado justificando o seu posicionamento ao longo de todo o processo.
Nele, a Apple afirmou que desde o início do processo se opôs ao pedido do FBI para criar um backdoor para o iPhone, pois isso colocaria seus usuários em risco e abriria precedentes perigosos. A companhia garantiu, ainda, que continuará contribuindo com as investigações para ajudar na aplicação da lei, mas que também continuará trabalhando para aumentar a segurança de seus dispositivos contra ameaças e ataques aos dados, já que a cada dia tais ameaças se tornam mais frequentes e mais sofisticadas.
A companhia de Cupertino também disse acreditar que todas as pessoas merecem privacidade, segurança e proteção de seus dados, e que a quebra desses direitos acaba por colocar toda a população em risco. Por fim, o comunicado revela que a corporação tem interesse em participar de um debate nacional sobre liberdade civil, segurança coletiva e privacidade, já que ela considera que o que o governo estava pedindo era um retrocesso de décadas de trabalho e investimento na segurança de seus clientes. A justificativa da Apple está baseada na defesa da liberdade de milhões de pessoas que fazem uso de seus dispositivos.
Enquanto isso, o Departamento de Justiça se mantém decidido a continuar trabalhando para a coleta de dados de dispositivos criptografados, o que mostra que a história talvez ainda não tenha um ponto final e continue rendendo muito assunto, principalmente porque deixou de ser um embate entre a Apple e o governo norte-americano e se tornou discussão pública.
Com informações de Gizmodo e Canaltech.